Confesso que pensei duas vezes antes de começar este post; não sabia se seria legal publicar dois textos seguidos sobre o mesmo assunto, ainda que com tons totalmente diferentes. No entanto, como eu havia me comprometido, e inclusive cheguei a ler hoje uma edição atual da revista para poder comparar com a linha editorial seguida na “minha época”, decidi escrevê-lo. Além do mais, esta tarde estive lendo algumas coisas sobre o conceito de poder desenvolvido por Foucault. Basicamente, ele sustenta que o poder é a capacidade de conduzir, de forma não necessariamente física, as condutas alheias. Para ele, o que move ou bloqueia uma sociedade não é um poder centralizado e sim uma multidão de pequenos poderes.
Essas leituras vieram bem a calhar, e também me animaram a escrever o post. Porque o poder exercido por qualquer veículo de comunicação pode – e deve – ser questionado e discutido sempre. Afinal, problematizar é preciso. Muitas vezes, coisas aparentemente inquestionáveis e inofensivas pedem para ser repensadas, discutidas, interrogadas, etc.
Fazendo uma pequena comparação com a revista antes e agora, percebi que, “no meu tempo”, as matérias eram mais voltadas para a moda. Como bem frisou a Iara, a revista incentivava um padrão de consumo que nem sempre a classe média podia acompanhar. Agora, percebi que a revista tem um enfoque maior em matérias de comportamento. Mas a coisa não mudou praticamente nada nesses últimos 13 anos.
Vamos lá, coisas que critico na Capricho, tentando ser o mais objetiva possível:
1) O discurso incoerente: essa talvez seja a coisa criticável mais escancaradamente gritante da revista. Desculpem-me por repetir a mesma foto usada no post anterior, mas vejamos a capa da revista a título de exemplificação. Podemos ver uma declaração em destaque da Marjorie Estiano, na que ele diz: “não gosto de copiar os outros”. Duas linhas abaixo, lemos: “como copiar o look da Kristen Stewart”. Vejam bem, estamos falando da capa da revista! No interior, sabemos que rolam mais e mais contradições, do tipo: uma matéria falando de auto-estima e de como aprender a se aceitar + oito matérias sobre como combater as celulites, como emagrecer, como roubar o look da Fulana, como ser uma it-girl, etc. Seja você mesma mas imite a Taylor Swift. De dar um nó em qualquer cabeça.
2) A voz de autoridade “dos meninos”: ah, os meninos! Vocês já viram a importância que a revista dá à opinião dos meninos? O que os meninos opinam dos esmaltes vermelhos, o que os meninos acham das garotas com franja, o que os meninos fazem quando levam um fora, que tipo de calça eles acham que deixa as meninas mais gostosas favorecidas. Não é um pouco triste pensar todas as escolhas de uma menina têm como objetivo final a aprovação do sexo oposto? Parece que, para que uma menina forme uma opinião sobre determinada coisa, é necessário que ela conheça antes a visão dos meninos. Não é um pouco lamentável que os meninos tenham toda essa voz de autoridade? Tudo gira em torno deles? Do que eles pensam? Essa é a mensagem final?
3) Os padrões de beleza: certo, nesse caso, a Capricho é apenas mais um meio de comunicação que reproduz os mesmos conceitos sobre o padrão de beleza ideal e desejável. Não é mérito exclusivo da revista. Só que esta revista em concreto se dirige a um público em processo de formação, e, portanto, deveria ter o compromisso social e ético de valorizar a beleza que há na diversidade. No exemplar que tenho em mãos não há uma foto sequer de um ser humano que não seja branco, por exemplo. O que não corresponde, nem de longe, à realidade do povo brasileiro, certo? A única menina não-magra que aparece é estrela de uma matéria sobre o bullying que sofreu na escola justamente por estar “acima do peso”.
4) Os padrões de comportamento: ocorre mais ou menos a mesma coisa relatada no item anterior. Todos têm que ser iguais, todos devem seguir fórmulas prontas e pasteurizadas. Não há espaço para as diferenças e a diversidade. Comporte-se assim ou você será o esquisitinho da turma. Comporte-se assim e sinta-se no direito de zoar o esquisitinho da turma, ou, no mínimo, de olhar de lado para ele. Depois a gente faz uma matéria para as pessoas aprenderem a lidar com bullying, por exemplo. É incrível como uma revista pode querer dar fórmulas para combater fenômenos que ela mesma contribui para gerar, direta ou indiretamente.
5) A mania de rotular as pessoas: embora a revista exalte esse modelo de beleza determinado em praticamente todas as páginas, um belo dia eles resolvem publicar uma matéria sobre as “meninas acima do peso” ou sobre as “meninas que não gostam do seu cabelo enrolado” ou sobre os “filhos de mães solteiras”. Sempre deixando bem claro que, no fundo, essas pessoas que não correspondem ao padrãozinho são espécies de extraterrestres. Além do discurso vitimizante dessas pessoas, que eu particularmente detesto, vocês já viram que eles sempre deixam bem claro que são essas pessoas as que têm de trabalhar a auto-aceitação? A alerta nunca é no sentido de que os outros as aceitem e as respeitem. Então, se havia uma hipotética boa intenção aqui, sinto muito, mas ela ficou perdida no caminho, entre um rótulo e outro.
6) Indução à submissão: é incrível como podemos perceber que, em quase todas as matérias sobre relacionamentos, a menina é induzida a ser a submissa da história. “Que tal mudar o visual e pegar o cara de surpresa?”, “para agradar, dê presentinhos sem que ele esteja esperando”, “arrase no beijo: use um gloss com gostinho diferente ou invente jeitos para tirar o ar deles”. Esses são alguns exemplos que eu acabo de tirar da matéria “Diga não à rotina”, que se dedica a ensinar às meninas, desde cedo, que elas são as únicas responsáveis pelo sucesso dos relacionamentos. E a carregar o peso nas costas caso o relacionamento dê errado. Quem mandou deixar a rotina tomar conta do pedaço? É tanto clichê, que eu fico até enjoada. Desculpem-me.
7) A cultura das listas: e, consequentemente, da superficialidade e da curiosidade passageira pelas coisas. Os 10 melhores filmes de amor, os 5 lugares imperdíveis para namorar, as 10 coisas que você precisa saber sobre tal pessoa, as 7 melhores formas de terminar o seu namoro. Bom, eu mesma adoro fazer listas, e sempre respondo a memes facebookísticos do tipo “os seus quinze dramas preferidos” e coisas do tipo. Só que as minhas listas são meramente pessoais. Não estou ditando para milhares de adolescentes quais são as coisas que elas devem amar, ver, ler, conhecer, né?
8) A linguagem limitada e limitadora: a revista peca pelo excesso de gírias e de estrangeirismos. Convenhamos que os redatores da Capricho não são os melhores amigos da nossa língua. Uma coisa é escrever de modo acessível. Outra coisa totalmente diferente é adotar uma linguagem gugu-dadá com um vocabulário pobre e altamente restrito.
Para mais críticas excelentes sobre a revista, leiam os comentários do post anterior (momento tiete: amo os comentários que vocês deixam por aqui, obrigada!). Ou então joguem “revista capricho + pdf” no google e encontrem estudos interessantíssimos sobre o tema, como por exemplo: “Constituindo sujeitos anoréxicos: discursos da revista Capricho”.
Para finalizar, sei que um dos argumentos mais fortes dos defensores da revista é que ela fala sobre sexo e outros assuntos que muitas vezes não são discutidos em casa. Sim, concordo que, para as meninas que crescem em famílias fechadas e cheias de tabus, esse tipo de leitura pode ser útil em alguns pontos. Mas eu prefiro criticar as famílias que não dão educação sexual e esclarecimentos sobre certos assuntos importantes aos filhos a elogiar uma revista que está desempenhando um papel que não necessariamente teria que ser desempenhado por ela, ora.
Também sei que há milhares de outros fatores na formação de um adolescente, milhares de micropoderes, mas eu hoje decidi falar deste micropoder exercida por esta revista em concreto. ;-)
Ana Carolina disse:
por isso q eu leio playboy, e o dechanelnalaje.
eh tudo edificante!
=)))
abstrair, a solução é abstrair
dechanelnalaje disse:
hahaha! Sim, abstrair. :-)
Anônimo disse:
Eu ja comentei várias vezes com a minha psicologa sobre o estrago que essa revista enfadonha causou na minha vida!!!!! Mas à época não haviam blogs como o seu.. :)
Anônimo disse:
em apenas uma palavra:
FANTÁSTICO.
dechanelnalaje disse:
Obrigada, anônimo!
Anônimo disse:
revista capricho já estragou minha vida também .Mostrando uma liberdade de somente pessoas que tem dinheiro tem jamis vou comprar essa porcaria pra minha filha
Iara disse:
Acho interessante como você pegou a Capricho, mas poderia ter pego qualquer revista para mulheres adultas que daria na mesma. E eu acho que não tem como não ler e não ficar ansiosa, pensando na ansiedade como a doença “pós-moderna” (ok, odeio esse termo, mas não me veio outro) por excelência. A mídia em geral não nos convida à análises profundas. No geral, a leitora não reconhece a incoerência da capa. E eu não me excluo nessa: se eu não tiver a intenção de fazer uma análise discursiva como a que você fez, vou passar batido pelo “não copio os outros” x “como copiar fulana”. E daí vem a angústia, a ansiedade de apreender todos estes imperativos que se contradizem. De corresponder, de dar conta. E, puxa, que tempo a gente investe nisso. E quanta energia!
Voltando à expecificidade da Capricho, que fala aos adolescentes, me incomoda pensar que a trangressão que seria esperada nessa idade foi muito domada pelo consumo. “Eu me revolto contra os meus pais que não entendem que eu preciso comprar xyz porque todo mundo tem”. E não os julgo, não, porque sei o quanto a gente sofre por não pertencer. O quanto é difícil construir a própria personalidade, criticar, entender que tem coisas que nos servem e outras que não. Que todo mundo é uma colcha de retalhos, mas cabe a cada um escolher quais serão estes retalhos. E que talvez da revista da moda eu não consiga aproveitar nada.
E é claro que é poder esse discurso, né? É moldar o indivíduo desde bem jovem pra que este mantenha o status quo. Pra que a mulher acredite que a grande conquista do feminismo foi ela poder trabalhar fora pra comprar mais sapatos.
dechanelnalaje disse:
Oi, Iara!
É, eu concordo que muitas outras revistas para mulheres adultas cometem os mesmos erros que a Capricho. Mas eu também já percebi que há revistas e revistas. Tudo dependa da linha editorial. Quero dizer, eu já vi muitas revistas de moda e beleza destinadas ao público adulto que não subestimam tanto as leitoras (certo, quase todas estrangeiras).
Isso que vc falou sobre a transgressão tão esperável a essa idade ter sido domada pelo consumo é muito, muito interessante. Adorei o seu comentário, como sempre.
Beijos!
Soiis disse:
Concordo com tudo que vc colocou. A Capricho é a iniciação da menina-mulher, da leitora em potencial das revistas voltadas para mulheres. Realmente a problemática maior e a falta de diálogo em casa e na escola. O adolescente é um ser que vive no limbo, não consegue se encaixar… Não é mais criança e nem é um jovem adulto. Isso é muito confuso, ele busca encontrar seu lugar (por isso são tão “revoltados”) na família e perante os amigos. É complicado ser o diferente, a coisa estranha (na família, a menina tem que mudar seu comportamento, pois seu corpo muda, lhe é cobrada certa postura, jeito e trejeitos). As amigas lhe cobram atitudes (de ter e parecer, de gostar e fazer) para continuar sendo “amigas”… Por isso a revista, uma “manual”que promete te fazer encaixar, de fazer de vc uma amiga querida, uma namorada perfeita… Mas a revista não é amiga e nem mãe, é uma mídia que quer vender.
paola scott disse:
Concordo com a Iara. Suas críticas são super pertinentes, mas quase todas se aplicam à maioria das revistas.
É ruim que uma revista pra adolescentes seja assim? Não é o ideal, mas como eu disse no outro tópico , faz parte ler de tudo pra poder tirar suas próprias conclusões.
Letícia disse:
Bom, eu concordo com tudo que vc disse.
Como eu comentei anteriormente, o fator positivo que eu vejo na revista é sobre como falava sobre sexo e coisas assim, mas isso há anos e anos atrás, pq atualmente, a revista (pelo menos no meu ponto de vista) ta bem diferente nesse aspecto.
Eu lia muito a revista Capricho e sim, tem MUITA coisa MESMO que entra em contradição…Do tipo “Seja você mesma” em uma página e “Saiba como se vestir igual a fulana”…Outra coisa que eu sempre sempre achei UÓ é essa coisa dos meninos estarem presentes na revista dizendo o que acham disso ou daquilo…Se esmalte vermelho é bonito ou se isso ou aquilo meninas devem usar. AN? Acho isso ridículo, pq MUITA menina, na sua fase adolescente vai ir no embalo do que os meninos acham legal e vai esquecer sua própria personalidade.
“É incrível como uma revista pode querer dar fórmulas para combater fenômenos que ela mesma contribui para gerar, direta ou indiretamente.” EXATO.
“arrase no beijo: use um gloss com gostinho diferente ou invente jeitos para tirar o ar deles”. Uhuahuahauhaua Eu ri com essa! SÉRIO! Frase que comece com “arrase” e tenha “gloss” na mesma sentença me dá medo xD
Adorei o post.
dechanelnalaje disse:
Oi, Letícia. Morri de rir com o comentário sobre o gloss. Realmente, a frase ficou bem infeliz. Beijos!
Aline Copetti disse:
Gosto muito, muito mesmo das tuas análises… Eu sempre preferi livros (na adolescência) à revistinhas bobas (desculpa, mas sempre achei, entre outras, esta revista, muito sem sentido), e ainda bem… minhas primas passavam tardes lendo e relendo essas matérias, e vislumbrando um mundo que não existe pra maioria das meninas!!! Hj em dia sou viciada em revistas de moda e decoração, mas como garimpo de referências generalizadas, não pra firmar uma opinião! Concordo contigo que esclarecer e orientar é função dos pais, talvez em parte, dos educadores, mas nunca de uma revista! Revista é entretenimento… e Capricho, nesse sentido, me lembra mais uma Cláudia ensinando a encontrar o ponto G, do que qq outra coisa, que possa ter alguma utilidade comportamental na vida de quem lê!
Agora, se querem referências negativas, aí sim, podem ler a vontade, porque isso se encontra aos montes nelas! E preconceito embutido nas matérias, também. E o futuro reserva – tem reservado – meninas cheias de frustrações antes mesmo de iniciarem a vida adulta a termo!
Cuidado é pouco, filtro é necessário, e quase impossível de praticar, já que está muito difícil cumprir a tarefa de orientar e educar com responsabilidade e bom senso…
Medo, é o que sinto, quando penso na possibilidade de ter um filho, e ter que educá-lo, com tanta mídia desse nível, além de todas as outras fontes de influência.
Ótimo post, como sempre! E deve render aí muitas reflexões.
Beijo, beijo.
dechanelnalaje disse:
Oi, Aline! Reconheço que também sinto medo, muito medo, de ter um filho. Vivemos na era do excesso de informação, e acho que deve ser muito difícil conseguir educar bem um filho hoje em dia. Concordo que educar não é a função de uma revista (ainda bem). Como vc falou, revista é para entreter, e por isso mesmo como consumidores podemos exigir um entretenimento mais saudável e com um pouquinho mais de conteúdo. Aliás, acabei de deixar um comentário no seu blog sobre a Telva, revista que faz o maior sucesso entre adolescentes e que deixa a capricho no chinelo, né?
Beijos!
robertasampaio1 disse:
O que acho mais preocupante na leitura de Capricho,e outras, é o fato de que elas limitam mesmo o pensamento e as visões,numa época que é tão criativa e que era pra ser tão plural não é? Mas também é necessário concordar com o fato de que a Capricho não é exceção,ela é parte de um conjunto maior de revistas que reproduzem sim o mesmo estilo,com um apelo maior em um assunto aqui outro acolá.
Acho que com a idade só vai mudando o tipo de revista,mas esse é uma maneira de se escrever jornalismo bem comum,porquê até a Elle,que eu gosto sim, é recheada de matérias do que é quente,de qual tendência vai bombar no inverno e,bem ou mal, isso limita sim a visão.
Acho que a leitura de revistas ás vezes completamente desvinculadas da moda e afins são muito mais agregadoras,uma vez que você é inspirado por outros aspectos e termina transmitindo isso para o seu dia a dia.É o caso da Bravo,por exemplo.Essa revista termina me inspirando de maneira indireta em vários aspectos.
Enfim,parabéns pelo post,muito bom!
