Decidi escrever algumas coisas que penso a respeito do consumo e do ato de consumir. Em primeiro lugar, eu gostaria de esclarecer que não sigo a linha do anticonsumismo, como algumas pessoas pensam. Sinto muito se vou decepcionar alguns corações comunistas, mas eu sou declaradamente fã do capitalismo, meus caros. Nutro, inclusive, uma forte simpatia pelo anarcocapitalismo. Isso se justifica pelo fato de que eu não só valorizo as liberdades individuais como creio com todas as minhas forças no poder do indíviduo. Não sou daquele tipo de pessoa maniqueísta que acha que tudo de ruim que acontece no mundo é culpa exclusiva das multinacionais, das grandes fortunas e dos Estados, e que o povo é apenas uma massa de controle e de manobra, sem voz e sem chances de mudar as regras do jogo.
Eu sou bem mais pragmática: se o jogo está ruim, todos os participantes estão jogando mal. O povo, inclusive. Então, não adianta ficar buscando culpado para tudo o tempo inteiro sem mudar de atitude e de mentalidade, sem agir, sem fazer acontecer, sem exigir que as regras do jogo mudem. No entanto, eu tenho consciência de que, sem educação, nenhum povo é capaz de evoluir a ponto de exigir alterações no sistema. Portanto, se de forma simplista eu tivesse de encontrar um culpado para todos os males da humanidade, eu diria sem pensar duas vezes: falta de educação. E por educação não quero dizer apenas colégios e universidades públicas com excelente infraestrutura, professores qualificados e bem-remunerados, bibliotecas maravilhosas, quadras de esporte e mil atividades extracurriculares. Claro que conquistar isso é um avanço para qualquer sociedade, mas eu não me refiro apenas à educação formal. Refiro-me sobretudo à sede de conhecimento, ao desenvolvimento do poder de questionar, à consciência de que ter as informações corretas confere a qualquer indivíduo um potencial revolucionário, uma poderosa ferramenta para lutar, uma arma capaz de vencer qualquer batalha. Inclusive a do consumo.
Eu vejo o consumo como um campo de batalha. Às vezes, o resultado pode ser o empate: numa relação win-win, a empresa vende/lucra e o consumidor faz uma boa compra. Muito raramente, o resultado é a derrota da empresa; imaginem uma etiqueta com o preço marcado errado, bem abaixo do preço real, por exemplo. A empresa, obrigada por lei a cobrar o preço da etiqueta, perde e o consumidor ganha. Entretanto, na maioria das vezes, quem perde é o consumidor. No nosso país, infelizmente, as coisas ocorrem dessa maneira. Sejamos honestos: com um nível educativo que sempre faz feio em qualquer ranking mundial, como os cidadãos brasileiros podem consumir (e votar) de forma relativamente consciente?
Consumir, assim como votar, é uma forma de execer poder e de exigir mudanças. Conhecer é uma forma de poder. Questionar é uma forma de poder. Se você consome usando os seus conhecimentos e a sua capacidade de questionar, ou seja, se você consome de forma consciente, você tem chances de ser um participante ativo do jogo. Melhor ainda, você tem chances de ganhar o jogo. Que produto é esse? Eu realmente preciso dele? Será que não existe um melhor? Ele tem uma boa relação qualidade-preço? Por esse preço, eu não deveria exigir uma coisa de melhor qualidade? E na hora de vender, eles me contam muitas milongas? Essa empresa é coerente com os seus princípios? Que discursos e valores eles fomentam na hora de promover o produto? Me identifico com aquela propaganda ou sinto nojo? Será que essa empresa financia algum político corrupto? Será que essa empresa trata bem os funcionários e tem uma política social-corporativa decente? E como será a política ambiental? Eu realmente posso comprar esse produto? Ele se encaixa nas minhas finanças ou seria melhor deixar para o mês que vem? Eu estou comprando isso porque quero ou simplesmente me fisgaram e atuei impulsivamente? Até que ponto os meus desejos ou inseguranças estão sendo explorados?
Esses foram alguns exemplos de perguntas que podem ser feitas na hora de consumir. Consumir um produto não é apenas levá-lo para casa. Também é financiar uma empresa, uma estrutura, uma forma de fabricar, uma forma de vender, uma forma de fazer publicidade, uma política de marketing. É muito fácil reclamar do sistema vestindo uma calça levi’s, uma camiseta do Che, calçando um all star surrado e segurando uma latinha de coca-cola. Uma postura tipicamente latino-americana, aliás. As multinacionais são as culpadas de tudo. Parece que ninguém lembra que, se todo mundo deixar de comprar determinado produto, este obviamente deixará de ser fabricado. O mais engraçado é que apenas aqueles que acreditam no poder do um e no poder do indivíduo se comportam como indivíduos. Os que acham que “a minha parte não vai fazer diferença alguma” ou que “não vou fazer isso porque ninguém faz” se comportam como massa, são massa e, portanto, merecem sofrer todas as consequências do comodismo e do conformismo. Nem adianta falar que o sistema calou a sua voz se quem a calou primeiro foi você mesmo.
Acho ótimo que as pessoas denunciem as péssimas práticas das empresas, a corrupção, os desrespeitos com os consumidores, enfim, qualquer tipo de conduta prejudicial ao indivíduo ou à sociedade. Mas esse tipo de denúncia não deve servir apenas para alimentar o pensamento de que somos uns pobres coitados explorados pelo capitalismo selvagem e pela falta de humanidade das bolsas de valores. Cidadãos de um país terceiro-mundista que devem consumir o lixo que sobra dos outros ou que só somos dignos de comprar cópias mal-feitas, mal-acabadas e caras dos produtos internacionais, pagar os juros mais altos do mercado internacional e uns impostos de importação brutais que só protegem um empresariado interno altamente alienado que não se importa com nada a não ser com a própria fortuna. Ou que a globalização é isso aí mesmo e que veio para ferrar com tudo. Todas essas denúncias devem servir, em última instância, para que deixemos de comprar dessas empresas, para que passemos a informação adiante, para que escutem a nossa voz, para que ativemos os serviços de defesa do consumidor sempre que precisarmos, para que nos manifestemos, para que os cartórios deste país sejam inundados de processos porque – finalmente! – os cidadãos decidiram exigir os seus direitos.
Como eu já disse em mais de uma circunstância, em algumas questões que discutimos aqui: o problema principal muitas vezes não é o produto em si, mas sim a forma como ele está sendo vendido. Questionar esses discursos é sempre válido. Tentar decifrar que valores e que ideologias estão por trás das propagandas e das informações trasmitidas pelos veículos de comunicação é um exercício saudável. Também é uma tarefa árdua, chata, dura, desanimadora. Quam atua assim muitas vezes é tratado como um otário que não tem nada melhor para fazer na vida, mas não devemos nos abater. Afinal, o que consideram algo melhor para fazer na vida? Consumir roupa-lixo, comida-lixo e entretenimento-lixo? Será que isso é melhor mesmo? Para algumas pessoas pode ser. Para mim, por exemplo, não. Afinal, eu conheço o valor do meu dinheiro, sou exigente e não me contento com qualquer porcaria.
Além do mais, atualmente não exercemos a cidadania apenas votando, respeitando o semáforo e os limites de velocidade, pagando os impostos ou separando o lixo para reciclar, mas também consumindo, analisando o que estão nos vendendo, de que forma e a que preço. Quando votamos ou consumimos, estamos transferindo o nosso poder aos políticos e às empresas. Inclusive, na minha opinião, o ato de consumir hoje em dia tem maior importância que o de votar, afinal, sem o apoio dos empresários, é praticamente impossível que um político se eleja, seja ele o Obama, o Lula ou o Hugo Chávez. E, em plena época de eleições presidenciais, é sempre bom ficar de olho.
Update:
Caros leitores, acabo de fazer algumas pequenas porém importantes modificações na política de comentários do blog. Para conhecê-las, cliquem aqui. Obrigada!
JellyBen disse:
Vou ler novamente e refletir pq falou comigo heim…. Bjs e boa tarde p ti!
Camila disse:
Idem!Falou comigo!
luísa disse:
ótima reflexão, de chanel – como sempre, aliás.
um ótimo paralelo entre política e “vida real”, digamos assim, já que muitas vezes as pessoas (myself included) se separam, se descolam desta esfera, pensando que não têm nada a ver com o que acontece no país. não sei como isto se dá em outros lugares, mas acho que no brasil é uma questão muito forte.
adorei.
beijos,
luli
lancelloti disse:
Adorei o post, como sempre.
Minha cabeça está sempre cheia dessas perguntas na hora de consumir, tanto por me preocupar com as questões, quanto por não ser rica, né. rs Inclusive, no meu post atual, eu descrevi uma das compras mais difíceis que fiz. O pensamento veio depois, pois a compra foi totalmente impulso fashion…. Depois passa lá.
Beijo!
Pingback: Tweets that mention consumir ou não consumir já não é a questão. como consumir: eis a questão. « De Chanel na Laje -- Topsy.com
Maria de Lourdes Tayt-Sohn disse:
Cada vez que leio o que você escreve, mais reafirmada é a minha admiração pelo seu trabalho, de conscientização, divulgação e de pura reflexão. Post muito bacana, como sempre. Infelizmente ainda não atingi este grau de reflexão na hora das compras e vivo em déficit orçamentário. Mas, chego lá. Bjk
Luana M. disse:
De Chanel, adorei o post!
Querida, consumir no Brasil é bem complicado. Tudo caro, pra não dizer roubado. E dependendo da cidade, você entra num beco (quase) sem saída. O que eu aindo acho pior: as empresas cobram caro e remuneram inadequadamente os seus colaboradores! É a nova escravidão…
Não fomos treinados para pensar, não é? Consumir por impulso é o desejo e meta dos publicitários! Sair da massa, não andar juntamente com a boiada, para mim, é um enoooorme prazer!
Um beijo!
Flávia D. disse:
Maravilhoso post. E concordo com o comentário da Luana M. ” Consumir por impulso é o desejo e meta dos publicitários! Sair da massa, não andar juntamente com a boiada, para mim, é um enoooorme prazer!”
beijos
Glauce disse:
Idem! =)
Pri Sganzerla disse:
Parabéns pela sua paciência, De Chanel! E pelo empenho em gastar momentos do seu dia para investir em algo que vale muito a pena: provocar reflexão que pode levar a um aumento gradativo da conscientização das pessoas acerca do processo de consumo.
*** “Como eu já disse em mais de uma circunstância, em algumas questões que discutimos aqui: o problema principal muitas vezes não é o produto em si, mas sim a forma como ele está sendo vendido. Questionar esses discursos é sempre válido. Tentar decifrar que valores e que ideologias estão por trás das propagandas e das informações trasmitidas pelos veículos de comunicação é um exercício saudável. ” ***
É exatamente nisso que eu acredito!
Há pouco mais de um ano acompanho de perto esse universo dos blogs de moda e beleza. No começo me deslumbrei tendo contato com dicas sobre produtos, onde comprá-los, analisei resenhas, tutoriais, comprei por impulso e dei aquela “surtada” básica do deslumbramento ao primeiro contato com esse nicho da blogosfera.
Aos poucos fui me dando conta do quanto me distanciei dos valores nos quais verdadeiramente acredito. E a leitura de pesquisas, alguns livros e blogs como o seu me fizeram reequilibrar meu eixo e enxergar com mais clareza não só o que acontece nos blogs de moda e beleza, mas na sociedade como um todo. E esse processo está me fazendo repensar minha postura recente em relação ao assunto – a ponto de ter vergonha dessa minha fase de cegueira.
Mais do que discutir produtos, fake ou não fake, é fundamental compreender as ideologias subjacentes à mídia que representa a sociedade de consumo. Nada contra consumir – este é o ponto! Mas tudo contra a alienação.
O estudo da Psicologia e do Marketing dão subsídios para a Publicidade. As estratégias são minimamente calculadas. O público alvo é analisado à exaustão. A mídia sabe com quem falar e como falar. Junta-se isso ao fato da Educação não estar voltada ao ensino do pensamento crítico e a fragilidade dos valores no momento atual – e está montado o palco para promover mais alienação.
Questões éticas ficam em segundo plano. São desconsideradas, infelizmente.
Pode ser inocência, mas acho que a batalha vale a pena. É um “trabalho de formiguinha”, que hora ou outra pode fazer diferença.
É triste perceber que muitas pessoas simplesmente não conseguem “atingir” a profundidade de um discurso, mesmo quando ele é bem escrito. É mais fácil continuar agindo como “gado” do que nadar contra a maré, de tão imersas e tomadas por certas ideologias que as pessoas estão. Não nos damos conta disso. Eu não me dava conta. E ainda há um longo caminho a ser trilhado. Afinal, como eu escrevi num blog por aí, analisamos a vida e nos portamos de acordo com a bagagem intelectual, emocional e crítica que possuímos. Nossas vivências anteriores delineiam quem somos. Cada um de nós está num estágio diferenciado, mas com certeza todos possuímos um grau de alienação. Cabe a nós compreendermos as nossas próprias amarras e decidir se compactuaremos com a manutenção dos valores vigentes ou seremos agentes de transformação.
Continue o bom trabalho. Provocar reflexão, utilizando-se de bons argumentos é um caminho que pode ser frutífero a longo prazo. No meu caso, estou florescendo. ;-)
Glauce disse:
É difícil pensar como indivíduo, é trabalhoso. Quantas vezes ouvi pessoas dizerem que se pararem para ler os rótulos de todos os alimentos para saber o que estão comprando e ingerindo não terão mais vida, não comerão mais nada? Dei esse exemplo porque eu leio tudo, ingredientes, tabela nutricional, data de validade. Pesquiso (muito pouco, considerando a quantidade de produtos que consumo) sobre as políticas das empresas, procuro saber se os produtos são testados em animais, sobre as empresas que não se utilizam de trabalho escravo. É inevitável não comentar isso com amigos e familiares, então geralmente ouço um risinho com tom de deboche de pessoas que, tenho certeza, estão pensando: “Meu Deus, como você é chata!”.
Isso é chato para a massa, é incômodo, é muito trabalho e tempo perdido com nada. Afinal, tem tantas outras coisas boas e importantes para fazer, né?
Sem mencionar quando o supermercado anuncia certo produto em um valor e no caixa percebo que o valor é diferente (porque eu confiro antes de sair) e peço para corrigirem. Nessas horas eu consigo ver a cara de preguiça das pessoas na fila atrás de mim com cara de “ah, não! era só o que faltava, alguém empacar a fila”.
Se pelo menos as pessoas que têm educação e um pouco de senso crítico não vencerem o comodismo e batalharem por suas vitórias, jamais seremos capazes de vencer o maior mal da sociedade: a falta de educação.
Ótimo post, De Chanel. Me fez pensar no quão pouco eu faço pela sociedade.
Bjos!!!
Glauce disse:
Não comentei, mas a maioria das perguntas que você mencionou como boas reflexões antes da compra eu deixo de fazer. É por isso que tenho andado perdendo para as empresas e deixando meu rico dinheirinho com elas, gastando em coisas desnecessárias. Seu blog tá me ajudando muito nesse aspecto. Obrigada! =)
Nah disse:
Parabens pelo otimo post! o mais engraçado é que venho pensando nisso nesse ultimo mes. pensando em todo o meu tempo gasto nos ultimos,deixe me ver,2 anos lendo diariamente dezenas de blogs que estao nos meus favoritos. poxa vida 2 anos!e pra que?como a pri disse acima,acho que o que aconteceu com todas nos,foi isso,o deslumbramento.e infelismente,sei que mtos blogs nao queriam isso,mas todos foram levados pelos mesmo caminho, influenciam a consumir. porque falar de produtos e fazer resenhas, e mostar seus looks,instigavam seus leitores a querer tambem.
Desde minha infancia e adolescencia sempre gostei muito de ler.e sempre lia muitos livros. e a epoca que menos li foi nos ultimos 2 anos.por que sera ne? porque passava praticamente todo o tempo que tinha no computador devorando todos esses blogs. e nao entrava so uma vez no dia,era varias para ver se ja tinha post novo.
bom o que quero dizer é que, independente dessa nova (e otima) discussao que começou por causa de um post sobre bolsas, eu já tinha começado a perceber que alguma coisa estava errado. eu estava perdendo meu tempo. pra nada.
e analisei todos os blogs nos meus favoritos e tentei diminuir a extensa lista. ainda tem alguns mas sei que vou conseguir,deixar uma quantida que de para contar nos dedos. e ter mais tempo para fazer coisas realmente importantes.
