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Muito se fala no tal “estilo próprio”. Você tem que buscar o seu próprio estilo. Adapte as tendências ao seu estilo. Não seja uma vítima da moda; uma arara-de-boutique sem estilo próprio.
Estilo próprio: a típica expressão já quase vazia de significado. Banalizou. Virou clichê.
Pensando bem, a indústria da moda não quer que você tenha um estilo próprio. Ou melhor, ela nem liga se você tem ou não um estilo próprio. O que ela quer é que você compre as peças da nova temporada, que você sucumba às tentações, que você acredite que precisa daquilo que ela te propõe. É, a indústria da moda é uma indústria como todas as outras.
O consumidor ideal e almejado é, simplesmente, aquele que embarca em todas as ondas, que ama as novidades e que está disposto a gastar uma boa parte da sua renda com essa brincadeira de seguir as últimas tendências. Ele é como aquele geek que sempre é o primeiro a comprar o último badulaque tecnológico. É o estandarte da nova temporada. O consumidor ideal, portanto, não está nem aí para o fato de que essa modelagem de calça veste supermal nele. Ele não pensa se ele gosta ou não daquele modelo que a Balmain acaba de tirar lá do fundo do baú. Está em alta? Ele usa. Em outras palavras, ele consome. Agora, se ele o faz adaptando isso ao seu estilo ou não é outra história. Talvez ele tenha um estilinho marcado que não o impede de adaptar-se as todas ou a quase todas as tendências à perfeição. Talvez ele seja apenas uma vítima da moda que passa uma imagem amorfa, sem personalidade, quase digna de pena. Mas, afinal, quem se importa? A indústria não.
Claro que esse modelo de consumidor não responde – a priori – à maioria dos consumidores. Por isso, para fisgar os clientes e aproximá-los o máximo possível ao padrão de consumidor ideal, a indústria da moda se tornou altamente competitiva, sofisticada, matemática, quase lasciva. A principal forma de conquistar e fidelizar os clientes é através da famosa criação de tendências. Podemos afirmar, sem nenhuma dúvida, que a cada estação vemos pipocar de um lado para o outro – entre pré-lançamento e lançamento, desfile e desfile, editorial e editorial – algumas referências coincidentes, não? Logo, já sabemos claramente quais são as cinco ou seis tendências-chefes de cada estação.
Há várias teorias que explicam como as tendências são criadas. Uma delas diz que a criação das tendências é uma resposta da indústria ao fato de que poucas são as pessoas que têm um estilo próprio verdadeiramente definido e autoconfiante; a maioria prefere se guiar pelos demais, usar o que todo mundo está usando. A marca que se antecipa ao que as massas querem usar com mais perfeição e corresponde às expectativas desta leva o prêmio. Outra lei nos diz que, em matéria de moda, tudo que chega a um ponto de excesso está fadado ao fim. Por exemplo: o fato de que todo mundo esteja usando leggings é um sinal da iminência do seu fim. Lembrem-se de que poucas são as coisas destinadas à categoria de clássicos eternos, incontestáveis e imutáveis (vestidinho coquetel preto, oi).
Agora imaginemos a hipótese de que essas referências coincidentes não existissem. Estamos num mundo onde não há pactos de cavalheiros nem espionagens industriais. Cada marca lança o que bem quer e bem entende. Uma coisa, assim, meio anárquica. Se não existem tendências bem marcadas, dificilmente existirão os excessos que ditam o fim do reinado de uma peça. Sei que é difícil – quase impossível – imaginar um panorama assim. Mas pensemos: se o mercado estivesse livre de tendências, como consumiríamos moda? Baseando-nos apenas nos nossos gostos pessoais e desenvolvendo o tão famoso estilo – dessa vez, essencialmente – próprio? Até que ponto o nosso estilo seria realmente próprio, independente? Consumiríamos, talvez, inspirando-nos em outras pessoas. Essas pessoas seriam, então, lançadoras de tendências, não? Outra opção seria que seguíssemos fielmente uma marca com a que nos identificamos. Mas, se muita gente se identificasse com essa marca, ela acabaria ganhando voz de autoridade para lançar tendências, certo?
Estão vendo? É impossível que, na moda, não haja a ditadura das tendências. É como uma cobra comendo-se a si mesma (visualizem a cena). A moda precisa das tendências e as tendências são uma consequência natural da moda.
Então, nesse contexto, no que o lançamento de tendências é algo inevitável, algo que responde às necessidades das marcas e dos próprios consumidores, eu pergunto: o que significa ter um estilo próprio?