=D
dechanelnalaje disse:
Oi, Roberta, acho que a coisa vai por aí mesmo. A capricho é apenas uma peça de todo um sistema. E, realmente, vivemos numa era tão criativa e plural, as grandes cidades são mais cosmopolitas do que nunca, hoje em dia há mil facilidades incríveis para conhecer pessoas e idéias diferentes. O discursinho provinciano e limitador da capricho fica meio fora de lugar, e, como vc disse, limita muito o pensamento e a visão.
Beijos!
Daniela Réus disse:
Se as meninas lessem Foucalt (acho mto bom, todas as obras) ao invés de capricho não teria tantas meninas indecisas e perdidas, sofrendo porque não tem um snob ou porque não conseguem atrair o menino dos sonhos.
Salve-se quem puder nessa selva de pedra.
dechanelnalaje disse:
Oi, Daniela. Salve-se quem puder! Obrigada pelo comentário, beijo!
Caro Giacomet disse:
AMEI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Agora…. com pouquíssimas exceções, quantas as revistas femininas não fazem o mesmo?!?!?
Me diz se a NOVA não tem a própria cara de “como extenuar sexualmente seu chefe até faze-lo largar a esposa”?????????
A CLÁUDIA é super, “você é mulher, mas deve ser batalhadora e durona, ao mesmo tempo que é uma mãe 100% dedicada e uma amiga pronta pra tudo”…
AMO a RG VOGUE e a VOGUE…. mas vai dizer que tu não acaba de ler querendo cortar os pulsos com a pobreza da tua vida?!?!!? Não indo nas festinhas, não tendo herança e nem closets do tamanho de um ape de dois quartos?!?!?!
A mídia é f*da e se aproveita da falta de substância de adolescentes e adultos. Claro que pra adolescentes é muito pior pela época de formação….. Mas concordando contigo, o negócio começa lá quando a gente está lendo a Turma da Mônica…. É ali que os pais devem interferir educar e agira, para que os filhos não sejam meros instrumentos nas mãos de uma mídia animalesca!!!
UFA…… mega revoltada hj!!! ahahahaha
dechanelnalaje disse:
M-o-r-r-i. Morri de rir com esse comentário. Quem não fecha a vogue se achando A Pobre, né? hahaha! E confesso uma coisa, depois de ler não apenas o seu comentário como alguns outros: estou morrendo de medo dessa Nova. Ainda bem que nunca li, hahaha!
Beijos!
Caro Giacomet disse:
To me sentido!!!! Adoro o jeito que tu escreve, e se tu riu com (e não “do”) meu comentário tô felizona!!!!!!!
Mas, como acho que tu escreve super bem, me desculpo pelo meu sotaque gaúcho por escrito, ok??? esses “tu escreve” doem até em mim… mas são mais fortes do que eu!!!!!
Ah, acho o máximo que tu respondeu todos os posts!!!! Isso é muito legal!!!!
Bjss
Lyanna Freire disse:
Adorei!!! e de novo, rsrsrss
E sim. Vc pode trocar o post de “capricho” para qualquer outra, com algumas pouquíssimas exceções.
O que se constata é que: em maior ou menor medida, somos todas vítimas da Revolução do Consumismo. Na tv, na revista, no jornal, na internet. Todos querem o nosso dinheiro, nos induzindo e nos manipulando de alguma forma. E pra conseguir discernir o que de fato queremos e precisamos, pode-se levar alguns anos de análise e/ou maturidade. Não é fácil.
bjo
dechanelnalaje disse:
Não é fácil mesmo, Lyanna! Por isso eu tenho total consciência de que muitas meninas podem sair praticamente “ilesas” do contato com essa revista e outras do gênero. Pena que nem todas têm a mesma chance. Beijos!
Pri disse:
Humm. Primeiro: adoro seus textos (e o fato de você arranjar tempo para escrever sempre). Segundo: Bem rapidinho, em um visão geral, meu maior medo (?) é que depois da Capricho elas pulem para a Nova (capricho para meninas mais velhas com hormônios a flor da pele) e fim. Também não acho que adolescentes deveriam, obrigatoriamente, ler coisas mais complexas e deixar o mundo teen pra lá. Tudo é uma questão de ponto de vista. Só que acho que as revistas voltadas para esse público, ao contrário do que se pensa, também são responsáveis e deviam ter mais cuidado :)
Bj
dechanelnalaje disse:
Oi, Pri. Obrigada! Esse é o ponto: falta um pouquinho mais de responsabilidade. Ninguém tá dizendo pra capricho virar um folhetim de propaganda confuciana, né? Só que não custa ter um pouco mais de cuidado, concordo.
Beijos!
Lívia Amorin disse:
fantaaastica a matéria!
tem leitoras e leitoras né?
é certo que existe meninas que são fanaticas por tudo isso e sem personalidade nenhuma seguem cegamente as ”dicas da revista”…
okok, eu lia muuito a capricho,tinha assinatura e tudo mais sempre peguei o que tinha haver comigo,sempre escolhia uma coisa aqui e outra alí e guardava pra mim o melhor!
bjbj
dechanelnalaje disse:
Oi, Lívia. Claro, isso é verdade! Beijos!
Carina disse:
UAU! Essa matéria foi mesmo ótima.
Conheci seu blog faz 2 semanas apenas.. já sou uma fã sua.
Parabéns!
beijos.
dechanelnalaje disse:
Oi, Carina. Nossa, obrigada! :-) Beijos!
supertendencias disse:
Eu curto muito a revista, mas não deixo de critícar tbm ;)
Todos temos que ser um pouco críticos!
beeeeeeeeeijos ;/ adoro seus posts ;
dechanelnalaje disse:
Oi, Paula! Obrigada! É isso mesmo, gostar e criticar não são coisas excludentes. Beijos!
Gisele disse:
O universo de todas as revistas femininas de comportamento gira em torno da nossa aceitação pelos homens, e todos os argumentos acabam gerando medo nas mulheres… “Se vc não for magra, linda e não fizer o que os homens querem, ninguém vai te querer, e vc vai acabar solteirona e patética. Uma mulher moderna e bem-sucedida não quer terminar assim.” Segue todo o pensamento foucaultiano dos mecanismos de poder.
Quando vc falou sobre a utilidade da Capricho nas matérias sobre sexo, lembrei de uma amiga minha que sempre pulava as páginas que falavam sobre sexo… ahuehuaehuaauehuaehuae. Nem sempre essas matérias informativas funcionam.
P.S.: menos de uma semana lendo esse blog e já virei sua fã.
dechanelnalaje disse:
Oi, Gisele. Eu acho que muitas revistas giram em torno dessa aceitação pelos homens, sim. Mas eu já vi muitas revistas que publicam uma matéria sobre relacionamentos, no máximo duas. Fica proporcional. A impressão que a capricho me dá é a de que tudo que eles escrevem, praticamente tudo, gira em torno disso.
Morri de rir com a sua amiga que pulava todas as páginas de sexo. Eu também pulava muitas, porque achava chatas. Na verdade, acho que eu nunca lia a revista inteira, apenas passava o olho e me fixava no que me interessava. Por isso enjoei rápido dessa revista quando era adolescente.
Beijos!
Jéssica disse:
Muito bem colocado, mas como já foi dito essa crítica se estende a quase todas as revistas femininas que existem hoje. Infelizmente, hoje em dia, não basta a mulher ser uma boa dona de casa, como antigamente, agora ela é dona de casa, mãe, trabalha fora e tem que estar sempre bem vestida, maquiada, magra para que seja aceita na sociedade atual. E são com revistas como a Capricho que esses conceitos nunca vão mudar, afinal aquelas que se tornarão mulheres amanhã são as leitores dessa revista hoje.
dechanelnalaje disse:
Oi, Jéssica. Vc tocou num ponto interessante: as mulheres de amanhã são as leitoras dessa revista. Ou seja, a Nova já tem uma loooonga vida garantida, hahaha. Beijos!
Thaís Bueno disse:
Sei de muita revista adulta brasileira com as mesmas caracteríticas que tu descreveu, o que na minha opinião é super antiquado. Quanto à Capricho em si, coitadas das crianças desse país.
dechanelnalaje disse:
Tháis, uma coisa que eu percebo é que essa visão retrógrada de que “tudo gira em torno do macho”, por exemplo, é muito comum nas revistas brasileiras. Aliás, parece que muitas dessas revistas só querem reproduzir o padrão da latina submissa que recebe o marido ricardão com um belo prato de comida, roupa lavada, totalmente depilada, cheirosa e cheia de amor para dar. Não vejo essa mesma tônica nas revistas estrangeiras, mas não vejo mesmo. Beijos!
Andressa, S; disse:
Nunca tinha visto esse blog.
Ganhou uma fã, definitivamente.
Já foi para o meu blogroll!
dechanelnalaje disse:
Oi, Andressa. Obrigada! Beijos!
Gabriela Moreno disse:
em apenas uma palavra:
FANTÁSTICO.(2)
dechanelnalaje disse:
Obrigada, Gabriela! Beijos!
Diandra disse:
Cara, essa revista é ridícula mesmo! Mas acho pior que as de mulher adulta (Nova, etc), porque fala pra um público que não tem opinião formada sobre quase nada ainda. Seria tão bom se as editoras aproveitassem pra difundir valores úteis, que dão apoio pra enfrentar essa fase, cada um à sua maneira… Ao contrário, optam por difundir a futilidade e a cópia escancarada de modelos, o que pode destruidor a curto prazo para quem não se encaixa neles.
Diandra disse:
Cara, essa revista é ridícula mesmo! Mas acho pior que as de mulher adulta (Nova, etc), porque fala pra um público que não tem opinião formada sobre quase nada ainda. Seria tão bom se as editoras aproveitassem pra difundir valores úteis, que dão apoio pra enfrentar essa fase, cada um à sua maneira… Ao contrário, optam por difundir a futilidade e a cópia escancarada de modelos, o que pode destruidor a curto prazo para quem não se encaixa neles…
dechanelnalaje disse:
Oi, Diandra. Particularmente, eu também opino que a Capricho é mais perigosa justamente porque fala para um público diferente que o das outras revistas. A capacidade de discernimento é totalmente diferente. Ou, pelo menos, deveria ser. Beijos!
Diandra disse:
*ser destruidor
Popy disse:
Acho que, em parte, a contradição da revista tem relação com a própria contradição que é ser adolescente. Simultaneamente, os adolescentes querem diferenciação e afirmação. Talvez, issso explique as tribos. Tipos tão diferentes mas agrupados. Apesar de querer ser autêntico e encontrar sua personalidade, o adolescente também quer ser, simplesmente, aceito. A revista tem esse paradoxo, mas só um pouco dele. Como vc disse, ela segue o padrão das outras revistas, que podem até ter matérias sobre aceitação do próprio corpo ou
colocar Jennifer Hudson na capa, mas ao mesmo tempo ter “dicas” de dieta.
Na verdade, seria muito melhor se fosse incentivada uma leitura crítica de qualquer texto, qualquer texto, mesmo, seja uma propaganda ou um romance de Proust. Esses bombardeios de “mulher perfeita” não acabam nunca, nem quando se chega à maturidade. Talvez, seria melhor preparar as meninas, desde de novinha, a lutarem contra à autopiedade e constante comparação com o outro que a sociedade, não apenas as revistas, insistem nos empurar goela abaixo.
dechanelnalaje disse:
Oi, Popy. Poxa, se o adolescente já é naturalmente contraditório, por que a revista dirigida a eles tem que ser também? Para aumentar ainda mais a confusão nos valores e nas opiniões? Não nos esqueçamos de que o maior compromisso da capricho é com os patrocinadores e não com os leitores. E, realmente, as leituras críticas deveriam ser incentivadas. Coisa que não acontece. Beijos!
Popy disse:
Outra: Doeu as questões das listas…Sei lá deve ser minha devoção por “Alta Fidelidade” do Nick Horbny.
dechanelnalaje disse:
hahaha! O mais legal é quando vc tem tantas referências, mas tantas referências, que você mesma pode fazer as suas listas, né? Agora, se você só tem as listas… como faz? Beijos!
Ana Carolina disse:
Concordo com a Pri!!! Gostei do texto e definitivamente a Nova é a sequencia natural da capricho! Preocupante! Gostei não – ADOREI o texto!
dechanelnalaje disse:
Mais medo da Nova. Pânico. Obrigada, Ana Carolina. Beijos!
Silvia C Planet disse:
Muito lúcido seu post, mais uma vez.
Há tempos eu encano com incoerências em revistas, do tipo “não use paetês mais, guarde!” e no editorial seguinte, saias e blazers daquele tecido. Mas isso fica muito mais sério quando se trata de comportamento adolescente.
beijo!
dechanelnalaje disse:
Exatamente, Silvia. Beijos!
Juliane disse:
Realmente concordo muito com o post e com alguns comentários.
Li Capricho na adolescência, mas acredito não ter ficado completamente afetada não. Além de Capricho eu tinha outras fontes em que buscava conselhos, portanto houve equilíbrio, a revista não mandava em mim, eu não saía correndo pra fazer exatamente o que estava escrito alí, mas não nego que algumas vezes me esclareceu dúvidas.
Claro que os adolescentes parecem estar mais bitolados hoje em dia, mas na verdade, como a maioria da população eles são mesmo é usados e cada vez mais cedo para o consumo desenfreado e etc. e tal… E os limites e a moral devem vir da família, não de uma revista, minha opinião.
Agora, querer intelectualizar os fedelhos já é demais gente, não acho que a vida só valerá algo se a pessoa ler livros bem conceituado pela rodinha cult, é chato, e corre o risco de se tornar um adulto mais chato ainda. Pode-se ler livros e ter maquiagem em casa sim, ou não? Ou gostar de uma bobagem pop e também assistir filmes mais cabeça, sei lá. Extremos nunca dão certo ainda mais em uma fase de incertezas e descobertas. De novo, na minha opinião o principal é a família oferecer uma boa base, porque aí a criatura pode até ler Capricho, mas no fim não vai ser isso que vai comandar sua vida.
dechanelnalaje disse:
Oi, Juliane! Que bom que você concorda com o post. :-)
Claro que dá para ler livros e ter maquiagem em casa, acho que ninguém duvida disso hoje em dia. Particularmente, eu não quero intelectualizar os fedelhos, longe de mim. Bom, se eu tiver os meus fedelhos, é lógico que eu vou fazer de tudo para proporcionar uma vida intelectual bem ativa para eles, mas isso é coisa de cada um, né? Não vejo nenhum problema em que adolescentes leiam livros conceituados assim como não vejo nenhum problema em que comprem revistas que falem de assuntos diversos, de coisas do universo deles. Só que eu não acho que o universo seja algo tão restrito como a Capricho parece pensar. O pior é que a revistinha vende. Funciona. Isso é o que mais me preocupa. Mas também convenhamos que a oferta de revistas para eles é bem pobre, não há muita opção. Beijos!
Thaís Nascimento disse:
Concordo totalmente. Eh MUITA incoerencia, nao consigo parar pra LER as revistas.. Soh folheio pra ver imagens, ideias, enfim. E o discurso “como fisgar seu chefe” ou “como enlouquecer seu homem em 256464168 passos” jah deu!
Ta certo que a maioria das revistas femininas eh assim, mas isso nao eh tao grave porque na idade adulta as mulheres ja tem (ou deveriam ter) o senso critico mais agucado pra saber diferencias informacoes pertinentes de porcarias neuroticas.
Sou novinha (tenho 19 anos), mas lembro que la pelos meus 13,14 anos eu ficava triste porque nao tinha o cabelo liso! Implicava com minhas ondinhas, e tudo por culpa do bombardeio de cabelos lisos e “use pranchinha” e “faca alisamento” que tinha nessas revistas! Hoje em dia amo meu cabelo ondulado, agradeco a Deus porque minha mae num me incentivou a fazer uma definitiva da vida =)
Hoje meu aperreio sao com as estrias ahahah sei que TODA mulher tem, sei que eh normal, mas acho que tenho um pouco demais no bumbum x_x Eh o proximo dilema que preciso tratar na minha cabeca!
Se aceitar, com suas qualidades e principalmente defeitos, eh a coisa mais linda e importante que vc pode fazer na sua vida. Espero um dia chegar na aceitacao total!
dechanelnalaje disse:
Oi, Thaís. Acabei de escrever isso mesmo sobre outro comentário: pelo menos as mulheres adultas já têm (ou deveriam ter, claro) mais discernimento para separar o que presta do que não presta. Longe de mim subestimar os adolescentes, que geralmente fazem questão de ter opinião sobre tudo, mas nem a formação nem as experiências de vida são as mesmas. Óbvio que existe muita adolescente mais madura e inteligente que muita mulher adulta, mas isso já é outro papo, hahaha!