Desculpa o desabafo. talvez minha ficha tenha caido um pouco tarde demais, depois de 2 anos. mas espero que com toda essa discussao faça com que a ficha de outras pessoas caiam tambem. e que possam refletir sobre tudo isso.
marina disse:
de chanel, excelente o seu post. tive q dar um google em anarcocapitalismo, rs. vivendo e aprendendo. admiro a sua postura, modéstia a parte a minha não é muito diferente e eu ainda quero melhorar mais. a minha mente abriu muito nesse sentido quando eu vim morar aqui na frança. é claro que aqui tem muito consumismo e um povo com uma renda per capita bem alta como em qualquer outro país desenvolvido. mas eu tenho a impressão q os franceses consomem de uma forma mais consciente, não sei me explicar bem, mas por exemplo, aqui é o berço de muitas grifes famosas mas eles não têm esse deslumbramento. eu percebo q os franceses valorizam muito a qualidade do q eles compram. tanto roupas como móveis ou comida. por exemplo, aqui não existe tantas redes de fast food e as que existem são frequentadas por adolescentes, turistas ou gente q quer economizar ou até tomar um lanchinho descoprometido. a última vez q fui pro brasil fiquei chocada com os preços dos fast foods, todos lotados e as pessoas de classe média, ou seja pessoas q tiveram chance de se educar. então eu fico pensando, não basta ter a educação formal como vc falou sem o desenvolvimento de uma consciência. eu não quero q as pessoas pensem q eu acho os franceses superiores mas no quesito consumo eles tem mais consciência sim. eu mesma fui observando os franceses e aprendendo. pra que ter vinte lençois de algodão ruim ou de algodão com poliester se eu posso ter cinco lençois de percal? pra q comprar o detergente mais barato se o mais caro é o q dura mais? outra coisa que eu percebo é o seguinte, os franceses valorizam roupas boas, sapatos e acessórios de alta qualidade e tudo isso mas eles também valorizam as viagens, não pela coisa do status mas pelo aprendizado e pela experiência q vc teve. fora q eles são os q mais viajam para os países considerados exóticos. são bem cosmopolitas nesse sentido. eles também investem muito em livros. enfim eu realmente acho q a única solução é a educação e como eu falei antes o desenvolvimento de uma consciência mais ampla. mas eu também acredito q a educação facilita o desenvolvimento dessa consciência, uma coisa vai sendo consequencia da outra e a gente vai evoluindo como sociedade. fico meio chocada com algumas mentalidades brasileiras e acho q eu não poderia voltar a morar no brasil, é muita estreiteza de visão.
Camila disse:
Realmente, os brasileiros, em geral, possuem uns hábitos de consumo bem massificado. Percebo que se um determinado produto é considerado “hype” toooodo mundo irá comprá-lo e usá-lo da MESMA fora. Não possuem muito a cultura de estilizar as coisas.
Eu sempre fui louca por artesanato, sou mineira e o norte de minas é ríquissimo nesse âmbito, bom, dai percebi que aqui na Espanha as minhas coisinhas que chamam mais a tenção são aquelas que seguem essa linha.
E é fácil perceber também que aqui já há uma conscientização do consumo, as lojas mais buscadas acabam sendo aquelas que oferecem produtos feitos a mão, ou seja, unicos..que fogem do padrão da massa.
A massificação no Brasil e tão forte que quando um produto é anunciado num blog, pode-se assegurar que nessa mesma semana TODOS os demais falarão disso, vide BOLSA ALEXA CHUNNNGA, oops, Chung.
Agora vem a moda das espadrilles..me pergunto se elas sabem que espadrilles são alpargatas..hehe!E são mais velhas que andar para frente. Mas é it,sabeee? :P
Beijo Dechanes!Eres la óstia!
Tatiane disse:
Sim, as pessoas poucas se importam com o que as empresas fazem desde que elas sejam entregues como elas almejam. Um exemplo: a rede Cinemark paga aos seus colaboradores, chamados de PAC (profissional de atendimento ao cliente) uma média de 200,00 (sim, duzentos reais) mensais, para que eles trabalhem 4 dias semanais (geralmente quarta, sexta, sábado e domingo) e os mensalistas ganham em média o dobro.
Alguém deixa de exigir a pipoca quente, manteiga no meio – manteiga encima, 5 minutos antes do filme começar? Alguém deixa de ir à Cinemark por causa disso? Não. Só deixam quando aconteceu algum problema técnico ou com o ingresso.
Um miserê em troca da “experiência”.
Existem dezenas de empresas em que o “colaborador” tem sobre sí a responsabilidade da “excelência em experiência de compra” mas não recebe nada por isso.
A exame faz há anos o ranking das melhores empresas pra trabalhar, aquelas com governança corporativa, falta de opções a gente não tem!
O consumo consciente não é tão difícil depois da internet.
Também sou hiper à favor do capitalismo, eu como empresária não acho que exista nada que contribua mais com a sociedade do que a oferta justa de empregos, já que educação hoje em dia, se paga.
bj
Tatiane disse:
Marina,
estamos na mesma sintonia, estou obcecada com o lyfestyle francês e realmente mudei minha forma de consumir: ao invés de comprar pague 2 leve 3 de algum produto mais ou menos vejo a relação preço-qualidade e opto pelo melhor (isso depois de ler o livro porque as mulheres francesas não engordam, já eliminei vários centímetros).
No quesito roupas também tenho optado pela qualidade e atualizando o look com uma ou outra peça da estação que tenha a ver comigo e minhas ocupações (bolsas de moletom…not!rsrs).
Está nos meus planos morar na França por algum tempo, um intensivão!
bjs
Alice disse:
Tatiane, concordo quanto a necessidade de se analisar se vale a pena comprar certos produtos em pacotos ou promoções do tipo compre 2 leve 1, ou se é melhor comprar individual. Quando eu compro em grandes quantidades por ter melhor custo do que pela unidade, eu acabo desperdiçando, porque ou estraga, passa da validade, etc.
Eu parei de comprar, por exemplo, detergente de lavar louças mais baratos, porque estes apesar de serem baratos duram muuuito menos e não são tão eficazes assim. A mesma coisa quanto a sabão para lavar roupas. Os concentrados são sempre melhores, em menores embalagens, que facilitam armazenamento e se você for mais a fundo, quanto a logística do produto, o mesmo foi armazenado e transportado em maiores quantidades, utilizando o mesmo espaço que seria usado com as embalagens maiores. No final, tanto para o nosso bolso, quanto para a indústria (por economizar na embalagem e armazenamento) e o comerciante (por utilizar menos espaço de armazenamento) sairam ganhando. Até a Mãe natureza sai ganhando nisso, já que foi usando menos matéria-prima e transporte.
Engraçado que apesar de ser eco-friendly está na moda agora e alguns agem como oportunistas, não realmente interessados em ajudar o planeta, mas sim fazer discurso para ganhar novos clientes, eu ainda assim acho válido.
Larissa Popp disse:
Ótimo post! Esse tipo de reflexão todo mundo tem que fazer. O engraçado é que quando a gente faz isso pra valer, é cansativo mesmo e desanima, até porque sobram poucas opções!
Há quatro anos eu não compro mais livros de uma determinada editora pq trabalhei lá e vi como as coisas funcionam: máfia de tradutores, só contratam amigos, gente que não trabalha direito e por conta disso os livros demoram dois anos (dois anos!!!) para serem publicados, e ainda são vendidos com preços altíssimos. Prefiro comprar os livros originais e ler em inglês a financiar gente incompetente e que age de má fé. Se as outras editoras fazem o mesmo eu não sei, mas eu sei dessa então não vou ser conivente.
Acho importantíssimo as pessoas assumirem responsabilidade pelas coisas… eu recebi um vídeo esses dias que gostei muito, é uma palestra do atual presidente do Santander. Independente de ser um presidente de banco – e a gente sabe que bancos não são exatamente o modelo de boa conduta, vale a pena ouvir. http://www.tedxsaopaulo.com.br/fabio-barbosa/
Por último, concordo muito com a leitora acima, a Nah.. bem antes de conhecer este blog eu já andava questionando o tempo que eu perco com blogs. Comecei a lê-los no tempo em que realmente eram pessoais e independentes, mas tudo virou de ponta cabeça e entre os que estão na minha lista de favoritos não há UM que ainda valha a pena de verdade. E isso infelizmente não é só pra blog de moda e beleza.. eu leio blogs de outros temas e estão indo todos pelo mesmo caminho: blogs de decoração com posts pagos, blogs de gente que escrevia resenhas de livros e agora está obviamente ganhando dinheiro de editora, blogs de fotógrafos que ficam fazendo propaganda de câmera e por aí vai.
O consumo consciente não deve ser só pra bens materiais não! A gente que lê blog consome a informação que está lá, e quando continuamos lendo blogs porcarias estamos legitimando a existência deles e de tudo que tem lá.
Vou dizer que nos últimos meses eu diminuí absurdamente o tempo que lia blogs e passei a não acessar os que de alguma forma viraram uma porcaria. É uma pena que na real esteja acontecendo o inverso.. os piores blogs são os que tem mais comentários, ou seja, são os mais acessados!
Luciano Pillar disse:
Prezada dechanelnalaje, parabéns!
O assunto moda não me chama a atenção, mas você colocou questões muito importantes aqui a partir de uma situação extremamente presente em nosso cotidiano, o consumo, ação que move nossa sociedade. Concordo inteiramente com você no que diz respeito a necessidade de estarmos informados sobre tudo o que diz respeito as nossas decisões de consumo, mas, infelizmente, acho praticamente impossível uma execução prática disso. A quantidade de informações necessárias é grande demais, como podemos ver pelas perguntas que você sugeriu que façamos antes de comprar. Simplesmente não há como se ter tantas respostas e, mesmo que as tenhamos, não há como saber se todas são totalmente verdadeiras. Além disso, o cidadão comum jamais chegará a este ponto em tempo hábil antes de supercarregarmos nosso mundo de novos produtos e lixo, nosso grande problema atual. Mas, sua indicação é correta.
Precisamos crescer e evoluir para tudo andar bem mesmo sem sabermos tudo, pois, neste caso, confiaremos em todos, inclusive nos fabricantes e vendededores. Mas, isso já é outra conversa.
Cara dechanelnalaje, tenho um blog com enfoque semelhante ao seu, mas por outro caminho. Também observo situações comuns e, a partir delas, busco observar mais atentamente o que está acontecendo e pensar sobre isso. Se lhe interessar, está aqui:
http://trink.wordpress.com/
Sobre o consumo, mesmo que indiretamente:
http://trink.wordpress.com/?s=consumo
Sobre nós:
Vou ler mais alguns posts seus. Gostei muito do seu caminho de abordar estas questões de nosso mundo e da qualidade de seu trabalho, tanto em informações apresentadas quanto de conclusões. E gostei de sua intenção que, até aqui, me pareceu boa.
Parabéns!
Um abraço.
Bia disse:
Ótimo post DeChanel, como sempre… Leio sempre mas nunca comentei, de algum tempo pra cá me recuso a ler certos blogs de moda e beleza como costumava fazer antigamente. Parece que tudo virou uma gigantesca vitrine de produtos “must have” e itens que vc “tem que ter”… Cansei!
Concordo plenamente que o maior problema não é o que consumir, mas sim como consumir. E claro, tudo passa pela questão da educação (ou falta dela, infelizmente). Acho que o ponto fraco do povo brasileiro em geral é a ilusão de que adquirir certas marcas implica em adquirir um “estilo de vida”. As pessoas acabam comprando produtos não simplesmente pela qualidade que oferecem mas pelo status que terão perante os demais. Isso é terrível. E a mídia e a publicidade em geral se aproveitam disso, fazendo com que o consumidor não tenha tempo de questionar e analisar aquilo que está comprando. Esse post é pra ser lido e relido, impresso e emoldurado, acho que muita gente está se sentindo como eu, saturada de tanta hipocrisia e falsidade, querendo aprender a consumir de um jeito mais consciente e maduro, por isso De Chanel – muito obrigada! Desde que passei a visitá-la diariamente tenho revisto muitos conceitos e atitudes!
Anônimo disse:
Eu adoro seu blog, mas parei de ler o post em “anarcocapitalismo”.
Isso não existe.
É burrice sem fim acreditar nisso, mesmo, sem querer te ofender pessoalmente ou coisa do tipo. Mas é burrice, e não é só da sua parte, mas como por parte de todo mundo que acha que isso é um termo de verdade.
dechanelnalaje disse:
Falei que nutro certa simpatia no plano das idéias, da abstração. Não leve esse comentário tão a sério, nem eu mesma levo. Nem me chame de burra, né? ;-)
Anônimo disse:
Já venho lendo o blog há algum tempo, mas é a primeira vez que comento. Muito bem posto!
Acho que as pessoas deviam parar, um minuto que seja, antes de dizer: “Compra quem quer!”É a maneira como geralmente finalizam a falta de argumento, gerada por exemplo, na questão da tal bolsa moleton.
Tento por exemplo, quando vou ao mercado, consumir produtos de pequenas empresas, frango, leite, queijo… E vi também um post num blog que listava produtos que não faziam testes em animais…Acho que essa posição pode ser um grão de areia, não se acerta sempre, mas melhorar a qualidade do consumo, melhorar a qualidade da dúvida, das discussões é um ótimo caminho e tenho visto isso aqui!
Concordo que discursos maniqueístas são inúteis, apaixonados nos identificamos com eles, mas na maioria das vezes dilui discussões e aponta pro outro a culpa.
Isso não vale só no consumo de produtos, como também de serviços. Uma amiga foi a um cirurgião plástico que deu em cima dela descaradamente e se calou, tem uma médica em minha cidade que se diz “faz tudo”, a “médica das celebridades”, trabalha com estética e emagrecimento e sei lá mais o que, cobra caríssimo nas consultas. Tenho uma amiga médica endocrino, menos cara, mas muito competente que recebeu um paciente dessa tal médica com uma receita pra emagrecer que era uma verdadeira bomba! A médica das celebridades foi no mínimo irresponsável e segundo minha amiga passou uma receita impassável…
Outro exemplo de uma cidade aqui perto que vende tudo mais barato, carga roubada, muamba, e já ouvi gente que vai lá comprar achando que fez bom negócio.
Esses são exemplos de como,muitas vezes, buscamos um produto,um serviço em função da “capa” , dos nossos interesses imediatos e não da qualidade, não avaliamos nosso modo de consumir, mais que isso, não pensamos que quando compramos efetuamos trocas. O seu dinheiro é um objeto de troca!!
Essas mesmas pessoas que vão a médicos de celebridades, compram essas “bolsas moletons” e por aí vai, são as pessoas que falam mal de políticos que fecham assuntos dizendo que “político é tudo igual” ou “compra quem quer”.
Passo longe de ser politicamente correta,mudo de idéia, tenho dúvidas e sou seduzida por muitas propostas, mas é importante ter bom senso e um mínimo de auto crítica! Se você em determinado momento troca seu dinheiro pela capa, sustente.
Seguimos…
Adorei o post!!
Beijo!
Larissa Popp disse:
com relação ao consumo de serviços, já aconteceu comigo de ir a um endocrinologista famoso, pagar uma fortuna no remédio que ele prescreveu (que disse ser importado mas tinha um rótulo da farmácia de manipulação da esquina) e tomar dois comprimidos só, porque teve vários efeitos colaterais horríveis.
Levei a receita ao meu médico ginecologista de confiança e ele denunciou ao conselho regional de medicina.. havia uma mistura de substâncias com interação perigosa, além do superfaturamento em cima do medicamento manipulado.
Coisas como essas a gente não pode deixar passar. Eu não sei quanto a vocês, mas me recuso fingir que não vejo algo errado, pois acho que fazer isso é conivência e tão (ou mais) grave quanto quem comete o crime.
Também denunciei no Procon uma loja de automóveis que me vendeu um carro com motor adulterado – e sabiam disso, mas só descobri quando a companhia de seguros não quis cobrir por esse motivo. Devolvi o carro e peguei meu dinheiro de volta, mas achei q precisava denunciar senão eles iam fazer o mesmo com o comprador seguinte.
Esse tipo de coisa faz parte de cidadania, eu acho. Nessa época de eleição, fico com preguiça de discurso de gente pseudo-engajada sobre voto consciente, bla bla bla. Cidadania é muito mais que votar!!
Milena disse:
Já venho lendo o blog há algum tempo, mas é a primeira vez que comento. Muito bem posto!
Acho que as pessoas deviam parar, um minuto que seja, antes de dizer: “Compra quem quer!”É a maneira como geralmente finalizam a falta de argumento, gerada por exemplo, na questão da tal bolsa moleton.
Tento por exemplo, quando vou ao mercado, consumir produtos de pequenas empresas, frango, leite, queijo… E vi também um post num blog que listava produtos que não faziam testes em animais…Acho que essa posição pode ser um grão de areia, não se acerta sempre, mas melhorar a qualidade do consumo, melhorar a qualidade da dúvida, das discussões é um ótimo caminho e tenho visto isso aqui!
Concordo que discursos maniqueístas são inúteis, apaixonados nos identificamos com eles, mas na maioria das vezes dilui discussões e aponta pro outro a culpa.
Isso não vale só no consumo de produtos, como também de serviços. Uma amiga foi a um cirurgião plástico que deu em cima dela descaradamente e se calou, tem uma médica em minha cidade que se diz “faz tudo”, a “médica das celebridades”, trabalha com estética e emagrecimento e sei lá mais o que, cobra caríssimo nas consultas. Tenho uma amiga médica endocrino, menos cara, mas muito competente que recebeu um paciente dessa tal médica com uma receita pra emagrecer que era uma verdadeira bomba! A médica das celebridades foi no mínimo irresponsável e segundo minha amiga passou uma receita impassável…
Outro exemplo de uma cidade aqui perto que vende tudo mais barato, carga roubada, muamba, e já ouvi gente que vai lá comprar achando que fez bom negócio.
Esses são exemplos de como,muitas vezes, buscamos um produto,um serviço em função da “capa” , dos nossos interesses imediatos e não da qualidade, não avaliamos nosso modo de consumir, mais que isso, não pensamos que quando compramos efetuamos trocas. O seu dinheiro é um objeto de troca!!
Essas mesmas pessoas que vão a médicos de celebridades, compram essas “bolsas moletons” e por aí vai, são as pessoas que falam mal de políticos que fecham assuntos dizendo que “político é tudo igual” ou “compra quem quer”.
Passo longe de ser politicamente correta,mudo de idéia, tenho dúvidas e sou seduzida por muitas propostas, mas é importante ter bom senso e um mínimo de auto crítica! Se você em determinado momento troca seu dinheiro pela capa, sustente.
