Tags
Existe um tema altamente recorrente na minha mente levemente obsessiva: os impostos de importação ridiculamente excessivos cobrados pelo Estado brasileiro e outros impostos medievais, como ICMS, aplicados em cascata. Eu sempre reflito sobre as distorções que esses impostos causam no sistema, e penso especialmente nas distorções de percepção do valor e da qualidade de certos produtos que o consumidor brasileiro acaba tendo. Mas tudo bem, eu não ficar aqui chovendo no molhado e falando coisas que todo mundo já sabe, então vamos passar a uma visualização mais prática dessa situação lamentável.
Pensemos, por exemplo, numa das mil profissões que exigem a exibição das mãos durante o trabalho: caixas de supermercado. Sim, caixas de supermercado geralmente gostam de fazer as unhas, portanto, gostam de esmaltes. Agora pensemos em qualquer esmalte-desejo, ou, mais concretamente, no esmalte-desejo do momento: Chanel… particulière, né?
Então, agora façamos uma pequena comparação entre os salários pagos ao cargo de caixa de supermercado em alguns países e o preço de um vidrinho de esmalte Chanel nesses mesmos países, e logo poderemos ver a porcentagem que um vidrinho de esmalte representa em relação ao salário e quantos vidros podem ser comprados em um mês. Separem os lencinhos de papel para chorar (ou então adotem a postura mais verde-loura de “rir para não chorar”):
Enquanto uma caixa de supermercado estadunidense poderia comprar 60 vidros de esmalte Chanel com o piso salarial da profissão, a sua colega brasileira poderia comprar 6 míseros vidrinhos. Ou seja, estamos falando de um poder de compra dez vezes maior, sendo que uma caixa americana não ganha necessariamente dez vezes mais que uma caixa brasileira, né? Claro que esse triste quadro não é reflexo apenas dos impostos de importação jurássicos cobrados no Brasil, e sim de uma série de outras coisas. Eu sei, eu sei. No entanto, podemos ver claramente como esses impostos – aliados a essa série de outros problemas estruturais e endêmicos do nosso país – causam várias distorções e injustiças no sistema.
A principal delas, para mim, é a seguinte: o consumidor brasileiro acaba endeusando demais certos produtos, como se os mesmos tivessem um valor muito superior ao seu valor real. Como os produtos importados são caríssimos e, portanto, a oferta é bem restrita, o caminho lógico e natural é o da supervalorização desses produtos. No Brasil, um simples esmalte Chanel custa um quarto [corrigindo: um quinto] do valor do salário mínimo, então é claro que a visão que se acaba tendo dele é um tanto fantasiada. Eu não quero discutir a qualidade do esmalte Chanel, porque qualidade é sinônimo de percepção. É um conceito relativo e volátil. Para mim, os esmaltes da Chanel não são lá essa cooooisa toda, não babo e já deixei de comprar há muito tempo. Acho o pincel uma droga e a duração não é lá essas coisas. Demora demais para secar. Minha opinião. É bem possível que você tenha uma visão diferente. Por isso, a idéia aqui não é discutir a qualidade do produto, até mesmo porque eu peguei o exemplo desse esmalte, mas poderia ter usado qualquer outro, como os relógios swatch, que são sonho de consumo para grande parte dos brasileiros e fora não passam de relógio para criança, colecionador ou clubber. Ou carrinhos peugeot, que na Alemanha são considerados carros de quinta categoria e no Brasil são sinônimo de luxo. Bah.
Então, vamos lá. Mais distorções do sistema?
– Pagar no mínimo o dobro do preço cobrado internacionalmente pelo produto é uma injustiça sem tamanho e nem precisa ser citada, né?
– A restrição do mercado, e da variedade e oferta de produtos. Quem se ferra, logicamente, é o consumidor.
– O simbolismo, o status, a aura de diferenciação social que um produto importado dá a quem tem acesso a ele: você está vendo a cor da minha unha? Sim, é uma cor “particular”. Sim, eu tenho R$92,00 para gastar num vidrinho de esmalte. Sim, eu sou especial. Sou diferente. Estou acima da média do zé-povinho do meu país. E, se alguém me criticar, vou chamar de pobre e dizer que isso é inveja. Sim, eu causo inveja. Vou ali comprar um pézinho de arruda. *De Chanel na laje começa a bocejar nessa hora*. Outros dirão que compram porque gostam, e porque podem, claro, mas que isso não é pecado, afinal, a intenção nunca é a de ter o tal status… ok, mas você, no mínimo, reconhece que acaba tendo o tal status, não? Então. A culpa não é sua e sim do sistema. Agora, convenhamos, status por causa de um esmalte? Façam-me o favor. Ter uma elite tão alienada e descomprometida é um caso de vergonha nacional ou não?
– A sonegação dos impostos: já sabemos que as empresas que se dedicam a importar são as que mais sonegam impostos no país (oi, Daslu, tudo bem?). Portanto, se deixam de pagar os impostos ao Estado, mas cobram dos consumidores do mesmo jeito, como se tivessem pagado por eles, o lucro obviamente passa a ser gigante, imoral e inaceitável.
– A fábrica de alienados iludidos: se você nunca experimentou o esmalte Chanel, porque o seu país não permite que você tenha um acesso relativamente fácil a eles, por que você opina que ele é o máximo, ou passa horas do seu dia suspirando por ele? Seria muito melhor que você pudesse prová-lo para opinar, né? É apenas um esmalte. Uma caixa de supermercado inglesa pode comprar 53 vidros por mês, lembra? Por que você se limita a apenas sonhar com algo que está longe do seu alcance, em vez se revoltar com o sistema (ou de se incomodar com quem se revolta)? Afinal, qualquer país precisa de uma classe média relativamente questionadora e consciente para se desenvolver. A nossa, infelizmente, deve ser a mais passiva do mundo. Quero deixar claro que não sou contra sonhar com produtos inacessíveis, apenas sou contra que certos produtos acabem sendo muito mais inacessíveis do que deveriam ser.
– Excesso de ração para o elefante branco: entendendo o elefante branco como o ineficiente, megalomaníaco e corrupto Estado brasileiro. Afinal, a ração nunca é bem redistribuída, né? Não vou muito além, porque a minha mãe já me aconselhou a não tranformar este bloguinho em local de panfletagem política ou válvula de escape do nojo que eu sinto por todo e qualquer político tupiniquim, mas eu não resisto, né? E tenho certeza que eu não sou a única “louca” que vê altas implicações políticas em abolutamente tudo, inclusive na moda, né?
Fico por aqui. Alguém está roubando o seu queijo e você está aí suspirando por um esmalte. Pronto. Falei.
MarinaG disse:
Concordo em diversas coisas que você disse. Quanto a qualidade não sei, nunca usei um Chanel. Algumas cores eu acho bonitas, outras não. Acho ridículo endeusar uma marca assim, é bem verdade que se fosse uma cor de um esmalte “Dote” sei lá, teria bem menos adeptas.
Beijo gata, adoro o blog e sua sinceridade :*
lancelloti disse:
Muito boooom! =] Li o post todo, e olha que é raro! Só leio quando me conquista mesmo.
O negócio é só comprar quando for viajar (se for, né. Se não, gente, espera só um pouco até que a Impala e a Colorama copiem a cor EXATA!)
Acho um absurdo ficar juntando moedinha pra comprar produto importado aqui no Brasil. Como você disse, na maioria das vezes nem vale o preço!
O vídeo é muito legal, though.
Beijo!
Anônimo disse:
cara… tô muito revoltada com essa tabelinha.
Mel Salvi disse:
Um vidrinho desses não faria tão mal ao meu bolso, acho a embalagem linda, mas me recuso a ser uma vítima dessa loucura. Amei a cor (ao contrário do Jade!) e fui direto nas versões nacionais de r$ 1,50!
Alguém tem algo contra versões “inspiradas” que não tem o objetivo de te roubar?
Bjks
Mel
Iara disse:
Então, eu concordo com você em termos. Porque o que acontece é que estes impostos, que podem ser altos, mal aplicados, desviado, etc, deveriam ser, fundamentalmente, pra incentivar o consumo de produtos nacionais similares. Porque a nossa indústria cosmética pode não ter o mesmo glamour, mas ela existe e gera empregos aqui. Então, se a Big Universo lança uma cor similar e cobra R$2,00, eu não posso dizer que a caixa de supermercado é completamente privada disso, porque este similar está ao seu alcance.
Ok, essa é uma simplificação muito resumida. Porque se eu compro um importado no Brasil, tem o emprego da vendedora da loja, por exemplo. Mas quando o produto é nacional há vária etapas, da produção a distribuição, de divulgação a venda, que são beneficiadas.
Então, assim, eu não sou nacionalista, nesse sentido xenófobo da palavra. E sim, eu compro importados às vezes. E tenho plena consciência de que estes impostoscobrados aqui podem ser abusivos e quase certeza de que não são bem aplicados. Mas minha crítica é mais à aplicação do que ao fundamento.
Regina Valadares disse:
Um exemplo: aqui no Brasil, a calça da Diesel custa R$ 600,00 – R$ 1.000,00, certo?
Certo.
(Que fique claro que uso Diesel porque a calça veste muito bem em mim, tão bem quanto poucas que me serviram como luva).
Em Londres mora uma prima minha, ela comprou DUAS calças da Diesel. O Valor? 40 libras (isso mesmo), ou que daria algo em torno de R$ 160,00.
Agora me digam: Brasileiro não adora fazer papel de otário?
Compram uma calça que aqui é um absurdo e lá fora tem preço de loja de departamento.
Isso vale para tantas outras marcas. Tá certo que algumas valem a pena (a Chanel mesmo é uma marca cara aqui e lá fora), mas é um absurdo pagar R$ 93,00 (por exemplo) por um frasco de esmalte. Veja bem: ESMALTE.
É demais para o meu raciocínio…
Anônimo disse:
Isso que tu falou da distorção na percepção é muito assim.
Uma vez eu publiquei no meu blog sobre os esmaltes que eu gosto de usar (Dior e Chanel) e comecei a receber várias mensagens de insultos de gente que dizia que eu era esnobe por mostrar os meus esmaltes. Eu respondi que aqui onde eu moro esses produtos são acessíveis. Falei que ao invés de me xingar eles deveriam exigir o fim desses impostos absurdos. Só que aí ninguém me respondeu nada né, gata?
Karina disse:
Eu nem pensei no esmalte qdo vi q uma caixa de supermercados no EUA ganha mais do q eu q fiz 4 anos de faculdade!!!
¬¬
Sabe, esse seu post me lembrou de outra coisa, outro dia, num quadro do programa do Luciano Huck (sim, nos meus dias de ócio extremo eu vejo coisas bizarras na tv) em q ele visitava uma moça na casa dela na favela no rio, se eu não me engano Morro Dona Marta, e ela, lamentando da sua vida sofrida no morro, q as vezes não tinha dinheiro pra dar de comida pros filhos, aí eles entram no barraco, ela começa a mostrar o pequeno lar de 3 cômodos, onde tem infiltrações nas paredes, faltam armarios então muitas coisas ficam espalhadas, e a camera vai dando uma geral na casa até q oi??? UMA TV DE LCD NA ESTANTE!!!
Até quando o povo brasileiro vai viver dessa ilusão, tipo “eu não tenho o q comer, mas vou tomar cerveja e ver a novela das oito (e o mundo dos ricos do leblon e búzios) e a copa do mundo numa tv de plasma de 32 polegadas!!”???
JellyBen disse:
Realmente concordo com seu ponto de vista em relacao as que nao tem condicoes de ter e ficam iludidas e etc…
Eu comprei o meu em fevereiro e nao paguei caro. Adoro esmaltes e compro desde lojinhas de ¥100 yen ( como os R$1,99 do Brasil) ate alguns mais carinhos. Mas e pq eu gosto. Eu nunca que iria comprar um esmalte se eu nao gostasse da cor. Mas, confesso que tenho do de comprar certas coisas mas de esmaltes eu nao tenho nao hehehe.. Amei o post e odiei essa tabelinha.
Mas, eu jurava que o salario medio brasileiro era em media uns R$ 900,00. To precisando voltar ao Brasil hehe. Bjss e boa semana qrida.
César disse:
Eu estava aqui na espreita esperando alguém citar a máxima da “defesa da indústria nacional”. Eu mesmo reconheço que já tive essa ilusão. Hoje o meu pensamento é muito mais pragmático: por que o Estado defende os empresários e nunca os consumidores? Para começar, nem todos os empresários são brasileiros e nem todas as indústrias são nacionais. O dono do Carrefour paga 1000 euros para uma caixa na França e R$500 para uma caixa no Brasil. Até onde eu sei o Carrefour é uma multinacional. Para finalizar, se a indústria nacional não é competitiva que se dane. Sinto muito, mas o capitalismo é assim. A Chanel não é uma marca americana e é óbvio que os EUA também fabricam esmaltes, essa é a lógica de um mercado saudável e competitivo.