Beijos!
TatE disse:
Vi que algumas pessoas comentaram dizendo que a Capricho é igual a qlqr outra revista para mulheres; pois é, para mulheres que então já devem ter seu caráter formado.
Eu sempre fui a esquisitinha, feia, magricela e atrasada (as meninas c/ 12/13 anos já tinham peitinhos e eu so fui menstruar c/ 16) da escola, mas sempre tive personalidade forte e nunca quis fazer o inverso e tentar fazer parte da “turma”. Me lembro de ter comprado algumas revistas dessas para adolescente mas logo me cansei por achar chata demais, com muito teste imbecil e com todas essas imposições de padrões que estão longe de muitas meninas que compram a revista.
Acho que esse papo de quero ser um eles, por isso preciso disso ou daquilo, tão pequeno.
Tenho uma prima de 13 anos,que leva de exemplo as irmãs, a prima aqui e a mãe. Ela gosta de ler livros, ir a teatro, cinema. Inclusive já foi alvo de chacotas na escola por não ser parte (e não querer) da “turma”,ela tinha sua amiga inseparável e por isso a chamavam de lésbica. Ela encarou de uma forma tão sutil e quase não sofreu com isso, sim pq sabemos que nenhum adolescente consegue sempre se resolver tão bem.
O que eu quis dizer com os exemplos é que na grande maioria as crianças em formação sempre vão para lado que está mais próximo dela,por isso é sempre importante o acompanhamento dos pais.
Enfim, mais uma vez a srta. escreve um texto completo e muito bem argumentado. Parabéns!
dechanelnalaje disse:
Oi, TatE. Eu também enjoei rapidamente da capricho, e, nossa, nunca tive paciência para fazer os testes, me irritava profundamente com o fato de que sempre só havia três resultados possíveis.
Lendo isso sobre a sua prima, me lembrei de uma história que a minha prima (de 13 anos também) me contou sobre uma amiga dela que ainda não está interessada em meninos, e que, por isso mesmo, está sendo chamada de lésbica no colégio. Fiquei chocada. Parece que a menina também está encarando bem o assunto, mas que gentinha boba, viu?!
Obrigada pelo comentário, beijos!
babii disse:
Eu tenho 14 anos, e adorei as suas críticas sobre a revista. Faz tempo que eu percebo que a Capricho DITA tudo que as adolescentes devem fazer (agora ser COLIRIO é quase ser celebridade pra alguns garotos, assistir os seriados do Disney Channel, idolatrar o Robert Pattinson e SABER de cor todas as musicas da Taylor Swift é como um pré-requisito basico pra ser aceita pelos amigos, etc).
Eu não leio, e converso com a minha irmã mais nova (ela tem doze anos) sobre o quanto essa revista não passa de uma lançadora de modinhas e que ela tem que criar a personalidade dela, nao seguir o que a capricho manda.
Me mantenho informada do que acontece no ‘mundinho pop’, na moda e tudo mais, mas prefiro manter distancia dessa revista que só forma adolescentes inseguras e sem personalidade nenhuma. Porque isso é exatamente o que eu nao quero ser.
dechanelnalaje disse:
Oi, Babii! Que ótimo ter o comentário de uma adolescente por aqui! :-)
Na minha humilde opinião, você está certíssima de buscar as suas referências do mundo pop, da moda e das coisas que você gosta fora dessa revista. Gostei da sua opinião tão clara e determinada (e teria gostado do mesmo jeito ainda que você não concordasse comigo). Parabéns!
Beijos!
Coletando Dias disse:
Brilhante o seu texto.
São as mesmas críticas que costumo fazer também.
Mas temos que saber que as meninas leitoras não percebem isso que você relatou, então a revista faz um discurso alienante. Estão formando uma geração de meninas cabeça de vento. Eu mesma fui assinante da Capricho por uns dois anos durante a adolescência e sempre quis ser magra para caber nas roupas que aparece nela.
dechanelnalaje disse:
Olá! Eu não sei até que ponto exatamente as meninas percebem essas coisas, mas acho que muitas delas percebem, sim, e se irritam, tanto que muitas se recusam a ler essa revista ou simplesmente não se interessam. Mas, se eu tivesse que chutar, diria que a maioria nem se liga nessas coisas, infelizmente…
Beijos!
Ana Amelia Leite disse:
Adoro a capricho, mas nunca tinha pensado assim. E CONCORDO PLENAMENTE, com cada palavra e virgula do que voce escreveu.
dechanelnalaje disse:
Oi, Ana Amelia! Obrigada pelo comentário. :-) Beijos!
Sofia disse:
Vou concordar com as que disseram que é igual à maioria das revistas para adultas. E a “Nova”? “Guia de posições para enlouquecer seu homem”; “O fascínio dos homens casados” (contando várias histórias de amantes, pessoas que traem, como se isso devesse ser visto como normal e praticado por todos; quem não trai é idiota) e os editoriais com casaquinhos de 1.800 reais e blusinhas de 700.
O problema é que acho que uma revista adolescente que tivesse um conteúdo, digamos, “edificante”, encalharia nas bancas, porque ô fase ruim ser adolescente. Lembro-me de aos 12/13 anos chorar rios de lágrimas na escada, lamentando-me pra minha mãe pq eu não tinha peitos!! Hahaha!
Enfim, tive a fase “Capricho” e acredito que ela tenha sido inofensiva. Talvez aquelas que tenham sido “atingidas” tenham passado a ler “Nova” depois de adultas.
Já estou pra comentar aqui há tempos sobre seus textos; então gostaria de passar um pouco pro assunto “blogs”. Que a maioria das blogueiras é deslumbrada, desmiolada e só tem um blog pra ficar “famosa”, dar entrevista e ganhar coisas de graça, é fato; mas as críticas deveriam ser mais severas ainda a quem lê, não a quem escreve. Essas coitadas têm uma necessidade de aceitação enorme e precisam ler duzentos comentários por dia dizendo que gostariam de ser iguais a elas. Agora quem as idolatra, merece mesmo ficar juntando 5 meses de salário pra comprar uma bolsa da Chanel. Quem escolhe encher a cabeça de coisa inútil e não nasceu m “berço esplêndido”, provavelmente vai passar o resto da vida assim: juntando as merrequinhas pra comprar meia dúzias de algo que “tem que ter”, seja um esmalte, uma bolsa, um sapato…
Afinal informação e a cultura estão em todo lugar à disposição de (quase) todos, e acaba sendo demais “responsabilizar” as coitadas das blogueirinhas fúteis pela alienação das leitoras, afinal, elas já eram alienadas antes, só encontraram alguém que fala a língua delas.
Eu, por exemplo, passeio por vários blogs de moda, absorvo algumas diquinhas úteis (juro que aprendi inclusive a gastar menos, só pq visualizar tanta informação me ajudou a coordenar escolhas e não comprar coisas que eu não usaria depois) e nem por isso tenho uma réplica da Chanel 2.55 ou deixo de ler vários livros, jornais e revistas (online ou não) para me inteirar do que acontece fora do mundo da moda!
Ah, gostei muito da matéria dos Sapeurs!
Beijo!
dechanelnalaje disse:
Oi, Sofia! Concordo que uma revista com conteúdo muito edificante não seria tão popular como a Capricho, mas a coisa poderia ser mais equilibrada? Nem tanto nem tão pouco, hehehe. Quanto ao seu comentário sobre os blogs, eu também acho que não dá para “responsabilizar” só uma parte pela futilidade do tipo alienante e vazia. Até já escrevi mais ou menos sobre isso aqui: https://dechanelnalaje.wordpress.com/2010/02/12/primeira-licao-voce-nao-e-futil-porque-gosta-de-moda/
Beijos!
Ana Carolina disse:
eu continuo chorando por não ter peito
buaaaaaaaaaaaaaa
mas me render ao silicone?
medu!
tah aih, um bom tema pra um post. plasticas, referencia: heidy montag.
;)
Andressa disse:
Suas críticas tb se aplicam a revistas como a Nova, por exemplo. A pobreza do português é um mal que assola as revistas de moda, de um modo geral. Amo a Vogue e a Elle, mas o uso de gírias, estrangeirismos e exclamações excessivas sempre me incomodam.
Quanto à Capricho, achava-a melhor na época em que era mensal.A revista era mais interessante.Perdeu qualidade quando se tornou quinzenal. Hj não sei como é.
dechanelnalaje disse:
Oi, Andressa. Eu não gosto nada de bancar a patrulheira gramatical, mas de jornalista não tenho a mínima piedade. Jornalista que escreve mal é como dentista com dente podre ou personal stylist sem estilo próprio. Não dá.
Beijos.
Carla disse:
Vc escreve muito bem. Parabéns por levantar esse tipo de discussão.
dechanelnalaje disse:
Obrigada, Carla. A discussão só tem sentido porque vocês comentam. :-)
Beijos!
Regina Gomes disse:
Ai Chanel, fico esperando diariamente qual vai ser seu próximo post e quais as discussões que serão suscitadas a partir dele, sempre interessantes. Seu blog é mesmo um oásis no universo blogueiro. Suas leitoras, pelo visto, seguem a mesma linha de manter o pensamento crítico e questionador. Concordo imensamente com o texto e com alguns dos comentários. Essas revistas nos engendram em um ciclo vicioso perigoso, porém para elas, indispensável, porque vem daí o seu sustento. Um ciclo machista, que coloca a mulher em posição de completa submissão ao homem, precisando estar sempre em busca de meios e maneiras para conquistá-lo, agradá-lo, excitá-lo, satisfazê-lo. E financista porque, no fundo, o grande objetivo é incentivar o consumo e dessa forma, manter o anunciante, e por aí vai…
Realmente sou das que defendem um bom livro contra essa baboseira toda. E nem estou falando de edificação cult não. Não é preciso ir muito longe para se encontrar leitura melhor que essas…
dechanelnalaje disse:
Oi, Regina!
Pois é, o sustento da capricho vem daí mesmo… e é lógico que, para muitos setores do mercado, a formação de consumidores sem nenhum espírito crítico é algo muito, muito interessante. É a nova escravidão.
Beijos!
paola scott disse:
Concordo com a Juliane ! Ecletismo é a base de tudo. Principalmente da formação de uma cabeça pensante. Acho muito chato quem não tem assunto com esse ou aquele tipo de pessoa. O legal é vc saber conversar um pouco sobre tudo e entender profundamente do que te interessa.
E formar uma pessoa crítica dá muito mais trabalho ( mental) do que simplesmente vc proibir de fazer isso ou aquilo.
Tenho amigas cultíssimas, super profisionais e peruérrimas. E daí?
Uma coisa não exclui a outra.
E qto a “fazer parte”, isso é um problema em todas as fases da vida, ou não? Sempre vão existir coisas mais caras do que vc pode pagar, sempre existirão pessoas que não te dão bola, sempre haverá festas pras quais vc não vai ser convidado e a vida continua…
Não adianta querer poupar os jovens demais, pq uma hora a realidade aparece.
E concordo com quem disse que se fizessem algo muito “cult” pras meninas de 12 anos ia encalhar. Ia mesmo. Faz parte um pouco dessa diversão descompromissada e acho que “alienante” é uma palavra um pouco pesada… Afinal, a revista que se lê, seja ela qual for, é só mais uma coisinha no meio do monte de influências que qualquer pessoa recebe.
dechanelnalaje disse:
Oi, Paola. Sim, o adolescente que tem o privilégio de receber uma educação eclética, cheia de referências sólidas e variadas, com uma boa estrutura familiar por trás e acesso a uma boa formação, provavelmente vai ler a capricho de uma forma muuuiitooo diferente dos que não têm a mesma sorte. Beijos!
Sissi disse:
Será que esse seu post não pode passar a ser obrigatório para editor de QUALQUER revista e, além, de qualquer produtor de televisão ou publicitário? É muita pertinência pra se restringir à Capricho.
Eu concordo com todos as vírgulas. E o meu maior receio é ser uma forma de diversão com a imparcialidade e o cunho informativo como legitimadores, sabe? É diferente de um blog, por exemplo, que é, por definição, pessoal. O mais grave da Capricho, comparada com outras revistas (como a Nova, que desenha a supermulher e me faz usar “mulher nova” quando quero definir mulher-maravilhosa-inteligente-rica-bem-amada), é devido ao público: adolescente só é menos esponja do que criança. Ou talvez mais do que criança na esfera emocional.
Parabéns de novo. Bjocas.
dechanelnalaje disse:
Sissi, eis o x da questão: a revista é muito fofa, é bem editada, é para entreter, é para divertir, é bonitinha, é colorida, é para jovens, ou seja, é aparentemente inofensiva, mas ela está legitimando uma forma de ser, de pensar, de se comportar e de consumir que, comprovadamente, leva ao fracasso. Não preciso de um diploma em psicologia para saber, hehehe.
Beijos!
Ana Polidoro disse:
A Capricho é uma fase, sempre pensei assim.
Costumava achar, olhando por aí, que ela tinha mais “contéudo” anos atrás.
Hoje em dia, acho total perda de tempo, até pras menininhas.
Mas cada um é cada um, e sabe (ou não) o que lê e o que faz bem pra si mesma. Amém.
dechanelnalaje disse:
Isso aí, Ana. Cada um passa por essa fase de um jeito. Beijos!
val disse:
Ainda bem que eu só comprava para pegar as fotos dos backstreet boys.
Hahaha.
Bom texto!
Mas eu diria que tem mto blog que segue a mesma receita da Capricho.
Bjs
dechanelnalaje disse:
Oi, Val, obrigada! Beijos!
Catarina Scott disse:
Eu não acho que a Capricho seja ruim como você falou, a Marjorie Estiano diz que não gosta de copiar os outros e gosta de ser ela mesma, mas isso que você falou de “copiar o look da
paola scott disse:
Essa foi minha filha que veio defender a revista preferida dela, mas teve que sair pra fazer outra coisa. Super focada ela, hahaha
dechanelnalaje disse:
Oi, Paola. Pelo sobrenome, bem que eu imaginei que fosse a sua filha. Ela está certíssima de defender a opinião dela. ;-)
Beijos!
Bill Raio Beta disse:
Que choque hein? Percebeu que ficou o passado todo sendo levada pelo discurso massivo, e agora se tocou nisso. Não se preocupe não, acontece com todas
dechanelnalaje disse:
“O passado todo”… adorei.
Bom, Bill, obrigada pelo conselho. Acho que já posso parar de tomar prozac e de fazer as minhas sessões de choque elétrico, hahaha! :-P Superbeijo!
Ana Carolina disse:
Sem comentários, realmente seu texto traduz tudo que a revista é. Da última vez que tive a infeliz ideia de comprar uma pra passar o tempo, fiquei pensando: COMO as meninas coneseguem ler essa revista?
Enfim, parabéns pelo texto!
dechanelnalaje disse:
Pensei a mesma coisa ao ler um exemplar recente. Mas eu também questiono como eu conseguia ler no passado, hahaha! Beijos!
Rane disse:
Sensacional! Crítica com fundamento e bem construída. Toda adolescente deveria ter contato com opiniões como essa. Já que somos tão influenciáveis, que seja para coisas boas, pelo menos.
Parabéns.
dechanelnalaje disse:
Oi, Rane. Obrigada, beijos!
Flávia Martins disse:
Eu adorei o post, achei as críticas super coerentes.
Mas eu acho a leitura de revistas como a capricho válida, quando você é adolescente é normal que você não perceba esse comportamento da revista de ditar um comportamento, um estilo, o corpo ideal, você só lê e acha legal…porque todo mundo acha ou porque está na moda e concordo que isso seja prejudicial as vezes pra garotas que se preocupam demais em se encaixar em algum grupo, ser notada e esse tipo de coisa, mas que adolescente, ou que pessoa no mundo não quer se encaixar? Quem não quer fazer amigas, encontrar um gatinho, ser feliz com o seu corpo , e é normal que nesse caminho a gente acabe saindo do limite e tenha crises aborrecentes de “Não tenho peito!” (essa é minha) ,”Ainda sou BV”, “Briguei com todas as minhas amigas” entre outras, mas você supera e depois ri lembrando de como você era boba.Pelo menos comigo é assim.
E discordo da menina acima, que disse que os adolescentes tem que ler as obras do Foucault, já é muito pedir pra ler Dom Casmurro, imagina Foucault. Não adianta querer tornar todo mundo cult aos 14 anos, sou contra a futilidade extrema, mas acho que todo mundo tem que passar por essa fase de ver filmes água com açucar, ler romancezinhos, sonhar o dia inteiro com o amor platônico, babar por aquele cara famoso e etc.É saudável, desde que seja moderado.