Seguimos…
Adorei o post!!
Beijo!
Gabi disse:
De fato, como brasileiros, precisamos muito aprender a consumir. Não podemos reclamar que somos enganados se nos deixamos ser. Seja por deslumbramento com o falso glamour que uma certa roupa ou marca pode trazer, seja por pura preguiça de pensar, nós ainda não entendemos o poder que boicotar uma certa empresa/marca/ideologia carrega em si.
Achei super interessante que o seu discurso não foi aquele cliché típico de quem disserta sobre o consumismo. Pelo contrário, mostrou equilíbrio de idéias e provou que sim, dá pra consumir conscientemente e dá pra não se deixar enganar por publicidade maliciosa e desejos instantâneos provocados por elas. Basta PENSARMOS.
E você, DeChanel, tem colocado muita gente pra exercitar os neurônios! A você, o nosso super obrigada… obrigada por não se acomodar e acreditar que sim, uma pessoa só pode fazer muita diferenca =)
paola scott disse:
Pois é, é fácil colocar a culpa no “sistema”.
paola scott disse:
“Sinto muito se vou decepcionar alguns corações comunistas, mas eu sou declaradamente fã do capitalismo, meus caros. Nutro, inclusive, uma forte simpatia pelo anarcocapitalismo. Isso se justifica pelo fato de que eu não só valorizo as liberdades individuais como creio com todas as minhas forças no poder do indíviduo.”
Com certeza, vai, viu.
Muita gente não acredita que alguém possa ser capitalista e crítico ao mesmo tempo. Que coisa , né?
Concordo muito qdo vc diz que a raiz de tudo é falta de educação. Ensinar a ser crítico dá trabalho.Falo como mãe de 2 adolescentes.
O bombardeio que uma sociedade consumista provoca em corações e mentes é enorme. Mas a gente tem que saber lidar com isso.
Vou pensar mais e volto!
Ana Carolina disse:
se provoca um bombardeio de emoções em gente grande, de cabeças e ideais formados, imagina em quem acabou de abandonar o coeiros. mandou bem, paola.!
é assim q escreve coeiros?
Thândara Mota disse:
Em meio a tantos comentários belos e robustos, só digo que foi ótimo ler isso. E, sim, também sou pró capitalismo.
Anônimo disse:
Apesar de que concordo com muita coisa do que fala, não convém estar sempre com tanto desdém e raiva de tudo. O mundo da moda é sim um mundo completamente fútil e superficial, e cheio, cheio de falhas e coisas que irritam qualquer um – isso todo mundo já sabe. O que eu gostaria de ver é algum post falando bem de alguma coisa, ao menos alguma vez na vida. É sério, que pessoa mais mal-humorada vc deve ser!
Nina disse:
É sempre assim, qd se tem consciência de algo e REFLETE-SE sobre, somos taxados de mal-humorados…. mas eu entendo seu comentário Anonimo, pois a mediocridade é necessária para a paz pública, não é mesmo?
hehe
Raquel disse:
a sua reação foi igualzinha àquela das leitoras do GE!!! não precisa babar ova prá dechanel, percebe como isso é ridículo e desnecessário???? este tipo de comportamento está baixando o nível do blog…
Monny disse:
Pois eu concordo com a Nina!
Nina disse:
Raquel, não babo ovo para ninguém, mas sei reconhecer quando algo que é dito, é coerente e REAL! Se minhas palavras pareceram para vc de baixo nivel, acho melhor vc pensar mais no que eu disse e REAFIRMO: a mediocridade é necessária para a paz pública…e falo isso com MUITA tristeza, pois o seu comentário, foi apenas mais prova disso… sinto muito…
Todo mundo que pensa e FALA oq pensa, é taxada( o) de baixo nível, de mal humorado… e assim caminhamos… Dá uma lida na história do mundo, das culturas e veja que sempre que alguém que pensa um pouquinho diferente da massa, oq acontece…
Triste, mas peço desculpas se vc se sentiu mal por isso…
Raquel disse:
Bom, pelo jeito as aulas de interpretação de texto foram cabuladas, rsrsrs
Minha crítica não foi ao “mérito” do seu comentário, com o qual até concordo. Me referi ao comportamento de bajulação e agressividade com quem “ousa” discordar. Por exemplo, o Anonimo falou “o que pensa” e não percebi nenhuma agressividade com ninguém, principalmente com a autora do post, que aliás, aparentemente, não precisa de defesa.
G. Rocker disse:
Nina, sua frase foi super coerente e muito bem colocada.
Quando questionamos algo, quando nos recusamos simplesmente seguir os movimentos da massa amorfa, como bem dito pela DCNL, somos taxados de mal humorados, chatos, implicantes e por aí vai.
Mas é exatamente o que voce disse:
” a mediocridade é necessária para a paz pública. ”
DCNL presta serviço de utilidade pública com seu blog.
Post muitissimo oportuno e bem redigido, mesmo com a referência ao “anarcocapitalismo”.
De Chanel, vou fazer uma pergunta pessoal, só a título de curiosidade mesmo:
Você é graduada em Ciências Sociais?
Como é bom encontrar livros, blogs, pessoas, músicas, enfim….tudo que nos leva a uma refexão para nos tornarmos seres melhores para esse mundo e para nós mesmos.
Anônimo disse:
Claro, ela vai publicar uma lista falando bem de empresas que usam mão de obra infantil na fabricação de produtos e que faz teste em animais.
Pra você, recomendo a leitura do Dia de Beauté e o Blog da Mariah, lá sim elas são super bem humoradas e o conteúdo é de extrema relevância.
Dá um pulinho lá, tenho certeza que adorará ambos.
juliana toledo disse:
Olha eu tb já pensei nisso, De Channel é formada em Ciências Sociais e com pos mba etc kkkkk. Não é serio ela não é formada em moda, certeza. Me desculpe o pessoal da moda, mas ao ponto que ela é critica tem muita coisa ai e boa viuuuuuuu.
MAs ela deve ser apaixonada por moda como arte, pois eu acho que moda é arte. Agora Modismo, tendências já são outros quinhentos.
Quanto ao anônimo Ironia a gente se ve por aqui. kkkk
Camila disse:
Dechanel não escreve, ela psicografa as palavras ditadas pelo PAULO FRANCIS, kkk!
Brincadeira,Dechanes!
Ju disse:
Ai, DeChanel comigo esse papo de culpa do governo, culpa das multicionais é coisa de gente acomodada e HIPÓCRITA. O povo tem q começar a mudar as coisas DENTRO DE CASA pra depois sair por aí dando discursinhos de como salvar o mundo. O que não falta é gente assim aqui no Rio, a culpa é do governo, a culpa é das empresas, a culpa é dos EUA e do raio que o parta, mas o povo né, o povo é coitadinho, oprimido, manipulado, e vamos falar de justiça social, participação em ong e vamos subir morro pra dar aula pras criancinhas pobrinhas e aproveitar pra comprar o baseado pra festinha que vai rolar na casa do amigo em Ipanema. PQP, eu saio de mim! Nego tá CONSUMINDO DROGA, sutentando o tráfico e vem com esse papinho de justiça social, de vamos ajudar os pobrinhos. Comigo não!!! Primeiro para de consumir essa porra (desculpa a sinceridade aí) depois vai salvar o mundo. Para de sustentar o tráfico com o dinheiro do papai e vai pra uma clínica de desintoxicação. Esse é apenas um exemplinho de como O CONSUMO PODE MUDAR MAIS COISAS DO QUE A GENTE IMAGINA.
Parabéns pelo post e por ter alertado que na nossa sociedade hoje em dia o consumo tem muito mais valor que o voto. Porque né, o carinha fuma baseadinho todos os dias depois vota no político que vai acabar com a violência. Vai ter espírito de porco assim lá na China que lá pelo menos o porco é um animal sagrado.
ps: eu sei que caps lock é sinônimo de grito na internet. obrigada.
Glauce disse:
A culpa é, na verdade, de cada um de nós que se omite diante de algo errado, de uma postura errada, seja por parte de um amigo, seja por parte de uma empresa, de um empregado do governo (aka. político).
Raquel disse:
Dechanelnalaje
Me identifiquei com as suas reflexões. Diria que sou mais pragmática do que pró capitalismo. Já deixei a “idade da inocência” para trás faz alguns anos.
Fiquei aliviada por não ler mais um post com referências a blogs de moda (é bom virar o disco, né) mas o pessoal insiste e, pimba, nos comentários já começaram a descer a lenha novamente…
Cuidado para este blog não virar instrumento para destilação de veneno.
Alice disse:
Raquel, concordo com você. Acho que o problema não é a De Chanel abordar o assunto, o problema é que vem um monte de gente aqui, frustrada com todos esses blogs, e desabafa, alfineta, faz barraco, etc. Cansa!
O primeiro post que eu li aqui não tinha relação direta com os blogs, e eu fiquei interessada. Nos posts sobre os blogs, eu dei minha opinião, mas fica chato quando um monte de gente fica falando sobre over and over again!!
Eu dei Graças a Deus que quase ninguém apareceu por aqui pra falar de x, y, o z. Aliás, pra mim esse assunto já tá morto!!
E pra mim, DCNL tem potêncial para ir muito além de discussões sobre moda e os problemas desse mundinho.
Lele disse:
Nossa veio em boa hora esse post.
Eu confesso que nunca fui tão exigente, mas de um tempo pra cá tenho me conscientizado da importância que eu tenho como consumidora e que para levantar certas bandeiras eu preciso rever meus conceitos sobre outras bandeiras.
Sobre o capitalismo eu concordo com você, no capitalismo o indivíduo assume o posto de pessoa livre e consequentemente escolhe aquilo que é melhor para si.
Fiquei muito feliz com esse post.
Aracelly disse:
A questão educacional do brasileiro vai muito além do problema do sistema educacional que antes educava para a vida estimulando o intelecto, a moral, o respeito, o bom profissional e hoje não cumpre nenhuma das suas funções.
O problema do brasileiro começa em casa quando os pais ensinam que o jeitinho brasileiro de resolver as coisas é correto.
Você pode obter lucro fácil, enganar as pessoas, driblar leis, não pagar impostos, pagar seu funcionário por fora, bater na cara da babá, dar seu cachorrinho que tanto ama para adoção porque ele está doente, e tantas outras coisas. Porque ligar se a madeira é certificada, se a fábrica não polui, se a confecção tem política de boa saúde e creche para as crianças das funcionárias? O que importa é quanto vou pagar se sair mais barato não precisa nem de nota!
Se sou completamente a favor do capitalismo? Não, sou contra também? Não, tudo tem um limite. A cultura do ter impera, se você não tem você não é. As pessoas não ligam para ética ligam para estética, e o que vemos é uma cultura de consumo desenfreada, onde até mães que não precisam, saem do seu lar e deixam seus filhos por conta de babás para poderem ter mais.
Não estou falando da mãe que deixa seu filho na creche e sai para ganhar o sustento, estou falando daquela que tem seu filho apenas como um animalzinho de estimação, para colocá-lo na escola de elite, ou nem tanto e vesti-lo como um bonequinho para mostrar aos outros.
Meus queridos não se enganem isto existe em todas as classes sociais, afinal “em terra de cego quem tem um olho é rei.”
A diferença é que como você pode ver na mídia o exemplo de família bem sucedida é um homem de aproximadamente 45 anos, com uma esposa na casa dos vinte e dois filhos pequenos, prestem atenção em comerciais de imóveis, carros e etc.
E eles seguem bem este padrão, quantos homens vemos por aí, na idade de ser avô formando a segunda família, porque a primeira não serve mais segundo os padrões atuais? Homens que ás vezes tiveram em seu casamento uma excelente esposa, que esteve ao seu lado na hora das dificuldades e assim que alcançaram seus objetivos as trocaram por mulheres mais novas, para exibir perante a sociedade seu perfil de homem bem sucedido.
E quantas das atuais esposas, estão aturando o marido apenas para manter o padrão de vida que ela sempre sonhou? Executando o papel de reprodutora de herdeiros, pois para ela os filhos são os animaizinhos de estimação acima citados e o único motivo para elas o terem é o da lei da natureza e da herança.
Esta é a consciência do consumismo desenfreado, do ter, onde valores morais e éticos não valem mais, onde os filhos são educados com o pensamento de que o ser humano é descartável, o que vale é o que você tem e não sua índole, seu caráter.
Ninguém liga se a pele do seu casaco causou a extinção de uma espécie ou , ou a dor insuportável de um animal em carne viva, ninguém liga se vai eleger um político corrupto se ele lhe der vantagens.
O brasileiro é acomodado em se tratando de questões políticas, é um absurdo um país parar por causa de um jogo de futebol, é um absurdo trabalhadores faltarem as suas funções e até deixarem faltar alimento aos filhos para ir ao estádio.
Mas é bonito ser louco por futebol, os patrocinadores gastam bilhões para alienar a massa.
É bonito não termos programas educativos, a imprensa vendida e só falarmos de novela, afinal a “creide tá na moda”.
Porque o povo não vai ás ruas pedir a cassação de políticos e juízes corruptos? A mas o brasileiro só é “brasileiro com muito orgulho na copa”.
O povo tem o governo que merece, infelismente todos pagam pela burrice da massa alienada.
(desculpem-me o português com erros e pelo longo texto, mas me senti como a moça presidente do grêmio estudantil mais atuante do país novamente, impolgada e sem tempo a perder)
Alice disse:
Aracelly,
Eu fico revoltada quando ouço estórias de gente que larga cachorros ou gatos em abrigo de animais, ou vende (o que é pior ainda), ou dá pra qualquer um, só pra se livrar, com a desculpa de que “Estou me mudando e no novo apto. não aceitam animais”. Dá um tempo! Uma vez eu achei um apto. perfeito, dois andares, de frente pra rua, iluminação natural, muitas janelas, piso de madeira, etc etc, além de ótimo preço. Os fdps não aceitavam animaios de jeito nenhum, até ofereci pagar seguro-animal e pagar quaisquer danos causado pelo meu gatinho, e ainda pagar 20% a mais do aluguel (eu gostei MUITO MESMO do lugar!). Os caras não aceitaram! Fiquei super triste, mas a vida segue. Não ia dar ou meu gato ou largá-lo por ai porque a imobiliária não aceita animais. É meio hard-core a minha comparação mas e se o dono de um apto. não aceitasse crianças (óbvio, é contra lei), você iria larga teus filhos por causa do apê? Não! Animais fazem parte da família, e eles merecem carinho e respeito. Eu acho que quando alguém maltrata ou abandona um animal, você já tem como esboçar uma idéia sobre o caráter do dito-cujo baseado nisso.
O jeitinho brasileiro é outro problema. É clássico. Muitos brasileiros que moram no exterior sempre argumenta e debatem sobre isso. Quando você está fora do país e vê como funciona as coisas em outro país mais organizado e, me desculpe, mais civilizado, você vê que o jeitinho brasileiro é um dos maiores males do país. Eu já utilizei do jeitinho brasileiro, as vezes na maior inocencia, achando que não era nada demais. É questão de honestidade e integridade. Talvez ninguém fique sabendo, talvez ninguém veja você fazendo, mas é questão de ter a própria consciencia limpa e integridade.
O teu exemplo de “bater na cara da babá” é uma realidade. Quantas empregadas domésticas não são maltratadas por serem domésticas? A sociedade as trata como seres inferiores, ignorantes, que merecem humilhação pública (o Júnior xinga a empregada e os pais acham normal, Júnior passa a mão na bunda da empregada, bate na empregada, e as pessoas acham normal),além de não terem voto de confiança (qualquer coisa que sumir na casa é culpa da empregada, que roubou). Eu acho duma falta de respeito e consideração com outro ser-humano. Nâo é porque a moça é pobre, humilde, algumas vezes ignorante (porque não teve oportunidade) que outros tem direito de fazer qualquer coisa contra ela. Fora o salário pago as mesmas. As pessoas querem serviço mas não pagam pelo que realmente vale. alguém falou aqui que a patroa quer empregada mas não paga bem, mas quer torrar com uma bolsa caréssima.
O seu outro exemplo sobre como a família é apresentada para o público na mídia é correta e não é exclusividade do Brasil. A família é composta por duas crianças, o pai e a mãe, sempre sorrindo e felizes, saudáveis, claro, faz sentido, mas são sempre brancos. Seja um produto para a massa ou para um certo nicho, a maioria são brancos. Nos Estados Unidos, os comercials que contém famílias de outras raças, são os comerciais de fast-food ou restaurante tipo buffet. Você nunca vê uma família inter-racial. E sabe do que é mais? Os comerciais são o reflexo do que o povo pensa, almeja. A família branca feliz está associada com sucesso.
Li disse:
Temos que nos conscientizar de que o ato de consumir deve ser coerente com nossos valores. O nosso consumo não só reflete, como também estimula a manutenção de princípios de comportamento. Se o dinheiro que fornecemos aos produtores e distribuidores de um determinado produto mantem as indústrias, temos sim que escolher seu destino. Concordo que não seria justo que simplesmente reclamássemos da indústria, pois, embora a mídia se utilize da manipulação, deve-se manter o senso crítico que evita a imposição do “tem que comprar”. Tento cada vez mais me fazer a pergunta “eu preciso mesmo disso?”, que parece muito simples, mas é importante para perceber a necessidade *criada* pela propaganda.
Em um dos comentários alguém falou sobre o consumo de serviços, o que é legal lembrar mesmo, já que o consumo consciente não se refere apenas a bens concretos. Reclamamos muito quando o nosso trabalho não é valorizado adequadamente, mas temos também que aprender a remunerar de forma justa as outras pessoas para que essa situação mude algum dia.