Conheci esse blog há uns dias por causa da revista Capricho. Parabéns pelos posts!
Iara disse:
César,
Se há produto similar nacional, não entendo onde o consumidor sai prejudicado nessa história. O que você precisa é de esmaltes? Ok, a indústria nacional tem por um preço acessível. Se o que você quer é o status da marca Chanel, pague por isso. Entendo que se a indústria nacional não for protegida, o condumidor, que muitas vezes é empregado, pode perder seu emprego e aí realmente ser muito prejudicado. Entendo quando você defende o capitalismo, mas protecionismo comercial é prática em todos os países, Estados Unidos inclusive, o que varia é o produto protegido.
Agora sobre números eu não tenho a menor condições de discutir mesmo. Então se alguém me diz que é exorbitante, pode ter razão.
eu disse:
Yara, quero ser como vc qdo crescer :).
Vc sempre rebate, não qe eu nao goste dos post da DeChanel.
Mas adoro seus comentarios sempre inteligentes :D
Seja Feliz haha [diga para todo mundo.
ione disse:
DeChanel,
Entendi o que você escreveu, só acho que está partindo de premissas equivocadas, vamos lá:
1) O IPI (imposto sobre produtos industrializados) e o ICMS (dois dos três impostos que incidem nas importações) são não-cumulativos, portanto não geram o efeito de tributação ‘em cascata’. O que ocorre é que a alíquota deles é alta mesmo (somando eles ao imposto sobre importação dá algo em torno de 60% do valor CIF – cost+insurance+freight – do bem importado);
2) Além disso, o IPI é obrigatoriamente seletivo (e o ICMS tb costuma ser), ou seja, tributa com alíquotas mais gravosas os bens mais supérfluos, e em contrapartida os itens mais essenciais têm as alíquotas menores – o que faz todo o sentido, não concorda? Eu acho corretíssimo que um esmalte (já que é um item supérfluo e temos similares nacionais) pague uma alíquota muito mais alta do que o trigo importado ou um medicamento que previne a metástase, por exemplo;
3) O salário mínimo no Brasil é de R$ 510, portanto um esmalte Chanel (R$ 92) não custa um quarto do valor dele (não que eu ache o esmalte barato, perceba que não emito qualquer juízo de valor);
4) Eu nem discuto sobre a eficiência do Estado Brasileiro, que você chamou de elefante branco; só lamento que enquanto a população precisar barganhar seu voto por uma dentadura ou um par de sapatos, será difícil que consigam fazer boas escolhas, seja em que nível de governo for.
E a propósito, eu já usei esmaltes da Chanel, e confesso que não achei diferença alguma entre eles e outras marcas nacionais, seja na durabilidade ou no acabamento. Mas lógico que a campanha publicitária da marca precisa ser paga! Aliás, atualmente há uma variedade tão grande de marcas e cores no mercado nacional (inclusive diversas cores que declaradamente imitam as da Chanel, às vezes até no nome) que, sinceramente, não entendo o que leva uma pessoa a pagar 92 reais por um vidrinho – na minha opinião, já que nas unhas não vai a etiqueta ou a logomarca de metal com os dois Cs entrelaçados! As bolsas eu até compreendo, pois funcionam como uma espécie de ‘outdoor’ pessoal e portátil, mas os esmaltes? Não entendo o status de rasgar dinheiro!
Abraços
dechanelnalaje disse:
Oi, Ione.
Obrigada. Já corrigi o post, realmente é um quinto e não um quarto do valor do salário mínimo.
Sobre o efeito cascata: eu jurava que esses impostos eram cumulativos, mas, mesmo que não sejam, continuam pesando muitíssimo no bolso dos contribuintes e não mudam a essência da minha argumentação. O nosso sistema fiscal e tributário tem umas bizarrices completamente anacrônicas, e quem se ferra sempre é o consumidor.
Obrigada pelo comentário. Beijos!
malu_cla@yahoo.com disse:
oi! como fiscal de rendas eu sei que a situação poderia ser bem diferente.e lamento! gostei da sua matéria mas não só aqui que incide impostos. Nossa indústria é fraca se compararmos com os outros países. Concorda que aqui todo mundo ganha com a importação: estado e industria? Procure saber qto é o IVA na inglaterra e nos eua. será que o Brasil é realmente o país dos impostos?
Pé da vida disse:
Não tem bens superfluos. Ou pelo menos que não seja o político corrompido e oligarca quem dite o que é superfluo para mim. O sistema brasileiro é uma merda sim; é só sair do país para comprobar que o nossa patria amada nos estupra a tuda hora. Sorte que a gente nem sofre mais com isso né?
Raquel disse:
Eu entendo a revolta com os preços, mas os esmaltes da chanel melhoraram infinitamente nos últimos tempos. Agora fica uma camada fina de esmalte, seca rápidinho e dura se vc não é de fazer limpeza em casa ou trabalha com artes que demandam o uso de produtos corrosivos.
Sim, não é barato, sim é injusto com os outros e não eu não tenho (eu sou mulata e ficou HORRÍVEL em mim.
Outra! Triste, mas verdade, lá os esmaltes também são considerados caros e vale mais a pena ir à manicure toda semana. Manicure aqui também não é de graça. 16 reais só pelas unhas da mão é deprimente, principalmente qdo vc sai de lá desbifada. O Brasil é exportador de esmalte. Não é difícil encontrar a marca Risqué, por exemplo. E cada frasco custa cerca de 8€ por lá. O mercado interno de esmaltes é competitivo, mas há de se considerar que produtos de cabelo, unhas e surtout makeup não merecem 85% de imposto de importação mais os outros por serem considerados supérfluos. Tem gente que trabalho com isso, tem gente que precisa disso pra trabalhar. Se os machões do poder soubessem que a maquiagem que eles usam em épocas de eleições poderiam ser infinitamente melhores se o consultor de imagem deles investisse em produtos internos capazes de competir com a qualidade dos produtos importados, as caras deles se tornariam pelo menos suportáveis toda vez que eles pintam de coco (não chanel) a política nacional.
Popy disse:
Me desculpem, mas jamais pagaria 92 reais em um esmalte. É só um esmalte. Todo o esmalte sai com acetona..hahaha! Queria saber qual o incrível componente químico existente no esmalte chanel pra ele ser tãooooo especial! Aposto que é a mesma composição de um esmalte colorama ou risqué.
Eu sempre achei que se tivesse que morrer numa grana, que fosse em um bom blazer com um excelente tecido e acabamento impecável, mas em esmalte, jamais!
Outra: ainda tô tentando entender qual é a graça desses esmaltes ultra coloridos, tipo uma unha de cada cor. Lembro que usava isso quando ainda estava no colégio. Na copa de 1994, intercalei as unhas de verde e amarelo, quem diria que mais de dez anos depois seria “tendênciaaa”! afff!
Jéssica Marques disse:
Concordo totaaaal!
Que a moda é uma ida e vinda de tendências, como váriaas outras coisas, todos sabemos, e eu particularmente super apoio! Mas vamos combinar que existem coisas que são completamente absurdas, e que não nos deixam mais bonitas e nem nada…
Só pra citar um exemplo: é absolutamente incrível a mudança na unha das garotas numa boate badalada. A última vez em que fui, comecei a reparar no tanto de meninas com unhas suuuper coloridas. Verde, azul, amarelo, laranja, de todooos os tons, desfilando nas mãos das “quero ser it”… 1 ano atrás era o básico tom claro, vermelho e rosinhas! Algumas delas sempre usaram as cores e super gostam? COM CERTEZA! Mas garanto que mais que a metade a 1 ano achava super brega…
Tudo isso pra dizer: O pessoal tá ficando meio alienado, né?! Uniforme nas meninas é o que eu vejo ao sair de casa. Leem nos blogs, veem na tv qual é a tendência, vão ao shopping e compram! Porque é a tendência… Outono-inverno estão vestidas in Rock de unha roxa, matte e glitter, no verão serão as menininhas inocentes com florzinhas e neon!!
Personalidade e “essa ‘tendência’ cabe em mim?” tá faltando demaaaaaaaaaaais! As grifes tão valendo mais do que a beleza de cada uma, infelizmente!
Caro Giacomet disse:
Bah, muito bom!!!!!
Assim…. penso várias coisas:
1) De fato, a carga tributária no país é excruciante…. mas nessa linha tenho muito mais pena dos empresários do que dos consumidores (categoria na qual me incluo). Sabe que pra quem tem uma pequena empresa, 40% do seu faturamento será destinado ao pagamento de impostos?!?!! Isso sim quebra um país!!! Quem tem coragem de se aventurar na iniciativa privada? (Eu não, brigada!!!)
2) No caso do esmalte, da calça Diesel e de muito outros citados aqui, a questão do status é a mais significativa. Até pq, veja bem, quem realmente tem dinheiro viaja e acaba comprando esses produtos em viagens pelos preços beeeeem mais em conta. Aí, quem acaba gastando R$ 92,00 num esmalte é quem não tem dinheiro pra tirar a bundinha da cadeira e fazer uma viagem internacional, né???? Aí sim, me irrita…… ao invés da pessoa guardar dinheiro pra conhecer o mundo, aprender mil coisas e de quebra achar produtos de beleza e outros mais baratos, não…. torra, um quarto (ou um quinto, aqui realmente não faz diferença, né???) NUM ESMALTE?!?!?!?!?!?!?!
3) Agora sobre o esmalte em si: SÉRIO gastar quase R$ 100,00 num ESMALTE (!!!!! GENTE SOU SÓ EU QUE FICO INDIGNADA?!?!!?) é o cúmulo do não ter mais onde gastar dinheiro, né?? Um absurdo!!! Gente isso dá um rancho simples de mercado…. Pra durar (se não tiver que lavar a louça) uma semana nas unhas?!?!??!! Tenho, comprado há muitos anos, um esmalte Dior….. fico vermelha quando penso que paguei 18 libras por ele (nem R$ 60,00)….. nunca mais comprei nenhum esmalte “de marca”, isso que pra mim, como já disse uma menina, nem faria tanta falta….
Affe, enfim……vou parar pra não encher mais o saco….
Bjs
Clara disse:
eu moro aqui na frança e bem, ganho mais que uma caixa de supermercado, e mesmo assim não pago 20 eurinhos por um esmalte chanel, imagina então se eu morasse no brasil, ganhando salário brasileiro e tendo que pagar esses impostos?
ler esse tipo de coisa é bom porque eu sossego o meu facho e perco o foguinho de voltar pro brasil.
Ana Clara Garmendia disse:
Da para apagar o anterior? Aparece por engano meu e-mail!!!!
Adorei! Parabéns pela matéria!
beijos de Paris
PS/: o ultimo esmalte da Chanel que eu comprei se chama Veneza e não dura nada na minha mão. Não valeu o investimento. Acredito que eles mudam de qualidade e consistência de acordo com a cor, não?
Matheus B. disse:
O Brasileiro importa muita coisa por preguiça de procurar o que tem no país, muitas vezes com qualidade maior.
É o culto as grandes marcas, e a vontade de se sobressair que prevalece.
Quem sai ganhando não somos nós, com toda certeza.
Carol Andrade disse:
amo seus post’s! :D
é, aqui tudo é muito dificil. essas marcas viraram produtos de status para as pessoas “eu uso Chanel, vc não!” e é a maior bobeira alguns produtos. A Chanel 2.55 é linda, nunca sai de moda, mas pagar R$ 10.000,00 é demais! e o pior de tudo é que muita gente vai comprar esse vidinho por R$ 92,00, que aliás a cor da foto é quase a mesma do Risqué capuccino que eu tenho, por R$ 2,00!
a questão do imposto de 60% em cima do valor não ajuda nós, pobres compradoras, mas para empresas basileiras que exportam vale muito! As empresas podem exportar com 60% a menos no imposto. (pelo menos, foi isso que minha mãe me explicou e ela faz ADM ;} )
beeijo ;*
paola scott disse:
Eu gosto da qualidade dos esmaltes Chanel. Na minha mão sempre duraram muito. Uso o Lotus Rouge há tempos!
Tenho o Particulière, uso, mas comprei nos EUA por 22 dólares. Se tivesse que pagar 92,00 reais , nunca compraria.
Mas acho muito legal que a gente possa contar com os importados aqui no Brasil. Compra quem quer e quem pode.
Bjs
Anônimo disse:
Eu acho que voce nao entendeu o raciocinio do post!!!
eu disse:
ela disse: ” eu uso Chanel e vc não” [pk eu posso]
paola scott disse:
Eu acho que sim. Quer que eu te explique minha resposta?
Alguém que pensa. disse:
O que você acabou de dizer foi : eu posso eu compro, quem não tem dinheiro, fazer o q?
o que ela quis dizer foi os preços abusivos que se paga por um esmalte, algo supérfluo e não tão necessario, que aqui no BR pode ser substituído facilmente. E não o fato da qualidade deles.