OBS: Realmente, o que mais me irrita (irritava, porque não costumo ler mais) era a opinião dos garotos, sempre achei patético.
dechanelnalaje disse:
Oi, Flávia. Claro que todo adolescente quer se encaixar. Aliás, todo ser humano, né? Não questionei isso em nenhum momento. Eu também acho que não dá para determinar que todo adolescente tem que ser igual, concordo com você. Só acho que a leitura de obras clássicas, na minha opinião, sim, deve ser obrigatória, assim como a leitura de obras literárias mais atuais e de estilos variados, porque estamos falando de formação cultural e linguística. Já essas outras coisas como ver filme água com açúcar, ler capricho, chorar porque é bv… depende muito de cada adolescente, não vejo nada disso como ” coisas ou etapas obrigatórias”.
Beijos!
Mariliz disse:
Parabéns pela análise, adorei, você escreve muito bem e esta denuncia é fundamental. Minha filha de 16 anos parou de ler a Capricho faz uns dois anos, e o que ela me disse foi algo muito semelhante ao que você coloca aqui. Vou passar o link do seu blog pra ela dar uma olhada e trocar uma idéia com você. Como é bom encontrar gente consciente! Parabens novamente.
Mariliz.
meu blog é http://www.marilizvargas.com.br
Pat Camargo disse:
Tenho uma filha adolescente que ama Capricho. Ela é da turma da Catarina Scott, alias , são primas e se tivesse lido isso aqui tambem teria vindo defender com unhas e dentes a revista preferida dela.
Sim, ela foi visitar a redação e segundo a mesma, foi o melhor dia da vida dela.
Isso formou ou formará seu carater? De forma alguma.
Digo isso pq ja fui viciada naquela revista Boa Forma e lembro de sempre ler comendo alguma porcaria e tomando coca cola. Nunca consegui ter aqueles corpos e isso nunca me levou pra terapia.
Tenho certeza que o maior interesse delas na revista é a sessão de moda e os meninos, ou melhor, os colirios.
Acho que alguem falou em cima sobre eles, sim elas idolatram eles, acham eles lindos , ou melhor , acham eles PERFEITOS!!! segundo a linguagem delas.
Isso as transformara num adulto racalcado e triste porque não ter conquistado seu grande amor ?
Não creio!
Quem nunca idolatrou um idolo tendo lido ou não uma revista adolescente? O Robert Pattinson não virou febre por causa da revista e ate mesmo eu, nos meus 41 anos, acho ele lindo.
O que acho perigoso, e isso se aplica a todas revistas e ao mundo da moda em geral, é esse culto a magreza. Isso sim tem o poder de transformar uma adolescente insegura numa pessoa infeliz.
Outra coisa que me deixa triste é ver blogs de moda com centenas de seguidoras idolatrando a blogueira por ela usar uma bolsa de R$5000, ou até dando dicas de lojas ” baratinhas e fashions” mas que “infelizmente não entregam no Brasil” . Pelos comentarios das leitoras percebe-se que são meninas simples que sonham com aquela vida igualzinha a da blogueira.
Resumo, acho tudo perigoso, Capricho, Nova, Claudia, etc. Isso não quer dizer que vou proibir minha filha de ler, vou sim, ajudá-la a ter discernimento para entender o que pode ou não levar a sério.
A revista não educa a minha filha, isso é função minha!
Maria Clara disse:
Impossível não concordar!!
Seu blog foi a minha melhor descoberta internetística dos últimos tempos! :)
Camila Farias disse:
Adorei seus posts sobre a Capricho, e consequentemente, adorei o seu blog!
Eu também passei por uma situação semelhante com esse revista!
Eu era assinante da revista Barbie, até que pedi para trocar pela Capricho, e meu pedido foi aceito. Porém, três meses de assinatura depois meu pai deciciu: ou eu trocava por outra revista, ou não receberia mais nenhuma! Escolhi a SuperInteressante, e agradeço a meu pai por ter sido pai naquela hora (rs)! Sou assinante Super a 12 anos, e muito da minha formação intelectual devo a ela! Estou prestes a me formar em Arquitetura e Urbanismo, e já sei que quero seguir carreira acadêmica baseada em pesquisas.
Então é isso! Adorei o seu blog e a sua postura de mulher moderna: inteligente, informada, que pensa sozinha, e ainda é ligada em moda e beleza!
Parabéns!
Adrieli disse:
Adorei, até “twittei” esse post.
Tenho 18, estou saindo das fraldas e das páginas da Capricho agora.
Acredito que essas síndromes do tipo que você narrou sobre a celulite, no post anterior, acontece com todas as leitoras da Capricho/Atrevida/TodaTeen e etc. Comigo aconteceu diversas vezes e por vários motivos diferentes.
Sabe o que é pior? Com o tempo essas síndromes vão aumentando e se tornando uma lista. Pelo menos, comigo foi assim.
Enfim, não vou começar a discursar sobre meu desprazer com as edições da Capricho e nem em como lutei contra a minha parede para tirar os pôsteres (confesso que não sei conjugar “pôster”) colados na minha época Capricheira, mas gostei muito do texto!
Chris disse:
Excelente a sua avaliação e a Capricho é uma preparação para as songas-mongas que virão e lerão a NOVA e afins.
Sim, eu fui vítima da Capricho, na época me achava morena demais, quadril largo demais, cabelo enrolado demais.
Só bem lá na frente que notei que tudo isso era uma tremenda bobagem.
Concluo que ser adolescente hoje é muito pior do que a 15 anos atrás!
Beijo
Bárbara disse:
Nossa, adorei a sua crítica, porque é justamente tudo o que eu penso sobre a revista.
Eu tenho 16 anos, e nunca fui uma fã muito assídua de revistas adolescentes. Lá pelos meus 12 anos lia Witch, que até era boa para a idade indicada, principalmente pelas historinhas e identificação que rolava com as personagens, e as matérias tinham boas dicas, nada muito ditador. Mas enfim, não sei se a revista ainda é publicada.
Um tempo depois comecei a acompanhar a Capricho. Mas depois de 2 anos comecei a cansar da revista. As matérias se tornavam repetitivas, com as mesmas capas, os mesmos comentários, a mesma linguagem “mega” falsa que quer imitar o jeito de uma adolescente, mas não consegue, porque fica artificial demais! Sem contar nas contradições, que você bem comentou no seu post. A revista dita um padrão de comportamento, e inclusive de gostos. As capas nem são mais variadas, com alguma coisa de Crepúsculo, Disney ou Robert Pattinson saindo a cada mês. Por mais que as garotas da própria comunidade da Capricho no Orkut pessam, a revista não muda, só piora.
A capa dessa quinzena é com os três do “Vida de Garoto”, aquele blog com meninos que não fazem nada na vida além de tirar fotos sem camisa para aparecer (colírios), mas que mesmo assim são adorados pela revista (e pelas leitoras que seguem rigidamente tudo o que é “tendencia”). Eles respondem perguntas de comportamento (!!) e fazem videozinhos e matérias para as meninas “babarem” mais ainda por eles.
Tem garotas como eu que criticam tudo isso, mas a Capricho, “melhor amiga” das leitoras, não dá ouvidos, simplesmente porque é mais fácil pra eles assim. Eles ainda vão lançar um concurso pra decidir os próximos 3 do VDG….
Sobre a parte de moda da revista, é melhorzinha, mas mesmo assim, muito “siga as tendencias”, “esqueça da sua personalidade e use isso, porque está na moda – mas cuidado pra não parecer baixa, ou gordinha, etc.”
Adorei, mesmo.
Beijo!
Ana disse:
Tenho 34 indo para os 35 anos e a Capricho de fato fez parte da minha adolesência. Lembro-me de uma vez ter deixado minha mãe louca de tando pedir dinheiro pra comprar o raio da revista, pois, aos 13 anos, tinha “ficado” com um menino que “sumiu” logo em seguida. Lembro-me perfeitamente até hoje da capa da revista (com a Ana Paula Arósio) e materia da capa era algo do tipo “Ele ficou com você e sumiu depois. O que aconteceu?? Descubra aqui!” (como se isso fosse possível!! ha ha ha)
Depois de vencer minha mãe pelo cansaço (pois não entendia essa loucura por uma simples revista) comprei e o que ocorreu não precisa ser gênio pra adivinha. Óbvio que se me lembro da capa onde essa matéria estava, não é preciso ir longe pra saber o estrago que fez em minha vida. Nos dias seguintes minha auto estima foi pro saco, só pensava em seguir as “dicas” que a bendita revista dava para “reconquistá-lo”, e nunca me passou pela cabeça que o problema, quam sabe, poderia estar com “o menino” e não comigo, não é??? Enfim, Capricho me trouxe coisas boas, afinal, era ótimo recortar as fotos para colar na agenda (quem lembra disso??), mas em contrapartida, me fez, aos 13 anos, achar que eu tinha um problema sério, já que o cara “ficou comigo e sumiu”. Dios mio, a revista perdeu a oportunidade de ter me preparado bem melhor para os milhares de foras que tomaria no decorrer da vida.. rsrsrs
Erika disse:
É a primeira vez que visito seu site e já estou AMANDO!!! rsrsrs
A “Capricho” já foi melhor…
Rafaela disse:
De Chanel, quero começar dizendo que não me culpe se eu falar um monte de besteiras aqui porque NUNCA(repito, NUNCA) comprei uma Capricho sequer, porque nunca me interessei: gosto de informação, lazer e moda, e tudo o que a capricho faz é ficar publicando fotinhos de miguxas e colírios fazendo pose, eu nunca me interessei em folhear uma página, eu gosto de ler Super Interessante, Veja, Vogue e Elle, simplesmente porque não existe nenhuma revista com um conteúdo bom o suficiente para a minha idade, é uma droga!
Mas já li aquele sitezinho que a Capricho tem e é uma verdadeira …. coisa ruim, pra não dizer pior, eles só colocam aquelas fotos de garotos que mostram a barriguenha com um óculos escuro e um bonézinho de Dez Real, como se fosse todas as garotas que se importassem com esses pelegos, que andam por ai e acham que estão arrasando.
Mas o pior de tudo é que a Capricho quer induzir as garotas a uma realidade que NÃO EXISTE, eles querem o que? Que as garotas limitem o seu pensamento usando apenas aquilo que está na moda? Ou então que elas pensem que precisam ser perfeitas sempre?
Ainda julgando que isso é o correto, mas a realidade EXISTE é a que: você tem que usar/agir/viver do jeito que você mais gosta, sem se importar com o que os outros pensam… se eu quisesse sair por ai desleixada com um moleton rasgado de Mickey eu saíria, porque eu possuo uma coisa muito valiosa: eu possuo Livre Arbítrio, uma coisa que com certeza a Capricho esqueceu que todos devem ter há muito tempo atrás.
E elas mostram a opinião daqueles moleques do Vida de Garoto, e eles falam o que acham dos tipos de garotas, do jeito que aham que elas ficam mais bonitas: ah me poupe, né! Ah que eu vou ficar usando shortinho curto porque um moleque que eu nem conheço tá dizendo que as garotas ficam mais bonitas assim.
Por isso e outros eni motivos que eu não leio a Capricho, não tem NADA que me atraia nessa revista, eu já tenho uma opinião formada a respeito de muitas coisas, e se quero ler alguma revista, é para captar mais informações, aprender mais sobre diversos temas, como faço consequentemente aqui nesse blog.
Então não tenho o mínimo interesse em ler uma revista que dita os pensamentos das garotas, que mostra a elas um caminho totalmente errado… se continuarmos a seguir o pensamento dos outros,ir pelo que os outros consideram certo, aonde iremos parar?
Se fosse assim, o presidente Lula seria fã da Capricho e até usaria roupinhas flúor, ainda bem que ainda tem gente no mundo que pensa como eu, tem um pensamento próprio, e não precisa que ninguém lhes diga o que fazer, o que pensar, o que agir.
Lalah disse:
gente! eu amo esse blog! (:
Renata Mencari disse:
Eu sou da geração q quanto mais cresce mais não gosta da Capricho, escrevi até um dia desses isso no twitter..na minha época até era legal e talz mas dai vamos crescendo e vendo q é td tão fútil, tão contráditório..
E quanto a Nova..Ha!Tenho medo dela..só fala de sexo po..nem a playboy só fala disso!
Clarissa disse:
Querida Chanel,
Quanto mais eu leio os outros blogs, mais eu gosto do seu. ;)
(Gente, a burrice humana é incrível! Desculpa, só mais um desabafo!)
Beijos, sua super fã,
Clarissa
Lara disse:
De vez em quando venho aqui, leio seus textos que são sempre bem escritos e até mesmo bem fundamentados.. Daí hoje, parei pra fazer mais leituras sobre matérias do blog e dei uma olhada no seu twitter.. E meu Deus, como você é crítica menina, sempre olhando o lado ruim de todas as coisas.. Isso te amargura ?! Espero uma resposta muito bem escrita de você e mas tão doce quanto um bombom de alho.. Beeeijos.
a intrometida disse:
Bombom de alho? Huummm… isso deve ser bom! hahaha!
Desculpa intrometer, mas acho ótimo a De Chanel criticar essas coisas para as quais tantas dizem amém sem pensar… Ter idéias próprias pode soar amargo, mas quando se encontra um doce, no entanto, ele vale por dez.
Não acho que seja olhar o lado ruim, mas sim se e posicionar em vez de deixar que o façam por você.
O mundo já tem muitas ovelhinhas brancas e mansas…
Fernanda Taube disse:
Acho importante a leitura na adolescência (assim como em qualquer fase da vida), mas tem algumas coisas que são tão desnecessárias.
Por que uma menina-nova prefere ler a Capricho a se apaicxonar pelos Karas?
Escrever pra adolescente é muito delicado, as revistas deveriam se preocupar mais com o tipo de conteúdo que estão passando para a massa cinzenta dessa molecada.
Ana Carolina disse:
nem jesus cristo conseguiu agradar todo mundo…
meu feriado está acabando.
bisous!
Angela Holanda disse:
Amiga, essas revistas tem que dá shift del pra nao ir nem pra lixeira.
Lara disse:
Queria ler todos os comentários, mas ah, resolvi fazer meu depoimento também. A questão de inofensiva, mas não é, faz todo o sentido. É engraçado. Comecei a ler Capricho com uns 10 anos, me achando super adolescente. Li até lá para os meus 14, 15 anos. Comecei comprando enquanto meu pai assinava para mim a revista da Barbie (que, acalmem-se, era só fotonovela), mas depois acho que ele sacou que eu não me importava mais e passamos a assinar. Não me lembro, no começo, dos meus pais se oporem. Acho que viam super bem o que acontecia: eu queria ser adolescente, então comprava a revista. O engraçado é que cresci em uma família intelectual, minha mãe nunca ficou contando calorias ou comprando roupas. Aprendi muitos destes conceitos na Capricho: dos mais inofensivos, tipo roupa da moda e como deixar seu cabelo incrível até coisas como você precisa se depilar, estrias, celulite e “mão boba”. Imagina, tão fora do meu universo. Estria? MÃO BOBA? É engraçado, mas acho que aquela Capricho era para meninas mais velhas mesmo. Eu quase não lia as matérias de sexo, não me interessavam muito. E não era essa auto-ajuda toda medonha, tinha muito do porque usar camisinha. Imagino que hoje não role mais a campanha “use sempre camisinha”. Enfim. Minhas amigas não davam muito valor pra Capricho, talvez quando os Backstreet Boys estivessem na capa. Eu colecionava, lia, gostava, mas acho que mais porque desde muito nova eu quis ser jornalista – o que hoje eu sou. Devo a Capricho? Talvez. Realmente, a revista lança mão de um conceito de consumo irreal para adolescentes. Era tudo absurdamente caro. Imagina em uma família que sempre preferiu comprar livros à roupas, aquilo não existia para mim. Eu queria sim, que meu cabelo ficasse melhor, que eu me sentisse bonita, que os meninos me achassem bonita. Mas por mais que tentasse, a Capricho nunca resolveu meus problemas. O papo de se aceitar sempre foi mega furado. Lembro mesmo é de uma coluna que uma jornalista que falava que meu, ficassemos tranquilas, o cabelo mudava até o fim da adolescência. Eu sofria com meu cabelo. Ele mudou mesmo quando virei adulta. Isso foi legal. O resto? Passável. Acho absurdo como hoje, realmente, é um desfile de colírios, dos mesmos ídolos na capa, o que é aquele Vida de Garoto? Em um sentido, sim, a revista mantém as mesmas matérias bobinhas, mas é absurdo como piorou. Agora, não se fala mais de “use sempre camisinha”. De “não entre em depressão”. Agora é o mundo mais pink! Agora dá para sentir que, pasmém, aquela capricho que eu lia ATÉ era boa. Virou absolutamente superficial, parece que agora a revista é para pré-adolescentes, como eu era, mas completamente plastificadas. Hoje em dia é sobre como perder a virgindade deve ser, mas tão excessivamente dito, toda edição, que é qualquer coisa. Vira a história da “mão boba” comigo. Eu lá ia pensar nisso? Jamais ia tocar em um garoto. Ficam criando neuras, situações. Como se adolescentes já precisassem. Quem tem 13 anos nem tem celulite. Quem tem 13 anos nem fazendo sexo deveria estar! Não é moralismo, é fato. 13 anos. Use sempre o mundo mais pink.
carol disse:
hahahah como eu te amo!