Uma questão que tem me incomodado em relação ao consumo é a da consciência ambiental também. A gente produz muito lixo com compras desnecessárias e impensadas. Desde o produto que nem chegamos a aproveitar, sua embalagem, e todo a agressão ambiental gerada na sua fabricação, transporte e estoque. Não gosto de discursos eco-chatos. Mas não consigo deixar de achar que essa é uma questão crucial também. Não quero agir como se o mundo fosse uma gigantesca lata de lixo: afinal, se a gente compra, frequentemente uma hora a gente joga fora! É muito pequena a proporção de bens realmente duráveis! É o tipo de problema com impacto em grande escala, resultado das ações individuais. Infelizmente muitas pessoas se negam a pensar na importância de suas ações de compra em pequena escala, como se não tivessem impacto no resultado final.
Kel disse:
Acho que o “consumismo” é uma doença, que tem como sintomas a cegueira(comprar por impulso), a mentira(não tem R$ para adquirir o produto) e o egoismo(eu sou melhor que todos, eu preciso, eu mereço) … e o pior é que é uma doença degenerativa…
Trabalho com moda infantil, e vejo mães desesperadas para comprar roupas para que as filhas possa ir à festas infantis… compram o vestido, e me mandam um e-mail pedindo pra caprichar na peça, pois a filha dela precisa ser a mais linda da festa (hã????), normalmente a filha dela tem 1 ano de idade… e quando o pagamento é aprovado eu vejo que o vestido de R$ 30 e poucos, foi pago em 12 vezes no cartão, com um juros que é praticamente o valor do vestido (o juros é pago ao cartão, eu só recebo o valor do produto), depois ela paga um frete via Sedex que é +/- o mesmo valor da peça, pois morre de medo que o Correio atrase e ela não receba o pedido a tempo da festa…
Sei que lendo, a gente pode pensar, essa mulher é uma louca!!! Mas será que não agimos da mesma forma quando temos uma festa pra ir???
Será que não desejamos ser a mais linda da festa, ou a mais up to date, custe o que custar, literalmente?
Será que a nossa roupa tão elogiada por todos, porque somos lindas ou modernas, cabe realmente no nosso orçamento? Bom, conseguimos enganar a todos com o nosso “look”, mas o problema é que enganamos a nós mesmos… porque na verdade não tinhamos R$ para comprar aquela roupa, não somos aquela pessoa… claro que se você tiver R$, OK, estou mencionando o caso da pessoa não ter R$ e se individar pra parecer uma coisa que ela não é.
Já fiz muito isso na minha vida, mas Graças a Deus, a vida nos ensina que não vale ser a pena ser escravizado por tão pouco…
Kel disse:
A sensação de “poder” e “liberdade” que tenho experimentado, ao desejar algo (que não preciso, que é só para mostrar, ou qualquer outro motivo “bobo”…), ter dinheiro para comprar e optar por não comprar, é DEMAIS!!!!
Eu penso: “Morri”, morri como mesmo, porque eu tenho controle da minha vida… Isso sim é Dhygno!!!! rsrsrsrsrs
G. Rocker disse:
Essa sensação é “impagável” mesmo!!!!!!!!!!!
joy disse:
passeio socrático…
Monny disse:
Leu os meus pensamentos! Eu ia justamente sugerir um post sobre “consumismo”.
O fato é que vivemos numa sociedade onde quase tudo, para determinados indivíduos, (valores, sentimentos, princípios e até a moda…) é muito volátil. Isso cria uma incansável necessidade de “criação” para ocupar aquele constante vazio. Quando se está triste, sai-se às compras, e aí, toda a dor evapora-se nos corredores do shopping.
E como se isso não bastasse, tornamo-nos cada vez mais fluidos, de modo a nos adequarmos a qualquer “recipiente” a nos imposto. “Loosho é ter a nova Birkin de moleton”; hype é usar tamanco clog (uóóóó); ser uma “it girl” é sinônimo de usar batom Mac Snob, aquele rosa do tipo “morri, empalideci, e esqueceram de me enterrar”(eu sei q muitas meninas amam essa cor, mas eu detesto!!!). Viu só como temos que nos moldar aos ditames do consumo(ismo).
Sou fatalmente capitalista (e se pudesse optar, também o seria), e é lógico que gosto de consumir. O diferencial é questionar qual o seu axioma, sua filosofia de vida:
“Penso, logo existo” ou “Consumo, logo existo”?
Patricia Lima disse:
Ótimo post!
Sempre quando me deparo com esse assunto, costumo lembrar que quando eu era criança, não existiam muitas marcas disponíveis por aí. Não existia essa facilidade de encontrar brinquedos, sapatos, bolsas, roupas e até comida barata. Ou era aquilo ou não era . Por esse motivo mesmo, lá em casa só compravamos roupas, sapatos e brinquedos 2 x no ano, ou seja, natal e aniversário. Comida, como é essencial, não podia deixar de se comprar. No entanto, os itens eram duráveis. O pé da gente crescia mas o sapato ainda tava novinho e eu por ser a caçula, herdei muita coisa do meu irmão (as unissex, claro). A roupa não acabava, a gente crescia mas ela continuava boazinha. As coisas eram mais caras, mas existia qualidade.
Hoje em dia, tem uma quantidade enorme de marcas para todos os bolsos e gostos. No entanto, eu penso muito antes de comprar um sapato ou uma roupa mais barata. Já cansei de comprar blusa que na primeira lavagem ela se desfazia. E sapatos que no primeiro tropeção, estava acabado. Brinquedo, nem se fala, os made in china estão aí se desfazem nas mãos das crianças. É a tal da “qualidade” que falta a estes itens. Acredito, que o fato destes produtos serem baratinhos, fazem com que as pessoas consumam mais e mais, sem perceberem que o barato as vezes pode sair muito caro.
Adoro estes posts para reflexão!
Tanize disse:
Concordo que as mudanças têm que começar com os indivíduos, que só cada um pode mudar suas próprias atitudes e, assim, juntar-se a outros que já tenham mudado.
Mas… Esse caminho para a mudança, na minha opinião, passa pelo coletivo, porque é necessário um fator motivador para que as mudanças ocorram.
Como, por exemplo, leituras reflexivas como a que você proporciona sobre moda. Professores que incitam a reflexão. Políticos que comprometam-se com melhoras na rede de ensino pública. Pessoas públicas que defendam causas nobres. Empresas que valorizem ações sociais e ambientais. Pais que ensinem valores éticos através de ações.
A culpa não é do Estado, das empresas, dos publicitários, dos pais, de cada um, do sistema de ensino, etc. A responsabilidade (essa é a palavra correta!) é de todos e de cada um!!
Mais uma vez: Parabéns pela excelente leitura!
Nina disse:
Tanize, concordo PLENAMENTE com vc! Só culpar o Estado, os políticos e toda corja (sendo que somos nós que votamos neles), não adianta, isso é RESPONSABILIDADE NOSSA tb!
Tanize disse:
Só mais uma coisinha…
Concordo que somos responsáveis por nossas escolhas e que compras são também decisões políticas.
Maaaas existe uma diferença muito grande entre a responsabilidade minha e sua (e todas as leitoras aqui), que somos, no mínimo, classe média e a de quase 40% da população brasileira (classe D e E, ou seja famílias com renda de R$540 ou menos, eu disse famílias inteiras que sobrevivem com isso). Para estas o único critério de compra SÓ pode ser um: preço.
Logo, para essas pessoas não são os critérios ambientais da empresa, ou o tipo de mão de obra que ela usa que as fará comprar X ou Y. E para que essas pessoas possam refletir antes de comprar só há um caminho: melhor distribuição de renda. E isso, necessariamente, tem relação com políticas públicas.
Então anarcocapitalismo, ou simplesmente liberalismo extremo, não é solução. Na verdade creio que essa opção é um ótimo caminho para perpertuar a exploração que muitas empresas fazem sobre a grande massa da população mundial, seja as sub-empregando seja tomando-as como consumidoras, ou as duas formas combinadas.
De qualquer maneira concordo com todo o resto, quando isso se refere à, no mínimo, classe média.
Alice disse:
Tanize,
Gostei do ponto sobre a Classe D e E. Para estes o que denomina as suas escolhas de compra são os preços. Eles não vão se preocupar sobre o impacto que suas compras e escolhas causam ao meio ambiente ou qualquer outro meio. E essa é uma boa parcela da população. Acredito que inclusive a classe C também, apesar de ter um poder aqusitivo maior, ainda assim não se pode dar ao luxo de ter escolhas. As vezes nem é questão de preço, mas sim o quanto de certo produto ou serviço lhe é oferecido. Por exemplo, um trabalhador que more na Baixada Fluminense, no Rio, que tenha que pegar 3 ônibus para ir ao trabalho. Infelizmente este trabalhador não terá muitas escolhas, talvez só uma linha faça o trajeto para a próxima linha de ônibus ou trem que o ele precisa pegara para chegar ao trabalho. Imagina, ônibus da Baixada custa caro, chega a ser uns R$5 (na época que eu morava no Rio, eu lembro que vi o preço desses ônibus). Agora imagina, quem mora na Baixada? Classe E, D e C. . Ônibus lotados, sem ar condicionado e os fiscais da cia. de ônibus entalando mais gente dentro do busâo paras cias. de ônibus faturarem com isso.
Onde já se viu numa cidade como o Rio de Janeiro não ter integração de tickets de ônibus/metro/trem/barca???? Pelo que eu me lembre, algumas linhas que rodavam somente na Zona Sul é que tinham integração bus/metro. No Rio paga-se POR passagem de ônibus, R$2,20. Aqui nos U.S., na cidade onde moro, por exemplo, você pega um bus e se precisa pegar mais um para chegar ao seu destino, você pega um transfer que custa $0,50 para pegar o outro bus/trem/metro. Há um ano atrás, uma certa linha de onibus aqui te dava, sem custo adicional, o transfer que poderia ser utilizado em até dois ônibus além do ônibus que emitiu o transfer, para que você possa chegar ao seu destino. Por que no Rio isso não acontece?
Nina disse:
Excelente post DCNL, e infelizmente cada vez mais somos bombardeados com ” CONSUMA E SERAS ACEITO”… o SER foi tragado pelo TER…
Freud já dizia que a cultura do consumo fez da solidão o mais lucrativo dos mercados e como isso é triste e perigoso tb, sem exageros!
Tanta gente comprando comprando cada vez mais, na ilusão de preenchimento interno, que chega a dar dó mesmo!
Já dizia Galeano que os buracos no peito são preenchidos enchendo-os de coisas, ou sonhando com fazer isso. E as coisas não só podem abraçar: elas também podem ser símbolos de ascensão social, salvo-condutos para atravessar as alfândegas da sociedade de classes, chaves que abrem as portas proibidas. Quanto mais exclusivas, melhor: as coisas escolhem você e salvam você do anonimato das multidões!!!!!!!!! Sua função primordial consiste em compensar frustrações e alimentar fantasias. Comprando este creme de barbear, você quer se transformar em quem? Comprando esse batom, você SERÁ quem????
Tenso…
Mas podemos melhorar, basta a gente ter noção…
Sissi disse:
De Chanel, vou ser totalmente sincera. Talvez até demais por ser escrito, para todos e com “alguma personalidade” (meio anônima, meio não) anexada pra sempre.
Eu entendo, como idéia, tudo o que você quer dizer.
Mas admito que sinto certo cansaço só de pensar em agir coerentemente com essa idéia. Sinto que estaria carregando o mundo nas costas e que faria 99% da minha vida pra ajudar 0,00000……01% do mundo.
Sim, sei que pode ser egoísta e assim não vamos a lugar nenhum porque em pouco em pouco se constrói mudança. Mas acho que sou egoísta. Não consigo me comprometer a fazer todas as compras – das de impulso ali do lado do caixa a alguma loucura porque achei lindo e nem sei “quem” a marca é – questionando, pesquisando e confrontando tudo para estar de acordo com alguma definição de empresa que, pra ser sincera, eu mesma não sei definir.
Claro, prender costureiros bolivianos é esdrúxulo. Mas e pagar o mínimo para maximizar a lucratividade? E objetivar curto prazo quando gerenciada por executivos não-acionistas, por mais que se crise especulação de mercado? Enfim, não é preto no branco. E é custoso. Pelo menos pra mim.
Catherine disse:
hahahahaha Chanel!´!! O bicho tá pegando lá no GE por sua causa…. as estúpidas estão ficando cada vez mais estúpidas pelo seu post!
Parabéns!!!
Kel disse:
Olá Catherine,
Eu normalmente não comento em blogs, mas pelo nível dos comentários aqui no DCNL, vi que tinha espaço para o meu crescimento e o de outras pessoas, por isso resolvi escrever um comentário.
Não gosto de fazer provocação a outras pessoas, pois não sou e nem desejo ser a dona da verdade, e eu não faria comentários em outros blogs aonde vejo que a discussão passou dos limites do coerente…
Por isso achei estranho ler o que eu escrevi aqui no DCNL escrito lá no GE, com o seu nome… não entendi…
Monny disse:
Vamos combinar, Kel, que no fim das contas, quem ultrapassou o nível do coerente foi você. Ninguém aqui usou de deboche para menosprezar qualquer comentário, ao contrário de você. Creio que sabes diferenciar deboche de ironia, (e esta sim exige uma certa acurácia), afinal, você só cabulou as aulas de colocação pronominal. rsrsrsrsrs
Laryssa disse:
Fui lendo o texto e na hora lembrei-me de um vídeo interessante que tem no Youtube (e que fora me passado na faculdade, na disciplina de Educação Ambiental) chamado “A História das Coisas”* que fala de toda essa maquinaria do consumismo e nos leva a questionar realmente se precisamos de algumas coisas e etc. Quem quiser ver, é mto interessante.
Seus textos são Ó-TI-MOS!
Abraços.
* Link para quem quiser ver: http://www.youtube.com/watch?v=lgmTfPzLl4E
Nina disse:
Laryssa, esse vídeo é muuuito bom e tb nos leva a refletir!
Excelente dica!
Monny disse:
A mesma pessoa que julga ser apelativo interpelar alguém por causa de seu comentário, baixa o nível fazendo um comentário jocoso sobre “cabular aula de interpretação de texto”… vai entender, né, Nina!
Nina disse:
Pois é Monny, vai entender, infelizmente ela só reafirmou oq eu disse…rs
Lia disse:
Laryssa esse vídeo é longo mas é muito educativo e interessante. Realmente vale a pena ver e mostrar pros mais jovens o quanto nosso consumo sem limites está acabando com nosso planeta.
Bem lembrado!
Laryssa disse:
Com certeza Lia e Nina, eu faço Licenciatura em Ciencias Naturais e esse video se torna uma chave pra esclarecer algumas coisas, principalmente para os jovens. Abraços.
Taís disse:
Bravo!
suzi disse:
Parar para refletir em um shopping em plena liquidação é algo quase impossível para muitas mulheres, mas é nessas horas que lembrar da fatura do cartão de crédito ou nem levá-lo às compras pode salvar muitas de nós de um arrependimento sumário ao chegar no carro ou em casa…
Já ouvi mulheres contando que chegam das compras e escondem as sacolas dos maridos…
Será que essa compulsão por compras além de acarretar um disconforto com nós mesmas, não está nos trazendo problemas no relacionamentos e na vida?
Já dizia o ditado da vovó: “De cruzeiro em cruzeiro, se faz um milheiro…”
Tem tanta coisa tão desnecessária à venda, que só comprando com o cérebro e não com os olhos é que resolveria o problema!
Kel disse:
Olá Monny, me desculpe, mas realmente eu não entendi o que você quis dizer, você poderia ser mais clara, por favor, eu li várias vezes o que eu escrevi e não vi deboche em nada que eu escrevi.
De modo algum quero ofender alguém, peço desculpas se lhe ofendi em algum momento, pois essa não foi a minha intenção.
Não gosto de polêmica, e essa não foi a minha intenção em nenhum momento, na verdade só estou lhe respondendo, porque não gostaria de lhe passar uma intenção errada, prefiro até não escrever mais nada, pois até o meu português foi questionado.
Peço desculpas se ofendi a mais alguém… continuarei acompanhando o site de longe…
Monny disse:
Imagina, Kel. Talvez ambas tenhamos feito interpretações equivocadas. O fato é que o assunto é polêmico mesmo, e acabamos por nos exaltar. Não deixe de postar suas impressões jamais pq é isso que enriquece e diferencia o DeChanel: a não censura. Eu só devolvi a sua piada sobre “interpretação de texto”. Desculpe tb se a ofendi. Voltemos aos debates de alto nível sobre o tema!!!!
Kel disse:
Monny, fico aliviada que tenha sido um mal entendido, pois eu não fiz nenhuma piada sobre interpretação de texto, eu apenas questionei a Catherine ter copiado o que eu escrevi aqui e colado no GE com o nome dela, tomei um susto quando li um comentário meu feito aqui no DCNL escrito no GE.
Obrigado por ter me respondido, pois assim sei que não lhe ofendi…
Monny disse:
Que nada, menina!!! Estava lendo o GE, até postei por lá. Parece que o negócio pegou fogo! Até brigas e ofensas de baixo calão estão rolando por lá! A Catherine incendiou o GE!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…
robertasampaio1 disse:
Oi,gostei do assunto do post e até já escrevi sobre isso. Se puder procura uma matéria da revista Filosofia,cujo nome é Você é o que você consome? Não só essa matéria,mas essa edição toda da revista fala sobre isso.Muito bom. E se puder tem meu post,em que falo da matéria também ó: http://evariado.wordpress.com/2010/06/10/voce-e-o-que-voce-consome/ E que expressa bem o que penso e minha visão disso tudo. Assim como você,que me perdoem os comunistas mas sou uma grande fã do capitalismo.e ponto. =)
Aracelly disse:
Gente não pude deixar de pensar sore o que a suzi disse, eu sempre escondo sacolas do meu marido!rsrs Seria cômico se não fosse trágico.