Mas é assim que a indústria do consumo funciona, a publicidade fazendo muito bem seu trabalho e as pessoas, mais alienadas possíveis, sucumbindo as suas tentações. Muitas vezes de forma cega e desenfreada.
Fran Lizotti disse:
pra mim é só um esmalte marronzinho….
Ana Carolina disse:
adorei!
Carla disse:
Só vc para expor a ridicularidade da elite brasileira. Sou cada dia mais sua fã e queria conhecê-la um dia, quem sabe.
Eu adoro esmaltes, mas na boa, não pago R$ 92 nem a pau. Com esse valor eu poderia comprar 46 esmaltes da Impala (de excelente qualidade) e sair distribuindo para tudo quanto é caixa de supermercado…
Ao pensar que minha avó não tem R$ 92 nem para pagar a prestação de uma geladeira, seria muita alienação de minha parte comprar, sei lá, 10 ml de esmalte. Isso mesmo, mais ou menos R$ 10 por ml? Mil parte de um litro por R$ 10????
Valeu mais uma vez por levantar questionamentos tão importantes para a sociedade brasileira
Saiba que fico ansiosa todos os dias esperando um post seu (sempre muito inteligentes e questionadores).
Beijos
não me mande flores disse:
Gente, alguém me explica quando foi que as brasileiras ficaram obcecadas por esmaltes? Uma loucura isso. Pagar mais de R$10,00 por um esmalte? I don’t think so…
Adorei o post! Beijo!
Nanana disse:
Ha, isso que eu tava pensando! Parece que de uns meses pra quê só se fala disso por aí. Será que são os blogs de beleza ou a indústria do esmalte tá investindo em publicidade?
Fernanda L. disse:
Não pago mais de dez reais num esmalte no way! Posso exagerar comprando outras coisas, mas coisas que vão durar, são clássicas e/ou justificam seus preços, e não um esmalte que vai ficar uma semana na minha unha e eu já vou enjoar!
To bem feliz com meus coloramas, impalas, la pogees e risqués da vida por no máximo R$3!
Alice disse:
Concordo em tudo que vc disse.
Sou leitora assidua de blogs, vivo na blogosfera, principalmente em blogs de moda e acho um absurdo esse povo que se mata pra ser o ou a primeira a ter a bolsa ou o esmalte ou o sapato que esta bombando la fora. Nao passam de afetados que vendem ate as calças pra pagar um preço absurdo.
Assumo que sim, sigo as tendencias da moda, mas sem exageros, quem fatura nessa brincadeira sao mesmo as lojas de griffe que pegam uma peça e triplicam o valor sabendo que sempre vai ter um deslumbrado pra comprar que acabam pagando mais pela marca do que pelo produto que as vezes vem do mesmo lugar daqueles da China!
Bolsa Louis Vuitton: nao pago!
Louboutin: nao pago!
Esmalte Chanel: NÃO PAGO!!!!!!
Caro Giacomet disse:
Apoiada, apoiada!!!!
As marcas contar com o desespero de pessoas vazias… que precisam disso pra poder se sentir dignas de uma segunda olhada…… Pra mim, não, obrigada!!!!!
Não tenho nenhum interesse em despertar a atenção de pessoas que só atentam para marcas…. sou muito mais que uma esmalte marronzinho (como foi dito acima) ou uma bolsa grifada!!!!!
Rafaela disse:
Pois é, “compra quem quer E quem pode”. Só que seria muito mais legal que todo mundo PUDESSE comprar. Logo, só compraria quem QUISESSE.
Por isso o exemplo das caixas de supermercado x chanel particuliere foi sensacional e a sua reflexão mais uma vez fantástica.
A conclusão? Estamos há anos luz de atingir um patamar mínimo de bem-estar social. Como vc falou, com essa elite e sua mentalidade podre e fedorenta de quem quer manter o status quo a qualquer preço + a classe média acomodada, fica difícil.
Uma pequena contribuição à discussão sobre a indústria nacional: se o esmalte chanel custasse por exemplo uns R$50, a diferença de preço em relação aos esmaltes nacionais continuaria sendo grande, então eu não acho que eles representariam uma concorrência direta. Nada no mundo justifica esses impostos. Até mesmo porque esses impostos nunca são revertidos em melhorias de vida para a população. Nada no mundo justifica a realidade dessa tabelinha. Essa tabelinha é uma vergonha nacional, meu povo. E se vc é classe alta e pode pagar esses impostos ou viajar para o exterior e não tá nem aí porque a sua empregada doméstica não pode, sinceramente vc tem mais é que andar em carro blindado com medo de bala perdida mesmo. Aliás, lembre-se que a sua empregada ganha 5 vidros de particuliere de salário.
De chanel rocks!
Anônimo disse:
Obrigada por responder a “compra quem quer e quem pode”! Como ela provavelmente mora no exterior e/ou faz parte da “elite” brasileira, ela nao se choca nem um pouco com esses valores, e se da por satisfeita por ter “importadoras” no Brasil. A classe media brasileira eh super deslumbrada!
paola scott disse:
Continuo afirmando, compra quem quer e quem pode, simples assim. Não é o ideal, mas é o que acontece.
E pra quem está tão interessada em mim, moro no Brasil, trabalho, sou formada, pós-graduada e mestre, pago todos os meus impostos, embora não concorde com eles, e pronto.
Quem quiser discutir mais comigo, tem o link do meus site aí em cima.
E deChanel, eu venho aqui pq gosto do que vc escreve, embora nem sempre concorde. E o bom é isso, não é?
E não, não sou a anônima, pq desde o 1o dia comento com meu nome, ao contrário de muitas.
Bjs pra todas
eu disse:
E se vc é classe alta e pode pagar esses impostos ou viajar para o exterior e não tá nem aí porque a sua empregada doméstica não pode, sinceramente vc tem mais é que andar em carro blindado com medo de bala perdida mesmo. Aliás, lembre-se que a sua empregada ganha 5 vidros de particuliere de salário.
De chanel rocks!
HAHA TE AMEI :)
Pat Camargo disse:
Sinceramente, nao ligo a minima pra esmalte, uso qualquer marca desde que eu goste da cor. Por coincidencia outro dia usei esse particuilere de uma amiga, ficou horrivel, eu tava bronzeada e parecia que eu não tinha unha. Agora viciei um um chamado Nude, acho que é Risque, minha manicure que me apresenta as novidades,.
Me impressiona como o esmalte entrou no circuito da moda nos ultimos anos. Isso sim me interessaria num post.
Como e quando eles entraram nas passarelas e passaram a fazer parte do imaginário da mulherada?
Eu sei que sempre houve esmaltes de grandes grifes como Chanel, Dior, etc mas não tinha isso de ” a cor da moda” ou era vermelho, ou era clarinho. Não tinha essa coisa das marcas brasileiras se sentirem na obrigação de copiar as cores. Cada marca tinha sua personalidade.
Ano passado em NY fui comprar o esmalte verde da Chanel pra uma amiga que tinha me encomendado. Ouvi um sonoro : SOLD OUT!!!
Hellouuuu, sold out ate de esmalte? isso era coisa de bolsa e de sapatos.
Me corrija se eu estiver errada.
Beijos
paola scott disse:
Pois é. Acho engraçado quem mete o pau na bolsa Birkin inspired e acha super legal a cor do esmalte inspired. Pra mim é plágio do mesmo jeito…
E qdo disse compra quem quer e quem pode, acho que ficou claro que defendo a liberdade das pessoas de gastarem seu $ do jeito que quiserem. Eu não comprei no Brasil, mas quem quiser comprar, vai poder. Não é bom assim? Liberdade…
Carla disse:
Os esmaltes brasileiros (capuccino – risque e jackie – impala) foram lançados antes do particuliere.
paola scott disse:
Carla, obrigada por esclarecer.Então foi a Chanel que plagiou.
Ana Carolina disse:
tendencia é tendencia, não é soh a chanel quem dita..
é a estação que naturalmente conta com esmaltes mais escuros, esse em particular vem da tendencia nude, ai que clichê, mas eh a estação quem dita isso, por acaso estamos no outono/inverno no brasil, e esse esmalte nem eh mais tendencia nos hemisferio norte, visto que lah jah eh primavera/verão, onde impera os tons mais clarinhos, mais alegres, etc.
a moda como a natureza, é uma transformadora.. nada se cria, nd se perde, td se transforma.
Letícia disse:
A coisa é bem, bemmm extensa!
Pq nosso país não investe na qualidade de vida da população, o ensino é um lixo e com isso, são formados cidadãos que não sabem pensar de uma forma mais aberta, o que fica muito mais fácil de manipular. MUITO mais fácil.
Quantas pessoas eu já não vi defendendo com unhas e dentes o Maluf, por exemplo? Pessoas que estão na miséria que foi exatamente esse bosta que ajudou a causar e mesmo assim, pq ele deu um sorrisinho na TV e visitou um bairro pobre entregando cestas-básicas, virou salvador.
Enfim…
Voltando ao assunto do post xD
Eu adoro esmaltes, mas eu não pagaria R$ 92,00 por um. Seja qual for, que cor for…Com esse valor eu compro vários de cores variadas, sem culpa. Não adianta comprar um esmalte Chanel e almoçar arroz e feijão todos os dias pq o dinheiro que era para comprar comida virou esmalte!
E sim, as taxas cobradas nesse país são ridículas. Mas, há MUITA coisa ridícula, que muita gente deixa passar (ou nem percebe) e prefere continuar assistindo Faustão no conforto de casa, sem questionar que merda que ta acontecendo no Brasil.
Sem puxa-saquismo, mas me dá até um ânimo vir aqui e ler seus posts!
Bruna Lima disse:
Essa tabelinha é uma vergonha nacional, meu povo. [2]
Os salários no Brasil são uma vergonha.
O preço dos importados é uma vergonha.
Esses impostos são uma vergonha.
Esse país é uma vergonha.
E a maioria das blogueiras “de moda” deveriam ficar com vergonha ao ler o seu blog. Prontofalay.
Clá disse:
Faloy tudo!
Anônimo disse:
Verdade! Tenho notado que esses blogs de moda estao se tornando formadores de opiniao (oi?!) e agora todo mundo quer usar Louboutin and tem como sonho de consumo a Birkin (eu pessoalmente acho suuuuuper overrated, ainda mais por ser uma bolsa tao “seria”, estilo profissional, bussiness woman). Formam opiniao, idolatram “it girls”… eh tudo tao ridiculo! Eu que moro no exterior (Brasileira pobre no exterior, vamos frizar!) acho patetico!
eu disse:
Vc disse: Esse país é uma vergonha.
Mas quem ‘faz’ esse pais?
Eu, você e todos os outros milhões de brasileiros,certo?
Eu acho mto injusto ficar falando mal do seu pais (mesmo qe vc o ama e a unica coisa qe odeie seja a politica dele) cara se
ele é assim ha uma grande parcela de culpa da população.
Somos nos qe escolhemos os nossos representantes atraves do voto.
E se nos temos o “poder” de coloca-los la, tbem temos o direito e o dever de tira-los. Caso eles nao cumpram o seu papel enquanto “representantes do povo”.
ps: peço desculpas pelo meu portugues, ou a morte dele. enfim ….
Clá disse:
Gente, eu fico ”bege-Particulière” com alguns comentários!!
Sério… Tem uma galera que de tanto falar ingrêis, se esqueceu das lições básicas de português em interpretação de texto…..
De Chanel, a cada dia viro mais sua fã! Como pode alguém tão nova ter tanta lucidez?? (Nada contra os jovens, apenas força de expressão!). Esse texto é uma bomba, menina! Como disse o seu amigo e você reportou no twitter, aqui você toca meeeesmo na ferida. A ferida do desejo de status social a qualquer preço. A ferida de quem, no Brasil, não quer ver a caixa do supermercado usando o mesmo esmalte que usa. De quem se vangloria “discretamente” de poder pagar pelo luxo e de quem economiza no arroz pra espremer os $92.
Um dia, o mundo podia entrar no eixo e ter status social alguém que realmente mereça, como uma pessoa com pensamento próprio e que não compra banana mastigada… Tipo você! Te ofereço o meu Chanel! Da cor que você quiser!
ps: Não compro esmalte Chanel. Porque lavo louça, ‘faço limpeza’ (como alguém disse acima)… hahahaha ;)
Um beijo!
Caro Giacomet disse:
Super concordo….. acho que muitas vezes os preços são mantidos nas alturas pra tu não correr o risco de achar a caixa do mercado com o seu tesouro nas unhas!!!!!!!!!!! Acho que é do interesse de algumas que compram essas coisas que o preço do produto se mantenha nas alturas, só pra quando usar, aparecer muitão…..
A pobrezinha da Eliana Tranchesi ia chorar Particulière se me visse usando minha calça Daslu que eu comprei aqui na minha cidade por R$ 15,00 (não é fake, ok?? é de fábrica!!) Imagina o MICO de ter a mesma calça que euzinha, que não tenho nenhuma bolsa chanel, e nem sequer um esmalte!?!?!!? The horror!!!!!