Eliza disse:
Este post me inspirou sobre uma pessoa muito querida, a única pessoa que conheci desta feita.
dechanelnalaje disse:
Oi, Eliza. Já vi o post que você escreveu sobre ela. Adorei. Beijos!
carolina disse:
Eu não sei definir o que é ter estilo próprio…talvez seja alguém que não mude todo o guarda roupa a cada 6 meses….enfim…mas nessa onda de tendências que bombam e depois somem sempre sofro a perda de peças que passo a amar e depois não acho nem com reza brava. Foi assim com a camisa xadrez no fim dos anos 90 e por incrível que pareça não comprei nenhuma nesa nova leva ( a adolescencia passou né?!) e tô sentindo que vai ser assim com o legging que é todo o conforto do mundo. Lembro que demorei aaanos para botar um jeans com strech achava o cafona do cafona….mas agora sou fã incondicional….as calças boyfriend que achei que ia amar por serem confortáveis vestem mal pra burro em mim….descartei…..o mesmo com os tais shorts boyfriends, o efeito larguinho só funciona se vc tiver passado uma temporada em algum spa a base de água e alface.
A verdade é que viver só de clássicos é chato…acho que as tendências servem para colocar um tempero a mais nas produções do dia a dia…..por isso acho estupido pagar uma fortuna em peças que já surgem datadas, como o famigerado ombro marcado e as tachas…..são o tipo de peça que vc não salva depois que a fase passar….
Carol R disse:
e muito dificil não se deixar contaminar pelos modismos..
Mas precisamos prestar muita atenção, em não sairmos montadas com as ‘tendencias” da moda.
Tem coisas q não combinam com a gente, e as pessoas precisam ficar atentas a isso.
Eu por exemplo fico pessima de batom rosa, que todo mundo tá usando…
E não é porque tá na moda que vou usar…
A gente ter que ter bom senso pra de fao não se tornar vitima da moda..
Lá no blog, A gente vive batendo nesta tecla..
Vixe falei muito..
Bjos
http://alfinetesdemorango.blogspot.com/
Lu Jordão disse:
Super apóio! Tenho batido na mesma tecla eu meu blog (Lu&Cris)… ontem mesmo falei sobre isso no meu post. Amo moda, amo tendências mas, tenho síndrome do “diferente”. Me dá horror saber que posso encontrar um exército de soldadinhos todos “fardados” pela ditadura da moda. Pregamos tanto a democracia… Exemplo: minha vista está poluída com algumas vitrines que só tem tachas e metais… Ando pelas ruas e vejo o “uniforme ” que tanto repeli na minha adolescência! Meninas “tachadas” “acorrentadas” “quadriculadas” e “abotinadas” com suas anckle ou open boots faça chuva ou faça sol!!! Seria a força da mídia? Tendências (tachas, correntes, xadrez ou quaisquer outras) são para oferecer caminhos para a multiforme criação… Mas, tenho visto exércitos formados pelos editoriais de moda. Juro gente, tenho muito medo disso! Tenho batido nessa tecla e, vendo este post, percebi que não sou anormal falando sobre tendências mas, prezando pelo estilo próprio impresso nestas tendências… As vezes sentia-me uma louca, ambígua, remando contra a maré do que é “pregado” por nossos “mestres” fashionistas. Grata a laje por compartilhar esta visão tão confortante para meus questionamentos!!! Smacksssssssssssssssssssssss [Lu]
Gabi disse:
Acho que hoje, principalmente com o fácil acesso a todos os desfiles, aos diferentes estilos do mundo todo, as pessoas estão fadadas a usar aquilo que querem, e não necessariamente o que gostam. Nós só podemos usar aquilo que as marcas nos oferecem. Lembro que desde quando era criança, uns 11 anos, era doida para pintar as unhas de roxo, azul, verde… mas essas cores não estavam disponíveis! Então ia eu e pintava de corretivo branco e passava o hidrocor por cima. Hoje em dia, como a tendência é usar diferentes esmaltes, as marcas investiram muito nisso e temos agora uma infinidade de cores nas quais até nos perdemos. Nós só utilizamos aquilo que podem nos oferecer! Uma pena não valorizarmos mais costureiras, que fazem um trabalho tão único com uma peça da nossa cabeça.
Bom, o que eu quis dizer é que dificilmente fugimos daquilo o que as marcas nos oferecem e acabamos parando de pensar um pouco no nosso estilo. Ainda acho um absurdo quem veste algo só porque “tá usando” ou “tá na moda”. Sinceramente, isso não é motor de decisão na hora de escolher uma peça! Pelo menos pra mim.
Parei até de usar tanto a palavra “tendência” no blog da Lia (justlia.com.br) nos meus posts de Como Usar, porque parece que você quer impor uma coisa às leitoras. E mesmo depois de não falar, elas mesmas falam nos comentários que é tendência. Eu só quero mostrar o que está disponível e elas usam ou não, mas a maioria se importa mesmo é se “tá usando” na Europa! Parece uma coisa tão antiga, né? Tipo nos tempos da belle époque, quando o Brasil copiava descaradamente tudo o que a França usava, mesmo sem combinar com o estilo de vida ou o clima tropical.
Nossa, escrevi muito! Mas adorei o post e ele nos faz pensar muito. Parabéns por ele, De Chanel! =) Seu blog devia ser leitura obrigatória para as “fashionistas” (odeio essa palavra!).