Eu estava analisando hj e resolvi abrir as portas do meu closet, e separei ao menos 7 peças de roupas compradas a mais de 15 dias ainda com a etiqueta de preço, estavam lá justamente para meu marido se familiarizar antes que mande lavar para usar.
Eu passei por problemas de compulsão a um bom tempo atrás, por isso hj eu saio de casa apenas com dinheiro, deixo cartões, e cheque.
É uma das técnicas que uso para não me ver com o closet cheio de roupas que nunca vou usar, o dinheiro acabou volto para casa, ás vezes volto com o dinheiro tbm, pois fico com um dó de gastar em média 300 em uma blusa por exemplo, sabendo que se eu for na loja de uma amiga minha compro uma que vai fazer o mesmo efeito, com a mesma qualidade por 160.
Mas como toda mulher as promoções me enlouquecem, Só que compro apenas coisas básicas que usarei por muito tempo.
Quanto a falta de ética de consumo, ao meu ver é fruto da formação do caráter de cada cidadão, o que implica diretamente a orientação dos pais. As empresas, mídia, o estado, o sistema de ensino precário que prega apenas o passar no vestibular, só vêm completar essa lacuna deixada. Poucas vezes esse comportamento é fruto de uma escolha unicamente individual, na maioria das vezes é um pensamento divulgado e imposto por outros, em algum poucos casos, bem menos que pela imposição dos costumes sociais, o consumismo irracional é provocado por causas emocionais, aí já são outros quinhentos.
Pat Lima disse:
Eu já fui uma que entrava em casa com as compras camufladas para o marido não perceber!
Ou deixava as sacolas no carro e esperava ele sair para trazer para dentro de casa.
Ou comprava e deixava no trabalho e levava quando a minha barra estava limpa…hoje eu vejo que eu enganava era a mim mesmo! É pavoroso viver com medo e se escondendo. Infelizmente, nos deixamos levar pelas promoções, pela apelação. Parece que o fim do mundo é amanhã…
Fer disse:
Seu texto é muito bom, assino em baixo no que vc escreveu. Li alguns comentários falando que é coisa de gente “acomodada” por a culpa no governo, eu entendo que cada um tem que fazer a sua parte, mas em um país tão grande como o nosso, de impostos altíssimos, tanta corrupção, crimes que na maioria das vezes recebem uma maior atenção das autoridades pq algum famoso está envolvido ou a mídia está em cima e ninguém se revolta!! Simplesmente criticam a justiça ou sei lá quem, usam frases clichê e simplesmente qdo desligam a televisão o assunto acabou, “desligaram” junto com a tv, por ex. Os pais, os filhos foram criados assim, foi o ensino passado pela escola, não é mais fácil vc governar para pessoas dispostas a aceitar tudo e que se mostram passivas? Engolem o que aparece, não procuram se informar mais, a notícia já vem mastigada, não tem que refletir sobre nada!!
O governo não investe em educação pq não é interessante criar seres “pensantes”!!! A maioria das crianças frequentam escola pública onde os professores, os personagens mais importantes na formação de um cidadão recebem uma miséria, são totalmente desvalorizados!! Eu tive essa formação em escola pública mas tb tive pais que me ajudaram a ampliar os horizontes, a pesquisar, a não aceitar conceitos formados, mas essa não é a nossa realidade. Repito: não é culpa exclusiva do sistema, mas o governo tem a sua parte. O governo ao invés de ensinar a pescar dá o peixe (exemplo: bolsa escola, bolsa família e varios outros), já escutei mãe falando que deixo de trabalhar pq ganhava mais em casa recebendo essas “bolsas” do que trabalhando. E não podemos esquecer do jeitinho brasileiro de querer levar vantagem em tudo que está arraigado na nossa cultura.
Antes que alguém pergunte não sou professora mas convivo com alguns de escola pública então conheço a precariedade das nossas escolas.
Esse comportamento infelizmente é regra no nosso país, gostaria que fosse a exceção!!
Nina disse:
Fer, por isso que digo e repito que INFELIZMENTE a mediocridade é necessária para a paz pública, e disso nossos governantes sabem e aproveitam muuuuito bem, pois a partir do momento que vc dá EDUCAÇÃO decente para todos, vc cria seres pensantes, que vão questionar, exigir, não aceitar qq coisa…e a única coisa que é exigida no Brasil, é que CONTINUEMOS a reproduzir esse círculo cruel que é a ilusão de cidadania, de SER, pelo poder de compra…Fala-se: ” ahh, mas hj eu tenho um celular que faz até bolo (rs),”, mas daí, vc vai ver que aquele sujeito, infelizmente é um analfabeto funcional, sem condições de sequer saber que é de direito dele, ter uma educação decente, dentre tantas outras coisas…
É triste….
Isso me lembra Matrix e principalmente um livro do Baudrillard que li ” Simulacros e Simulações”, os símbolos possuem mais força do que a realidade…
Tanize disse:
Concordo que o ensino público no Brasil é péssimo. Sou professora, logo meu depoimento é bem pessoal.
Mas pergunto, nos EUA, na Alemanha ou Japão o consumo é menor e mais ambiental-socialmente correto?
Acho que a solução não está só na escola não, está também numa predisposição pessoal para escolher o que é mais correto. E até esse conceito de o que é mais correto é impossível de ser definido. Ou seja a questão vai muito mais do que escola!
Fer disse:
Eu também acho que a escola não é a solução, que a questão vai além da escola mas melhorando o ensino já é uma grande passo, afinal passamos grande parte da nossa infância e juventude dentro de uma :)
Joanna disse:
Oii
adorei esse post :)
e tô lendo o blog inteiro rs
hoje você ganhou uma nova leitora!! nessa confusão no Garotas Estúpidas por causa das bolsas de moletom alguém postou seu blog nos comentários e eu tô adorando!!
o GE já perdeu o espaço nos meus favoritos para o DeChanel :D
Rossana disse:
Adoro o debate originado por esse blog!
Eu acho extremamente difícil praticar o consumo consciente – ainda mais nas compras necessárias, como alimentos. Eu até tento, mas sei que estou longe, muito longe, do ideal. Moro há três anos no Rio de Janeiro e até hoje não consegui encontrar uma rede de supermercados que me deixasse pelo menos um pouco feliz: tem aquela que trata bem os consumidores, mas pratica preços abusivos; tem a outra que cheira mal e já foi interditada oitocentas vezes pela Vigilância Sanitária; tem aquela de preço honesto, mas que de tão superlotada, aflora a ira das pessoas, transformando os consumidores em potenciais serial killers; tem uma outra, mais tranquila, onde as mercadorias que deveriam estar sob refrigeração se acumulam nas gôndolas… isso sem contar as histórias de crescimento ilícito por trás de muitas delas. E aí, a gente faz o quê?
E para comprar aquele xampuzinho? Como a própria De Chanel já mostrou aqui, nós podemos escolher o Dove por sua admirável filosofia de aumentar a auto-estima das mulheres, mas aí estaremos patrocinando a mesma empresa que, em outro país, estimula a segregação racial. E como ter a certeza de que os produtos foram obtidos de forma sustentável e que não utilizaram testes em animais? Será que o trabalho dos funcionários da empresa produtora não foi explorado?
Você pode mobiliar sua sala com móveis de preço bom, porém cuja madeira é de procedência duvidosa, ou gastar 4 mil reais em uma mesinha de madeira de demolição – mas será que esse dinheiro não seria melhor revertido ao meio ambiente se fosse aplicado de outra maneira?
Bom, esse assunto rende muito pano pra manga.
Obrigada pelos excelentes post, De Chanel!
DE BIRKIN NO PLAZA! disse:
Eu concordo com tudo dito nos comentários, e também sou( e sinceramente já fui mais) de me preocupar, debater e querer ” mudar o mundo” sabe? aquele sentimento e atitude? E tem uma coisa que aconteceu há 1 ano atrás e mexeu comigo. Um amigo dos meus pais era assim,era chegar no clube, e sei lá, algo estava errado, enquanto todo mundo ” fingia que não via e bebia coca cola” ele ficava revoltado, ia reclamar, e acabava nem rindo com o pessoal, nem bebendo coca cola, ficava o tempo todo tentando melhorar a situação. E eu admirava muito ele, porque eu pensava ” assim tem que ser, tem que debater, reivindicar e tal” e o que houve? de tanto que ele se estressava ele faleceu ano passado com 47 anos de ataque cardíaco( no meio de um debate político) .
E isso me fez pensar sabe? antes eu era sempre 80( sendo 8 don´t care e 80 tentar mudar o mundo) e hoje confesso sou 40 , tem horas que vou e debato, reclamo, monto grupos para reivindicar, alertar e em outras situações eu aperto o dane-se e vou tomar coca-cola. Pode não ser o mais correto, mais eu também não quero morrer aos 47 de ataque do coração( oriundo de estresse) .Meio egoísta, eu sei. Mas poxa, se a gente as vezes não for um pouco egoísta para ser FELIZ. qual o sentido de viver?
ENFIM, ótimo assunto para analisar ” ad eternum” heehehhe !
Charlotte disse:
Paola Scott, é bem por aí mesmo. Se você se declara a favor do Capitalismo, lhe é tirado todo o direito de argumentar, de pensar. Acham que você tem que ser apenas um debiloide que tem que aceitar o consumismo exagerado e sem noção, sem questionar nada- afinal questionar é para quem deseja ”igualdade” para todos e é engajado em alguma ideologia anti- EUA.
A De Chanel, falou o que penso também. Esses ”revolucionários”, são contra o sistema canibal-capitalista, do alto de suas roupas, acessórios e gadgets ”estadunidenses”…
Meninas que dizem ser impossível mudar suas atitudes: não precisa parar de consumir. É só refletir se aquilo que parece tão indispensável a sua vida, o é na verdade. Um bom exemplo, são os esmaltes. Cores que existiam desde sempre, agora surgem a cada estação como ”novidade” e muitas garotas que já tinham aquela mesma cor com outro nome, acorrem às farmácias para adquirir a nova cor sensação do momento. E assim acaba sendo com quase tudo relativo à moda.
Penso que deveríamos nos perguntar sempre que nosso consumismo aflorar diante de uma vitrine, ”o que na moda eu gosto de verdade e o que eu adquiro[ou tenho vontade de adquirir], simplesmente porque vi em uma revista ou blog, que aquilo é ”super tendência”?” Já perceberam como muitas blogueiras postam looks que vocês percebem não ter nada a ver com elas, só porque é moda? Usam porque Alexa Chung ou Taylor Monsem usa…
E para mim, uma questão que sempre penso é a ética sobre produtos que se utilizam de animais. Será que preciso mesmo daquele creme ou make, super tudo, mas que testa seus produtos em animais? Será que preciso daquela bolsa de couro de cordeiro ou de bezerro? Além de os animais darem a carne para alimentar meu corpo, os filhotinhos tem de morrer para satisfazer meu consumo por moda?
Parabéns pelo ótimo post, De Chanel. E parabéns a todos que comentam.
Samantha disse:
Talvez muita gente não compreenda o que é o capitalismo. Ache que é sinônimo de consumir sem limites, quando não é. O capitalismo nos dá a variedade de produtos e a opção de escolha. Meu irmão foi a Cuba ano passado e acredite, ele teve que se virar com o micro creme dental que veio no kit do avião. Sim, é verdade, ele não encontrou creme dental por lá. Quando acabou, ele chegou a escovar os dentes com sabonete.
Ana Carolina disse:
meudeus, qui babado.
Axo que a grande maioria (não generalizando, e entrando no balaio da maioria), já teve um dia de fúria (insaciável) dentro de um shopping.
Sejam eles por motivos químicos (sim, gente. felicidade, tristeza, alegria, euforia, tpm, são condições químicas), ou por necessidade. Dificilmente se vc comprar pela necessidade irá extrapolar o limite do cartão de crédito, ou mergulhar de cabeça nos crediários da vida…
Tem uma frase do Marx (pai do socialismo), que dizia que há dois tipos de necessidades a se satisfazer: ‘seja pelo estômago, ou pela fantasia’.
Qualquer pessoa minimamente informada, sabe que ir ao supermercado (não estou falando de LV, ou Hermés, MAC, ou Renner), de estômago vazio consequentemente vc irá comprar com os olhos, e irá ‘comprar’ mais que a boca.
Acho que o consumo consciente nasce principalmente a partir de experiências ruins, foi assim que eu passei a me conscientizar mais, e comprar menos.. mas isso já foi assunto de outro post.
o principal, é que vc transmitiu sua idéia principal de que, vc nao é comunista, nem critica ferrenha do capitalismo, e sim a favor da conscientização, e da educação da sociedade.
principalmente da educação, que tah faltando em todos os sentidos.
;)
Daniela disse:
Parabéns pelo português corretíssimo e pela clareza com que expõe suas opiniões em seus textos! Até brinco que quando quero ter uma opinião “própria” sobre determinado assunto, procuro no seu blog… Abraços e continue o ótimo trabalho que vem fazendo por aqui!
Anônimo disse:
idem!
Samantha disse:
Post muito bom, parabéns!
Acho que todas as pessoas deveriam ler, principalmente os adolescentes. É um post que sem dúvida nos faz refletir.
Outro dia, passando por um blog aí, vi uma moça exibir orgulhosa seu “estoque” de maquiagem. Eram gavetas e mais gavetas. Não, ela não é maquiadora e nem revendedora. Era para uso pessoal. Na mentalidade de nossa sociedade consumista, dizem: “o dinheiro é de fulana, ela faz o que quiser”. Eu concordo com isso apenas parcialmente, pois acredito que quanto mais consumimos, mais poluentes geramos, prejudicando o meio ambiente e a vida de todos.
O caso das maquiagens foi apenas um exemplo, mas acredito que possa ser aplicado em tudo. Alem disso, eu sou uma fiel defensora de que devemos guardar dinheiro. Devemos ter um grande objetivo, sempre. Seja uma viagem bacana, um carro, independencia financeira, um imovel, etc. Quando gastamos dinheiro com essas coisinhas efemeras e passageiras, nos distanciamos de um eventual objetivo.
Entretanto, não devemos ser pão-duras ao extremo. Recentemente, eu comprei uma bota um tanto cara. Ponderei muito, pensei, refleti até concluir que eu realmente precisava e me faria feliz. Comprei a bota e fiquei bastante satisfeita. Estou usando com frequencia, o que para mim é um medidor: se eu compro algo que uso uma vez e logo fica encostado, já concluo que agi por impulso.
Larissa Popp disse:
Samantha, eu concordo com vc.. eu não conseguia guardar nem um real por mês (um pouco porque não sobrava nem um real depois q eu pagava meus gastos fixos, mas também assumo que não me esforçava muito). O meu marido por outro lado vivia se privando das coisas para ter uma reserva.. depois que casamos cada um cedeu um pouco e hoje em dia conseguimos guardar para quitar nosso apartamento mas não deixamos de jantar fora ou viajar uma vez por ano. O desafio é o equilíbrio..
Agora uma coisa que eu sou contra é quando esses consultores de finanças pessoais recomendam que as pessoas deixem de tomar cafezinho, por exemplo… de repente esse é o momento da pessoa relaxar na hora do almoço, qual o problema? É o que v. falou da pão-durice extrema..
Samantha disse:
Ah, eu sou contra essas grandes privações também! Um cafézinho na hora do almoço, se a pessoa gosta ajuda a relaxar e a aumentar a produtividade! O que não pode é acompanhar esse café com um bolo todo dia! rsrs
Aliás, é uma coisa q sempre falo pro meu noivo: economizar dinheiro nos ajuda a ter uma vida saudável e a ajudar o meio ambiente. Explico: você quer um lanchinho. Uma maçã é bem mais barata que um pacote de biscoitos recheados. O pacote de biscoitos gera um detrito, que é o pacote de plástico. A maçã não.
É um pensamento meu, mas acho q faz um pouco de sentido. Se bem que um biscoitinho , de vez enquando é bom. Bem de vez em quando =)
Glauce disse:
O Blog Dinheirama dá boas dicas sobre finanças pessoais, e fiquem tranquilos que nunca vi eles dizerem pra ninguém deixar de tomar um cafezinho(rsrs). Ao contrário disso, vejo a valorização do bem estar familiar e do lazer, que muitas vezes são deixados de lado por causa de objetos de desejo desnecessários -> http://www.dinheirama.com
Posso fazer propaganda, De Chanel? É que eu sou mto fã do blog. =)
Larissa Popp disse:
Glauce, obrigada pela dica! Fui dar uma olhada e achei um trecho muito interessante num artigo : “O que é mais importante: a sua felicidade ou a sua aparente felicidade? Muita gente acha mais importante esse segundo item e, pior, identifica a aparência de felicidade nos bens que mais “aparecem” aos olhos dos outros, como carros, roupas, eletrônicos etc. A partir do momento em que você se preocupar mais consigo mesmo, estará dando um grande passo rumo a uma vida também financeiramente mais feliz.”
Eu acho que as pessoas tem prioridades diferentes.. mas eu sempre tento me colocar em primeiro lugar: não ligo pra carro, celular, etc. mas não economizo com livros – e não é pra mostrar pra ninguém, porque na minha casa não tem espaço e eu geralmente acabo doando depois.