Thereza disse:
Na boa, seu blog é um dos únicos que consigo ler um post to-do, de cabo a rabo, e olha que são longos, hein! Os outros blogs, com seus méritos, me fazem me atentar mais às imagens, então o conteúdo se torna secundário. Enfim…
É muito complicado essa polêmica em torno dessas tributações altíssimas, e obviamente abusivas. Preciso ser sincera e dizer que não tenho muito orgulho de ser brasileira não, a gente é, por pura falta de opção. A começar pela velha história da violência-educação-saúde e a terminar por esses “detalhe” dos impostos que é sempre um disparate. Dá um desânimo, fico desgostosa.
Trabelhei durante 5 anos num ambiente literalmente político e me chocava com cada coisa que ouvia e presenciava. Às vezes tinha vontade de sair correndo e me candidatar a “deputada” pra lutar por um ideal, mas 5 minutos depois lembrava do pepinão e a única vontade que tinha era fugir do país. Em busca de uma terra abastada onde nossos direitos eram preservados. Doce ilusão.
Políticas à parte, lá fora um esmalte Chanelzinho bááásico está de bom tamanho pro budget deles, faz sucesso, mas é normal. Aí chega aqui vira hit, febre, fila de espera, e eu fico tããão entediada com isso, acabo criando até abusinho!
Que nem outro dia no lançamento de uma coleção de esmaltes chamados “Penelope Charmosa”, todos falavam, virou trending-topics e em dezenas de blogs o assunto era o mesmo, pausa, bocejos, quero distância de todas essas cores. Omarketing não funcionou pra mim, banalizou.
Sei que pode parecer contraditório, ainda mais vindo de uma “blogueira”, mas sei lá, me bate uma anarquia *revolts* quando vejo uma coisa sendo divulgada e almejada ad nauseum! Tem que parar pra respirar..
Falei demais, mas seus posts sempre me inspiram!
Um beijo!!!
Ana disse:
Apenas um comentário: Perfeito. Não poderia ter vindo em melhor hora na minha vida!
Vivi disse:
“Alguém está roubando o seu queijo e você está aí suspirando por um esmalte.”
Taaapaaaaa na caaaraaaaaaaaa!!!!!!!!!
Ana disse:
Thereza, a propósito! Obrigada por ter me “apresentado” a De Chanel. Só conheci por causa do seu blog! Te devo enterna gratidão! Só não te mando um “particulière” de presente por motivos óbvios…! rs
Anônimo disse:
vem cá minha filha, pq vc não organiza uma passeata em brasília ao invés de escrever nesse blog ridículo????????
agora só o que faltava é vc achar que eu não devo comprar um esmalte chanel porque caixa de supermercado não pode comprar.
vai lá fazer uma passeata vai, enquanto isso eu pinto a minha unha com o meu particuliere.
gente pobre é uó mesmo. e digo mais: quem é inteligente não vira caixa de supermercado. quem é da laje não usa chanel. morra de inveja.
estou total de acordo com a paola scott, o dinheiro é meu e eu faço o que quiser com ele. vai estudar para não ser caixa de supermercado, minha filha. e fecha de uma vez esse blog ridículo por favor.
Clarissa disse:
Fofa, de que adianta usar Chanel e ser tão baixo nível?
Fernanda L. disse:
E quem disse que a DCNL é caixa de super mercado? Ah, faça me o favor né!
Como tá escrito no post, tem que ir pra não chorar, principalmente quando pessoas ignorantes perdem tempo digitando comentários só pra ofender as outras.
Quanto ao post, eu não pago tudo isso num esmalte não, e não é por falta de condições, mas se eu posso comprar quase a mesma coisa em qualquer esquina por R$2, R$3, quase R$100 reais por um NOME (por que convenhamos, a maioria das pessoas que os usam, o fazem pra dizer que o esmalte é Chanel) não deve valer a pena.
Lyanna Freire disse:
Saia do computador e vá ler um livro para se educar um pouco mais. Ou junte seu dinheiro p/ pagar um professor particular que lhe ajude a ler e entender um texto.
Silvia Barcellos disse:
Pobre é você…de espírito. Só podia ser anônimo. Compre um Chanel mesmo, aliás compre todos que seu ego permitir, já que boas maneiras, classe e educação você não conseguiu obter com tanta finesse.
Anônimo disse:
e tem mais: se vc e as suas leitoras não podem comprar produtos importados ou da daslu ou whatever é tão simples trabalhar para poder ao invés de escrever e ler blogs ridículos como esse.
Clarissa disse:
Nossa, que idéia legal!!! Ia dar uma suicidada ali de leve, mas agora que vc falou…
Daslow q me aguardyyyy!!
rurrúlll!
(qual o emoticon pra I’m pucking?)
Gabi D. disse:
Nem vem mais aqui, não te queremos por perto mesmo!
argth!
Jéssica Marques disse:
A questão é simples: Sabe o que você está ostentando Ter!?
Ostenta, provavelmente, porque só TEM nos seus meros sonhos ingênuos…
Quem tem e pode comprar de verdaaade, costuma não gritar “UHUUUUUUUUUUL, USO CHANEL, SOU GRIFADAAA!!!”
Então recolha-se a sua insignificância de “não pensante com orgulho” e economize um pouquinho para estudar, afinal o assunto discutido não é o que você se refere.
Thereza disse:
Ana, de nada!! Acho que o DCNL é parada obrigatória pra qualquer uma que lê e participa desse mundo dos blogs, às vezes precisamos refletir e não só admirar-o-belo!
Queria ser amiga da DCNL!!
Fernanda disse:
Eu achei tudo muito bem colocado, mas os comentários me deprimem.
E não só a defensora-de-castas. Tem gente que fala sem pensar, melhor ficar quieta.
Ana Carolina disse:
parafrasiando:
@gvandoni: RT @josesimaoband: PENSAMENTO DO SIMÃO: Se não puder ajudar, atrapalhe, afinal o importante é participar
comentarios são sempre bem vindos.. viva a democracia!
Gabi D. disse:
O que desaponta é essa multidão de garotas vazias. Elas é que acabam com a moral da moda, e fazem tudo parecer tão fútil.
A brisa nessa laje é a melhor mesmo. E tenho dito.
Sem chanel nas unhas, e sem desejar o tal “particulière” pq além de tudo tem cor de nada.
Sabe, a atribuição direta a marca faz a “rica” ali de cima nem perceber qual é a cor do esmalte, e se realmente gosta dela, ou, se vai colecionar o esmalte de R$ 92 mangos só por diversão.
E vem aqui ler, e comentar “anonimamente” defendendo o emburramento das “it girls” (Alô Ale Garattoni, nada contra você), só pq somos um bando de pobres que não tem dinheiro pra comprar na Daslu. Poupe-me. Poupem-nos.
Esse comportamento me lembra muito a Teoria Hipodérmica de Comunicação, só que meus professores haviam me dito que ela havia sido descartada, pq não há consumidor sem cérebro, que apenas absorve a mensagem publicitária/jornalística… Bom esses comentários provam o contrário. HÁ!
Um beijo de chanel, quando eu crescer quero ser como você!
Ana Carolina disse:
Como afirmou Karl Marx, em “O Capital – uma critica ao capitallismo”
“Não importa de onde vem, seja pelo estomago ou pela fantasia”
As pessoas compram, por necessidade ou por prazer.
Simples assim.
nem vou divagar sobe consciencia e valores, pq ainda estou formaulando minha defesa ao post da DCNL
Sílvia Moreira disse:
Eu até iria comentar mais acho que lendo vários comentários à cima vi que a maioria concorda comigo então, vou me calar ! porque os Risque da vida não faz feio…agora tem jeito vindo com seus saltos grifados digitam os seus comentários a cerca de tal assunto com tanta elegância e compromisso com o seu Português ,e depois volta como anônimos e descem do salto numa deselegância, como se alguns não soubessem que se trata da mesma pessoa…sim é claro com um distúrbio de personalidade ,vulga bipolar.!!!
dechanelnalaje disse:
Oi, Sílvia. Vou comentar aqui correndo para não causar nenhum mal-entendido: a anônima em questão nunca tinha deixado nenhum comentário nesse blog. Esses foram os primeiros comentários dela mesmo, deu para ver pela IP.
Beijos!
Sílvia Moreira disse:
dechanel ,…sério? hoje tem tantas formas de esconder um IP que sei não,hein???mais se vc tá falando…enfim,parabéns pelo blog,é o primeiro que tem conteúdo e que além do Post os comentários também são ótimos .
Ana cristina disse:
Acho triste ler “gente pobre é uó mesmo. e digo mais: quem é inteligente não vira caixa de supermercado. quem é da laje não usa chanel. ” esta pessoa representa as pessoas chiques, que tem classe? que frequentam os melhores lugares?
Acho que não, pois não vejo uma pessoa de classe tendo tanto preconceito! Uma pessoa de classe tem cultura suficiente para saber que nem todo mundo é caixa de supermercado ou lixeiro por que quer, quem estuda sabe que as oportunidades não são as mesmas para todos, seja você inteligente ou não. Muita gente tem seu destino traçado bem antes de nascer….cabe a ele tentar quando tiver uma chance conquistar uma vida melhor. Se você já nasce sem comida, como terá acesso ao estudo?
Sinceramente , uma pessoa como você diz “pobre” realmente não vai se preocupar com um particuliére….ela tem coisas sérias para se preocupar!
Sabe estudei em Universidade Federal, tenho 3 pós, grana pra qtos particuliéres eu quiser, já estive até na Europa….mas sabe respeito muuuuito a caixa do supermercado, o lixeiro, a faxineira, por que um dia o mundo pode dar uma volta e eu posso ficar no lugar deles, e aí me pergunto será que dou conta?
Agora usando palavras sábias de Narcisa Tamborindeguy: Daslu, particuliére…meu c# !
Sonia disse:
Muito bem dito, Ana Cristina. Adorei.
Ana Carolina disse:
no contexto venho indicar a leitura deste blog: http://praladedubai.blogspot.com
Voo pra Beirut merece ganhar o selinho do OMG Cat! Que porra de voo é aquele? Ow povo que enche o saco pelo amor de Deus. Viaja de econômica com mais de 300 pessoas, mas a pose é de quem viaja de primeira classe. Só quem mora por aqui sabe bem do que eu estou falando.
Isso me fez lembrar de uma história que ouvi a bordo. Parece piada mas bem acho que foi verdade. E ainda lamento por não ter sido eu a autora.
A comissária passa pelo corredor da classe econômica e um passageiro diz para a filha pré-adolescente:
– Tá vendo minha filha, estuda, mas estuda mesmo, pra um dia não ter que trabalhar de comissária.
A comissária ouviu e seguindo a lenda, respondeu:
– Tá vendo mocinha, estuda, mas estuda mesmo, pra um dia você ter dinheiro suficiente e não ter que viajar apertada aqui de classe econômica igual ao seu pai.
Sofia disse:
Ai, anônima, estamos todas mor-ren-do de inveja das suas unhas pintadas de marrom coco (de cocô mesmo, não de Coco Chanel).
Não esqueça que você não faz exatamente o que quiser com seu dinheiro: você paga mais que o valor do produto em impostos, que deveriam ser revertidos em benefícios pra sociedade em geral, mas não são.
Ai, acho que o dia em que algum ‘mano’ te pegar na ‘quebrada’, encostar um ‘trabuco’ na sua cabeça, e levar embora sua 2.55 (ou prada, ou louis vuitton), com o seu iPhone e todos os seus badulaques ‘phynos e rycos’ dentro, talvez você entenda o que a dechanelnalaje quer dizer.
Então espero que você ao menos tenha dinheiro suficiente pra, além de comprar seus chanéizinhos, blindar seus carros e pagar seguranças 2×2 fortemente armados pra sua própria segurança, né, já que o Estado não consegue garantir a segurança dos cidadãos. E é bom se cuidar mesmo, pq assaltante a-do-ra patricinha e mauricinho, afinal vocês têm tudo aquilo que eles sonham e jamais conseguiriam ter de outra maneira, justamente porque o governo desvia tanto que nunca lhes deu oportunidade.
Vai conhecer a realidade da pobreza desse país de perto, o sofrimento daquelas crianças que crescem em favelas sem água potável, sem sistema de esgoto, literalmente, se criam na merda, antes de vir aqui e querer dar lição de moral em quem, certamente, tem muito mais moral do que você pra ter um blog.
Ou recolha-se na sua futilidade e vá ler os blogzinhos de moda aos quais deve estar habituada e não enche o saco de quem escreve ou lê coisa de qualidade.
Tâmara Viana disse:
rss…
Boa resposta, Sofia… quem sabe assim a Anônima consiga entender o propósito deste post… rsrs
Clarissa disse:
(Preciso parar de comentar, meu Deus!!!)