Brisa disse:
Eu concordo com tudo que vc escreveu mas acho que vc esqueceu de falar sobre o estímulo ao consumo louco, cego e desenfreado e aprofundar na questão de como as famílias de classe média não podem satisfazer MESMO os desejos de consumo das filhas que leem essa revistinha, pelo menos na minha época de adolescente isso era assim e hoje pelo visto também. A minha mãe é testemunha da minha frustração por não poder ter todas as roupas. Claro que ela também tinha a maior frutração por não poder me dar todas as roupas que eu queria. O que os pais não percebem é que hoje a sua filha de 12 anos vai aparecer querendo uma mochila da roxy e tudo bem, vc vai fazer o esforço de dar a mochila para ela. Mas no dia de amanhã quando ela tiver 16 e aparecer querendo uma louis vuitton, vc vai fazer o que? Hoje ela tem 12 e pensa em como agradar os meninos e quando tiver 20 vai estar pensando o mesmo, com 30 também e depois com 40. São tipo uns vícios comportamentais que quanto mais cedo começam pior. Alguém aí encima falou que a função de educar não é da revista e sim dos pais. Vamos combinar que isso é meio que óbvio. Só acho que os pais que deixam as meninas lerem essa droga sem ao menos serem conscientes dos problemas da revista estão procurando sarna pra se coçar no futuro. Enquanto eu lia os textos e os comentários estava pensando que se essa revista fosse publicada nos Estados Unidos por exemplo, (onde eu morei 5 anos e por isso posso opinar) eu tenho certeza ia ter manifestação na porta da editora da revista todo santo dia. Lá pelo menos a sociedade civil é muito mais questionadora e consciente sobre esse tipo de coisa. Tem associação de mãe, de feminista, de adolescente alternativo etc. Não dá para esperar a mesma mentalidade de parte do brasileiro. Vc sabe como são as coisas aí no Brasil. Essas mães que tão aqui defendendo a revista estão tranquilas porque a gente nunca pensa que as piores coisas podem acontecer com a gente. Nenhuma mãe quer pensar na hipótese de que a filha dela tenha más influências de uma revista. Pena que o mundo não é florido como a gente gostaria. Questionar dói e sentar para conversar com uma adolescente que essa revista que ela lê não é tão legal como ela pensa deve dar o maior trabalho. Melhor olhar para o outro lado e rezar para que tudo dê certo. Depois tem gente que acredita que a gente um dia vai chegar a ser um país desenvolvido e civilizado.
Brisa disse:
Ah sabe, eu fiquei até curiosa para ver quais são as revistas de adolescente aqui no UK. Vou dar uma olhada e depois te conto. Mas algo me diz que não vou achar nenhuma que seja nem a metade de ruim que a capricho. Por falar nisso…. gente, alguém me explica esse negócio da Monica com peitão??? Chorei canivetes agora.
Aline Schopenhauer disse:
De Chanel, a essas horas da matina o seu blog deve ser frequentado pelos brasileiros exilados. Eu sou uma delas, hehehe. Assim como a Brisa, eu tambem fiquei curiosa para ver como sao as revistas de adolescentes aqui na Holanda. Bom, em primeiro lugar aproveito para dizer que eu adoro o seu blog e que entro todo os dias para ver as novidades.
Hoje nao resisti a dar o meu pitaco sobre a Capricho. O que eu queria dizer, de Chanel, e espero que vc me compreenda, eh que eu concordo com tudo que vc falou. Concordo porque racionalmente nao da para contestar nada que vc ecsreveu. So que a minha opiniao vai numa direcao diferente. Vamos ver se consigo me explicar bem, o que eu opino talvez pareca um pouco cruel mas eu estou cada vez mais convencida disso: a maior parte da humanidade nasceu para ser massa. Simples assim.
Uma menina critica acima da media como eu fui, modestia a parte, e como vc foi, e muitas outras que escreveram aqui como a menina de 14 anos que da conselhos a irma sobre como a revista eh ridicula, pois bem, essas pessoas sao diferentes porque nasceram com uma capacidade analitica acima da media. Sao pessoas que simplesmente nao nasceram para ser massa. Pessoas como nos, podem ler capricho, podem ate se influenciadas ate certo ponto, mas um dia enjoam e pronto. Nao sei se estou sabendo me explicar bem, mas nao da para esperar que todas as pessoas tenham a mesma capacidade de analise e de revolta (revolta criativa, transformadora e que move a sociedade, que fique claro), a mesma inteligencia.
Tem menina que le capricho, os pais nao estao nem ai, nao sao intelectuais, e mesmo assim um dia a menina se revolta, visualiza tudo aquilo e ate fica com raiva dos pais por terem deixado ela ler. Mas isso tudo saiu dela, era uma caracteristica inata. O que eu quero dizer eh que nao da para esperar a mesma coisa de todo mundo. 90% das meninas que leem capricho nasceram para isso, para ser massa, e seriam massa do mesmo jeito mesmo que nao lessem capricho. Ufa, era isso.
Espero que entenda o meu ponto. Eu sou muito como vc, quero mudar as coisas, me revolto. Dai um dia me lembro que a humanidade eh a mesma merda (desculpe-me) que sempre foi e sempre sera, porque o ser humano vem sendo ensinado ha anos a ser massa. Daqui a pouco aparece um cientista provando que ta no nosso adn, hahahaha! Mesmo assim, nos que nao somos massa temos o dever de mover o mundo.
Um grande beijo.
Lyanna disse:
Recorde de comentários?
Ontem vi Microfísica do Poder de Foucault e lembrei na minha Laje de moda favorita, está na minha lista de filosofia.
Aline, querida, você está certa sim. O comportamento de massa e de manada é um “movimento” crescente em nossa sociedade.
Mas uma curiosidade: esse seu sobrenome é herança genética e filosófica ou é uma opção de vida? Pois, adoraria carregar, por exemplo, o Nietzsche como sobrenome.
Aline Schopenhauer disse:
Eh uma homenagem ao meu filosofo favorito mesmo. O meu sobrenome verdadeiro eh outro.
Carol Andrade disse:
Eu leio Capricho desde da época dos Backstreet Boys! HAHA *ainda amo eles*
E guardei todas as revistas que comprei, hoje só folheo pra ver os editorias de moda, pq sempre fazem um cenário legal, mas o resto? sério, posso pegar minha primeira Capricho que comprei, com a capa do Elijah Wood e ver as matérias sobre comportamento são as mesmas! e eles escrevem cada coisa, bem nada a ver, eu lia e pensava “povo tosco” HAHA
Sei lá, quando eu era adoleceste não tinha esse tipo de dúvidas sobre o que ou não os meninos gostam, e quando tinha perguntava pro meu irmão!
E outra coisa que eu penso é que essa nova geração é muito pra frente sabe, quer fazer tudo antes da hora, vive com pressa e é nisso que eles se perdem :(
mas amei o post! beeijo ;*
PassaNaMaria disse:
Acho que o fato de falar excessivamente de sexo numa revista lida por pré-adolescentes tem seus prós e contras. Sim, de fato pode ser que o assunto seja tabu em casa, mas também pode despertar o interesse precoce pelo assunto. São garotas em formação, época comum a colar pôster daquele ator lindo na parede no quarto, não pensar em como será sua primeira vez com o colega da escola no próximo fim de semana.
Concordo completamente quanto a aparente indecisão da revista, que a cada edição parece mudar o discurso! E adorei seu blog, acompanharei :)
JellyBen disse:
Agora me lembrei de alguns episodias da Minha nada facil vida hahah.
Me lembro que quando eu fazia a setima serie eu vivia lendo as enquetes com os meninos.
Me lembro tambem sobre as inumeras materias sobre estar magra e etc…
nem sei como deve ser a cabeca desses adolescentes que leem essas revistas.
Eu lembro que eu descobri o que era masturbacao com a mesma… Nem tinha idade ainda p saber hehe. Bjs
Blanca disse:
Poxa, amei o post! Só não concordo com o ponto 7, ” A cultura das listas”. Na maioria são sugestão de filmes que você pode ver, de livros que pode-se ler. O imperativo é usado por questão publicitária.
Você escreve muito bem, amei mesmo. Bjs e sucesso!
Phillip disse:
Que texto rico. concordo 100% com tudo. agora só falta as adolescentes bitoladas em colirios lerem né?
Kaira disse:
Menina, que texto incrível! Você consegue fazer uma análise perfeita do que acontece hoje em todos os meios de comunicação, no meu blog inclusive, e nas nossas vidas todos os dias.
Bjs!
Gabis disse:
Ótimo texto! Tenho 17 anos e já li Capricho e Atrevida, mas enjoei.. Pensando no que você disse nesse post e no anterior, consigo lembrar bem da minha frustração em não conseguir atingir todos os padrões ideais. Aliás, lembrar não, ainda sinto muitas e muitas vezes essa frustração. Você falou de Capricho, mas TUDO na mídia é padronizado e isso vem muito mais forte quando se é mais nova. Arrependo-me um pouco do dia em que comecei a ler essas revistas porque hoje eu vejo que por mais que eu tenha adquirido uma visão critica, no meu sub-consciente os padrõesinhos estão lá. Se a gente não abre a mente e procura ver outras realidades, nosso mundo vira uma mistura de metas inatingíveis, desejos imediatos e tristeza por não conseguir a perfeição.
Parabéns pelo blog!
Luna Fortunato disse:
Hm, vamos lá!
Tenho 16 anos. Desde os oito leio Capricho – minha irmã assinava. Parei de ler com 11, 12 anos porque minha irmã deixou de assinar, e eu mesma passei a assinar com 13 até quase 15, quando substitui por Turma da Mônica – é.
Conclusão: concordo com todas suas críticas, exceto – talvez – das listas. Eu lembro de matérias boas, sim, lembro de quando falavam de anorexia, drogas, sexo – aqui entra uma observação: a revista não fala tanto de sexo. Costuma vir UMA página sobre sexo por edição, quando antigamente vinham quatro e eu achava melhor, beeem melhor. Além disso ela formenta o machismo quando fica pedindo a opinião dos meninos, inclusive fazendo milhares de enquetes e usando isso como capa – e nós, sem perceber, estamos sendo usadas como objetos sexuais que devem se adequar aos desejos masculinos.
A CH é mais influenciadora do que parece. Cabelo liso, ser magra, ser branca, isso se tornou um padrão sustentado. O máximo de cachos é Taylor Swift. Inclusive quando eu fiz um trabalho escolar sobre racismo, utilizei a revista para exemplificar como o racismo é incutido: em mais de dois anos, nunca houve um negro na capa. Assim como não há pessoas gordas, de cabelos realmente cacheados (mesmo Taylor passa horas no baby-liss) e simplesmente normais, assim como há pouco estímulo ao mercado brasileiro: as meninas estão pedindo por Mateus Solano porque ele é bonito e talentoso, rs, e a revista nunca faz uma capa com ele e sim com garotos dos VDG, colírios – que sinto dizer, mas tem um blog muito ruim.
A CH incentiva a idolatração à beleza pela beleza, ao machismo, a noção de homem perfeito (vide Edward Cullen, que na verdade é um vampirinho possessivo), e o mais perigoso: a submissão feminina. Isso as garotas quase nem notam, mas elas acabam absorvendo que tem que agirem delicadamente, tem que agradarem ao macho – e como a nossa sociedade é machista, então a garota cresce aprendendo que se a relação der errado, a culpa é dela que não foi inventiva, criativa, provocante demais ou muito pouco provocante.
E a Nova é terrível. Ela só fala de sexo. Mas tem umas coisas criativas, mas uma revista que SÓ FALE de sexo é algo tão… enjoado. E, claro, é tudo pra agradar seu parceiro, afinal quem tem que ser a boa é você, a mulher, né?
Thaís disse:
Bom, tenho 15 anos e costumava ler a Revista Capricho até o ano passado. Depois parei, pois percebi que não acrescentava nada na minha vida, além de que era sempre as mesams matérias, mesmas coisas, só mudavam a ordem.
Concordo com tudo que você disse, porque é totalmente verdade! É uma revista que induz a garota a ser submissa, que não aceite sua aparência,etc. Lembro-me que uma vez estava no Orkut da revista, quando vi o tópico “Quem você acha que é bonito e merece ser colírio?”
Nossa, eu fiquei com muita raiva. Você logo vê o controle da mídia, impondo o ideal de beleza.
Honestamente, não aguento mais essa revista, aqueles Colírios ridículos e suas mesmices.
Prefiro ler Mangá – é!
PS: A-M-E-I seu blog! Agora você ganhou mais uma leitora, parabéns!
lancelloti disse:
Acho muito legal seu blog, pq vc é das minhas: critica sem medo!
Concordo com tudo o que li.
Na verdade, as revistas para adolescentes seguem, praticamente, a mesma fórmula desde que eu era adolescente e desde que a galera de 30 anos era também. O que muda é pouco. A capa tem sempre as mesmas coisas.
Acho outra coisa: falta profundidade nas matérias, nas opiniões, nas pesquisas. É tudo meio fast-food, meio jogado. E andam contratando muitas blogueiras famosas, ou pseudo-it girls que nunca nem leram um bom livro sobre Moda para falar sobre, o que acho inadmissível!
O resultado é esse…
Beijo grande!
Giovanna Diniz disse:
Sim, eu concordo com o que você disse. Mas pensando por outro lado, é a menina que decide se compra a revista ou não. Ou seja, se ela achar um lixo ela não compra. E as pessoas só seguem o que está escrito ali se concordarem, né?
Luiza Torres disse:
Tá chato repetir a mesma frase em todos os posts: “ARRASOU!E é por isso que leio sempre!” ahahahha
Mas mais uma vez, mereceu!
Se eu te disser que eu não leio mais Capricho desde os meus 14 (tenho 20 hoje) e as vezes compro pra folhear mesmo, pra dar aquela sensação gostosa que a nostalgia tras, sabe? E Ainda sem ler, é nítido que a revista mudou bastante!
Essa coisa de os garotos darem pitaco então, achei ABSURDO!Será que nunca vamos falar por nós mesmas sem ter eles pra questionarem até a roupa?
Argh!rs
Enfim, sem mais delongas!Demorei, mas comentei!
Parabéns!;]
Li disse:
Sobre (ainda) a bolsa de moleton da Daslu:
É impressão minha ou até a etiquetinha com o logo também É CÓPIA!?? Se não estou enganada o logotipo junto com o nome da marca delas é um RayBan??
Carla disse:
COMO eu ainda não conhecia o seu blog? Achei fantástica a sua crítica a revista Capricho e concordo com vc em todos os pontos!
Mariana Coelho disse:
Nossa…como sempre você disse TUDO!
Eu cresci lendo Capricho e concordo com cada palavra que você escreveu.
É um fato, revistas femininas são completamente neurotizantes, e a Capricho já coloca essa maluquice na cabeça de meninas de 12/13 anos de idade… é triste…
Realmente, na nossa época ela era melhorzinha, mas olhando p trás mesmo nos anos 90 (nossa, tb to me sentindo uma idosa) essa vibe neurótica já rondava as matérias de comportamento, e até as matérias de moda que dizia p meninas de 14/15 anos que litras horizontais engordam, estampas de bolinha enfatizam suas espinhas entre outras pérolas…(tirei isso da propria revista, ainda guardava até pouco tempo atrás alguns numeros antigos).
Adorava a Querida, era tão legalzinha, não sei porque acabou.rs
bjs
Érika Monteiro disse:
CONCORDOOO PLENAMENTE…
nem preciso dizer mais nada…
post mais que perfeitooooooooooooo
Flávia CR disse:
Achei muito interessante sua argumentação. Li todos os cometários e o que mais me chamou atenção foi justamente como vc respondeu “tudo gira em torno do macho”. Essas neuras de que a mulher tem q ser perfeita, magra, cabelo liso, se esforçar ao máximo para conquistá-lo, ser o brinquedinho sexual … implantadas por esses tipos de revistas, não só adolescentes, influenciam na formação da personalidade. O Ego, como diria Freud,os sentimentos, a memória, os pensamentos, acabam por compor uma parte da personalidade.