A minha mãe sempre me fala uma coisa que faz muito sentido.. há um tempo atrás as pessoas casavam tendo uma geladeira e um fogão.. hoje precisa de home theatre, lava-louças, microondas, tv de plasma, festa de arromba, etc etc etc. Entendo que o mundo mudou e a gente quer aproveitar coisas que nos tragam conforto, mas o retorno à simplicidade talvez seja a chave pra uma vida sem tanto sofrimento – sofrimento pelas coisas que a gente não tem!
Vou aproveitar para compartilhar uma revista que eu adoro e que infelizmente é super difícil de achar aqui.. http://www.realsimple.com – destaque para a seção de “new uses for old things”
Bjs
Glauce disse:
De Chanel (já virou seu nome e “na Laje” sobrenome! rsrs), fico muito triste quando entro no seu blog e vejo que alguns dos melhores posts são pouco comentados. Talvez muito lidos mas pouco comentados. Mas a sensação que eu tenho é a de que, quando o assunto diz respeito a outras pessoas, às suas atitudes e comportamentos, muitos leitores não economizam tempo e palavras para tecer um comentário. Mas quando o questionamento é pessoal e atinge a maioria dos leitores (incluindo a mim), pouco esforço é colocado. Chego a ter a impressão de que muitos “deixam pra lá” e ficam na expectativa de mais um post “polêmico” sobre blogs de moda.
Tomara que essa não seja a verdade, mas é a impressão que eu tenho.
Bjos!
Anônimo disse:
Glauce, imagino que posts assim são menos comentados justamente porque
são bem mais complexos e são assuntos que a grande maioria não está acostumada a lidar e até mesmo pensar. É chato porque é trabalhoso (o que não significa que não seja interessante e nem sem valor) pensar sobre tudo isso. Aí é mais fácil realmente deixar isso pra lá.
Eu li e devo confessar que não sei o que comentar porque é um assunto tão novo que eu nem sei o que penso sobre isso ainda, sabe? Ainda possuo uma ignorância.
Mas ,sem dúvidas, textos assim estimulam as pessoas a analisarem as coisas, suas posturas, seus atos e isso é bom. Mesmo que elas ainda estejam confusas demais sobre tudo.
Glauce disse:
Você tem razão, anônimo! Eu mesma quando li fiquei um tempo pensando no que poderia acrescentar. rsrs
Nós não temos o hábito de lidar com esses assuntos e às vezes ficamos esperando surgirem vários comentários, vários pontos de vista, para poder elaborar o nosso.
Lia disse:
REalmente uma vida simples onde tentamos agradar a gente mesmo é mto mais prazerosa e digna!
Deve ser cansativo ter que estar sempre na crista da onda, em competição constante pra ver quem é a melhor e quem ostenta mais..
Aff!!!
Gisele disse:
É difícil ser consciente e viver assim 24 horas por dia, hein. Muito difícil! Eu me informo muito sobre o que consumo ou pretendo consumir, sempre sou chamada de chata e sempre chego na conclusão de que não há nada que eu consuma que não envolva: crueldade com animais, degradação do meio ambiente, exploração de trabalho (semi-)escravo e sonegação fiscal.
Concordo que somos nós, agora, que temos que agir se quisermos que algo mude. Detesto essa coisa de culpar o sistema, afinal, nós somos parte do sistema. Eu tento fazer minha parte, mas nunca vou conseguir mudar o mundo se o resto dele tá cagando e andando pra isso (às vezes parece que todos estão vivendo na Matrix mesmo). Pode parecer pessimista, mas é a realidade. Ainda assim, mesmo que eu não vá mudar o mundo sozinha, agir dessa forma me faz ter a consciência tranquila.
Só discordo disso de achar que no capitalismo o indivíduo tem pleno poder de escolhas. Pode ser que em alguns lugares, em algumas classes sociais, até tenha. Mas a maioria não tem, não (como a Tanize disse lá em cima). E também não sou fã do capitalismo (e nem do comunismo). A humanidade não deu certo =)
Samantha disse:
É verdade! Eu citei Cuba como a ausência de escolha devido ao regime político, mas devemos lembrar de países pobres e classes sociais pobres. Aliás, essa elevada diferença entre as classes sociais é um grande mal do capitalismo.
Marcia disse:
Olá para todos.
É a primeira vez que participo desse debate por conciderá-lo bastante pertinente. E gostaria de ainda propor um outro enfoque: e se a relação de compra/venda não for explícita? Me explico, citando um exemplo mas poderia ser outros: quantas músicas podemos armazenar nos nossos celulares ou outros similares? Podemos com todas? São suficientes até a próxima tecnologia que nos possibilite armazenar (acumular) mais? Essa prática também é consumo? E nem estou falando aqui de consumo ilegal (pirataria).
Sílvia Moreira disse:
Dechanel ,
Muito bem colocado e reflexivo seu texto,em destaque uma parte : ” Que produto é esse? Eu realmente preciso dele? Será que não existe um melhor? Ele tem uma boa relação qualidade-preço? Por esse preço, eu não deveria exigir uma coisa de melhor qualidade? ”
Vivo me arrependendo do meu consumo !
Eu gostaria de planejar mais meus gastos e assim poder aplicar meu suado dinheiro em coisas realmente necessárias.Com certeza,futilidade esta entre elas.E é o mal da mulher.
já vi gente dizer que coleciona maquiagem (oi?).não acredito nessa desculpa por compulsão as compras.sabe que olhando outras pessoas consumirem mais do que vc ,te faz refletir sobre se vc não é igual.é interessante pelo menos pra min pegar o exemplo dessas pessoas que não julgo ser muito feliz,pois usam seu consumo para se satisfazer (ou as outros) e muita das vezes,esta satisfação/prazer vai embora o tanto quanto chegou.e
Lorena Borges disse:
“Esse produto capina um lote”?
Na última viagem que fizemos com amigos, uma das pessoas do grupo contou esse caso. Não lembro bem os detalhes, mas o caso gira em torno de um menino de família pobre que toda vez que ia pedir alguma coisa para o pai, o pai respondia: “filho, esse brinquedo vai capinar nosso lote?”. Tipo, tem coisas mais importantes e essenciais para gastarmos nosso dinheiro. Se gastarmos com determinadas coisas, vai ser um dinheiro bem empregado? Podemos gastar esse dinheiro com isso ou é melhor guardar para “capinar o lote”. Depois desse caso, toda vez que alguém na viagem ia comprar alguma coisa, outro alguém já gritava: “mas isso vai capinar seu lote?”. Conto que funcionou muito bem! Algumas vezes a pessoa acabava até comprando a tal coisa sim, mas pensava bem antes, para saber se a tal coisa capinava ou não um lote (rs)! Mas na maioria das vezes desistiam da compra mesmo!
Sílvia Moreira disse:
Lorena,
Boa!!!! vou usar essa frase já!!!
Sílvia Moreira disse:
Glauce,
Já fiz esse mesmo comentário meses atrás com a Dechanel , a cerca de um texto que envolvia “Abuso da imagem infantil/ pedofilia” (não me recordo o assunto original do texto) . o quanto era de interesse do povo,questionar ou até mesmo comentar sobre tal assunto.
Vale lembrar que nunca esteve tão na moda pedofilia,e um dos meios a qual ela se estende é a internet.
É interessante também, não pensar que : ” meu comentário não fará diferença” .
Lia disse:
VAmos gastar viajando minha gente!! Ir a lugares inusitados, diferentes, onde se possa aprender algo!!! Vamos viajar muito e abrir a mente…. ir a lugares frios e saber dar valor ao calor. Ir a lugares muito quente e saber dar valor ao frio. Ir a lugares secos e saber dar valor a água. Ir a lugares onde as pessoas não tem quase o que comer e saber dar valor aos alimentos.
Viajar é o que há!!!
GAste seu $$$ viajando!! Não a melhor forma de gastar seu $$$. #etenhodito
Larissa Popp disse:
acabei lembrando de um documentário que vi uma vez sobre turismo, num país super pobre, quando perguntaram pra uma menina local o que ela queria ser quando crescesse, e a resposta dela foi: Turista! – claro né, são sempre bem tratados, tem dinheiro, comem em bons restaurantes, compram roupas novas… ser turista é tudo de bom!!! rsrs
Mas sabe que até isso tem que ser feito de forma sustentável? É o que alguém falou aí em cima.. difícil é fazer algo que não contribua pra degradação do meio ambiente / exploração de mão de obra etc etc é bem difícil!!
Deveriaestarestudando disse:
Lia, esse é meu lema de vida. Prefiro gastar meu dinheiro viajando. O que você vive em uma viagem ninguém vai tirar de você. Essas lembranças são minhas, são o que eu terei de mais valioso.
Vi uma entrevista com alguém que teve câncer e ficou sofrendo por anos, e ele disse que só ficava lembrando e revivendo os momentos de suas viagens pelo mundo, e isso ajudou.
bjks, meninas,
Mel
Ina disse:
Concordo, o melhor dinheiro investido é o dinheiro gasto numa viagem, até pq no Free Shopping tudo é mais barato…rss. Brincadeiras a parte a melhor coisa do mundo é viajar, conhecer lugares, pessoas, culturas… é o melhor investimento.
Bj
Samantha disse:
Concordo!
Também adoro gastar viajando. As experiências são únicas! É um dinheiro que vale a pena e gasto com prazer. Não que eu fique hospedada em hoteis 5 estrelas e coma apenas em restaurantes caros….rs. Pelo contrário, fico em acomodações simples (porem confortáveis). A experiência, o novo olhar, a comida diferente… tudo é tão legal! =)
Lia disse:
Mas é mesmo meninas… eu torro meu $$ em viagens e não me arrependo um tiquinho. Tento abrir a minha mente e meus horizontes. É impágavel o quanto vc pode aprender descobrindo novos mundos, novas culturas e ainda poder fazer novos amigos. #nãotempreço
Catherine disse:
Viajar e estudar são duas coisas q ninguém pode te roubar.
A aprendizagem é um tesouro que segue seu dono em qualquer lugar.
camila disse:
eu não tenho uma “it bag”. gastei o $$$ dela para em breve ter um “it diploma” enquanto faço uma “it viagem”.
E acho que todo mundo deveria fazer o mesmo. Nunca vai sair de moda.
Samantha disse:
hahahaha adorei os ‘it’s’
Empregarei com frequência, Camila.
eu sou uma it meteorologista que está juntando dinheiro para o sonhado it apartamento
Anonimato sempre disse:
Eu quero ver os filhos dessas patricinhas E MAURICINHOS ALIENADOS que consomem desenfreadamente SOFRER muito no futuro!!! São eles que vão arcar com toda a carga de sofrimento gerada por esse consumo abestalhado.
Imaginem que pra fazer uma calça jeans se gasta 10 mil litros de água:
Essas meninas que compram, compram e estão por tabela destruindo o planeta.
Vejam mais:
um hamburguer – 2.400 litros
uma calça jeans – 10.000 litros
uma folha de papel A4 – 10 litros
um carro – 400.000 litros
um computador – 1.500 litros
1kg de arroz – 1.400 a 3.600 litros
1 kg de queijo – 5.800 litros
1kg de laranjas – 378 litros
É MOLE OU QUEREM MAIS?????????????????????
Raquel disse:
Desculpe-me, não sou patricinha “alienada”, mas uso calça jeans desde sempre, como hambúrger de vez em quando, tenho carro e computador, no qual gasto inúmeras folhas de papel, e como arroz, queijo e laranjas praticamente todos os dias. Também estou destruindo o planeta, você provavelmente também está, todos estamos…
Ah, e também não gosto de ver ninguém sofrer, quem quer que seja!
Acho que o radicalismo, em qualquer situação, não é a atitude mais racional.
Samantha disse:
Gostei muito da dica do blog dinheirama. Você conhecem o blog da Lola Aronovich? Ela é o que chamo de super-pão-dura. hehehehe
Brincadeiras a parte, ela fala de tudo em seu blog. Há ocasiões em que ela fala sobre juntar dinheiro, sobre poupar e economizar. As vezes acho que ela exagera (na minha opinião claro), mas eu dou muito valor as dicas que ela dá.
http://escrevalolaescreva.blogspot.com/
Um ótimo blog, por sinal. Independentemente de posicionamento político, ideológico, etc. Adoro blog de pessoas inteligentes = )
Camila disse:
Eu já comentei isso num post passado, e volto a repetir, para mim o essencial é pão e água!Claro que nao ando por ai como uma mendiga (nada contra os mesmos), mas eu penso MIL vezes antes de fazer um gasto,por que? Faz dois anos que vivo fora do Brasa e não recebo ajuda dos meus pais. Acabo de casarme e tenho muito medo de um dia me faltar $$$ para o aluguel, comida e contas..dai teria que voltar a pedir verba para mis viejos…
Para mim, o que eu tenho ou deixo de ter não é o mais importante, mas o que construo, isso sim!É algo que me dá imenso prazer!
Fico besta com meninas que vivem sob o teto dos pais e FINANCIAM um batom da MAC…pipól!Peguem esse dinheiro ,e vãocomprar as verduras da semana para a casa dos pais!
Haz algo por la vida!!!
Larissa Popp disse:
hahahaha tem razão.. eu não vejo com tanto extremismo assim, mas só passei a comprar maquiagens mais caras depois que comecei a ganhar um salário legal, e só depois de pagar as contas do mês, pq nunca tive a ajuda financeira dos meus pais. Isso me fez lembrar de quando fui ao cinema com meu marido assistir “Delírios de consumo de Becky Bloom”, e no meio do filme começamos a suar frio.. não dava pra acreditar que a menina estava endividada até a tampa e continuava comprando, comprando.. e morando de favor na casa da amiga!!
Cada um faz o que quer com o seu dinheiro, mas eu tenho vergonha alheia de quem já é adulto e continua abusando dos pais (o que dizer dos que casam e continuam abusando?)
Samantha disse:
Cara, sempre achei que sair da casa dos pais é muito bom! Sair de casa sem depender dos pais, evidentemente. Auxilia e muito no amadurecimento. Eu tenho certeza que se a louca que financia o batom MAC morasse fora da casa dos pais, pensaria um milhão de vezes antes de um gasto desnecessário.
O debate desse post tá muito bom!
Anônimo disse:
Pois é!Mas eu ainda não estou estabilizada financeiramente.. sniff!kkk
De momento só trabalha o meu marido, e essa é uma razão TREMENDA para não gastar o dinheiro dele (ele odeia que eu diga assim), em coisas que só serão usufruidas por mim.
Talvez eu tenha sido uma mendiga na reencarnação passada!kk E agora tenho medo de passar necessidades! :P
Camila disse:
Essa louca, mendiga reencarnada ai de cima sou eu! Camila.
Glauce disse:
Só eu descobri tardemente que viajar é mto bom (rsrs)?
Mas, sem ‘puxassaquismo’, este blog (posts e comentários) está abrindo minha mente pra isso tb.
Larissa Popp disse:
comentando o assunto “viagens”, acho que faz muita falta blogs legais com dicas de viagens que vão além de compras ou de como viajar gastando um real por dia (tenho muita vergonha de certas dicas de economia, do tipo se alimentar com amostras grátis de supermercados..), ou seja, é 8 ou 80. Não tem dicas pra quem queira fazer algo além de comprar, e pra quem não queira gastar um absurdo mas também não queira fazer mendigagem..
Nova Iorque mesmo, é uma cidade tão fantástica,com tanta coisa legal!! Mas quando eu fui pra lá de férias tive uma enorme dificuldade em encontrar dicas que fossem além.. as melhores dicas eu consegui de gente q nem sonha em ter blog.
Aliás, eu tenho um blog e coloquei algumas coisas lá caso alguém tenha vontade de ir, espero ajudar alguém, mas já aviso q não tenho nenhuma pretensão maior, é um blog que faço para falar sobre meu maior problema – ansiedade – mas acabo colocando outras coisas q tenho vontade. http://superansiosas.blogspot.com/search?q=nova+iorque
Esse post é um pouco sobre a questão de gastos em viagem e custo x benefício http://superansiosas.blogspot.com/2010/03/im-back.html
Samantha disse:
Bacana Larissa, eu ainda não conheço Nova York mas seu blog ajudou muito nisso. No dia que for até lá, certamente aproveitarei muito!
Eu sempre sou a favor de provar a comida local do lugar. Muitas vezes, sai caro, mas vale a pena. O negócio é não ter medo de experimentar. Lá em Lisboa fui em um restaurante muito pequeno, estilo um buteco. Muito bom! E paguei barato!!! Muitas vezes as pessoas vão a lugares badalados, famosos e que são caros. Eu sou a favor de ir nos lugares menores e tentar.
A dica do supermercado é ótima. Uma coisa que sempre faço: compro alguns engradados de água em um supermercado do local e guardo no meu quarto do hotel. Porque sabemos, água vendida em lanchonetes ou locais do tipo é bem mais cara.
Alice disse:
Oi Larissa!
Então, não sei se você conhece o blog da Dri: drieverywhere.net . É ótimo!!! A menina mora em Londres, mas já morou na Espanha e em algum outro lugar, se não me engano! Ela parece ser super legal, down to earth. Ela não é do tipo exibicionista e as dicas dela são ótimas. Apesar dela parecer ter condições de ficar em bons hotéis, ela quase sempre escolhe hostels. Só achei super engraçado quando ela ficou num hostel no Egito! Na boa, nem eu ficaria num hostel no Egito. Meio bizarro! hahaha! Até porque o Egito é super barato.