Fica tranquila, viu Sofia! Geralmente, o que tem ‘dentro’ – de bolsas, inclusive – de gente assim, é tudo porcaria. É só de fora que está o gramour, porque é isso que os outros vêem. Segurança?? Só se for pra passar na frente das amigas. Ou o ladrão vai sair no prejuízo ou vai levar no máximo uma merrequinha…
Tâmara Viana disse:
Oi…
Mais uma vez meus parabéns pelos seus posts!
Fato: produtos importados (nem todos) são bem melhores que os nacionais, né minha gente… mas poxa vida, é um abusurdo essa tributação! Revoltante!
Sílvia Moreira disse:
Sofia falou tudo!!!
carolina disse:
Acho que a questão não é só se o imposto é ou não para preservar a industria nacional, acho até valido se for isso. O que está sendo discutido é essa obssessão da classe dominate brasileira pelo que é “de fora”…ninguém que está amalucada atrás do particuliére parou 2 minutos pra pensar se a cor é realmente bonita, se relamente vale a pena…mas “se todo mundo que é bacana usa, preciso usar tb” .”Se a bonitona francesa do blog X tem um eu tb tenho que ter”. Não existe o questionamento, não existe a ponderação. Se existe um produto novo no mercado, primeiro tenho que pensar se gosto, segundo se é de qualidade, depois o preço e por último se posso pagar. Simples.
Acho o uó blogueira incentivando a comprar chanel parcelado só porque a loja virtual Y ( que é careira pra burro) resolveu vender chanel. Que é isso gente?! Fazer divída por um esmalte? Faz sentido? Não é nem questão do dinheiro ser seu ou não….se vc tem pode rasgar e jogar pela janela, não me importo…..mas se for para gastar que seja num produto que vc quer, que seja seu estilo, que te faça feliz e não porque vai te trazer um status temporário ( até o novo must have do momento).
Aliás tem nada que eu odeie mais que esse “must have”…
Enfim…sei que é difícil entender…mas o que está sendo proposto aqui é que vc pense em tudo isso antes de simplesmente entrar na onda.
Tem uma industria poderosa atras disso tudo, 2 ou 3 empresas controlam todo mercado de luxo….diante disso vale questionar de onde vem todas as tendencias, todos os modismos, todas as grandes criações….tem gente ganhando muito dinheiro com isso, então pense bem antes de encher o bolso desse povo com seu dinheiro.
Mariah disse:
Muito bom seu post! Infelizmente algumas pessoas não sabem defender os seus pontos de vista com discernimento e até mesmo CLASSE. E AINDA QUEREM PASSAR A IDEIA DE QUE USAM O PARTICULIÈRE (NUMA TENTATIVA DE SEREM, “FINAS”. MAS O EFEITO FOI REBOTE E CONTINUAM COMO UMAS “OGRAS” DE MARCA MAIOR!). Ostentam que consomem isso ou aquilo e na verdade são “massa de manobra”… ah, só que da classe “A”! hahaha Pagando horrores, sendo praticamente lesadas, mas felizes (?) como nunca. Pessoas CONSCIENTES, INFORMADAS E POLITIZADAS mesmo com dinheiro de sobra não se submetem a certos “assaltos”! Bjos De Chanel!
Eliza disse:
A melhor parte do anônimo é o “vem cá minha filha” rs. É de lascar.
Opinião sobre o particulière e seu preço particular aussi, é bonito e é caro. Compra quem pode, sonha quem quer, surta quem não sai do lugar comum. Reclamar é preciso.
Bisous.
Isabelle disse:
Igual não é, mas comprei um “unica camada” da colorama, que é bem parecidinho com esse aí… rs
Eu acho um absurdo o endeusamento que o povo faz com certas coisas. Por isso que cobram essas taxas todas! Pq tem gente que paga!
Gisele disse:
Fetiche da mercadoria, oi?
Ana Carolina disse:
adorei.. seja pelo estomago ou pela fantasia.. torno a dizer, não canso de repetir!
Lyanna Freire disse:
Sim os impostos são excessivos, aliás os impostos não foram criados a partir do nada, não é um fenômeno do big bang, há uma razão de ser e uma finalidade; porém, isso por si só, é tema para um livro. Sem contar o mal uso do dinheiro público pelos governantes e a má gestão são assuntos para as: urnas em 2010. Essa introdução é pra manter o foco e não escrever uma carta gigante pra De Chanel.
Cada um deveria fazer, conscientemene, o que quisesse com o seu dinheiro. Se é alguém afortunado que pode se dar ao luxo de gastar R$ 92,00 com um vidrinho de esmalte, tudo bem, o dinheiro é seu. É a sua remuneração ou alguém lhe sustenta e lhe deu. Porém, o bom-senso (não a reforma ortográfica), sinaliza que esse gasto deve ser feito, desde que não comprometa a sua subsistência e de sua família, ou seja, não vai faltar arroz, feijão, leite, nenhum gênero alimentício e ninguém vai cortar sua luz, água, etc, por falta de pagamento.
Agora, se alguém vai fazer uma dívida para simular um estilo de vida, baseado em estilo de vida de outras pessoas e se deixa levar por propagandas de contos de fada, bem eu digo: isso é muita burrice !!! Se vc acredita na qualidade de um produto importado e se tem condições de viajar (somando cultura+lazer+compras), ótimo. Viaje, respire novos ares e outras culturas e compre seus produtos favoritos pelo preço justo. Se, no momento, vc não pode. Trabalhe, estude, melhore de vida e compre o que vc quiser, desde que isso não seja um sacrifício, pq no fundo é só um esmalte, uma bolsa, um sapato, uma imagem e todas nós somos muito mais do que só uma imagem. Não esqueça da sua condição de pessoa. Cada um é muito mais do que um produto fabricado em massa.
Caro Giacomet disse:
Isso, isso, isso!!!!!!!!
Affe tô cansando de concordar com todo mundo, quer dizer, com QUASE todo mundo,né?!?!?!? ahaha
Tive que usar o tópico e escrever no meu blog, fugindo um pouco da questão política e tributária e seguindo um pouco mais pra esse lado do desespero da moda mesmo…. de comer marmita pra comprar o esmaltinho parcelado!!! Enfim…. se quiser: http://www.carogiacomet.blogspot.com…...
Bjs
It Guél disse:
Acho q essa Anônima é minha ex chefe!!!!!!!!! Sabe aquela pessoa que tem um “troco” a mais e pensa ser a dona do mundo, que pode humilhar e pisar na cabeça alheia?!
Pois é……uma infeliz que deve estar precisando urgentemente “dar uma”…………….tsc,tsc
Chanel, tchyamu !
Jade disse:
Só tenho uma coisa a dizer…
Com todo respeito…
PUTAQUEPARIU!
Quero nem pensar nas pobres caixas cubanas.
Anônimo disse:
hahahaha! essa foi boa! Coitadas mesmo! :/
Sil Nascimento disse:
Para variar, mais um excelente post! Minha opinião: acho que brasileiro ganha pouco sim! Que a carga tributária brasileira é alta sim, tanto para o empresário quanto para o consumidor final.
Importador também emprega, não tanto quando uma indústria, mas tenho certeza que, se a carga não fosse tão alta, empregariam mais, como também, diminuiria a sonegação(tanto de importadores quanto industrias).
Não acredito que se sonega porque o dinheiro não é investido onde deveria, até porque, trabalho com isso, e posso dizer, que hoje a carga tributária engessa ou mesmo mata o crescimento das empresas brasileiras.
Quanto ao esmalte, seja o particulièr (que como sou morena seja ele seja o Capuccino nacional, não fica bem em mim), seja o Jade, ou qualquer outra cor, o valor no Brasil é alto sim, para algo, que como alguem disse, sai com acetona, assim como os mais baratos.
Agora, não podemos ser ingênuas, no Brasil, além da alta carga tributária para tais produtos, existem sim acréscimos que são de responsabilidade única e exclusiva da marca (ou do importador) e que também fogem e muito dos valores agregados, no final, se vc somar: custo para trazer de fora + custo da loja aqui no Brasil + carga tributária… mesmo assim, tem gordura que só serve como lucro. Mas, todo mundo quer lucrar não é mesmo? Se custar um pouco menos, vão comprar mais ou o produto perde a “aura de exclusividade”? É preciso pensar nisso tudo.
Então, independente da sua escolha de comprar ou não, do seu poder aquisitivo, vamos lembrar que cada um deve fazer sua parte, cobrar providências, e ter consciência da hora de votar. Se você nasceu no Brasil, mesmo que não more mais aqui, precisa também se preocupar, pois pra sempre vai ter uma ligação com o país (ou por aqui não ficou um parente com quem vc se importe?).
Por fim, vamos lembrar de algo que não distingue um dos outros pelo poder aquisitivo: educação. Não adianta ter dinheiro, usar só as marcar originais, usar esmalte Chantel, morar (ou viajar sempre) na Europa (ou EUA) e no final “cuspir” barbaridades. Todos tem direito a opinião, e devem ser respeitados por isso, concordemos ou não. Beijos DeChanel!
Lorena Perdigão disse:
Olá!
Acabei de conhecer o blog e amei!
Não posso deixar de comentar esse post – FANTÁSTICO!! Não uso esmalte Chanel pq não pago por esse tipo de “mimo” e pq sou, além de nutricionista, fisiologista do exercício, personal trainer e blogueira, sou dona de casa no tempo que me sobra! Lavo louça, lavo roupa, faço comida (aliás, amo cozinhar!!) e nenhum esmalte dura na minha unha (nem o mais caro do universo, já tentei todos!).
Além disso, com R$92,00 dá pra comer num restaurantezinho legal, fazer um jantar delicioso para amigos na minha casa com direito a vinho e queijos de petisco… ai, tanta coisa que me dá pena de gastar com um vidrinho de esmalte (tem uns ótimos de R$2,00!).
E para nossa colega anônima: elegância vem de berço! Uma pessoa elegante, fina, nunca deixaria um recado como o seu em lugar algum!
Besos
Thais Bueno disse:
Ahh, pois é. Mas não precisa pensar apenas em produtos importados pra ver esse tipo de coisa não. Tem muitas marcas nacionais que inflacionam os preços de seus produtos sem desculpa nenhuma pra isso. Só pelo valor da marca mesmo.
Ana Carolina disse:
bom, vamus lá..
hoje num to tão inspirada, se eu fosse inspirada escreveria como você..!
Gosto tantoooo!
A critica a ser feita deve ser coerente, e coesa, e deve atingir a todos, concordando ou não? Por isso também se chama critica: veja a definição do ‘pai dos burros’, nosso dicionario:
crítica
(feminino de crítico)
s. f.
1. Análise, feita com maior ou menor profundidade, de qualquer produção intelectual (de natureza artística, científica, literária, etc.). = apreciação
2. Capacidade de julgar.
3. Fig. Opinião desfavorável. = censura, condenação
todos temos direito de expressar nossa humilde opinião…
A intenção da democracia, e justamente essa, facilitar o acesso de todos a todos os meios, viram o terceiro significado? CENSURA?
Nooooossa, Voltaire já disse: “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dize-las”…
De fato, não posso deixar de concordar com quem disse que: “O dinheiro é meu, gasto no que quiser”, eu gasto o meu dinheiro em tanta porcaria, e confesso que, se tivesse dinheiro SUFICIENTE de ter uma vida decente, sem dever ninguém, exercendo por completo minha cidadania, e garantindo todos os meus direitos de cidadão e colaborando a contento com o crescimento e desenvolvimento do país, SIM, eu passaria a tarde na Oscar Freire, compraria todas as Birkins que pudesse, e estamparia a minha testa de Chanel..
Mas, sempre tem o mas… Não, eu não posso me dar a esse LUXO… Como já foi citado acima, é o fetiche da mercadoria, o status que aquilo te traz, te causa prazer, existem pessoas que sentem prazer em serem amarradas, outras sentem prazer f*dendo a vida dos outros, outros sentem prazer estampar as unhas com um esmalte dessa cor.
Ontem à noite eu fiz as minhas unhas e passei um esmalte “V de Vendetta’, inspired (rs), não, não posso pagar R$ 92,00 no original, pq eu não tenho condições financeiras suficientes para tal LUXO. Sim, isso é luxo, não necessidade. Pra mim não é necessidade, e nem sentiria prazer em fazê-lo, e pq? Pq eu teria uma divida que me tiraria o sono, e eu teria quem sabe até tendo que acabar trabalhando como caixa de supermercado.
MAS COMO ASSIM?
Sim, ninguém é caixa de supermercado porque escolheu, quem sabe? Existem pessoas que não terminaram o segundo grau e são muito eficientes no que fazem (vide nosso Presidente Luis Inácio Lula da Silva), outros estudam, fazem tudo certo, correm atrás, batalham pra caramba, e não possuem sorte suficiente, ou não se esforçaram a contento para fazer a vida lhe atribuir o luxo de poder comprar um Chanel Particuliére.