Beijo!
kikadelpiero disse:
eu concordo contigo na parte que a “tendência” pode tornar mais acessivel coisas que gostariamos de usar e nunca achamos.
Amanda da Silva Melo disse:
Eu amo isso, aqueles óculos estilo Janis, eu sempre quis, nunca achei, era doida num daqueles… Aí veio essa moda hiponga e tcharam… 😍 algumas tendências muito que nos beneficiam…
coisasdeamiga disse:
Ameei o post!
Tô preparando um sobre o ciclo de tendências da moda e super me identifiquei com o texto…
Acho que ter estilo próprio é saber usar aquilo que se sente bem e que lhe cai bem, adaptando as tendências da moda ao seu estilo e personalidades próprios.
Por exemplo: calça de cintura alta foi tendência à alguns tempos. Mas não serve para todas. Tem pessoas com quadril muito largo e que o modelo não cai bem. Outras não se identificam com o modelo de cintura alta, não cabe ao seu estilo.
Então, o que as pessoas devem fazer é adaptar essas tendências ao seu corpo e estilo, e não sair usando tuuudo que a moda dita que é tendência.
Assim você terá estilo próprio e ainda assim, seguir as tendências na medida do possível.
Pra muitos ‘fashionistas’ a palavra tendência soa como um bicho, algo ruim que quem segue é fashion victim e não tem estilo próprio. Acho isso ridículo, porque as tendências nada mais são do que o que referências! Ninguém é obrigado à segui-las. Fashion victim é aquele que usa tudo que a moda dita, independente de seus gostos, estilo, personalidade ou corpo, perdendo sua identidade.
Beijos!
Clarissa disse:
Acho difícil definir o que é ter um estilo próprio, mas acredito que, como foi dito acima, seja a apropriação coerente, adequada e harmoniosa dos elementos da moda em relação ao gosto e à personalidade que se tem. Uma pessoa com estilo próprio não comete crime por usar o que é “tendência” se aquilo se encaixa em suas preferências. No entanto, pra mim, usar sempre o que está na moda não significa ser estiloso, na verdade me faz pensar bem o contrário. Quem segue a moda à risca, acatando quase todos os lançamentos de cada estação, a meu ver, sugere estar um pouco perdido em relação a quem é e a o que quer comunicar para o mundo… (Muita filosofia, mas moda é isso também, né?)..
Adoro o DCNL, sou fã incondicional!
ps: E também tenho antipatia (mas é só antipatia) das palavras ‘tendência’ e ‘fashionista’, hehehe…
Deisi Remus disse:
Oiiii nossa não conhecia seu blog e adoreiiiii
tomei a liberdade de te linkar no meu bloguinho, dá uma olhadinha por lá se quiser
Beijos
lancelloti disse:
Bom,
1- Uma obs: eu, pessoalmente, acho que leggins, assim como calça skinny, viraram peças eternas. Justamente por terem sobrevivido por muito tempo e também por terem conquistado todos os tipos de classes – isso é importante. Viraram “cultura geral”.
2-Acho que estilo próprio se resume à escolha consciente do que você vai comprar/usar e o que não vai. Se só o que temos nas araras é o que foi decidio anteriormente pela indústria, temos que ter pelo menos o livre arbítrio de selecionar as peças que nos agradam, independente de regras. Mas algumas regras eu sigo, claro, se a roupa realmente for me deixar gorda. haha
Patricia disse:
Condordo, hoje não consigo usar outro tipo de calça… Uso praticamente só skinny. E se a skinny resolver sair de moda algum dia vou continuar usando. Outra coisa é que eu uso o que eu acho bacana. Na época do flúo, não comprei nenhuma peça pq simplesmente não gostei e não combinava comigo. Já as tachas, eu já tinha roupas com tachas antes de virar tendência e não tava nem aí. Eu gosto de preto, e acho que tachas combinam com a cor preta. Eu amo preto desde que me entendo por gente e odeio a maioria das roupas estampadas. Então se alguma estampa virar tendência, eu tb vou descartar. O que digo, é que não sou contra tendências, até gosto de várias, mas sou contra aqueles que usam até mesmo o que não gostam ou o que não fica bem só pq tá na moda (é o caso dos terríveis tamancos da chanel).
Amanda da Silva Melo disse:
Também acho que legging veio pra ficar…
lancelloti disse:
O problema da palavra “tendência” foi ter sido banalizada e mal-interpretada. Muita gente ainda faz um trabalho de pesquisa muito sério e válido…
dechanelnalaje disse:
É verdade, Lancelloti. Eu sempre penso nisso, mas confesso que eu mesma acabo usando mal a palavra muitas vezes. Beijos!
henry disse:
Acho que essa coisa de tendências é toda muito paradoxal. Por um lado elas uniformizam muita gente(porque se a gente lembrar bem não é todo(a) brasileiro(a) que quer usar ombreiras e tachas. A maioria ainda acha meio estranho e, por mais irônico que pareça, brega), e por outro possibilitam um meio de integração, um sentimento de pertencimento de quem as segue, que não distingue a pessoa por sua clase, ou por quanto ganha( DIY com jeans e T-shirt reaproveitados tão ai pra provar isso).