E entendo ao que você se refere sobre viajar gastando R$1 por dia. Eu já vi muita gente falando em ir a Europa por 1 mes e conhecer 10 países, 30 cidades em 30 dias!!! Tipo, maior desespero pra conhecer tudo. Não tem nem tempo de relaxar, de aproveitar mesmo, tudo em nome de conhecer o máximo possível em um curto período. No final das contas, a pessoa só tá tirando um monte de fotos de pontos turísticos e não está vivenciando o momento, só preocupado com o próximo ponto turístico…
Eu sou do tipo que prefere conhecer melhor a cidade e ficar mais tempo e conhecer menos cidades, mas aproveitar bem.
Outra, quando se viaja, uma das melhores experiencias é comer a comida local. Não precisa ir à restaurantes caros e famosos, os pequenos muitas vezes são de família, e comida local, e daí você conhece mesmo a culinária do local.
Pri Sganzerla disse:
Uma dica:
Sobre esta questão do consumismo, assisti ontem a um filme que aborda exatamente o ponto a que as pessoas chegam para consumir um determinado “estilo de vida considerado cool” e o quanto os publicitários e marketeiros levam seu trabalho às últimas consequências, desconsiderando questões como ética e valores humanos.
“Que família é essa?” (The Joneses)
EUA, 2009
Diretor: Derrick Borte
Elenco: David Duchovny e Demi Moore
Sinopse: O filme conta a história de uma família aparentemente perfeita que acaba de se mudar para um subúrbio americano e imediatamente se torna o tema de conversa de todo o bairro. Porém, eles fazem parte de um esquema de marketing de uma empresa que tem como objetivo introduzir produtos de luxo na vizinhança.
A ser lançado no final do ano no Brasil.
Lia disse:
Engraçado.. pra mim Nova Iorque já nõ me diz nadinha de nada… bom cada com seus gostos e experiências mas o que vou fazer numa cidade onde o consumismo é pregado em primeiro lugar? Alis o país todo representa 5% de TUDO O QUE é CONSUMIDO NO PLANETA. Pode? Os americanos são péssimo exemplo pra isso.
Minha última viagem foi pra Tunisia (na ilha deles Djerba) e lá sim pude ver o que é as pessoas irem na feira comprar uns tomates meio podres, uma maças pequenas e mirradas que a gente no Brasil encontra no lixão do Ceasa. Isso sim pra mim éaprendizado! Dar valor as coisas…
Essas patricinhas pra onde vão?!!! New York; Duabai, Caribe, Cancun, Punta del Leste,etc.. Ver o que? O que tem a vida tem de bonito e preazeroso gastando $$ do papai… FAzer o que? Compras, bronzeamento natural ou quqer futilidade do genero… Aprender o que? NADA!!!!!!!
Que triste!!!
Nina disse:
Nossa Lia, TUNISIA??? Deve ter sido beeeeeeem interessante! Fiquei com uma pontinha de inveja – boooa!!!
Vc viu as ruinas???
Nossa, tenho MUITA vontade de ir para lá…e tb para Turquia – que até foi inspiração para o projeto de vitrine de um cliente meu!
Adoraria conversar mais com vc sobre, anota meu e-mail: ninaklimt@yahoo.com.br e vms bater papo sobre isso??? (pentelha eu!)rssrsrsrs
Besos
Glauce disse:
Lia, acho que não pode ser nem 8 nem 80. Não conheço muitos lugares, também não conheço NY, quiçá outro país além do nosso, mas acredito que em todos os lugares é possível aprender. Esses são os destinos preferidos dos que têm dinheiro de sobra e viajam para fazer compras, mas não é só disso que vivem essas cidades, você pode ir e ver shows que jamais veria em outros lugares, por exemplo. Cada lugar tem sua cultura, por isso sou a favor de conhecer da pobreza extrema ao luxo e tirar o maior proveito que cada lugar tem a oferecer.
Larissa Popp disse:
Lia, eu acho o máximo conhecer lugares como o que vc conheceu.. pena que acaba custando bem mais caro né? Quando eu fui pra NY, na verdade o fiz porque meu marido estava trabalhando lá e não precisamos pagar a passagem dele.. se tivesse que escolher acho que eu iria pra outro lugar. Mas sabe que foi bom, porque eu tinha esse mesmo preconceito e foi um dos lugares mais legais que já conheci, vc não imagina a quantidade de museus legais que tem lá, o acervo do Metropolitan é de cair o queixo pra quem gosta de artes, as livrarias são enormes, quem gosta de livros aqui no Brasil e tem q se limitar a Livraria Cultura-Saraiva-FNAC ou esperar séculos pelos livros da Amazon, é um paraíso! Eu concordo totalmente que se o mundo inteiro tivesse o mesmo nível de consumo dos americanos precisaríamos de vários planetas Terra.. mas não é por isso que não tenham nada de útil pra oferecer. Acho que tudo depende do filtro sabe? De saber o que vc leva com vc e o que vc rejeita – mas é que tem gente sem filtro, como diz minha mãe..
Eu fui assistir uma missa Gospel no Harlem, custou zero dólares e foi uma das coisas mais lindas que eu já vi, e olhe que eu não sou religiosa. Uma energia incrível, e os sermões contavam histórias que os negros americanos ainda vivem, de racismo e exclusão.. nada como conhecer de verdade aquelas coisas que só vemos em filme. Antes do meu marido ir trabalhar tínhamos combinado de ir pra Macchu Picchu, no Peru.. mas ficou pro ano q vem!
paola scott disse:
Lia, NY é a meca do consumo, mas achar que vc não vai aprender nada lá é miopia! Lá vc tem uma oferta de programas culturais enorme. Basta querer!
E muita coisa é de graça!
Nat disse:
Fora os museus de NY, tenho a maior vontade de conhecer…
Deveriaestarestudando disse:
Larissa, JURO que em breve vou fazer um mega post com dicas de mochilagem (mochilagem mais ou menos, viagem econômica)na Europa, já fui 3 vezes, passei 3 meses, vou contar tudo de transporte, economia, evitar problemas, hoteis, rango, lugares lindos fora das rotas turísticas, etc…
Em breve.
bjks!
Glauce disse:
Eu adoraria ler também!!!
Larissa Popp disse:
mal posso esperar… ano que vem vou algumas vezes para a Europa a trabalho e quero aproveitar pra conhecer os lugares tbm.. vc já foi pra Bélgica? Vou pra lá mês que vem (pra Bruxelas) e até agora só sei que quero conhecer Bruges! Bjo!
Lia disse:
Claro Nina, será um prazer!!!! Sim vi ruinas, vi onde eles fazem “poterie”, ou seja, todas as louças de argila e o poço de onde eles tiram argila. vi que a religião muçulmana tem seu lado negativo mas tb tem seu ponto positivo pois vc não vê umazinha criança de rua ou velhinho jogado à deriva… vi que a gente tem um país super rico em alimentação e água e que temos que dar graças a Deus por td isso.
Mas fui pq moro aqui na Europa viu… pq se tivesse aí no Brasil viaja por aí mesmo. Não é preciso ir tão longe pra aprender algumas coisas das quais aprendi nessa viagem pq no Brasil (que é tão grande) tem vários lugares que vc pode ver culturas totalmente diferente, não é?!!!
Alice disse:
Ai, o melhor da Europa é que tudo é tão perto, é muito fácil viajar pela Europa inteira e ir ao Norte da África e parte da Ásia!!! Adoraria ter essa oportunidade!! Moro nos Estados Unidos, e aqui perto só tem México e Canadá!!! Ah!!! E todas aquelas ilhas paradisíacas, mas depende de qual parte você mora nos U.S., fica mais fácil ou mais difícil de ir a certos lugares!
Alice disse:
De Chanel, novamente excelente post!
Vou concordar com muitas meninas aqui que o melhor investimento, uso do seu dinheiro é na sua educação e em viagens. Não há dúvidas!!!
Em se tratando de consumir produtos, bens materiais, todas as perguntas que deveríamos fazer em ordem de saber se realmente vale a pena comprar certo produto, é super válido, mas não sei se é possível. Imagino o quão exaustivo seria ter milhares de perguntas na cabeça, e o sentimento de culpa caso compremos um produto e o mesmo não condiz com nossos valores, seja porque a cia. explora seus funcionários, seja porque a cia. tem envolvimento com tráfico, por exemplo.
Apesar da internet ser um meio de obter informações sobre qualquer assunto, nem sempre todas as informações estão ao nosso alcance, nem sempre as informações são divulgadas. Daí a gente acha que está fazendo a nossa parte, quando na verdade estamos consumindo produtos que foram produzidos usando mão-de-obra infantil, por exemplo.
Um exemplo de divulgação que me fez repensar sobre meu consumo, foi um documentário sobre o Wal Mart, maior rede de mercados dos U.S.. No documentário mostrava o quão asquerosos são os donos da cia., e o impacto que causa na vida de tanta gente. Todos os produtos do Wal Mart são made in China, e eles são donos das fábricas, se não me engano. O “menor preço”, oferecido por eles é em detrimento da vida de milhares de chineses que trabalham em condições de semi-escravidão, fazendo quase nada por tanto trabalho, carga horária dobrada (15, 16hs/dia), muitos dormem ali mesmo onde trabalham, uma favela vertical, em condições sub-humanas. E ai de quem reclamar.
Não só na China, mas também nos U.S., os funcionários do Wal Mart são instruídos a não trabalhar acima da carga horária de 40hs, porque senão Wal Mart teria que pagar overtime (overtime paga-se por hora + metade do wage por hora, ou seja, se eles ganham $8/h, no overtime ganhariam $12), além de proibirem qualquer tipo de Union, e se alguém tentar faze-lo, será demitido. Inclusive acredito que nem benefícios os caras tem.
Tem muito mais do que isso, quem quiser ler sobre tem várias resenhas aqui http://www.netflix.com/WiMovie/Wal-Mart_The_High_Cost_of_Low_Price/70040809?strackid=1ed8a499cf67fb9f_0_srl&strkid=537403400_0_0&trkid=438381
Depois que assisti a esse documentário, eu nunca mais pisei meus pés lá. Já estava há um tempo sem ir lá, de qualquer forma, porque onde eu moro, não tem muitos Wal Marts. No final das contas, pesando os prós e contras, vi que tinha muito mais prós em não comprar lá. Muitos mercados locais tem o mesmo preço senão melhor do que o Wal mart em alimentos em geral, fora que, uma cia. como estas, dá medo de comprar carne de lá. Sempre há concorrencia e opções, então porque ficar com a pior de todas, que impactua negativamente na vida de tanta gente, em tantas comunidades?
Falando em China, acho bastante interessante quando as pessoas enchem a boca pra falar que a China vai passar a frente dos U.S. e ser a maior potência mundial. Qual o mérito da China, me diz? Fazer falsificações? Censura ao povo (sem liberdade de escolha religiosa, por exemplo)? Trabalho forçado? Seu regime político? Vocês sabiam que muitos dos atletas chineses tiveram suas certidões de nascimento adulteradas, para que os mesmos pudessem participar das Olimpíadas? Porque a princípio, atletas mais novos são mais ágeis e leves para certos esportes (como a ginástica olímpica), e inclusive uma das campeãe em ginástica olímpica estava abaixo da idade permitida!
Pra completar, os caras oprimem o Tibet. Como alguém oprime um povo tão pacifista como o Tibet?
Falo tanto da China porque este é um dos maiores exportadores do mundo.
Um caso interessante, foi sobre uma exposição de corpos humanos http://www.bodiestheexhibition.com/
Quando essa exposição foi trazida aos U.S., lembro do barraco que foi. Eu achei meio bizarro no início, e lendo artigos sobre o assunto, descobri que esses corpos eram oriundos da China. A questão nem era a exposição de corpos de seres humanos, mas sim a origem desses corpos. Esses corpos nunca foram doados pelas famílias, e muitas desses corpos foram de pessoas que não morreram de causas naturais, pelo contrário, foram pessoas assassinadas pelo regime chinês e largadas na rua (sim, não só corpos de bebes de família que tem mais de um filho, ou que nao querem ter uma menina, são largados na rua). Daí, a tal “empresa” que negociou a venda desses corpos, pegava os corpos na rua e revendia para a exposição. Creepy.
Eu me recusei a ir à Exposição, pela falta de respeito por estes seres-humanos e por toda a história por tras disso. Eu decidi não consumir isso. Se fossem corpos doados pela família em prol da ciencia e educação, tudo bem, mas não era o caso.
http://www.post-gazette.com/pg/07172/795948-115.stm
Para concluir, China produz um monte de porcaria. Produtos que desmontam fácilmente, roupas que se desfazem após algumas lavagens, brinquedos de crianças que se tornam perigosos (como o caso dos trenzinhos de madeira, com uma pintura que era venenosa). Sempre rola uns recalls de produtos chineses por aqui, principalmente brinquedos. E eu me pergunto: Como, após tantos recalls, essas empresas ainda negociam com os empresários chineses: A resposta é maximização de lucro. Porque parece que é somente com isso que alguns se importam. Talvez depois de um processo e perda de milhões, alguns se toquem e comecem a se preocupar com segurança e funcionalidade dos produtos.
Ah, e mudando de assunto, eu acho que a questão principal para o consumismo desenfreado é quantidade x qualidade. Consumidores gostam de consumir non-stop, às vezs nem é questáo de qualidade,funcionalidade e durabilidade. O que importa é que você pode ter aquilo e que aquilo será útil por um tempo. As vezes tem a ver com o desejo de se obter algo, saciar a vontade de ter um novo produto, uma nova bolsa ou vestido, por exemplo. Depois de adquiri-lo você quer mais (como as shopaholics). Por isso que a quantidade impera.
Samantha disse:
Eu concordo inteiramente com você. Aliás, vc levantou pontos sérios sobre a China que eu desconhecia, como o caso da exposição de corpos humanos. Ultimamente tenho evitado comprar itens chineses. Eu confesso que adoro um site chamado Deal Extreme, tem itens muito bonitinhos e interessantes. É inevitável, sempre quero comprar alguma coisa de lá. Mas evito e só comprei algumas vezes, como cartões de memória e adaptadores. Confesso que lendo seu comentário, até sinto que fiz algo errado.
No final, você fala da quantidade x qualidade. É uma coisa que sempre procuro seguir, principalmente tratando-se de roupas, sapatos, bolsas, acessórios e cosméticos. prefiro ter poucas coisas, porém boas e versáteis. Sabe aquele vestido preto que é de qualidade e serve a várias ocasiões? Dessa forma. Até porque eu não possuo um closet, possuo apenas um guarda-roupa pequeno e moro em um apartamento pequeno. Também acho que colaboro com o meio ambiente, pensando dessa forma.
Keila disse:
Amei o post!
Inteligente e reflexivo!
Anônimo disse:
Um tanto utópico, mas vou tentar praticar.
E educação? Também vejo como o único caminho. Vou me poupar de qualquer comentário ao sistema público. Mas faço direito em uma das melhores universidades do país e te digo que o debate ainda é muito pobre, superficial. É a classe média acomodada, que também não lê e não questiona.
Vi que pediram no post passado, mas aproveitando o consumo consciente gostaria de saber depois a sua opinião sobre a Chanel, principalmente por causa do nome do blog e de já ter lido algum post aqui sobre o Karl. Mas queria que você focasse na Coco, apesar de alguns prós acredito que há bastante coisa para se jogar na balança, e você sabe por quê falo isso ;-)
anonims disse:
realmente, um tanto utópico! é mais uma daquelas coisas que entram pra lista do que você tem fazer mais tem preguiça (isso mesmo, preguiça :/)
tirando a preguiça, tem também um ponto importantíssimo – para algumas pessoas é um caso patológico para outras é apenas falta de esclarecimento – a aparente felicidade!
como falaram a cima “O que é mais importante: a sua felicidade ou a sua aparente felicidade?” isso é um fator importantíssimo que se coloca a frente de valores para muitas pessoas, e o que preocupa é que isso ja virou praticamente cultural em grande parte do mundo principalmente aqui no ocidente!
Doutora Foligata disse:
Resumindo : Viva o Iluminismo que abriu as portas para os questionamentos !!! E se vc rasga ou não dinheiro, dôa ou põe fogo, compra bolsa ou não … só cabe a vc saber o porquê. Mas se vc quiser fazer fogueira lá em casa, fica a vontade!
Pri disse:
hahahah
Querem ver aparente felicidade? Entrem no facebook…
é 95% fingindo que a vida é sempre bela é linda! E calro super agitada!! Que vidinha agirada que tenho #nãotôdandoconta
aff!!!
Cehga a ser patético. E até qdo vão no banheiro e tem que te avisar? Peloamordedeus!! Vergonha alheia!!!!!!
Gente infantil, superficial, deslumbradas, que querem se mostrar…
é ridiculo!
Cristina Sampaio disse:
hahahahaha
Pior que vc tem razão Pri.
Hey Chanelnalaje faz um post sobre isso… De como as pessoas querem mostrar um mundinho virtual falso.
Até pra ir no banheiro preciso avisar “meus amigos” da rede virtual. [vergonha alheia 2]
Pat Camargo disse:
Para falar sinceramente, se eu gosto de determinado produto, eu prefiro ficar na ignorancia a saber que ele nao foi fabricado seguindo regras humanitarias de conduta. Pronto falei!
Ja fui mais comsunista, hoje em dia me controlo mais e procuro focar na qualidade do que na quantidade, mas gosto de consumir e ajudo a movimentar a industria.
Investir em viagens? Melhor coisa do mundo, adoro viajar e felizmente tenho o prazer de fazer isso sempre, seja pra Europa ou pros Eua. Discordo de quem falou que em NY so se consome, lêdo engano. Acabei de voltar de la e minha filha mais velha comentou comigo o quanto ela tinha amado o Moma , me disse que foi o museu que mais gostou de conhecer na vida dela e ainda frisou que aquele museu era a prova de que tamanho nao é documento. E olha que ela conhece o Louvre, Tate Modern e outros.