Não se esqueçam de que na vida o fator sorte também conta muito, uma vez que existe uma pequena minoria de afortunados que nasceram na favela, mantém relações afetivas com todo tipo de bandido e venceram na vida com muito esforço, ou simplesmente deram a sorte de serem escolhidos por algum olheiro e se tornaram jogador de futebol.
No tocante carga tributária do país o problema não está só na hora de comprar um esmalte importado, o nacional também seria mais barato se os impostos fossem mais amigos, haveria muito mais empregos pra muito mais gente se o governo incentivasse o empresário a empregar uma família, e garantisse que esse trabalhador possa sustentar sua família dignamente, sem ter que passar a noite numa fila de hospital público, porque sua filha está com dengue. Se os impostos tivessem a carga que tem, e exercessem a sua destinação correta sem desvios, sem Beluzzos, sem Arrudas, sem Sarneys, surrupiando, e emporcalhando o cenário político nacional, todos, lixeiros, caixas de supermercados, médicos, advogados, pessoas super inteligentes que possuem renda suficiente para comprar um esmalte da Chanel, não precisaríamos nos revoltar com tudo que acontece no nosso país, e famílias e mais famílias não perderiam suas casas porque moravam em cima de um aterro sanitário desativado, que um dia por causa da fúria de São Pedro explodiu.
Esse é o problema. Não é a quantidade de impostos que atrapalha a vida dos brasileiros, mas a falta de escrúpulos na hora de usar esses valores em beneficio próprio que não aquele que foi atribuído. Pra terminar, todos nós que temos conta em banco durante anos nos taxaram a CPMF, que a principio seria destinado para saúde, queria saber onde estão esses hospitais públicos construídos com o meu, com o seu dinheiro.
Não importa se vc pode comprar um Chanel Particuliére, e eu não posso, partilhamos do mesmo problema, e devíamos andar juntos em busca de uma solução!
De Chanel, tá de parabéns. Quando eu crescer quero ser igual a você… Quem sabe não montamos uma chapa e concorremos a alguma eleição? Deus me Livre.. O poder inebria, e eu tenho medo de ficar igual a eles! Beijos!
Ana Carolina disse:
sinto vergonha de mim, mas fiz vários planos consumistas com o dinheiro que eu iria ganhar qd apostei na Mega sena.. ia ter uma parede de louboutins, e muitas, muitas birkins..
eu sou uma menina má?
não, sou humana.
paris é aqui disse:
Muito bom. Acabei de escrever um post no meu blog sobre a recusa em pagar 70 reais num corretivo de 5 dólares. Beijos, adoro aqui.
Pri disse:
Gente, na boa! Se a Chanel não tivesse desenhado (desenhado, desenhaaadooooooo) uma tabela, eu até acharia que o texto dela tá com algum defeito porque a quantidade de gente que não entendeu nada do que ela escreveu hoje não é brincadeira!
Vejam a tabela com cuidado, é praticamente um desenho, é muito visual. Olhem detenidamente essa tabela e me digam se como cidadãos brasileiros vcs não sentem uma pontinha de revolta!!
Nem mané fetiche do produto, nem mané eu faço o que eu quiser com o meu dinheiro, nem mané o particulière é feio. Gente… pelo amor de Deus… impostos. Ouviram? Impostos. Impostos que tomam pó de pirlimpimpim.
Beijos da sua fã!!!
Flavia Caruso disse:
As coisas no pais estao completamente fora do controle e nao digo so nas questoes politicas e afins… As pessoas estao fora da realidade do mundo e das proprias vidas!
Ninguem compra um produto que realmente precisa ou que goste muito. Todos gostam muito de tudo! E enjoativo!
Tenho esse esmalte. Agora, em hipotese alguma me submeteria a entrar numa fila de espera pra pagar R$ 92 em um vidro de esmalte. Meu arrependimento pelos US$23 so nao foi maior pq realmente gostei da cor (by the way…a qualidade e boa sim!). Meu marido estava nos EUA na epoca do lançamento e quis me fazer um agrado . Ele disse que os esmaltes estavam as moscas e a vendedora da Bloomingdales nem ao menos sabia do que ele estava falando. Mesmo com o poder de comprar muito maior eles nao dao a minima.
Resumindo… as pessoas aqui fazem qualquer coisa para ser aceitas, incluindo comer ovo pra comprar chanel, mesmo que nao lhe caia bem. Aceitas por quem? Pelas blogueiras? Porque garanto que seu namorado ou sua mae nao vao te amar mais so porque tem um esmalte chanel, certo? E desesperador!
Gostei muito do texto!
Beijos!
(nao sei o que ocorreu com meus acentos no seu blog!)
Flavia Caruso disse:
As coisas no pais estao completamente fora do controle e nao digo so nas questoes politicas e afins… As pessoas estao fora da realidade do mundo e das proprias vidas!
Ninguem compra um produto que realmente precisa ou que goste muito. Todos gostam muito de tudo! E enjoativo!
Tenho esse esmalte. Agora, em hipotese alguma me submeteria a entrar numa fila de espera pra pagar R$ 92 em um vidro de esmalte. Meu arrependimento pelos US$23 so nao foi maior pq realmente gostei da cor (by the way…a qualidade e boa sim!). Meu marido estava nos EUA na epoca do lançamento e quis me fazer um agrado . Ele disse que os esmaltes estavam as moscas e a vendedora da Bloomingdales nem ao menos sabia do que ele estava falando. Mesmo com o poder de comprar muito maior eles nao dao a minima.
Resumindo… as pessoas aqui fazem qualquer coisa para ser aceitas, incluindo comer ovo pra comprar chanel, mesmo que nao lhe caia bem. Aceitas por quem? Pelas blogueiras? Porque garanto que seu namorado ou sua mae nao vao te amar mais so porque tem um esmalte chanel, certo? E desesperador!
Gostei muito do texto!
Beijos!
robertasampaio1 disse:
Xuxu,você arrasou nesse post,preciso dizer demais!
Concordo demais com o que você escreveu.Lógico que cada um tem padrões diferentes e visões diferentes em alguns aspectos,mas o fato de os impostos aqui no Brasil não serem CONDIZENTES com a nossa realidade e, mais ainda, com a qualidade de vida proporcionada pelo nosso governo não é?
Para mim, o problema não está no fato da nossa dita elite desembolsar noventa e alguns reais num vidrinho de esmalte,uma vez que cada um gasta seu dinheiro no que quer e não cabe a mim julgar,o que eu acredito ser um problema é o fato de as pessoas não questionarem esse preço exorbitante, nem para onde ENFIM está indo isso tudo.
É exatamente o que você grigou: alguém está roubando o nosso queijo e a gente preocupada com um vidro de esmalte?
xêro
Laís disse:
Sua sensatez alegra o meu dia, mais um post pra colocar a gente pra pensar um pouco nos padrões da sociedade brasileira. ;)
Dé disse:
Olha, vou te falar, tem que ser bom mesmo pra eu ler um post enorme igual ao seu e ainda todos os comentários! Parabéns pelo seu blog, é sempre um presta atenção pois adoro moda , vejo muitos blogs mas nunca paro pra analisar o absurdo de todo esse reboliço em torno de algum lançamento de alguma marca conhecida.
Esse post anonimo me lembra muito uma moça que conheço que sempre diz que não gosta de pobre, compra tudo quanto é roupa que aparece pela frente (só de grife) mas no quarto dela tem um guarda roupinha bem mixuruquinha que tá faltando puxador. Mas pra ela nao tem problema, o importante é estar sempre impecável, com cara de rica, andando por aí no seu carrão pra todo mundo ver. E tudo isso até hj com o dinheiro dos pais pois “não nasceu pra trabalhar” (apesar de ter 36 anos).
bjo
Thaís Nascimento disse:
Pessoas CONSCIENTES, INFORMADAS E POLITIZADAS mesmo com dinheiro de sobra não se submetem a certos “assaltos”! [2]
Eeeita que bati meu recorde, li todos os comentarios mesmo caindo de sono o_o
Soh tenho a dizer uma coisa: da desgosto se interessar pelo mesmo assunto que certas pessoas viu? Eh por causa da existencia desses “tipinhos” que idolatram tudo sem nem parar pra pensar O QUE estao idolatrando, que a maioria das pessoas me olha com cara de “han? VC estudou a vida toda que nem uma condenada e agora pensa em largar a arquitetura pra trabalhar com MODA?” quando eu digo meus sonhos pro futuro.. Acabamos entrando no mesmo balde de anencefalas.
(teclado sem acento eh uo hahah)
Thaís Nascimento disse:
E abapha que mesmo que eu morasse fora, num teria coragem de comprar um Chanel. $23 num da em arvore #prontofalei
Pat Camargo disse:
hahaha o mais engraçado nesse post é que toda vez que entro pra ler os cometários ta la a Ana Clara Garmendia implorando pra vc apagar o posto dela e dizendo que a cor do chanel dela é a Veneza.
Chanel please, apaga pô!!!
Para de ficar pintando as unhas e atende o pedido da moça!!
Xoxo
PS: pq o pedido dela é sempre o ultimo comentario?
dechanelnalaje disse:
Oi, Pat. O comentário anterior dela já foi apagado há muito tempo. Para o fato de o comentário definitivo sair por último sempre, não tenho explicação… erros do wordpress.
Beijos!
marcela castro disse:
Que beleza de post !!! toma na cara…. foi assim que me senti, porque eu realmente já suspirei por esse esmalte. não é o esmalte né?
Ainda acredito que futilidade pode andar junto com a inteligencia, e depois de um post deste, CUIDADO MENINAS, elas podem andar lado a lado mas muitas vezes são apostas, a divisão é perigosa.
upsss estavam robando meu queijo e eu aqui coberta de futilidade.
dechanelnalaje disse:
Oi, Marcela. Eu não chamei ninguém de fútil, sinceramente, nem quis dizer isso em nenhum momento. Espero que compreenda…
Beijos!
marcela castro disse:
Acho que não soube me expressar… não achei isso. Muito pelo contrário eu adorei o post e achei super bem colocado.
Mas deixa pra lá…
Ana Carolina disse:
me divirto tanto com a DCNL
Amygha Cris disse:
“Por que você se limita a apenas sonhar com algo que está longe do seu alcance, em vez se revoltar com o sistema (ou de se incomodar com quem se revolta)? Afinal, qualquer país precisa de uma classe média relativamente questionadora e consciente para se desenvolver. A nossa, infelizmente, deve ser a mais passiva do mundo.” – Porque históricamente fomos formados por uma nobreza corrupta que corrompeu a burguesia oferecendo títulos nobiliárquicos, havendo um incrível talento da elite em dar o pão e o circo em troca de uma exploração massacrante. A classe média paga pelos ricos e pelos pobres, sabe disso, mas aceita passivamente porque, além do status que se tornou um troféu inebriante, foi doutrinada a não “mexer com os poderosos” porque as polícias que em tese deveria servir à ordem e JUSTIÇA social, cumpre seu papel primário de reprimir as revoltas dos injustiçados.
A classe média só será consciente quando os órgãos que detém o poder de direcionamento de massa decidir que é hora de conscientizar. E quando pessoas conscientes e de classe média se disseminarem diante de tamanho caos social e perceberem que a situação é insustentável.
Se sua mami te aconselhou a não se expor tanto, segue, amiga, porque as mamis geralmente são muito sábias. (A minha mãe e meu pai – e a vida – me pediram a mesma coisa).
Desculpa se não me ative ao esmalte chanel, mas acredito que você o esteja usando pra exprimir uma coisa muito maior.
Beijos!
coisasdeamiga disse:
Adorei o post, super inteligente a abordagem do tema!
Realmente o preço que pagamos por todas as coisas importadas e cia aqui no Brasil são absurdos, incoerentes e inaceitáveis…
Não é correto e nem justo que um esmalte que deve custar R$40 em qualquer lugar do mundo custe mais que o dobro pra nós! Tudo por conta de impostos, taxas e barreiras super abusivas sobre esses produtinhos importados.
O problema é que vivemos em um país em desenvolvimento, que precisa de fazer $ de onde puder e como puder pra sobreviver e se desenvolver. Precisa dificultar a compra e entrada de produtos estrangeiros pra proteger a indústria nacional, o tão falado protecionismo.
Então, nós, reles mortais admiradoras de um esmalte somos obrigadas à pagar por isso, nos impostinhos e taxas se quisermos andar de esmalte particular por aí!
Eu, particularmente, não pago nem a pau mais de R$10 num vidro de esmalte. Mas cada uma faz o que quer com seu dinheiro, né?
Beeijos e parabéns!
Ana Carolina disse:
dinheiro tem e num é pouco.. jah bom uso, é outro historia…!