Acho que a coisa começa a ficar ruim é quando a pessoa tem como única bússola essas tendências, sem levar em conta se ela vai mesmo gostar daquilo que está na passarela, ou se ela realmente cansou de uma peça que era da estação passada mas que ficava super bem no corpo, ou que a deixava feliz.
Mas o mais divertido disso tudo é ver como tem gente que corrompe(intencionalmente ou não) esses conceitos de tencência e nem ligando pro que é “da última moda”. Hoje por exemplo eu estava voltando de ônibus pra casa quando vi uma moça de lenço “Kaffieh+Boca de Sino+ Scarpin”, que aos olhos dos fashionistas seria jogada numa fogueira, mas que aos olhos dela própria estava “di bunita”(rs). Dava pra perceber no próprio andar dela uma segurança e uma confiança que muitas “mudernas” não conseguiriam ter nem usando um Balmain original.
PS.: Desculpe, não consigo ser sintético :/
dechanelnalaje disse:
Não precisa ser sintético não, Henry. Adoro comentários grandes. :-)
naansueyoshi disse:
Acho que estilo tem 3 pontos: personalidade, interpretação, e adequação.
É óbvio que quando é lançada uma tendencia, voce tem que verificar se aquilo cabe na sua vida e vai com a sua personalidade. Tem coisas que se usa no exterior que simplismente fica ridículo aqui no Brasil. Porque naõ cabe na nossa rotina.
E tudo também é uma questão de releitura. Voce lê na revista , mas faz do seu jeito. Cola voce naquilo que tu veste. Isso é ter um estilo.
A moda está ao nosso favor, e não contra nós . Mas tem que saber lidar com ela.
Ser escravo da moda além de mostrar a falta de uma personalidade, não é prático. Salvo as garotas qe tem dispo$ição pra dar f5 no guarda roupa toda vez que a vogue manda…
Apartamento Fashion disse:
tô apaixonada por esse blog!
Mariana Ferrari disse:
acho que tudo se baseia no auto-conhecimento. vc fazer suas escolhas – compras – consciente de que tal peça tem tudo a ver com vc, independentemente dela ser a última tendencia ou nao. nao vejo problema em me inspirar em outras pessoas para me vestir. copiar é que nao fica bem em ninguém… estilo próprio nao tem ligaçao apenas com moda, é maior que isso. é a forma como vc se ve no mundo, como vc se identifica com as pessoas e com os lugares que frequenta e do que gosta de fazer e por aí vai. acho que a moda pode ajudar a descobrir quem vc é. comigo, pelo menos, foi assim.
Carla disse:
Esse lance de “tendência” é meio estranho mesmo. Eu, por exemplo, amo tachas e leggings desde 1910… Agora se estou usando sou “fashion victim”?
E outra, esse negócio de estilo próprio é meio fake, no geral. Qd vou a alguma festinha de pessoas “alternativas sem nada alternativo para fazer”, todos querem fugir da ditadura da moda e acabam ficam iguaizinhas. Fica a tribo dos iguais querendo ser originais. E kd o tal do estilo próprio? Num acredito nisso e acho que as pessoas se vestem de acordo com o meio. Se hippie, roqueiro, clubber, fashionista, paty, executivo, vai se adaptar ao meio para se sentir inserido.
Ainda acho que a ditadura da moda é algo que ronda apenas a mídia e as/os its sei lá o q, pq na vida real não é a cara do brasileiro. Onde trabalho as pessoas se vestem sem afetação alguma e se alguém aparecer muito diferente, vai ser olhado muito estranho. O povo não tem a menor noção quem é Anna Wintour…ha
bjs
Cris disse:
falou o que eu queria dizer, Carla. geralmente quem quer ficar diferente acaba seguindo um padrão “alternativo” já estabelecido, seja riponga, metal ou o que for. adolescentes, então, pensam que estão quebrando paradigmas ao se vestir de determinada forma (e eu, que já passei dessa fase há uns dez anos, fico vendo os padrões se repetirem).
lilistahr disse:
Acho importante esses questionamentos, mas não dá para ficar se martirizando porque usa e gosta de algumas coisas que são tendências. Eu gosto de moda, e acho muito difícil alguém dizer que curte moda e está 100% nem aí para tendências. Qual é o crime em genuínamente gostar de algo que está usando? E essa crise tem em todos os universos. O músico tem muito disso. Ele quer fazer a novidade, mas tende a detestar todas as outras. E ainda acha que música de verdade só foi feita há muitos anos atrás. Só pode ouvir jazz pq não é pop. Mas eles esquecem que o jazz já foi pop um dia, quando era novidade. A mesma coisa serve para os clássicos da moda. O jeans já foi tendência antes de virar clássico. Assim como o pretinho básico, assim como o colar de pérolas e tantos outros. Mas agora que não é mais tendência eu posso usar? Será que não é neura demais ficar nessa de “não serei vítima da moda” portanto não usarei o que a fulaninha da novela das 8 veste. Tendência é sim algo comercial e capitalista, mas daqui uns anos será história. A moda reflete muito do que se está vivendo, e o sistema não pode controlar tudo que vivemos e somos o tempo todo. Sou a favor da felicidade e do que te faz bem. Acho que ter estilo é mostrar um pouco de você nas roupas, sem neurose de “tenho que usar o que está na moda” ou “não posso usar o que é tendência.” bjs!
marcos disse:
Ter estilo próprio significa utilizar roupas e acessórios pq vc se sente bem com eles e nao pq todo mundo usa, mas é óbvio que as pessoas se identificam umas com as outras na moda.