Parabéns pelo alerta, da laje!
bjs
Livia disse:
Concordo com muita coisa, mas te achei muito radical em alguns pontos.
“A cultura da listas” por exemplo.
Que mal há na superficialidade?
É uma revista para meninas mesmo…
Concordo que falta conteúdo na revista, falta profundidade em diversos assuntos, mas um ou outro tópico mais, digamos assim, leve, não é tão condenável..
Thaty disse:
Concordo totalmente em tudo que vc disse. Tenho 16 e sou sim leitora da Capricho, embora não concorde com varios modismos da revista.
Nunca tinha parado pra pensar o quanto essa revista influencia meu comportamento, mas acho que em alguns casos ela visa se adaptar a realidade adolescente da classe media/alta. Acesso o site da capricho várias vezes por dia, e não perco nenhuma edição da revista, ultimamente confesso que ela induz de certa forma as meninas a “idolatrar” os garotos que são bonitos com esse papo de colírios, que conceguem uma suposta fama apenas pelo grau de beleza -o que eu acho ridículo. O blog VDG (Vida de Garoto) por exemplo serve apenas para as maioria da garotas “alienadas” colocar aqueles três meninos como centro do universo, e os terem como sonho de consumo. Confesso que eu como várias adolescentes tento sim agradar e me sentir desejada pelo meu namorado ou pelo garoto de quem estou afim, mas alguns dos discursos da revista de fato nos submetem a vontade deles. Concordo há diversas contradições no que leio, e o incentivo ao consumo.
Apesar disso não deixo de gostar da revista, muito menos de lê-la, mas depois desse post concerteza vou pensar duas vezes antes de seguir qualquer conselho da “revista meninha”.
Thaís disse:
Convenhamos que a capricho só “prepara” as adolescentes para o que nós,adultas,encontramos na grande maioria das revistas. Por isso que atualmente leios blogs,pq cansei de ler revistas falando sobre como ficar magra, linda e maravilhosa,como agradar os homens,etc…ou seja,tudo o que aparece na capricho,só que para o público adulto!
Ana Luiza disse:
Não sou uma visitante deste site, alias sou de poucos, pois o tempo me falta. Mas foi deliciosa essa matéria. Primeiro: Foucault rocks! SIM, o poder circula entre diferentes discursos, e ele não é estavel! Tanto um como o outro pode deter tal poder, mas é necessario, e obrigatorio que se discuta e se questione todo discurso que se circula como verdadeiro. Agora, relacionar a disputa de poder com capas de Capricho, AHAAAZO!
Não sou novinha, mas tb nem velhinha, e é impressionante com foi e permanece a forte influencia da revista nos adolescentes. Me deparei outro dia com meu sobrinho bravo com suas colegas que so queriam ler a revista em questao no meio da aula. Pensei, ha 10 anos eu fazia o msm… Portanto vamos discutir sim, circular os discursos, pois ainda hoje os famosos: como arranjar um gato, fique linda entre outros fazem a cabeça desses jovens. Mas não sejamos tão duras, tdos precisamos de uma folguinha , a revista Caras nos oferece isso, e a Capricho tambem. Amenidades para nos desligar de tanta morte, catastrofe e injustiça.
O fato é que Capricho pode ser isso, mas muito mais, contribuindo de forma positiva entre o publico jovem, e incentivanto o pensamento critico, e não ditando formas de pensamento! Circulemos !
fabiana ribeiro disse:
Bom, é a primeira vez que venho por aqui, e fiquei muito surpreendida que um blog de moda tbm aborde temas tao importantes e polêmicos… É um mix muito interessante, e vc esta de parabens! o blog é fantastico!!
Eve disse:
ola!!!
Gostaria de parabeniza-la pelos posts sobre a Revista Capricho!
Gostaria de acrescentar que a essa revista ‘e apenas uma iniciação da adolescente para as revista dedicadas as mulheres adultas. Infelizmente, a grande maioria delas abordam os mesmos assuntos com uma pegada diferente, mas no final das contas, falam as mesmas coisas.
Mal sabem que muitas coisas que escrevem acabam detonando mais ainda a auto-estima de muitas meninas e mulheres. Pessoas que nao podem seguir o padrão imposto por estas revista EXPLORADORAS E MACHISTAS.
Parabéns pelo blog de CONTEÚDO. Sou sua seguidora!
Beijossss,
Eve.
ai que doida! disse:
A leitora da Capricho hoje é a leitora da Cláudia amanhã. É uma ciclo vicioso. Bjo!
http://broguedadoida.blogspot.com/2010/04/o-que-e-velho-para-voce-podera-ser.html
Luciana Candido de Lima disse:
Achei muito pertinente o seu comentário sobre a revista Capricho…fui leitora desta revista nos anos 90 entre 1991 e 1996 durante meu período de adolescência, já na época ela tinha matérias muito boas sobre sexualidade mas…trazia coisas da moda com roupas das quais nós meninas pobres não poderíamos nos vestir ou viajens de intercâmbio que eu sabia que nunca poderia fazer…
A revista Nova perpetua o mesmo tipo de cartilha lia muito a revista NOVA na época da faculdade entre 1998 e 2001…e o que se vê ali é o mesmo tipo de lavagem que a Capricho faz com as meninas…A NOVA tbém trata as mulheres como se elas fossem feitas apenas para satisfazer os desejos masculinos e que se ela não conseguir isso ela é fracassada
O mesmo acontece com a revista Playboy…os rapazes e homens que leem essa revista são induzidos a pensar que é preciso ter um carro de luxo,uma vida luxuosa para se conquistar a mulher perfeita…mulher esta que esta ali posando nua depois de mil retoques de photoshop
Mariana Bastos disse:
acabei de conhecer o blog. ótimo primeiro post pra ler :D
texto incrível!
Caio disse:
Ainda embasou uma das idéias centrais do seu artigo em Foucault, estudei parte de sua obra na faculdade, perfeitooo!!!!
Ana disse:
Fiquei surpresa quando comecei a ler esse post, estou no exato momento estudando sobre a manipulação social que o mass media exerce na população. Um ponto a se pensar, que na minha opinião, é o que mais me aterroriza e assusta, é que quem compra a revista está justamente buscando ler, “aprender” com a Capricho sobre todos esses pontos criticados. A revista só continua assim pois tem quem goste. O que nos leva a pensar que há muitas outras forças por trás da Capricho que moldam e manipulam os gostos das adolescentes e pré-adolescentes. Por exemplo, há algum fator influenciante na historia de vida dessas meninas que as levam a acreditar indubitavelmente que “meninas têm que correr atrás de meninos!”, assim ao ler a capa da revista e ver que há uma matéria sobre isso, elas correm pra comprar, pois julgam ser o certo.
ps:. adoro o blog!!
Carol disse:
Nossa, vi minha opinião expressa de forma clara, objetiva e com as palavras exatas! Acho que nem eu seria capaz de ser tão fiel ao posicionamento.
Nem precisa dizer que já assinei o feed do seu blog ne?! Totalmente bom!
Beijocas
Lusinha disse:
Nunca tinha enxergado a Capricho por essa perspectiva.
Bjitos!
Dé disse:
Acabei de descobrir pq eu e muitas (ex) adolescentes eramos tão inseguras! Eu amava a Capricho! Ainda bem que esse tempo passou!
Mas sério, nunca tinha visto perigo nessa revista, mas é uma bomba pra quem ta crescendo e formando opinião ainda.
Seus posts são excelentes!
Amygha Cris disse:
Oi Letícia.
Pensei em chamar a sua percepção crítica e a construção exímia da argumentação de impressionante, mas já sei que você, com tamanha cultura e óbvio, um vasto conhecimento teórico (e quem sabe, empírico, não me cabe julgar) antropológico e midiático, sabe que possui um papel diferenciado na blogosfera, sobretudo no mundo feminino, geralmente norteado por preceitos masculinos ditando o que é a mulher e pior, empresariais consumistas (sabemos que as mulheres são naturalmente consumistas, como método de afastamento das tristezas e mazelas pessoais, muitas vezes instadas a ter alguma compulsão que extravase tanta pressão social). Sinceramente, acho que você escrever suas opiniões e fazer suas críticas é mais do que liberdade de expressão, é missão.
Compartilho exatamente das suas idéias não só desta postagem, como de todas (estou aqui lendo seu blog tem umas 2 horas e fiquei popa sobre a sua leitura da microfísica do poder – excelente, né???) e o seu discernimento sobre as manipulações que sofremos incessantemente, desde o início da nossa formação como mulheres e consequentemente, num outro plano, como sociedade.
E aqui, me atrevo a perguntar: as pessoas que são intimadas e intimidadas a ignorar literatura clássica, música clássica, “conhecimento underground”, cultura alternativa não pop, ou seja, justamente a diversidade que é importante para criar um alicerce sólido na construção de uma sociedade mais inclusiva, enfim, as crianças desde a mais tenra idade e o adolescente em busca do seu caráter, massacrados com as informações capciosas, exatamente como colocado na capa da Revista Capricho e em todos os lugares, o que podem esperar deles mesmos e no quê podem ajudar a sociedade em que vivem? E pior, como sair dessa alienação, se a alienação é massiva e praticamente obrigatória?
Olha, te invejo e admiro, porque ainda não consegui essa liberdade para exprimir tudo o que sinto na blogosfera, politicamente, o que é bem próximo do que vc comenta.
(e fiquei muito feliz que tanta gente comente aqui, fico contente em encontrar tantas pessoas conscientes)
Já te adicionei nos links do Amyghas.
Virei sempre!
Paola Piola disse:
Sensacional! Fui leitora da Capricho dos 11 aos 18 anos e ainda bem, não me deixei levar pela massificação. Mas ha pouco tempo quando peguei um exemplar recente e li “finde”abreviando a palavra “fim de semana”, a revista perdeu toda a credibilidade comigo. Depois reclamam que a internet que fazia os estudantes a escreverem errado…
ótimo texto!
bjs
Lu gold disse:
É como eu digo: a adolescente lê a CAPRICHO e sonha em tirar o folego dos meninos no beijo.
Depois de perder a virgindade começa a ler a revista GLOSS, aprende a esconder a camisinha/anticoncepcinal/namorado debaixo da cama.
Na revista NOVA ela aperfeiçoa suas técnicas lendo 153 maneiras de fazer sexo oral no “gato”.
Laçando o “gato” ela se casa e aprende na revista Claudia a perdoar a traição/fazer rabanada no natal/equilibrar as finanças da casa ou whatever…
O casamento não dá certo, ela se divorcia e vira leitora da MARIE CLAIRE e assume que namora um cara 19 anos mais novo/odeia sua sócia/foi culpada pelo fracasso do casamento e …..todos esses anos lutando contra a celulite!!!!!!!!!!
Stefanie disse:
Flor, nunca li Foucaut(acho q nem escrevi certo) mas tb nunca li muita Capricho.
Pra falar a verdade só comprei 2 comprei na adolescência. Uma sobre feminismo(q tinha uma abordagem tão rasa do tipo “pode subir em cima do salto mas n pode ser macho”) que fiquei um tempão sem ler.
E a outra foi uma edição completamente feita e estrelada por leitoras, com meninas de verdade e anônimas(magrinhas, certo, mas não esquálidas de CK) falando do q gostavam, cabelo, unhas, roupa, mas delas mesmas.
Concordo também com o comentário sobre as outras revistas.
Credo! Parece que ser mãe de família sub-avaliada era melhor do q ser essa super-mulher desvalorizada, e auto desvalorizada, que TEMOS q ser!
Parabéns pelo questionamento e pelo blog.
Comecei a ler tei blog por um post do twitter sobre o biquini infantil com bojo(medo!)e não parei mais…
Kika disse:
Excelente!!!
Beatriz disse:
Nunca tinha visto por esse lado! Tenho que agradecer, de verdade, por “abrir meus olhos”, mesmo que esse, talvez, não tenha sido seu real objetivo. Meus parabéns!
Raquel disse:
Perguntas capricho: Dei minha xoxota aos 12 anos , sou prostituta?
Outra: Me esfreguei num carinha, mas estava de calça jeans, estou grávida?
OFENDE ATÉ AS BURRAS!
Sr, Personna disse:
Mulheres se importam com a opinião masculina sobre roupas, esmaltes, cabelos e tudo mais? Definitivamente não! Se fosse assim duvido que as modelos de passarela seriam tão endeusadas, aquilo ali não é padrão masculino de beleza feminina. Creio que já faz uns bons anos que a opinião do homem deixou de ser relevante nesse assunto. E quer saber? Se tem interesse mesmo em sair com um garoto, quer estar com ele, porque não conhecer o que o agrada?
Parece que só os homens tem que se desdobrar em mil para cada gosto e desgosto feminino. Tenho visto essas mulheres-rainhas-do-mundo independentes com receio e até desinteresse, gosto de quem se importa com que eu gosto pois eu me importo em agradar o gosto de quem eu gosto. É dificil de entender? Não se trata de independencia, de papeis sexuais nem nada. Apenas do bom e velho sentimento.
Pareço um museu falando assim, mas é o que eu penso e o que mais sinto falta nas mulheres. Depois de uma luta para se igualar aos direitos masculinos, ainda reservam para si seus direitos anteriores e nenhuma das obrigações que ainda forçam o homem a seguir. Essa guerra dos sexos já devia ter acabado, mas só soluciona quando ambos os lados estiverem satisfeitos consigo e com o outro.
Marcelle disse:
Existem milhões de blogs que falam de moda, mas um blog que questione a moda – como esse – eu não conheço nenhum outro. Hoje, numa sexta-feira à noite, eu encontrei um lugar que me levou a repensar meus próprios valores e também aqueles que me são impostos. Então se é pra questionar, vamos lá! Eu tenho 18 anos (quem perguntou?, rsrs) e me orgulho muito de só ter tolerado Capricho até os 13. Isso porque uma revista que ensina o passo a passo de um beijo, como copiar o look de x, o cabelo de y e a maquiagem de z, nunca foi exatamente a minha ideia de uma boa leitura. Então, por esses anos (a velha) fui em busca de uma revista que me completasse. Tô em busca até hoje! A Nova é a versão turbo da Capricho – apenas substitua o beijo pelo sexo e acrescente 15 anos às famosas -, a Gloss é a revista mais “descontextualizada” que eu já vi na vida, enquanto as outras nem merecem ser citadas. E é por isso que eu adoro essa “blogosfera”, pois apesar de saber que a internet também é um veículo de imposição da mídia, acho que por aqui fica mais fácil reter apenas aquilo que me interessa sem precisar me sentir na obrigação de ler tudo só porque paguei por aquilo. Acho que um pouquinho de futilidade não faz mal a ninguém. Ninguém precisa filosofar o dia inteiro, bem como não vejo necessidade de alguém passar o dia inteiro se maquiando. O que eu acho que falta na sociedade e nas adolescentes em particular, é encontrar um meio-termo. Leia a Capricho, mas leia um bom livro! Assista Gossip Girl, mas assista algum telejornal! Namore, mas estude! Enfim, filtre, tenha opinião, questione, critique, conheça outras coisas, vá na contramão algumas vezes! Ufa, ficou um texto longo, quase um desabafo, mas se eu pudesse dizer algo em alto e bom som para que todas as leitoras da Capricho escutassem nesse momento, eu diria isso. Simples assim.
Beijos!
Tati (: disse:
Bem, leio a Capricho desde o ano passado, e atualmente tenho 11 anos (Quase 12, haha, brincadeira, não quero crescer tão cedo).
Nestes últimos dias venho ficando mais crítica com a revista, eles estão fazendo as garotas ficarem verdadeiras cabeças ocas colocando coisas que não existem em suas cabeças e esquecendo o que é realmente importante.
Por exemplo, você acha que alguém irá conseguir ficar como as modelos que eles colocam na revista, ou, que, como a maioria das meninas da “Galera Capricho” todo mundo tem condições de comprar coisas hiper caras como as que são colocadas nos editoriais de moda? Ou, até, quem sabe, arrumar um ‘colírio’ pra elas, lindo e riquinho (Único motivo pra eles estarem lá, pois, se fosse um cara da favela que trabalhasse, dúvido que colocariam)?
A Capricho não se importa mais com o que as leitoras pensam, precisam ou fazem, querem saber mesmo é de vender a marca e ganhar dinheiro, tanto que uma menina no twitter chegou a cortar o braço com o nome do “Dudu Surita” com uma caneta.
Hoje, a revista que eu amava quando conheci, me decepcionou. E, talvez, eu só compre ela como referência a moda, apenas.
Beijos, desculpe pelo comentário enooooooorme, mas, precisava falar.