Joyce Nunes disse:
Oi miga… eu concordo, mas não acho que exista protecionismo que faça uma coisa custar 10 vezes mais cara do que realmente é no mundo todo… é abusar, é tirar com a nossa cara. Se o produto nacional também é bom, vai vender independentemente ou não do internacional estar no mercado… mesmo porque nos preços internacionais desses produtos já está incluido o “glamour” da marca… porque temos que pagar 10 vezes mais caro?
Uma vez meu pai pediu para um amigo AMERICANO, executivo de alto-escalão, trazer dos EUA umas maquiagens da MAC para mim, porque, como sabemos, é super barato… sabe o que ele respondeu? “Nossa, mas sua filha usa isso? Isso é caro, é chic”…
Ah se ele soubesse que aqui pagamos 4, 5 vezes mais… e o pior, que as maquiagens nem tão boas assim daqui custam o preço do “chic” deles…
Tudo aqui é mais caro, até o nacional… o que dirá do internacional…
Natália disse:
Simplesmente incrível o texto!
Tá de parabéns, e assino embaixo!
Bora pensar gente, sair do marasmo… Consumir desenfreadamente é triste.
a. disse:
nossa, li todos os seus posts antigos e comentarios de um folego so! depois de mto tempo lendo muita baboseira por ai nos ditos ”blogs de moda”, finalmente me deparo com um conteudo inteligente e pe no chao…
eh uma pena ver as pessoas consumindo loucamente um produto, uma marca, so porque ”eh tendencia” ou ”must have”. uma vez li em um blog: ” quem nao tiver uma ankle boot no proximo inverno eh boba, feia e chata”. eh de fechar a pagina e nao voltar nunca mais.
quanto aos valores praticados ai no brasil, realmente eh algo exorbitante. nem mesmo morando aqui nos eua me sinto a vontade de comprar um esmalte ainda caro pro meu orcamento e minha realidade financeira de estudante. mas respeito quem o faz consciente, sem precisar vender um rim pra comprar um esmalte ou uma ankle boot. bem, cada um sabe de si. sua pergunta no titulo do post eh mto pertinente e me fez refletir bastante. parabens pela escrita maravilhosa e principalmente pela sua lucidez.
estarei sempre por aqui na sua laje, que apesar de alguns comentarios infelizes, ja vi que eh bem frequentada. quem comenta tbm tem conteudo e sempre agrega algo. era de uma leitura assim que eu tava precisando ;)
desculpa o meu comentario gigante e esse meu teclado sem acentos, assassinando a lingua!
beijos pra vc!
dechanelnalaje disse:
Olá!
Em primeiro lugar, muito obrigada a todos pelos comentários. Reconheço que eu nunca imaginei que esse assunto seria tão polêmico.
A idéia principal do post era criticar os impostos de importação abusivos cobrados no Brasil e fazer uma pequena reflexão de como essa inflação nos preços acaba influenciando a percepção da qualidade desses produtos. Produtos que acabam virando símbolo de status de quem pode comprá-los. Paralelamente, acabei criticando outras coisas relacionadas, mas a essência era essa.
Todos sabemos que a moda está pouquíssimo democratizada no Brasil. Eu, pelo menos, creio que isso é inquestionável. E isso é apenas uma consequência mais da política tributária e fiscal que temos. E os impostos? Pois é, como cidadã, eu também gostaria de saber para onde eles vão.
Beijos e um excelente dia para todos!
carol disse:
minha nossa, quanta bobagem…o pior é que eu perdi tempo lendo isso tudo…
Vica disse:
Não conhecia o blog e adorei. Realmente, a carga tributária brasileira é uma das mais altas do mundo e os serviços oferecidos ao povo em troca são dos piores. Também acho o esmalte Chanel nem meia boca e fico meio assim com esses blogs que endeusam esses produtos só por causa da marca.
Parabéns pelo texto.
Ana Carolina disse:
se o retorno dos impostos cobrados fossem vistos de alguma forma, toda essa discussão não exisitiria, fato!
ninguem é louco de dizer que só existem impostos abusivos no brasil, tampouco que só aqui existe corrupção. fato é, que moramos neste país lindo, e temos que acordar todos os dias, e assisitir no jornal que milhares de familias estão sem suas casas, ou que o governador x foi solto pra poder enfim, distribuir os panetones que ele havia prometido aos pobres.
a moda no brasil, não eh democratizada, mas a situação já foi muito pior, continua tão ruim quanto, mas acredito que o caminho pra mudança está nas mãos justamente de quem está aqui nesse blog comentando, e fazer com que a ZARA, por exemplo, tenha algum incentivo para montar uma fabrica aqui no Brasil, gerar empregos, não sofrer tantos impostos, e baratear o preço das roupytchas. O exemplo da ZARA, é um só, mas fato é, que os EUA subsidiam boa parte de sua produção, protegem seu mercado impedindo a entrada de produtos importados, então me diz, pq é que o governo brasileiro não deveria aumentar a carga tributaria brasileira, e proteger o nosso mercado, aquecendo a economia nacional, gerando emprego e renda, pras industrias daqui? veja só se a impala, conseguiria entrar facilmente no mercado internacional.. pense a respeito…
Eve disse:
– “menina, que esmalte lindo e diferente que vc está usando… que esmalte é esse?”
– “ai, é o novo da chanel… chama particulière…”
-“hum, que chique, hein?”
Conclusão: isso vale 92 reais? Para algumas, sim.
Carol disse:
Oi!
O q vc acha da mania das bolsas Guess. Vale a pena dar 500, 600, 700 reais???
livia disse:
Olha, o que acontece com os tributos cobrados sobre produtos importados no Brasil, para mim, é , no fundo, questão de pura decisão política.
O Imposto de Importação tem, muito naturalmente, uma função extrafiscal, isso quer dizer que ele não serve só para aumentar a arrecadação do Estado, mas principalmente para estimular o desenvolvimento da economia nacional através do desestímulo à compra de produtos produzidos no exterior.
O problema apontado por muitos é que as taxas brasileiras ficam acima de quase todas aquela aplicadas por países emergentes, que estão no mesmo patamar econômico , como a Argentina, o Chile ou o México.
Na época da implantação do Plano Real, diversas medidas foram erroneamente tomadas ( pode consultar o ex-ministro Ciro Gomes a respeito disso!) levando a um enorme déficit público brasileiro.
Para corrigir isto, o Brasil optou pela pior das soluções: a combinação de elevação dos juros e elevação da carga tributária ( que o bolso da gente sente muito bem ao pagar anualmente esse Imposto de Renda absurdo).
E qual seria uma solução razoável? simplesmente optar pela Desvalorização Cambial – que traria prejuízos quase que restritos a um setor da economia: os bancos! (Agora você advinhou porque essa solução não foi tomada??)
Bem, é estranho falar de economia, política e direito em um blog que se aparentemente deveria falar de moda- o que só faz incidentemente graças a Deus-…mas pelo menos que fique como um incentivo a todos os interessados em Particulières-e-nossos-outros-queridinhos que as eleições presidenciais ocorrem esse ano!
Porque não observar melhor as propostas dos candidatos? Inclusive a partir de agora todos os candidatos ao Executivo (Governador, Presidente e, daqui a 2 anos, os Prefeitos) terão de apresentar suas propostas já no momento do registro da candidatura que acontece em julho!
Olho aberto ein?
;*
Ana Carolina disse:
clap clap clap
me curvo a ti.
olho aberto!
Olivia disse:
Viva o velho e bom esmalte Colorama.
Joyce Nunes disse:
Não gosto da cor do Particuliére… então não compraria nem aqui, nem na Inglaterra nem em lugar algum… eu só uso o que eu gosto, sendo caro, barato, o que for… tenho que gostar para usar!
Mas sempre fico mega revoltada com esses preços abusivos… é que nem o café do Starbucks… uma coisa tão corriqueira, sem glamour e normal no exterior aqui tem status de grife e é caro… só tomo porque gosto de um café que vende lá…
Outro dia me senti a otária comprando um batom da NYX que custa 3 dólares lá fora, mas paguei 48 reais… e a própria NYX bloqueou o acesso de brasileiros ao site internacional da marca, para não termos idéia de como estamos desfalcados aqui, tanto em questão de produtos quanto em questão de preço… tenta entrar no site americano para ver se você não é redirecionado para o nacional…
Coveirinho Pop disse:
Adoro quando você fica entre aa melhores da WordPress.
Só pra te avisar, Marcos Mion morreu:
http://ocemiterio.wordpress.com/2010/04/12/marcos-mion/
Aline Copetti disse:
Ai, gente… tinha escrito um coment enorme… mas decidi resumir tudo agora… pq a maior parte já foi dita mesmo. A nossa realidade sobre impostos e sobre renda per capita é triste desde sempre… entra governo, sai governo e tudo continua tão igual quanto antes… infelizmente!
Eu já passei da fase do vislumbre… agora meço muito antes de cair com tudo num produtinho badalado… avalio e reavalio… e no fim das contas, tudo vai ficando no fim da fila. Sò compro de fora mesmo quando o valor compensa a qualidade dele. E não encontro similar por aqui. Ou quando tô muito identificada com algo e quero mesmo. Mas não caio na lendo do “todo mundo tem que ter”… bom senso nessa hora é tudo! Impostos abusivos, taxas de importação e tramites legais encarecem tudo por aqui mesmo. E só com revolução se muda isso. Como os revolucionarios há décadas deixaram de existir ou protestar de verdade… a gente vai levando como pode! Ou: quem pode, compra, quem não pode, tenta ou fica sem mesmo. Realidade!
Gosto muito desse blog. É um dos raros que leio na íntegra (já disse isso antes) incllusive os comentários. Parabéns mais uma vez!
Beijooo
Quel Baccarini disse:
Guria, amei!
Tirou todas as palavrinhas da minha boca…
Estava desperada atrás do Particulière, mas…
já estava bem pensando em todos os dinheirinhos que teria que gastar.
Agora tô bem convencida.Vou pedir para os amigos trazer, senão…
paciência, né?
Parabéns pelo Blog, pesquisa, post, análise!
Beijos
Ingrid Barros disse:
Adoro!!!! Depois dessa explanação, não tenho nada a acrescentar…só dizer que concordo, concordo, concordo! Essa classe média alienada precisa de educação, não digo escolaridade…Educação no sentido mais profundo e amplo mesmo…dissernimento, capacidade de avaliação, raciocínio próprio… Ah e fica a dica do blog: classemediawayoflife Conhece já?
beijos,
Ingrid
Lud disse:
Correndo o risco de me jogarem pedra, acho que a indignação pelo preço do esmalte importado no Brasil é, bem, um pouco exagerada. Como a própria DCNL falou, é só um esmalte! Todo mundo tem direito à própria opinião, é claro, mas talvez caiba aí uma reflexão. Se ainda fosse um remédio. Ou uma vacina.
A classe média adora reclamar da carga tributária brasileira e da falta de retorno em serviços governamentais. Só que o diabo não é tão ruim quanto pintam. Saúde e previdência universal, ainda que não sejam tão boas quanto a gente gostaria, é coisa de poucos e selecionados países, incluídos os de primeiro mundo. Nos Estados Unidos você pode morrer à míngua na rua se não tiver plano de saúde privado. A sua aposentadoria é você que banca, e uma crise como a que aconteceu pode pulverizar o valor que você acumulou.
Não estou dizendo que não devemos criticar e trabalhar para melhorar a situação do país. Corrupção e má-administração de recursos são indesculpáveis. Mas percebo que às vezes a síndrome de vitimização serve para imobilizar as pessoas: quem se sente coitadinho não percebe o próprio privilégio e não move uma palha para ajudar os menos favorecidos.
Pode ser duro de escutar, mas é verdade: para a classe média, o Brasil é um dos melhores lugares do mundo para viver. A desigualdade social permite que ela tenha empregada doméstica, faxineira, mecânico e manicure. Nos países desenvolvidos, isso é coisa de gente rica. Paga-se plano de saúde, mas nos países nórdicos o desconto para pagar o sistema médico é em torno de 8%. Plano de saúde não custa 8% do salário da classe média, custa? E vai tentar comprar casa própria lá fora, vai. Os preços são exorbitantes.
É claro que o Brasil tem problemas, e não são poucos. Mas talvez os problemas não sejam exatamente aqueles que a maioria das pessoas acha.
Mah disse:
Ui! Levei um tapa na cara (merecidamente).
Pingback: Futilidade Inteligente » Blog Archive » Dica da semana: Lançamentos de esmaltes
Julia Salgueiro disse:
Adorei sua análise. Pensamos exatamente da mesma forma. Às vezes dá raiva do povo do Brasil… sério.