Karina disse:
Já pararam pra pensar que o nosso “estilo pessoal” pode ser definido pelos outros??? Ou melhor, identificado em nos mesmos por outros!!!
Acho que alguém q tem um estilo pessoal marcante é akela q qdo batemos o olho em alguma coisa pensamos “poxa isso é a cara de fulana”!!! E isso no geral qm percebe são ou outros e não nós mesmas!!! Isso lógico, qdo não se trata de fashion victims!!!
Eu adoro sapatilhas estilo bailarina, muito antes delas virarem moda (ai como sofria para achar uma), assim como calças pantalona/boca larga (alô tendenciannn do proximo inverno) e gosto de camisas e vestidos de vovó muito antes do booom vintage, tanto q qdo essas coisas viraram tendencia minhas amigas diziam “olha só Ká, tá pra vc essa moda aí!!!”
No mais concordo com a amiga que disse aí q é só não insistir em trocar o armario a cada estação e sempre vai ter alguma coisinha da tendencia q a gente gosta né??? ou a tendencia q gosta de alguma coisinha da gente??
Sei lá, to confusa… huahauhauaa
Thaís Bueno disse:
Como eu te disse no twitter, nunca pensei que a reflexão pudesse se popularizar na blogosfera da moda. Eu sempre defendi isso, mas não conseguia imaginar as pessoas se mobilizando. E tu conseguiu fazer isso ser possível, tu chama as pessoas e faz elas pensarem, é uma alegria ver tantos comentários construtivos no teu blog. Poucas pessoas tem essa capacidade. parabéns.
paola scott disse:
AS tendências sempre irão existir, ainda mais numa época tão globalizada como a nossa. No cenário que vc colocou , onde não existissem os bureaux de estilo e cada um pudesse sguir sua cabeça, eu acho que ainda haveria os que seriam copiados.
Não adianta, não é todo mundo que é criativo. Não é todo mundo que sabe combinar coisas aparentemente descombinadas. Assim , seria normal que as mais criativas fizessem algumas combinações e muitas outras fossem atrás. Acho que em toda arte ( sim , pq moda é arte tb!) é assim.
Quanto ao estilo, eu concordo com muito do que foi falado aí em cima: ter estilo é saber o que fica bem em você e se aproveitar disso.
E se vc reparar, a moda está muito mais democrática, então é fácil pra gente encontrar o que gosta, mesmo que não seja o último grito!
Sempre existem calças largas e justas, saias compridas e curtas e assim vai. Hj em dia acho que temos uma coexistência pacífica de várias tendências na mesma moda. Graças a Deus!
paola scott disse:
Ah, e eu acho que dá sim pra vc manter seu estilo estando na moda.É só saber adaptar e ter o conhecimento pra aproveitar as informações de uma maneira que te favoreça.
dani disse:
Concordo em “gênero, número e grau” com a NAANSUEYOSHI! Ter estilo próprio é não ser uma fashion victim!
As oportunidades (tendências) estão aí para serem experimentadas, como tudo na vida! Acho que está bem em prestar atenção nas tendências … o GRANDE E GRAVE problema é quando a tendência não serve pra gente e a gente insiste em seguir. Aí, eu diria que é falta de estilo próprio.
Julie disse:
Estilo próprio é uma coisa realmente muito difícil mas eu acho que as tendência deveriam servir como um guia, sabe? Tipo, pra gente se inspirar no se vestir ao invés de sair copiando tudo que sai nas revistas! Estilo próprio é saber o que funciona pra vc independente de está in ou out… Bem, pra mim é isso!
beijos
Julie
Ana Carolina disse:
Acho que até a fashion victim, tem seu estilo próprio.
ela é assim, e é ela…
pra mim estilo próprio está não só na moda, mas está nós mesmos de um modo geral.