Samantha disse:
Eu nunca comprei uma capricho, porém já li. Cresci em um bairro pobre de São paulo, eu não tinha condições para adquirir tais revistas. Porém eu amava a biblioteca da minha escola, fui educada com gibis da mônica, série vagalume e sítio do pica-pau amarelo (não denuncia sua idade, fia…rs).
Quando eu lia, não dava muita importância pois as coisas de lá não pertenciam ao meu universo. Eles falam COLÉGIO e todo mundo sabe que criança pobre chama de ESCOLA. rs
Li esse post no começo do mês, quando foi publicado.Hoje fui a uma banca de revistas, e acabei sem querer folheando uma Capricho. Lembrei deste post na hora! Nossa, que manualzinho de manipulação e controle! Por isso que vejo as minhas primas adolescentes TODAS IGUAIS, esticando o cabelo feito loucas e pintando de loiro (e acho que você deveria falar sobre esse fenômeno da Loirice, DeChanel – Eu tenho a opinião que pintam o cabelo de loiro para parecerem ricas, o cabelo loiro é associado a riqueza no Brasil, acho q vc entendeu o q quis dizer. fecha parênteses).
Quando eu tinha 15 anos nem sabia o q era maquiagem (meu conhecimento era confinado a um batom rosinha que ganhei de minha mãe e um gloss de moranguinho vermelho q eu sempre ganhava de vovó).
Hoje vejo minhas primas com tanta maquiagem, que conforme definiu meu primo: parece a Elke Maravilha. As pessoas tornam-se caricaturas de si mesmas. Fica tudo meio esquisito, parece que com o excesso de informação ninguém consegue ter uma vida normal, em q se vai descobrindo aos poucos, com os erros, etc.
Excelente post.
Annina Barbosa disse:
Tô começando a achar que você é cientista social.
Oba! Uma nova colega de profissão na blogosfera?
Annina Barbosa disse:
O texto de Foucault seria Microfísica do Poder?
Leandra disse:
Só conheci este site hoje, muito por acaso, naquele clima “navegando por aí”, coisa que não fazia há muito tempo. Ótima surpresa, gostei muito dessa e de outras análises, parabéns.
Iasmine disse:
Tô adorando teu blog. =)
E lembro que, há cerca de sete anos atrás, quando lia Atrevida (nunca gostei da Capricho), já encontrava nela também vááárias incoerências. Na mesma edição da revista e de uma pra outra também.
Uma matéria dizia para as garotas fazerem uma coisa, e outra matéria dizia o contrário… nunca entendi como uma revista tão grande e com tanto reconhecimento pecava tanto nesse quesito.. e pelo que vejo, até agora elas não mudaram nada, né? =P
Beijos
Joo disse:
Engraçado que eu tava pra escrever um post assim, mas sobre revistas de moda. Eu não compro revistas mas ganhei numa promoção uma assinatura da Elle. E me irrita muito ver essas materinhas sobre “o que vc deve ter no seu armário” metendo pau na sainha balonê e dizendo que é pra leitora dar a sua pra priminha de 13 anos, quando há umas oito edições atrás, quem não tinha uma saia balonê no armário não passava de uma desantenada. Tosco, muito tosco.
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Evelyn disse:
Gostei do que vc escreveu sobre a revista, quando eu era mais nova comprava a Capricho, hoje em dia não me interessa mais comprá-la. Parei de comprar esses tipos de revistas a muito tempo, me enjoei, só mostram qual padrão de beleza vc deve seguir, sinceramente a pessoa tem que gostar dela do jeito que é e não ser influenciada(o) por uma revista.
Vc escreveu muitas verdades sobre o conteúdo da revista, eu comprava mais por causa dos artistas e das letras de músicas, só e dava para minha irmã ler.
Parabéns pelo post.
Tati disse:
Sabe o que mais? Nunca vi a Capricho falar de estudo, carreira… não com a mesma intensidade com que fala de “makes” e “looks”. Quando rola uma matéria, a pauta é sempre a mesma: como passar de ano sem ficar em recuperação, dicas pra fazer a mesada render… ¬¬’
Já viu as redatoras da Capricho? Pra mim, são mulheres infantilizadas, ou jovens com alguma síndrome de futilidade. Na MTV (do grupo Abril, assim como a revista), fizeram uma matéria sobre os bastidores da redação, muito ridículo. As repórteres diziam pesquisar o público teen… que porcaria. É uma coisa surreal essa revista.
Sabe o que é pior? As revistas femininas não estão muito longe da Capricho. Incentivam o consumo exacerbado, fazem editoriais de moda com modelos estereotipadas, falam de dietas mágicas… o pior é que elas têm público. Tem gente que compra toda semana, todo mês; tem quem assine essas porcarias!!!
Por isso que é bom a web ganhar tanta força, porque os conteúdos estão se diversificando, e existe espaço pra todo mundo. Existem blogs e sites “teens” que incentivam o consumo consciente, são mais equilibrado e menos modistas, é muito bom!
Parabéns pelo post, texto fantástico! Seu blog vai agora pros meus feeds!
Aline disse:
Concordo com muitas coisas do que disse, mas acho que algumas outras podem ser tidas como um pouco exageradas. O tópico 6, da indução à submissão, pode até ser que realmente aconteça isso, mas pelo menos achei que o exemplo não mostrou muito. E talvez um pouco o contrário, colocou as meninas como determinantes ou parcialmente isso de um relacionamento. Quanto ao tópico 7 das listas, acho que não é algo determinante, mas uma sugestão apenas. Pode ser que pelo caráter influenciador da revista ele acabe ditando as “melhores coisas e blablabla”, mas não acho que é tão proposital assim.
O maior problema é que podemos criticar a revista, aliás não só essa, mas várias, mas o problema reside especialmente na influência geral da mídia e na mentalidade da sociedade. Uma revista que não falasse das tendências e padrões estéticos pregado na mídia, mesmo tendo todos os seus aspectos negativos, não seria atraente e não venderia. A intenção da Capricho não é educar as meninas, ajuda-las, incentivar um pensamento crítico e coisas importantes, mas dar a elas o que elas querem dentro dos padrões da sociedade. Desde sempre as mulheres se importam com o que os homens acham, e muitas vezes consideram isso mais importante que a própria opiniões delas, então a revista atende a isso…
É triste pensar que a solução parece ser muito mais difícil e abranger muito mais do que imaginamos, mas não é só a revista que está errada (como vc mesma disse uma hora) mas vários conceitos da nossa sociedade.
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Jules disse:
A melhor chamada de capa que eu já li na Capricho, uma revista pra adolescentes, foi “Sexo anal: fazer ou não fazer”. Bicho, fiquei passada. Na minha adolescência o dilema era se perdia a virgindade agora ou se deixava mais pra depois. A gente não se preocupava muito com isso de dar o bubuti, que aos 14 anos era um lugar onde nada entrava, só saía. Essa juventude de hoje…
Isis H Flores disse:
capricho
s. m.
1. Vontade súbita e infundada.
2. Modificação que sofrem as modas, as ideias.
3. Aferro obstinado (a uma ideia).
4. Empenho (em levar a cabo uma coisa sem razão ou motivo que obrigue).
5. Fantasia; brio.
Já começa errada pelo nome ! Li muitos comentários, claro que não todos, porque têm muitos.
é ótimo ver que alguém colocou em palavras aquilo que você sempre pensou.
Eu acredito que TODAS essas revistas pra adolescentes, não só a Capricho, estão deformando o intelecto dessas meninas pra SEMPRE. Intelecto sim, porque acredito, como você mesmo disse que uma adolescente pode beijar, sair pra festinhas, brincar ( porque não? eu brincava mutio com 14 anos além de beijar), usar maquiagem e ainda sim ser uma pessoa intelectualizada.
Sou filha de bibliotecária, sempre fui uma “fedelha” que leu muito, nunca li essas revistas, eu era “moleque”, me vestia como um até, fui usar maquiagem quando tinha uns 18 anos, e olha que eu amo maquiagem!!! E acredito que a minha personalidade foi salva por conta de eu ter outras influências que não eram essas revistas.
Vejo a minha vizinha que era e ainda é leitora dessa revistas ( só mudou a faixa etária), fazendo sempre regime, sempre tendo problema de relacionamentos, sempre acatando opniões dos homens por quem se apaixona e comprando lingeries para apimentar o namoro que nem vai dar certo e chorando no final achando que fez alguma coisa errada.
Ela nunca leu um livro. Dizia; odeio ler!
Meu deus ! Quem em sã consciência odeia ler ?
Ela tinha milhões dessas revistas babacas.
Não tinha uma mãe legal pra conversar as coisas com ela.
Me lembro quando eu tinha 13 anos e ela 14 e a gente ia no clube eu ficava me jogando na água e pulando e fazendo bagunça, ela ficava de gloss na beira da piscina pegando sol sem se molhar. Afinal ela era menina, tinha que se comportar e botar tal biquine que deixava ela mais ” favorecida” e ficar ali com ar de superior perdendo toda a juventude dela.
As revistas, a tv, jornal e mídias em geral tem um grande poder, e usam da pior maneira possível. a minha vizinha é cria da Capricho. Ela carrega dicas idiotas das revistas pra sua vida: “nunca ligue primeiro, pois ele vai achar que você está muito afim.” ” Não transe no primeiro encontro”. Não use tal calcinha pois e pode achar que você… ” e por ai vai
Ela não sabe nada de política, claro que ela nuca se interessou por isso na vida, mas adora uma novela! sempre ouve as mesmas músicas, enfim… Uma amizade da adolescência que eu perdi, porque hoje eu não tenho assunto com ela. Nos vemos todos os dias e só falamos bom dia e boa noite, como vai… mas só.
Claro que muitos fatores contribuíram pra ela se tornar a adulta que ela se tornou, mas entre esses muitos fatores a Capricho está. A revista deu TODAS as dicas que ela seguiu na adolescência. A revista estava presente no primeiro beijo dela até a primeira transa, dizendo com fazer, como proceder.
Vocês podem imaginar isso ?
Aff !
Amei o blog.
Julie B. disse:
eu não sei se alguém já disse isso nos comentários (ainda não terminei de ler todos), mas eu sempre achei que revistas femininas são escritas por um grupo muito esperto de homens. porque todo o enfoque é nas coisas que a mulher vai fazer “pra eles” (ficar linda, cozinhar um jantar romântico, aprender a fazer anal giratório em todas as posições, planejar uma viagem maravilhosa)! claro que isso tem a ver com o “papel feminino” na vida, né? a mulher é a dona da casa, ela tem que aprender que quando for namorada, tem que fazer de tudo pra manter o interesse do cara; quando casar, tem a responsa de resolver o almoço de todos os dias (socorro!), “mandar” na empregada (essa coisa brasileira), ser responsável pelo supermercado, etc; quando tiver filhos, passa a ser responsável por tudo das crianças (pegar e levar na escola, ir nas reuniões, levar ao médico). ela dificilmente está no papel de que vai viver desencanadamente (na medida do possível), ou que vai pelo menos dividir as tarefas (como dizem que acontece fora do brasil).
fui leitora da capricho numa época ligeiramente anterior à sua (tenho 33 anos) e me lembro que percebi, na época em que a revista começou a mudar, que o enfoque estava ficando mais bobo (sim, é possível). as 1ªs caprichos que eu li tinham reportagens mais aprofundadas, inclusive com uns temas do tipo “como convencer seus pais a emprestar o carro” ou “antes da faculdade, passe um ano fora do brasil” (ou seja, voltadas também pra meninas com mais de 18 anos). de repente, virou o paraíso do glitter juvenil, as matérias ficaram uns panfletos e viraram só “quero ir a disney”, “1º beijo” e afins, nada minimanente mais reflexivo. e também não me lembro de tantas matérias sobre maquiagem, cabelos e tal (claro que tinha, mas acho que era menos).
pior é que eu comparo as revistas femininas (juvenis e adultas) nacionais com as americanas e acho que a gente ainda consegue sair perdendo! eu lia também a seventeen (eu já não era mais tão teen, mas treinava meu inglês e ficava antenada com modas e produtos de fora) e lembro que a revista era sempre MUITO maior que qualquer revista nacional. ok, tinha muita publicidade, mas também sempre tinha matérias de verdade que saíam da bobice total, sobre bullying, casais interraciais, anorexia/bulimia/compulsões alimentares, abuso sexual, meninas que se cortavam/queimavam com cigarro, violência nas escolas, etc., e muito maiores que as nossas (sempre terminavam nas páginas finais da revista). hoje muito de vez em quando leio a glamour e acho que também tem esse enfoque de trazer alguma coisa mais substancial (tanto de assunto quanto de nº de páginas). as revistas femininas nacionais não aprofundam nem nas futilidades de que tratam!
p.s. sou mais uma das mil pessoas que começaram a ler o blog há pouco tempo. ontem caí aqui, já não me lembro mais vinda de onde, e estou lendo todos os posts mais comentários loucamente, porque ambos valem muito a pena. e já favoritei, gostei muito do enfoque crítico e das discussões – ótimas – que surgem, muito civilizadas, nos comentários (gente, essa caixa de comentários é o novo chat-line, fazendo amigos, amei).
magno disse:
realmente, ótimo post. parabéns. agora é torcer para que mais meninas pensem, antes de seguir. muitos problemas seriam resolvidos, se pensassem como você. espero que este post consiga mostrar isso pras outras.
Isabel Bullo disse:
Gostei muito da sua posição,pois me identifico demais com críticos que fazem abrir os olhos da massa da sociedade material.
Mas e o que se dizer amiga do jornalismo na tv????
Esses programas que difundem a parte vilã pra dar ibope, mas se esquecem da parte regeneradora e de bons exemplos!!!
Ensinam a matar,a roubar,a clonar,dão dicas e mostram idéias ainda por cima a exercerem daquela forma perfeita,prato cheio pra quem são arquitetos do mal!!!!
Necessitamos nos espiritualizarmos mesmo em reforma íntima(moral e psicológica)
Abraços e continue assim!!!!!!
Manoela disse:
eu comcordo plenamente, eu tenho 14 anos, a uns 2 anos eu só lia capricho e atrevida, e qualquer problema que eu tinha eu recorria a ela. Não quer dizer que eu não dividia meus problemas com a minha mãe, mas eu prefiria as dicas da capricho. Mas eu sempre gostei de moda, e na Capricho e Atrevida eles restrigem um estilo para você ser aceitado no mundo adolescente, pois um pé errado você tem problemas, o que é errado.. Essas revistas de deixam presas a leis e regras de uma adolescente. O que você faou sobre os meninos foi perfeito, acho que não devemos nos vestir pensando por inteiro se eles vão nos achar bonita, acho que devemos nos arrumar no estilo que gostamos e como nos sentimos bem e não em relação ao que vão achar de nós. Ano passado aposentei a todas elas jogando no lixo, e comprei minha primeira Vogue, que é uma revista que expõem em vááários estilos, tendências e deixa a sua mente aberta não restrigindo você a alguma referencia de estilo aceitavél. Acho que na minha idade ainda estou construindo um estilo, ninguém pode vir e acabar com minha criatividade, ditando tudo o que eu tenho que usar. Não se trata de estar na moda, e sim de seguir seu estilo a base de alguma tendência… E assim até hoje eu compro Vogue, e depois fui adquirindo Elle, L’Officel, Marie Claire… Agora eu tenho plena clareza do tamanho de estilos que existem e parei de ficar presa ao que todo mundo usa, enquanto o mundo usa abercrombie eu fujo, não porque todo mundo usa, mas porque não quero seguir isso porque é modinha e só entre os adolescente também né porque eu nunca vi Alexa Chung,a irmãs Olsen,a menininha talento que está passando pela mesma fase que a minha Tavi Gevinson, usando AeF… Adorei a sua matéria sobre essa revista que tira nossa criatividade ou nos deixa presa como se ela fosse nossas BFF’s quando não são.