Soiis disse:
Alguém comentou… e concordo que seria bom se todos pudessem ter a condição de ESCOLHER pagar R$92,00… Outros criticaram o Brasil e tal (governantes), mas esquecem que somos nós que os escolhemos, que colocamos eles para decidirem as taxas, tributos, leis… Concordo com quem disse que tb temos uma população (maioria) que não tem condições de tomar uma atitude ativa ao votar (são passivos perante os “favores”e facilitações” pré-eleição). Eu gosto do meu país. Gosto dos meu imãos de pátria, gosto da forma que lidamos com os nossos problemas. Não somos passivos! Não somos Europa , Duabai ou EUA. Somos Brasil, macunaímas! Interagimos com o de fora, o transformamos. Se isso é bom ou ruim… Não sei. Mas sei que as caixas de supermercado gostariam de usar um Chanel em suas unhas. Eu até gostaria de poder ESCOLHER usar um Chanel. Vou fazendo a minha parte, trabalho, pago impostos, comento em bons blogs, converso com meus porteiros, com o “piloto” do busão, cobrador e com a galerinha cheia da grana. Percebo poucas diferenças entre eles (tirando as etiquetas dos produtos).
Soiis disse:
Só mais uma coisa… Sabe do que eu mais gosto neste espaço? Os comentários. E outra coisa, percebo que as pessoas se esforçam para serem coerentes e escrever de uma forma diferente (com mais atitude). Isso é bom. Bom texto, boas argumentações… Ação e reação (lei da física aplicada ao pensamento)… bons comentários!
Nane (Boudoir de Beauté) disse:
Acho que sendo o 139º comentário não tem mais nada a ser dito além de PARABÉNS por escrever coisas tão inteligentes e que façam as pessoas pensarem.
Beijoss =*
Gabriela disse:
NOSSA, preciso te cumprimentar por esse blog!
Nos últimos meses, passei pela descoberta de blogs de “beauté” e por uma pequena (e controlada, porque né..) febre de compras internacionais, e hoje digo pra quem quiser ouvir que nunca, jamais pague 60 reais num pó compacto do Boticário, porque se consegue coisa muito melhor pelo mesmo preço. Aprendi a me maquiar decentemente, aprendi a fazer a unha sozinha, acho que absorvi muito da parte boa do negócio, que é o compartilhamento de informação.
Gostaria muito, muito mesmo que esses itens de maquiagem fossem uma coisa normal – tudo bem, em outros países as marcas idolatradas ainda são consideradas “high end” mas não desse jeito descontrolado como no Brasil, não dessa maneira que ter um NARS Orgasm é o “passaporte da popularidade” e os “encontrinhos de blogueiras” são amplamente divulgados… sinceramente, idolatria de “it girls”, de Vogue, de Gossip Girl? Que dejà vu da adolescência é esse, minha gente?
Aliás, a Sacks é, na minha opinião, a apoteose dessa alienação… “Olha, seu pincel MAC custa R$ 300, o suficiente pra você comer bem o mês inteiro, mas fazemos assim: eu parcelo em 10x e assim fica tudo bem, ok?”
Enfim, nem to muito empenhada pra argumentar direito, só queria mesmo dizer que assino embaixo do seu artigo brilhantemente escrito, e que fiquei extremamente feliz em encontrar um blog irônico e inteligente como o seu :)) Pretendo voltar muitas vezes!
Marina disse:
É muito triste em pensar também que tem pesoas de outros países que nem podem comprar um.
Mel disse:
Esse negócio de imposto alto em bem considerado supérfluo só seria convincente se os impostos fossem bem utilizados.
“Plágio” na cor do esmalte? Oi?!?
Eu já acho exagerado quem paga R$ 92,00 no vidrinho de esmalte Chanel mas quando eu vi gente pagando quase R$ 200,00 por ele no mercado livre eu não acreditei.
TC disse:
DeChanel, te achei o maximo! nunca posto comentarios em blogs, mas gostei tanto dos seus textos q parei pra escrever… adorei os comentarios tbem. achei seu post na net sem querer qdo pesquisando (inocentemente) sobre essa cor da Chanel que tinha visto num blog por ai e achado legal. Nao tinha ideia que um esmalte poderia estar causando todo esse fuzue ai no Brasil, com fila de espera e tudo mais — o que so evidencia certas distorcoes na mente de muitos brasileiros. Eu moro fora do pais (alias desculpem pela pontuacao terrivel) e pra mim $23 dolares ja eh caro pra um esmalte, mas nao tao inacessivel assim como no Brasil. Eu ja tava com akele peso na consciencia por considerar pagar isso mais pq nao sei se um Chanel eh tao melhor assim e se a cor tao unica tbem (aqui, como no Brasil, existem marcas otimas). Juro q nao julgo quem compre mas, vendo que custa 90 e tantos no Brasil, me revolta como consumidor brasileiro eh tratado como besta… mas MAIS revoltada ainda fico por quem eh besta suficiente de se render APENAS por status. Eu trabalho ha anos em marketing, principalmente com relacao marca/consumidor, e eh normal essa questao de status por exclusividade etc. (isso eh historia velha e todo mundo sabe) mas sempre achei um exagero a mentalidade de alguns brasileiros, chega a ser extremo e coisa q nunca vi aqui (pelo menos nao nesse nivel). Muitos viram cabide de marcas sem o minimo de personalidade – nao por que genuinamente apreciam algo de qualidade mas sim pq eh “cool” mostrar pros outros. Coco deve realmente se revirar no tumulo com a falta de classe desse povo! Mas que bom que nem todo mundo eh assim ne?
Pingback: Futilidade Inteligente » Blog Archive » Misturinhas fabulosas
ClauSilva disse:
Menina, achei esse blog hj e já estou apaixonada!!!!
Amei esse espaço de comentários, diversificado e democrático como pcos… Daí que me senti a vontande pra perguntar umas coisinhas …
Vc fez uma tabelinha que me deixou curiosa: esmalte Chanel na França = 20,50 euros; na Inglaterra = 20.48; no Brasil= 39 euros (argh…quase o DOBRO do que é cobrado na cumunidade Européia); nos EUA 17 euros ???????????? Como???? É isso mesmo???
Então veio o comentário da Lud… e com ele a sensação de que imposto mal empregado é assunto tbm mto diversificado.
Aqui se desvia dinheiro da Saúde, se falsifica remédio, roubam aposentados, superfaturam tudo, remunera-se um trabalhador com um salário muito aquém do necessário a uma sobrevivência condigna, o legal e o legítimo estão cada vez mais distantes. mata-se por tudo e por nada.. e a gente tem que colocar a boca no trombone mesmo, brigar para mudar esse quadro.
Mas é surpreendente saber que, um país (o do sonho) prefira garantir um produto de grife, importado, a preços mais acessiveis que a matriz e não compreenda que uma nação conjura, com seus cidadãos, votos bem similares aos de uma casamento, onde na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, estão irrevogavelmente unidos pelos laços da cidadania, até mesmo depois que a morte os separe.
E que fique bem claro: concordo contigo em todo o teu post. Só num tempo em que o TER determina o SER é que se justifica achar bacana pagar uma pequena fortuna por um esmalte e depois barganhar o salário (minguado) do seu funcionário. E ainda se vangloriar disso…
Bel disse:
To conhecendo seu blog agora e realmente voce saber pôr a gente pra pensar. Mas discordo de que nossa classe média seja a mais acomodada do mundo. E os portugueses? E as nossas greves? E se nós, agora, queremos, à revelia da honestidade do político/partido, os efeitos concretos das políticas que são adotadas (programinhas de Lula e mudanças no perfil de consumo dos brasileiros dos últimos oito anos, sabe?), será que somos tão dormentes assim? Sei que nem todo mundo sabe quanto nosso governo atual (o federal) vem doando, do dinheiro dos NOSSOS impostos, ao capital privado, inclusive privado e estrangeiro (OI, VIVO, Portugal/Espanha, etc.). Mas voce não enxerga nem um pouquinho de pragmatismo, ainda que disfarçado, insolente, no rumo que “deixamos” nossos dirigentes tomar?
Abç
Vicky disse:
ahahahahaha Tive que rir! Essas coisas também me revoltam muito. E quanta besteira eu tenho que ouvir por morar fora do Brasil, vivo a situacao inversa. Estou lendo o blog de trás para frente, já que cheguei atrasada aqui, e deixei minhas impressoes sobre os esmaltes Chanel do post posterior a esse. Odeio. E sou chamada de besta porque só uso “coisa importada”. Ora, importada para quem mora no Brasil, uso o que tenho acessível onde moro. Ainda uso cremes La Prairie, que sao os olhos da cara.
Trabalhei para a La Prairie, tinhas os produtos de graca e eles se dao muito bem com a minha pele, porque nao usaria? Saíam mais baratos do que se eu tivesse que comprar um Olay na farmácia. Por outro lado também já trabalhei para a L’Oreal no Brasil, e tinha vários produtos da marca também de graca ou bem baratos, tipo Lancome e Kerastase. O resultado é que odeio Lancome, nao gostei de nenhum produto que experimentei e os Kerastase me renderam muitos tratamentos de graca no cabelereiro, já que nenhum dos produtos da marca eram indicados para o meu tipo de cabelo e eu presenteava as cabelereirass com eles.
Hoje nao tenho bolso que sustente uma prateleira de La Prairie e os meus produtos estao no fim. Eu nao vou vender um rim para comprar um pote de creme – até porque os que eu gosto mais foram descontinuados. Entao estou na guerra novamente, procurando por cremes que nao me encham de espinhas – seja lá de que faixa de precos for.
O que eu nao posso fazer é “importar” produtos que gosto do Brasil porque o lugar onde eu moro tem um clima completamente diferente do Rio de Janeiro, eu estou bem mais velha e a pele se modifica com o tempo, nao saberia mais o que comprar no Brasil. Os produtos quando sao levados de um país para o outro sao “aclimatados” para se adequar ao novo local e seu clima, tipos de peles, cabelos mais comuns, etc. A L’Oreal pelo menos faz isso quando lanca produtos do mercado internacional no Brasil, acredito que outros também o facam, nao é simples importacao, ainda que o produto seja fabricado em outro lugar que nao aí. Por isso os produtos do Brasil nao sao apropriados para o meio onde eu vivo agora. E sao muito mais caros do que eu posso comprar aqui.
Pingback: prescottoo
Lígia disse:
Só agora eu li este post. É para parar e pensar mesmo como um simples esmalte entra no inconsciente coletivo e vira uma histeria social, não só no Brasil. Fico impressionada como mulheres de todas as idades ficam obcecadas com certos produtos que se transformam quase que instantaneamente em objetos de desejo. Um ícone clássico é a bolsa Chanel. Eu nunca consegui achá-la interessante e ela atravessa décadas como um dos maiores símbolos de status femininos em mtos países. Acho tudo isto tão cafona. Todo mundo querendo usar “uniformes”. Então, parabéns por este blog, pq é um alívio diante de tanta futilidade feminina na NET.
Renata disse:
Moro no RJ e uso meu particuliere com havaianas. Fica lindo com a preta slim. E comprei o emsalte pela cor. E comprei pq trabalho todo sábado para ganhar um $$ a mais. E nem vem pq impalas e risqués não têm parecido não.
Renata disse:
E não, qdo me perguntam, nem morta eu digo que é o part. da chanel..digo que é risque ou colorama da minha mãe que não lembro o nome…hehehehe beijos!
Vie disse:
Eu tenho um blog de moda, adoroo o assunto e principalmente maquiagem, e mandei comprar um batom da mac pra mim nos EUA. Realmente, é ótimo, mas pagar 70 reais aqui? De jeito nenhum. Acho que nem 22 dólares eu dava no particuliere.
O povo tem que aprender a gostar das coisas nacionais.
léo disse:
realmente, imposto no Brasil…é uma piada…mas pensando bem, as multinacionais aqui se fodem bonito..exceto uma meia duzia…
mwahauahuahauhaua
Brasileiro não foi feito pra consumir de tudo…e nem é bom…brasileiro, com seu jeitinho, ridiculariza o consumismo..o que é bom, mto bom
mwauhauhauahuahaa
#fuuuuuuuuuuproscapitalistasexacerbados
#epicfaileternofrombrazil
mwauhuahuahauhauhauahhhhhhhhhhhhh
Pingback: Seria o esmalte o novo opio do povo? « Contos de verão
Gio disse:
Eu tenho 6 esmaltes Chanel todos comprados obviamente em NY, tenho varias bolsas Chanel e 3 bolsas Hermes( birkin & Kelly),varias roupas de alta costura MAS eu nunca daria 92 reais em um esmalte no Brasil. Inclusive nao compro nada no Brasil(somente compro bikinis LENNY) por achar tudo carissimo…Como viajo com bastante frequencia para Europa e Estados Unidos faco todas minhas compras de makeup,sapatos,cosmeticos,roupas,lingerie e outras cositas mas!!!
Mas nao me sinto culpada por poder viajar e comprar alias eu trabalho muitissimo para ter uma vida mais confortavel…
baunilhete disse:
Reblogged this on baunilhetee comentado:
Delicinha demais esse blog.
Pingback: Notas Promissórias » Blog Archive » #PlantãoNotasPromissórias