Acredito que estilo próprio não se resume somente ao que você veste, o que vestimos é a forma como nos mostramos ao mundo, é a nossa capa, nossa embalagem, mas e o que te define? é a sua roupa que te define?
a minha forma de me vestir é a forma como eu me apresento ao mundo, é a primeira impressão. e isso é tão relativo, a forma como me apresento aos meus amigos não pode ser a mesma forma que eu me apresento ao meu chefe no meu primeiro dia de trabalho em um ambiente formal, mas o meu estilo faz com que eu mantenha a minha identidade pessoal, em qualquer lugar que eu vá. seja num pagode na laje, num baile funk, seja numa festa chiquérrima, ou no enterro de alguém.
estilo é como jah foi dito, na minha humilde opinião, que fique claro, é saber transitar sobre as tendencias, pegar o que há de bom pra você, e fazer daquela tendencia universal algo particular, mostrar suas singularidades, traduzir em suas roupas suas peculiaridades. tornar aquele LBD algo especial, afinal o LBD transita, ele eh atemporal, ele circula em todos os ambientes, vai desde o aniversario de 1 ano do seu filho, ao casamento da sua colega de trabalho, ao enterro do seu avô, e são as particularidades daqueles momentos que o tornam diferente, e demonstram seu estilo…
Cris disse:
gosto de moda, mas mais pelo aspecto divertido de comprar uma coisinha que tenha a ver comigo vez ou outra e saber fazer combinações diferentes com o que já tenho. tb gosto de ver referências – atuais ou não – e identificar nelas o que eu acho mais bonito e bacana, pra adaptá-las ao meu bolso, biotipo e ambiente de trabalho.
agora, tenho comprado cada vez menos – prefiro gastar com peças mais versáteis e duradouras. por isso, é muito difícil eu comprar alguma coisa que “todo mundo esteja usando” – se comprar, só se for baratinho, pq até quem não liga pra moda acaba enjoando de uma tendência de tanto ver. acho que uma boa saída pra evitar entrar em modismos é sermos sinceros com o que gostamos – eu, por exemplo, nunca gostei de calça com gavião baixo, e não é porque estão tentando há várias estações nos enfiar essa moda goela abaixo que eu vou aderir. claro que nossos gostos e opções podem mudar com o tempo, e a nossa liberdade de escolha costuma ser restrita ao que está nas lojas. mas, dentro disso, acredito que seja possível consumir e vestir com uma certa consciência e independência, e espero que a “tendência” (ha!) seja cada vez mais neste sentido.
Andressa, S; disse:
Socorro! Me senti uma vendida da indústria! Gastei R$2,50 para comprar um esmalte Jackie da Impala, almejando a cor do Chanel! :x hahahha
Arrasando como sempre mulher! Parabéns!
Gisele disse:
Olha, acho que todo mundo tem estilo, por mais que seja desleixado, fashion victim, patricinha, etc. Se o estilo é legal e original já é outra história. Mas acho que é quase impossível seguir tendências e ter um estilo próprio original, que seja a sua cara. Isso porque de temporada em temporada as tendências variam de maneira discrepante. A pessoa que tem um gosto definido vai ver que certas tendências não combinam com ela. Se alguém vive seguindo tendências acaba usando estilos totalmente diferentes e não vai ter uma marca pessoal.
não me mande flores disse:
O seu texto me lembrou aqueles anúncios de carro/telefone etc., que dizem que você tem que ser “diferente”, “único”, “original”, mas na verdade só querem te empurrar seu produto goela abaixo.
Ótimo post!
naansueyoshi disse:
Era uma vez uma garota que estava com uma presilha quase no rumo do queixo, Escorrendo pelo cabelo liso. Daí eu disse: ta caindo.
Ela ouviu, fez cara de brava. E disse que é estilo. Ahloca.
(só queria compartilhar meu drama com a palavra ESTILO, essa palavra está corrompida, ladies.)
merchandising : Essa onda de usar Clogs. Acho uma tendencia forçada. Alguém aqui tem opinião sobre isso? http://peachculture.wordpress.com/2010/04/20/post-relampago/
Glauce disse:
Estilo próprio? Só se você confeccionar suas próprias roupas e calçados.
Eu, por exemplo, não frequento lojas de grife por mera questão financeira. E as lojas direcionadas às classes C e D só vendem o que está na moda, SÓ o que aparece na mídia. Não que as demais não deem ênfase às tendências, mas acredito que essas classes são mais facilmene manipuladas e menos respeitadas.
Por exemplo, quando preciso de um jeans básico é muito difícil encontrar e eu entro em mais de 10 lojas pra encontrar um item sem apetrechos, brilhos e bordados numa faixa de preço que eu possa pagar. Quando tem é de grife, logo cara. E isso vale pra maioria das peças que eu uso, inclusive calçados. Então acabamos sendo obrigados a aderir à moda.
O mesmo acontece com calçados. Eu não uso couro, nenhum tipo de pele de animais, e quem disse que existem opções de calçados feitos com outros materiais? Quando encontro é novamente nas lojas da classe C e D, e TODOS os itens são da moda. Foi aí que eu encontrei a Melissa, que é diferente e me atende perfeitamente. Faço dela parte do meu estilo.
É difícil, mas muitas vezes nem meu estilo próprio eu consigo seguir pq não cabe no meu bolso!!!
Lucky disse:
É tudo culpa da revolução industrial!
A moda não é a única “vítima” da criação contrafática de tendências, mas todo o mercado de consumo. Consumir é ser necessariamente dependente, e como não é possível hoje não estar investido no papel de consumidor, logo não é possível ser plenamente livre.