O complicado é em relação aos adolescentes, sou mãe de duas e vejo como é dificil vc afastar os filhos dessa bolha consumista em que vivemos. Nem sempre consigo fazer isso, na maioria das vezes por culpa do meu marido que sempre alega que trabalha que nem louco pela familia dele e que as filhas merecem tudo. Por sorte as meninas não são loucas e a mais velha chega a ser pão dura.
Acho que cada um faz sua parte como pode, admiro quem citou acima que deixou de pisar no Wallmart, eu não teria esse orgulho todo, adoro aquele supermercado.
Uma vez descobri que o restaurante em que eu estava nao repassava os 10%”opcionais” para o garçom . Me recusei a incluir na conta ja que era opcional e , mesmo diante da cara feia do gerente, repassei diretamente ao garçom que me atendia.
Enfim, eu faço o que posso e acho que estou melhorando sempre.
Um dia quem sabe atinjo a perfeição!
marcela disse:
Olá, deChanel.
Você poderia me fazer um favor??? Parece que minha senha do google está sendo usada por alguém além de mim, então vc pode apagar comentários ” meus ” que apareçam no seu site???
Obrigada.
Medo de comentários sujos com meu nome estampado.
Clarice Holanda disse:
Acredito que a idéia do consumo consciente é interessante e necessária, mas é idealismo puro acreditar que alguém na hora de comprar qualquer coisa, fará tantos questionamentos de cunho político-social. Além disso, como disse alguém em algum dos comentários, talvez o problema não seja apenas a falta de educação, mas também a preguiça de elaborar todas estas questões antes de consumir.
Tirando o raro momento de consumo por pura necessidade, muitas das vezes a gente compra apenas por desejo ou pelo simples impulso. Mas nossa redenção pode se dar no momento em que nos desfazemos dos resíduos daquilo que consumimos. Podemos praticar nosso momento “ser sustentável”.
Ah! E a China não fabrica apenas as porcarias de preços assustadoramente acessíveis e sem nenhuma qualidade, mas uma parte considerável de produtos grifados originais e das mais variadas redes de fast fashion, não falo de pirataria, são fabricados por lá e na Índia por causa do baixo custo(leia-se exploração de mão-de-obra, justificada por eles, pela necessidade de sobrevivência em países com bilhões de habitantes) e distribuídos mundo a fora e são consumidos sem que qualquer pessoa faça seu exame de consciência.
No mais, se formos fazer a lista de questionamentos antes de qualquer compra, não vai sobrar quase que lugar nenhum para consumir…rssss Só os casos mais escandalosos é que dá para se repensar… porque como fez a De Chanel a comparação com a eleição, não acho que o brasileiro deva ser crucificado por suas escolhas na hora do voto, nunca lhe restam boas opções, não é justo escolher entre o péssimo e o ruim….rssssss
Beijo Grande
Clara disse:
Falando em eleição. leiam isso aqui:
“Blogs brasileiros de moda aparecem na lista dos 99 mais influentes do mundo”
“Os blogs brasileiros “Garotas Estúpidas” e “Dia de Beauté” provaram que realmente entendem de moda e entraram no ranking dos 99 blogs mais influentes do mundo feito pelo site Signature 9. (…) Para a classificação foram levados em conta quesitos como freqüência e qualidade de postagens, popularidade na web e fama.” Como assim?
Sinceramente, eu não consigo entender esses rankings de blogs, pois o blog da Julia Petit que tem muito mais audiência e qualidade que o “Garotas Estúpidas” não entrou na lista.
Gostaria que a DeChanel fizesse um post sobre como funciona esses Rankings de blogs :)
Clara disse:
FONTE: 255694-blogs-brasileiros-de-moda-aparecem-na-lista-dos-99-mais-influentes-do-mundo
Clara disse:
http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/lifestyle/2010/08/06/255694-blogs-brasileiros-de-moda-aparecem-na-lista-dos-99-mais-influentes-do-mundo
camila roethig disse:
Pode ser um comentário fora do contexto, mas vou escrever mesmo assim: acabei de conhecer o Dechanel e me foi uma ótima surpresa e um bom baque na minha cabeça!
Me fez lembrar de quando eu tinha 19 anos, no primeiro ano de Geografia na USP, onde e quando eu questionava profundamente tudo o que chegava até mim… Agora, com quase 30, eu estava engolindo tudo o que chegava (e chega) até mim, causando um sofrimento psíquico sem igual… Seu blog me deu um fôlego novo! ADOREI! Vou ver todos os dias. Não sou muito ativa em comentários, mas vou ler e pensar muito sobre as coisas escritas por você. Abraços – Camila, hoje professora de Geografia em escola pública na periferia de Sao Paulo. ^.^
My disse:
Parabéns!!! Gosto muito do seu blog, acho que você tem muita personalidade e coragem, é incrível como seus posts tem me feito refletir muito.
É muito revigorante poder te acompanhar aqui!
Bjs e tudo de bom!
Natália disse:
Oi DCNL, uma ideia prum futuro post http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/780148-marc-jacobs-pode-se-tornar-primeira-grande-marca-a-criar-roupas-plus-size.shtml
mahh disse:
Li o blog inteiro e senti quase um vazio existencial quando não tinha mais posts pra ler #poucoexagerada
Eu precisei entrar em depressão pra perceber que tinha problemas de auto-estima e que não, eu não precisava obrigar minha aparência a se adaptar ao gosto dos outros pra ser aceita por qualquer coisa (engraçado que quem me forçava a isso era… eu mesma, já que ninguém à minha volta nunca me julgou pelo que visto ou deixo de vestir).
Enfim, adorei encontrar um lugar sobre moda e comportamento que REALMENTE coloca “moda” e “comportamento” juntos e dentro de um contexto.
Guarda Móveis disse:
este post foi incrível…você tem grande sensibilidade para tocar neste assunto de forma simples e direta.Adorei e você está de parabéns.Acredito que muitas pessoas se identificarão com este post.
Roberto Sena disse:
menina, vc ainda está em madrid?????
Gabi disse:
Adoro seus textos, eles simpesmente fluem, além do português impecável.
Parabéns, acompanharei sempre!
joy disse:
oi DeChanel! tentei te mandar um email, mas voltou! houve algum problema? há outro endereço?
abraço!
andrea lima disse:
E enquanto isso ……………
AS MULHERES NO AFEGANISTÃO ESTÃO TENDO PARTES DO CORPO DESEPADAS POR MOTIVOS IRRISORIOS, ESTÃO PASSANDO POR PARTOS CESARIANA SEM ANESTESIA POR FALTA DO MESMO E ETC ETC ETC ……….
realmente muito importante o tema deste post……
joy disse:
vc foi lá consertar td isso?
mesmo assim, porque não é importante discutir assuntos q tem a ver com nosso cotidiano? sem defender nem nada, mas, sério mesmo? é crime falar de coisas daqui? temos q nos preocupar SÓ com a fome e as mulheres do Afeganistão?
Tatiana Brayner disse:
Oi!
Infelizmente vc não deixou espaço pra comentários no post mais novo. Vc tem TODO o direito, by the way.
Desculpa se invado o pedaço do outro post mas foi inevitável vir aqui dizer um “Apoiada!”. Há 5 minutos atrás eu comentava com uma amiga esse ‘sucesso subindo a cabeça’ de quem abre uma conta simples no blogspot, se acha dono do universo e trata mal as pessoas.
Parabéns pelo blog. Adoro seus textos. Nos vemos pelos comentários e posts da vida. =)
beijos,
Tati
Rena disse:
Você é realmente impressionante, mal fiz meu comentário sobre a questão da cópia e agora leio esse post incrível! Você escreveu tudo e um bocadão a mais do que eu gostaria que fosse dito e discutido nos blogs!
Bom, mais uma vez não consegui ler todos os comentários, mas só pra dar meus pitacos…
Com relação ao consumo consciente acredito que sejam 2 questões: 1 – diminuir o consumo e 2 – saber o que há por detrás de um produto pois, como você disse, comprar significa endossar o que empresa é.
Bom, quanto a diminuir o consumo, até então eu não havia levado essa minha preocupação para o mundo da moda até o criador do Instructable, nessa entrevista [ http://www.good.is/post/built-to-last/ ], ter levantado a questão. Não quero viver num mundo comunista com somente uma única opção de vestido, mas realmente não precisamos dessa euforia toda em ter o último sapato da última temporada… e daí pensei nos milhões de blogs e no efeito colateral que a internet possibilitou. Os blogs são as novas revistas, vendendo desejos, não? Como eu sofro quando entre em blogs como designsponge ou desiretoinspire e vejo aquelas coisas incríveis que eles colocam ;-)
Mas então me pergunto, eles deveriam ser ‘mais cuidadosos’ com o que postam sabendo a reação que isso provoca? Daí estou sendo chata demais, não? No auge da minha neura, fiquei pensando se queria mesmo trabalhar com moda, ou se não deveria produzir algo menos decorativo e mais utilitário heheh bom, não deixa de ser algo pra se pensar, não? Digo isso quando vejo um monte gente voltando os olhos para a moda infantil, querendo vender roupa de gente grande pra criança… sério, não curto isso, já nessa idade se tornando fashion victim, querendo consumir e se preocupando com roupa??? Vá brincar, ora essa! Tenho pavor da vogue kids!! Criança cresce tão rápido, a roupa não dura 1 mês!
Quanto ao segundo ponto, concordo plenamente, mas só para exemplificar a dificuldade que eu e minha amiga temos, nós fazemos capas e procuramos pagar ao costureiro um valor justo. Porém não podemos pagar muito pois isso aumentaria o custo e nós queremos também que a peça seja acessível para as pessoas. Nisso conseguimos ter um certo controle, mas por exemplo, não temos a menor idéia se o tecido (que vem da China) foi produzido com mão-de-obra escrava… e infelizmente não temos outra opção de tecido para substituir! E olha só, com tanta oficina cobrando pouco (lê-se, trabalho boliviando exploratório), os costureiros estão sumindo, e com tanto tecido chinês chegando a preços baixos, as fábricas nacionais não tem como competir e estão fechando, entristecedor!!!
E você focou na educação aqui no Brasil mas o problema é global. Citaram a França e eu cito o que me disseram do Japão: lá eles reciclam tudo não só porque não tem espaço pra lixão como aqui, mas porque foram educados assim. Mas veja, lá o consumo é absurdamente alto porque a rotatividade de produtos novos (e como se tornam obsoletas) também é alta! E em Londres, lembro de ter visto muuuuita gente de vestindo igual, seguindo a tendencinha. Não havia tanta ‘diversidade’ como eu vejo aqui mas porque aqui a desigualdade é muito maior e muitos compram roupa pelo significado básico de se cobrir… E infelizmente ainda tem a questão financeira que em parte define nossas escolhas. As camadas mais baixas vão sempre optar pelo mais barato (porém nem sempre melhor), e eu mesma preferia comprar produtos orgãnicos, mas são muito caros para mim!
Ah, sim, e já estamos nesse ciclo vicioso, se não há consumo suficiente, o mundo quebra, não? O que fazer…?
Claro que tem muita coisa que pode ser feita, eu faço a minha parte e tento ser o mais consciente possível nas minhas escolhas e fico feliz em saber que muita gente também se preocupa com isso :-)
bjs
Ana disse:
Vc é show!
Adorei tua lucidez e inteligência!
Obrigada!
T disse:
Menina, teu blog é ótimo. Você é muito inteligente e sensata. Descobri agora e estou viciada nos teus posts.
Sucesso!
Beijos!
Michelle disse:
Achei desnecessário publicar aqui o depoimento que você recebeu através de e-mail, onde a leitora diz que se afundou em dívidas por ficar entrando em sites e comprar tudo o que indicavam. O fato é que, mesmo que no site as blogueiras digam que X produto é “tudo o que se precisa na vida”, cada um tem que ter cérebro para ver, analisar e chegar à conclusão se precisa mesmo daquilo para viver. Se formos influenciados por tudo que a mídia nos bombardeia diariamente, nem televisão mais poderemos assistir, pois nos comerciais tudo o que é divulgado é com a intenção que as pessoas gostem e comprem. Culpar blogueiras, tv, ou quem seja por se afundar nas dívidas e comprar tudo o que vê pela frente é no mínimo uma desculpa que acho que nem a própria pessoa acredita.
Samantha disse:
Eu penso, Michele, que talvez pessoas como vc, que não deixam se enganar, sejam minoria. Mas muitas meninas, principalmente adolescentes novinhas, são bem influenciadas. Saiu uma matéria na Revista Època sobre o quanto cresce o numero de adolescentes paranoicos com beleza e aparência.
Eu acredito sim que há um percentual de pessoas que precisam de uma it girl para copiar, de um modelo, e acabam transformando ela numa pessoa perfeita. Eu fico as vezes pensando no fascinio que isso causa: ao mesmo tempo que as blogueiras famosas são ‘gente como a gente’, elas sao famosas. De alguma forma, isso aproxima e afasta essas meninas das “pobres mortais”.
Eu não estou criticando as blogueiras famosas, que fique claro. Estou refletindo sobre esse fascinio, sobre a fama, sobre a credibilidade a ponto de recomendar um produto e fazer os outros comprarem. Como por exemplo a Gisele Bundchen vendendo produtos para cabelos, só que numa escala menor.
Atena disse:
Me preocupa muito nesse sentido o consumo de produtos químicos potencialmente poluidores e que fazem parte do nosso dia-a-dia. Sabonetes, shampoos, cremes de cabelo, tinturas, tudo isso gera resíduos que vão parar nos rios e mares repletos de seres vivos e que também fonte da água que bebemos. O que será de nosso futuro se continuarmos adquirindo estes produtos?
Hoje apesar do consumo crescente (e quanto mais inclusão social maior o consumo de produtos industrializados), existe uma força capaz de fazer com que as indústrias se preocupem em produzir bens menos agressivos à saúde e ao meio ambiente , e essa força é a consciência do consumidor que demonstra sua preocupação com a natureza por meio de blogs, assinatura de revistas, comentários e preferências na hora de comprar. Existem hoje por exemplos produtos de limpeza doméstica 100% naturais disponíveis no mercado, algo inexistente há algumas décadas.
Por outro lado exemplos como as dezenas de lojas de 1,99 e de bugigangas inúteis fabricadas na China apenas para satisfazer o desejo consumista (e não as verdadeiras necessidades) dos indivíduos me fazem pensar que é necessária uma verdadeira revolução para que consigamos nos livrar de um fim próximo da humanidade causado por nós mesmos. Só não consigo imaginar como seria possível acontecer essa revolução capaz de modificar profundamente as relações humanas e com isso a mentalidade do mercado consumidor que não fosse por uma catástrofe natural ou algo do gênero, infelizmente…
Fernanda disse:
Mais uma vez De Chanel expondo a grande ferida que é a hipocrisia no mundo!
Adoro seus textos!Feitos com maestria!!
Brigaderia Chic disse:
Amamos seus posts! Somos fãs!
Nosso blog: http://www.brigaderiachic.blogspot.com
Dá uma passadinha lá para conhecer!
Beijos
Ana Carolina disse:
MULHEEER, CADE VC!
Bea disse:
acabou o blog?
fabiana disse:
Cade vc mulher?????
Quando achei vida inteligente na blogosfera, a felicidade durou pouco !!!
Vc sumiu….entro diariamente e me deparo com o aviso aos navegantes! Ja liii
Quero coisa novaaaaaaaaaaaaa….PaRaBeNs!!!!!!!!!!!!!
Tâmara disse:
Querida DeChanel… kd vc?? Estamos sentindo sua falta…
dafni marchioro disse:
Nossa, mais um texto legal. Apesar de não concordar completamente com tudo que escreveu, na essência eu concordo.
Sou de esquerda (ou me considero de esquerda), mas também sou consumista. No entanto, como vc mesma falou, de que adianta levantar a bandeira da esquerda se a gente não tem a atitude no dia-a-dia? Fazer o “faça o que digo, não faça o que eu faço” não muda nada do que a gente vê por aí. Nada. E também achar que a atitude individual não muda nada (“ah, todo mundo come no McDonald’s, o que adianta eu não comer?”), também é uma falácia. É só ver a nhaca que a MAC fez com a coleção Rodarte, e que basicamente começou com protestos de “indivíduos”.
Uma coisa que tenho tentado muito praticar é deixar de comprar produtos que não são “cruelty free”. Aos poucos, estou abolindo os produtos da Johnson’s, mas os da L’Oreal ainda não consegui. Mas ainda assim tenho um certo peso na consciência.
Evita S. disse:
Oi De Chanel! Descobri por acaso seu blog há exatos 3 dias e, tenho que confessar, salvou minha vida! Estava me “contaminando”, me deixando influenciar por uns blogs de moda e beleza por aí. Estava perdendo minha essencia. Eu, que nunca fui seguidora de tendencinhas fashionistas, de repente me pegava com vontade de comprar tal vestido, tal bolsa, tal sandália simplesmente porque estava na moda. Logo eu, que na época de faculdade de biologia fui de surfista a hippie (o tao famoso estilo “bicho grilo” de ser super difundido entre meus colegas de profissao), agora quase, eu disse quase, beirando os 30 resolvi aderir ao consumismo irresponsável. Nao sou contra a moda, mas nao gente, isso nao pode ser a garantia de felicidade, bem estar e aceitacao de ninguém.
Obrigada De Chanel!
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