Como disse a Gabi nos comments acima, tudo é uma questão da “peça” que vc quer estar disponível no mercado. E o consumidor, infelizmente, só pode usar aquilo que está disponível (ainda que existam MILHARES de opções, nunca existirão TODAS as opções. O consumidor limita-se ao que existe no mercado).
E ainda que se queira confeccionar uma roupa (como disse a Glauce no comment acima), os tecidos que serão usados serão os que estão disponíveis e por aí vai..
Ter estilo próprio é ser livre, e ser livre não traduz o atual contexto de [hiper]modernidade.
Portanto, como toda boa consumidora hipermoderna, adoro saber das tendências.
Adoro o blog!
beijos
Mari disse:
Eu gosto de uma frase do Scott Schumann sobre esse assunto:
“As I write this I am realizing that great personal style is made up of a certain percentage of “always” items and methods, mixed with a certain percentage of “sometimes” fashions, and a certain percentage of “nevers”.”
dechanelnalaje disse:
Gostei dessa citação! :-)
Tey disse:
Vooooltaaaa De Chanel! Tamos órfãs de polêmicas!! Rsrsrs……..
Umrae disse:
Acho que as “tendências de moda” também fazem parte daquela família de entidades mágicas semi-anônimas tais como “o mercado”, “o sistema” e “a opinião pública” (cuja origem, critérios de levantamento das características e amostra estatística nunca são divulgados).
Estilo próprio em termos de vestimenta é uma piada, uma vez que ninguém nunca terá um absolutamente exclusivo e original (é, nem a Lady Gaga: o Ney Mato Grosso, o Kiss e o Marilyn Mason já faziam sucesso se vestindo de forma bizarra muito antes). No fim das contas, é melhor vestir aquilo que faça com que você se sinta bem, sem se importar tanto com a opinião alheia.
Cami disse:
Olá!
Sou novata no blog (com o qual muito me identifiquei!) mas tem uma coisa totalmente off post que queira te perguntar: Só eu achei estúpida a campanha da Diesel??
Vc, como um ser pensante nesse meio bloguístico, pode me explicar o q eu não entendi? Quando é q ser estúpido é ser ousado?
Vc pensar antes de fazer algo não te impede de realizar nada! Só impede de fazer coisas estúpidas! Não?
Gostaria muito de ler sua opinião! :)
O q vc achou?
To muito careta?? É uma campanha inofencível? rs
Se não viu algumas das peças publicitárias, tem aqui:
http://vilamulher.terra.com.br/silvinha10/campanha-diesel-be-stupid–9-3941564-67692-pf.php
Ps. To adorando seus textos! Tá na barra de favoritos já!
bjs e sucesso!
dechanelnalaje disse:
Oi, Cami. Eu entendi a intenção dessa campanha da diesel, mas, sinceramente, não gostei nada. Inclusive, o código de promoção no site deles agora é BESTUPID, hahaha! Achei ridículo. O resultado final ficou bem chato. Não acho que sejamos caretas. Essa coisa de smart X stupid ficou bem maniqueísta. Entediante.
Obrigada, beijos!
naansueyoshi disse:
HAHAHA!
Cami, eu sei que voce não peguntou pra mim, mas EU TAMBÈM achei super tonta essa companha da diesel!
aoskapoks
E alguém fala pra da laje ( que ainda não voltou ) que ela já ta no blogroll (www.peachculture.wordpress.com )porque o blog dela é muito F** ? Grata!
Ps: Eu venho aqui todo dia ver se tem post novo! Vcs também né? Ahloca!
xoxo
dechanelnalaje disse:
O peach culture vai pra lajesfera djá! Obrigada! :-) Beijos!
karol disse:
Muuuito bacana seu blog, ví vários posts e adorei!!!
Já estou seguindo..
bjs
supertendencias disse:
Apesar de amar moda, super concordo com o título desse post!
Beeeeeeeeijos ;*
TAIBAKER disse:
Pois é, a moda é muito ambigua, da mesma forma que eles querem uniformizar as pessoas, eles fazem toda uma lavagem cerebral para que o indivíduo seja “diferente”, porque ser “diferente” e ter estilo próprio é cool, etc…
Marché Noir. disse:
Nossa Adorei o texto. O blog é incrível! Não conheçia! Prazer!!
Luiza Torres disse:
Muito tempo sem vir aqui e de cara, já amei o título do texto!
Acho que a moda, como vc disse no texto, é um mercado como outro qualquer e o que quer/precisa é VENDER!No matter what, no matter how!É um mercado, que observa um pouquinhozinho de nada o consumidor, mas ainda assim, não acho mesmo que se importe que nos tenhamos estilo próprio, né?
beiijo!
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dechanelnalaje disse:
Pessoal, não deu para responder a todos os comentários individualmente, mas eu queria dizer que adorei todos eles. Essa é uma discussão eterna. Obrigada pelos comentários. Beijos!
anapaula disse:
O gde problema é que a moda deixou de ser uma ferramenta pra ser bíblia……no lugar de vc adaptar o q é proposto a casa 6 meses , vc assimila tudo. Aí é q está o erro, a moda é pra brincar, jogar e não ser cultuada, como muitos fazem…….eu sou apaixonada pelos anos 50 e 60, tive minha fase brecholenta, mas hj em dia não tenho mais saco de ficar horas procurando, mas tudo meu remete a essas épocas…..amo vestido, isso sim é minha marca registrada, bem cortados…..se pudesse só usava cocktail dresses….tipo dona de casa cinquentinha, assisto mad men e morro do coração!!!!!!!!
Acho q é isso, falta identidade , as pessoas dizem amém a tudo q sai em revistas e sites de moda, sem saber se aquilo cai bem no corpo dela ou se combina com ela!
bjkasssss
Gabi disse:
a moda é um nicho do mercado, e assim como todos os demais nichos (alimenticio, entretenimento, saúde) tem que haver lucro.
oq nao muda o fato de que nos temos a escolha de adaptar a coisa ao nosso modo
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Aline disse:
Adorei…conheci o blog atraves do oficina de estilo e já postei lá falando sobre este post. Muito relevante. ganharam uma nova leitora
Vicky disse:
O que é ter estilo próprio eu nao sei colocar em palavras, embora conheca algumas pessoas que o tenham. Se eu gosto desses estilos únicos ou nao, foge ao que interessa. Quando eu morava no Brasil ficava profundamente irritada pois se quisesse comprar algo clássico (ou que pelo menos assim eu enxergava) e que nao estivesse “na moda”, era simplesmente impossível encontrar. Ao menos no Rio de Janeiro o que eu sempre vi foram as pessoas de uniforme nas ruas, até porque se alguém quisesse comprar algo que nao estivesse na moda nao iria encontrar. Muitas vezes as vitrines do shopping parecem a vitrine de uma mesma loja, é tudo igual, as marcas vendem as mesmas coisas. Fiquei muito aliviada quando cheguei na Inglaterra e vi cada pessoa vestida de um jeito nas ruas. A “tendencia” lá é nao ter tendencias. Tem a meia dúzia de adolescentes que vao comprar tudo o que tem na horrorosa Topshop, mas se o seu estilo nao é aquele, voce tem opcoes.
Sempre tive muito cuidado com as coisas que compro porque meu dinheiro é suado, nao dá em árvores. Por isso, quando compro uma roupa o que me preocupa é a qualidade dela e se é algo que vai me agradar por anos, porque se for algo “para durar uma estacao” esse algo nao sai das araras pelas minhas maos. Moro há um ano nos EUA, acho esse lugar horrível e as roupas sao pavorosas. Estou há um ano sem comprar roupas novas e estou sempre bem vestida, com as pessoas elogiando como eu me visto. Tem gente que iria se matar se isso acontecesse com elas. Eu estou muito bem assim.
Júlio César disse:
A história da moda é muito singular ao retratar que as vestimentas usadas em uma determinada época estavam ligeiramente ligadas aos fatos históricos,socias,culturais e econômicos.Talvez o estilo de épocas mais antigas parece-nos ter muito mais dignidade,influência e fascínio por se apresentarem tão autorais e com uma história.
Em um mundo de pressa-pressão e depressão, o estilo perdeu-se em um caos de consumo exagerado e desenfreado. Aliás o fato não está em acabar com o consumismo – lembrem-se de que a classe operária ainda é de maior quantidade e a base do triângulo da sociedade – mas sim o consumo consciente de qualquer produto:sua origem,sua fabricação,sua utilidade e sua história.
Os grandes nomes da moda não fundaram uma tendência e sim um estilo,uma autoria e um objetivo. Daí seguiram suas maisons até os dias atuais,apresentando temporada pós temporada produtos que estão ligados a suas raízes e à sua história.Logicamente,as grandes maisons tiveram que aderir aos novos consumidores,apresentando coleções cada vez mais rápidas e de fácil entendimento e acesso ao público;mas muitas delas mantém a essência do estilo idealizado pelos seus fundadores.
Talvez falte isso:uma história para se construir um estilo.Por isso que nos é tão vago o conceito de estilo,porque falta uma autoria,uma singularidade,uma construção.E a construção de um estilo- apesar de um mundo tão apressado como o nosso- vai obedecer apenas à um tempo de pensamento e transgressão.
Espero que possa ter sido coerente em minha opinião e desde já agradeço pelo o ótimo texto que apresentastes.
Nathan Lima disse:
Suponhamos que a moda convencional é a combinação de certos elementos no vestuário e ter estilo próprio seja fugir dessa padronização de tais elementos. Mas se a gente compra roupas que são industrializadas, estamos incorporando outros elementos, mesmo que não sejam os da tendencia.
Acho que ao pé da letra ter estilo próprio seria fazer as próprias roupas. Se a gente compra roupas, ou seja, adotamos elementos do vestuário já pre-moldados, estamos andando em circulos…