Parabééénss !! adorei
Fernando disse:
Olha, realmente, não sou fã da revista capricho, acho fútil, mas, na minha opinião, algumas pessoas aqui agem como fundamentalistas religiosos e tomam suas opiniões como verdades absolutas e incontestáveis, como por exemplo o comentário da Isis H Flores: “Meu deus ! Quem em sã consciência odeia ler ?”. Sinal claro de alguém que não consegue enxergar além de suas limitações, e pensa que todos devem seguir seus padrões. Ou vocês acham que a busca por um desenvolvimento intelectual, por desempenho acadêmico e profissional, todos esses valores, são muito diferentes dos valores das leitoras da capricho, como ter um visual bonito, cuidar da aparência, etc? São apenas variações, do mesmo modo de bitolar uma ideia na sua mente, que é imposto. No caso delas, imposto pela televisão, pela capricho, etc, no caso de vocês, imposto por blogueiros (como a dechanelnalaje), ou professores da faculdade, sites e revistas. Assim como vocês valorizam mais determinadas opiniões, por acreditar que o intelecto é mais importante, elas valorizam mais a opinião das top models, por pensar que a beleza e o físico são mais importantes. Pois bem, das coisas que o blog critica sobre a revista capricho:
1. o discurso incoerente: não há incoerência entre a Marjorie Estiano dizer que não gosta de copiar os outros e a revista ensinar como copiar o visual da Kristen Stewart. Uma coisa é a opinião da Marjorie, outra coisa é o que a revista ensina. A frase nada mais é do que uma reprodução do que a Marjorie disse, que não necessariamente tem que ser compatível com as ideias da revista. Além das matérias falando sobre como se aceitar mais e como combater celulites, que também não são contraditórias, uma menina pode perfeitamente se aceitar do jeito que é, mas não necessariamente querer continuar assim. Eu me aceito perfeitamente com uma barba grande, mas eu simplesmente prefiro fazê-la todos os dias, assim como a menina pode se aceitar de um jeito, mas querer mudar. Aceitação é conviver confortavelmente com algo, não nega necessariamente a intenção de mudança.
2.a voz de autoridade dos meninos: não é que a opinião dos meninos seja o centro do mundo, mas para uma menina de 14 anos, que quer ficar com algum garoto da sala, que tem vontade de impressionar os meninos, é bom saber como fazer isso. O mais importante não é a opinião do garoto, mas a menina consegui-lo. É natural que para isso ela precise influenciar a opinião dele, da mesma maneira funciona para o sexo oposto. Os homens também tentam impressionar as mulheres, malhando, se cuidando, etc. É o instinto natural da humanidade, querer influenciar o sexo oposto.
3.os padrões de beleza: a capricho é uma revista para meninas, não uma propaganda da benetton. ela não tem que mostrar pessoas gordas, negras, ou de qualquer aparência que seja, ela mostra o que vende mais. a menina branca e magra na capa vende mais que uma gorda negra, é simples assim. não é a revista que está obrigando as meninas a gostarem disso, é a opinião das meninas que força a revista a colocar esses padrões. se as meninas achassem a preta gil bonita, a revista ia tratar de colocá-la na capa pra vender mais. é uma revista, não tem compromisso social e ético de fazer nada, valores éticos variam de pessoa para pessoa e de cultura para cultura. assim como não se fazem revistas valorizando a monogamia nos países muçulmanos, não se faz uma revista valorizando a diversidade para meninas que valorizam a padronagem.
4. os padrões de comportamento: nesse caso, o próprio blog é quem rotula uns e outros de populares ou esquisitos. varia da concepção de esquisito de cada um. assim como para os “populares” os esquisitos são os que se vestem de preto e usam piercings e o centro do universo são as matinês e as menininhas loiras, para os “esquisitos” os estranhos são os populares, com seu jeito burro e sem cultura, e o centro do universo são as bandas de rock e os RPGs. É só uma questão de ponto de vista. a revista simplesmente retrata o ponto de vista dos populares.
5. a mania de rotular as pessoas: considero um erro criticar a intenção de revista de estimular que pessoas diferentes do padrão se aceitem, e querer que os outros os aceitem. fazendo isso, a pessoa “diferente” estaria lutando para mudar a opinião do outro, o que não seria ruim, mas isso sozinho não bastaria, o principal seria melhorar a opinião que cada um tem de si mesmo, para conviver melhor com seus defeitos, e não querer que os outros os aceitem.
6. indução à submissão: mais ou menos o mesmo argumento de “2. a voz de autoridade dos meninos”
7. a cultura das listas: eu podia até me limitar a um “sem comentários” mas enfim, na verdade não há nada demais em fazer listas, listas não ditam o comportamento das meninas, na verdade, normalmente as listas são feitar por uma jornalista e, portanto, apenas refletem a opinião dela sobre os melhores lugares, etc, e funcionam mais como dicas.
8. a linguagem limitada e limitadora: a função da linguagem é comunicar, é chegar ao público e ser compreendida. se as adolescentes vão compreender melhor a linguagem com gírias e estrangeirismos, é natural que seja a linguagem usada por uma revista que as tem como público-alvo. quem tem a função de construir um vocabulário mais abrangente é a escola. depois que a escola constroi, aí as meninas começam a ler “women’s health” mais condizente com a idade. e não vejo problemas com estrangeirismos, na verdade, a tendência mundial é a aproximação gradativa dos idiomas entre si, com a globalização é natural a influência de línguas sobre outras.
dechanelnalaje disse:
Fernando,
Essa foi a defesa corporativa disfarçada de comentário pessoal descomprometido (afinal, você não é fã da revista e a define como fútil) mais extenso que já li.
Sinceramente, poderia ter falado em nome da revista. Ninguém acha feio quando uma corporação atua com transparência na Internet. Quando será que que vão entender isso de uma vez por todas?
De toda forma, para quem se declarou contra fundamentalismos, você me saiu um belo de um fundamentalista também. Afinal, você escreveu um texto-resposta desse tamanho e não conseguiu ser equilibrado em nenhuma postura. Ou seja, você apenas fez a antítese do meu texto.
Tem certeza que não lê a revista e que a considera fútil? Mesmo?
Lamentável.
Manoela disse:
o que imepede uma mulher gorda e preta não ser uma pessoa interessante? É isso que devem presar, se elas tem esse pensamento é porque tem influencia por isso.
Natalia Emily disse:
Concordo com praticamente tudo que você disse,a revista dita um padrão entre as adolescentes,ao invez de estimularem as meninas {que são o publico alvo} a terem estilo proprio ela fala para usarem o’que esta na moda,e se você acaba não usando se torna a excluida da turma,acho ridiculo tambem as dicas que a revista dá,a maioria são de como conquistar meninos o’que eles gostam ou não gostam nas meninas e isso e uma perda de tempo.
Na minha opinião falta conteúdo na revista ,como ela serve para “formar cabeças” deveria nos induzir a dar atenção a assuntos mais importantes,como os vestibulinhos,carreiras para o futuro conhecimento artistico e etc,e não fazer com que agente vá no site votar em um colirio da Capricho {o’que tambem acho ridiculo ,julgar alguem pela aparencia?há milhares de pessoas talentosas no Brasil ,e eu vou julgar a beleza de alguem?}eu tenho apenas 14 anos,e quando vou em uma banca de revistas são só revistas assim que eu encontro,eu estou numa fase na qual necesito de conhecimentos mas o maximo que eu consegui obter são dicas de como copiar um penteado.
Marina disse:
Oi! Bem interessante seu texto! Realmente, a Capricho é triste…. Vc conhece esse blog? http://www.theseventeenmagazineproject.com/ Vale a pena! É escrito por uma menina de 18 anos que se propos a viver de acordo com o “evangelho” da revista Seventeen (a capricho americana) para mostrar como ela contraditoria, irreal etcetc….
Espero que goste! =)
Laura disse:
Acho que nunca li um blog tão intensamente desde que acompanho blogs como leio o seu! nao importa se concordo ou nao com tudo ou com nada! mas admiro a sua iniciatica pq afinal de contas as it blogueiras são um produto dessas revistinhas e nós leitoras desses blogs nao podemos virar um produto desses blogs que sao produto de uma revista… um tanto alienante! sempre que leio suas criticas me sinto um pouco melhor… acho que alguem precisava dizer a essa gente que oq deveria estar na moda é a educaçao… entre outras coisinhas que nao estao no catalogo da chanel!
Atena disse:
A coisa que eu mais me lembro é que sempre me sentia um lixo após a leitura destas revistas, na minha adolescência. As matérias sobre acne por exemplo mostravam sempre uma modelo com a pele LISA e RADIANTE espremendo uma espinha imaginária. Hoje vejo isso de forma crítica mas na época não enxergava o ridículo dessa situação, e achava que eu é que era a errada, a desajustada, a ridícula.
Foi tão bom para mim balancear estas leituras com os livros da Marcia Kupstas, Giselda L. Nicolelis, Stella Carr e outras que tratavam do universo adolescente de um jeito muito mais amplo, divertido e inclusivo.
Filosofia também é essencial, faz a gente aprender a questionar. Devia ser obrigatório ensinarem isso na escola de uma maneira aplicada, prática, que servisse pra alguma coisa e não apenas pra decorar pra prova.
Izabella disse:
Olá…
Estou pensando seriamente em montar um blog, e por incrível q seja a primeira coisa que me veio a cabeça foi falar da revista capricho e de como eles fazem os adolescentes “fora da realidade deles” se sentirem mal. Eu mesma já pensei por isso mi achando gorda de mais, sem estilo enfim fora do padrão de beleza exigido pela revista.Sem contar o fato de como eles colocam aqueles adolescentes que aparecem lá excessivamente felizes pois compraram um tênis de tal marca fizeram uma viagem pra fora do Brasil entre outras coisa que mostra como eles tem um padrão super elevado de vida, e q esta totalmente fora da realidade de muitos adolescentes q lêem a revista ou os blog do site da capricho!
E o fato de como as meninas tem que fazer de tudo para agradar as vontades dos garotos eu nem vou comentar pq isso sim mi embrulha o estômago, pelo simples fato da revista colocar as meninas como umas sem celebro.
Achei sua matéria maravilhosa, falou exatamente tudo q eu gostaria de falar.Parabéns pela matéria MARAVILHOSA, gostaria que assim como eu outras meninas da minha idade lesem sua matéria e acordassem para a realidade.
:*
Anônimo disse:
simplesmente uau ! esse artigo el e muito bom e mostra ralmenete os defeitos das revistas d hoje em dia
nathalia disse:
rsrsrsrs, isso tudo e verdade, mas eu gosto e muito da CH
Renata disse:
Oi! Li e concordo com cada palavra dita no seu post. Essa revista, de uma forma invisível, está alienando definitivamente as adolescentes a seguir um padrão: Seja moderna, use roupas descoladas, use isso, use aquilo… blablabla. Existem tantos livros bons, revistas com reportagens mais importantes e necessárias do que essa babozeira que a Capricho anda trazendo. A maioria das adolescentes buscam conselhos, dicas e conforto nesta revista. Esta revista coloca acima de tudo o que as garotas devem fazer para agradar os garotos, o que é totalmente sem nexo. Isso não é construtivo muito menos favorável para alguém. Parabéns pelo ótimo post :)
Luly disse:
Sei que esse post é antigo mais vou comentar mesmo assim.
Estava lendo a Capricho do dia 30 de janeiro de 2010, estava boa a edição falando sobre o colégio, dava dicas para ser você mesmo e se dar bem em diversas situações,falava sobre o bullying.
Até ai tudo bem, mais tem uma materia na pagina 52 matéria intitulada Meu Jeito,que as fotos foram tiradas dentro de um colégio de verdade,tem até uma menina com o uniforme desta escola, pois bem a MAIORIA dessas meninas que estão nesta repostagem por conhecidencia ou não são bonitas beirando ao lindaaaa,diferente de muitaaas adolescentes que estão em formação e ainda não tem essa beleza toda.
Mais o que me deixou super chatiada e lembrou meus tempos de humilhação em um colégio foi deles falarem tanto em como se dar bem como enfrentar isso e aquilo no colégio, e eles mesmo vão a uma escola ,escolhem as alunas mais bonitas pra inlustrar a matéria, e as outras e as outras coitadas que não são dotadas de uma pele branquinha, um olinho azul ou um cabelo liso.
EssAS outras desse colégio ai devem ter ficado muito tristes que não foram escolidas.
A capricho que faz tanta campanha contra o bullying devia ser a primeira nessa materia quanto em outras escolher meninas que estivesem mais para a realidade, e deixa sem a “beleza” pros artistas.
*Quando eu falei da matéria da pagina 50 ,não esta escrito lá que as meninas são alunas do colégio que foram feita as fotos , mais quem ve a reportagem ve que é obviu isso.
Luly disse:
Desculpe meu comentario virou quase um post ,mais eu não consegui resumir.
Desculpa os errinhos de portugês.
Descobri o que eu esperava a matéria da pagina 50 é sim meninas do colégio e descubri atravez de um twitter ,que eu não vou postar aqui de quem é ,por privacidade.
Descobri que seriam meninas de 14 a 16 mais incrivelmente tem meninas lá de 13 anos na reportagem e mais incrivel que são as mais bonitas da reportagem,porque sera que quebraram as regras não é
olha o que a pessoa twittou “O tema é volta as aulas! As meninas tem que ter o perfil da revista, e sem vergonha para fotos, claro!!!!! 12:52 PM Jan 17th via web ”
A MENINA TEM QUE TER O PERFIL DA REVISTA, que bunito não é ,eles falão bobre buwing e outras coisas e o perfil da revista é de meninas simplismente lindas para a reportagem e as feias do colegio essas que sofrem Bullying,poderiam até mandar as fotos é claro, mais obviamente não seriam escolidas porque? Porque não estão nno perfil da revista.
Só rindo mesmo.
Capricho não tem que falar em Bullying, e fazer isso ainda mais em um colégio,a unica menina fora do “padrão” é uma da pagina 66 a unicaaaa.
Arya disse:
hehehehe
Só posso dizer que concordo em número, pessoa e grau com você e que adorei o post.
Th. disse:
Entao.. eu sou uma menina de 15 anos, e até pouco tempo atras eu lia capricho… pois é… e foi exatamente por esses pontos, mas juro, bem por tudo isso, que deixei de ler, eu comecei a achar insuportavel, era tão ridiculo tudo aquilo, fora a quantidade de propagandas que vem na revista… É assim, quando fazem um comentário sobre sapatos, vira a página, tem propaganda sobre sapatos, e assim a revista inteira. Eu acredito que metade da revista seja composta apenas de propagandas, é sério, é dificil encontrar mais de 3 páginas seguidas, sem ter propaganda imbutida no meio… Mas isso, claro, nao é algo exclusivo da capricho. O problema mesmo é que a revista nao está preocupada com nenhum causa realmente, e isso me encomoda.
Bom, é isso.
Obrigada pelo texto,
Th.
Amanda Ariela disse:
De verdade! Achei genial! Tenho 16 anos e prefiro mil vezes ler a National Geographic do que a Caprihco, exatamente por esses barbarismos e por essa pseudoluta contra a ditadura da beleza q ela promove! Paraben pelo post, excelente!
Gaabi Costa disse:
Não poderia concordar mais!
Essa revista tem tanto erro, tanta matéria “fútil” que eu me pergunto o que a editora da Capricho faz em horário de trabalho.
littlebia disse:
concordo com tudo
genial, simplesmente isso.
http://oqueaprendinosrelacionamentospassados.wordpress.com/
layla disse:
Amoree posso publicar essa matéria no meu blog? É claro que dando a fonte e divulgando o seu site o seu trabalho (Ou seja,os devidos créditos).
Bjxx
danubia disse:
Quando adolescente eu nuca tive o perfil dessa revista.
E nuca vou ter:sou gorda e preta
Anônimo disse:
passandp por aqui derrepente, achei que fosse perder um pouco de tempo, mas puxa! valeu a pena.
daniele carvalho disse:
Nossa você escreveu meus pensamentos e acrescentou mais um pouco.Fora que as capas são sempre repetidas, poucas são com um ídolo diferente e menos adorado exatamente para conquistar mentes alienadas, confesso que já cai no truque da “fórmula perfeita”. Você esta de parabéns, continue assim ou melhore pra melhor.
Tem alguma revista estrangeira para me indicar?
gwennire disse:
Reblogged this on Actually a Penguin.
Andressa disse:
Concordo, apesar de ser uma revista de entretenimento, na qual eu confesso já ter lido quando mais nova, tem uma zona de conforto limitada. Ou seja, Mude o seu look, usa essa maquiagem, aprenda a customizar um short. Ok OK OK, esta certo que por ser uma forma de entretenimento eles tem que chamar atenção de certos interesses femininos, mas na boa, há muito mais interesses além de uma dica de moda! Gosto muito da escritora Jane Austen, que é um clássico da literatura inglesa, e nem se quer eles mencionam, apenas livros que se inclinam muito para uma mundo fantasioso cheio de vampiros ‘modernos’ ( sem masmorras, caixões ou outros estereótipos que o conde Drácula ensinou). O que eu quis dizer com esse exemplo foi que a revista não está incentivando as jovens para coisas que realmente são importantes para a construção ética de adolescentes, apenas estão mostrando cantores, os top 5 de show legais e um clube do esmalte. Eu EVOLUI, e gostaria que a revista tivesse EVOLUIDO também!
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Anônimo disse:
Quais revistas você recomenda para adolescentes? O que acha da Mundo Estranho?
Larissa Nascimento disse:
merece um oscar cara disse tudo!
millena soares disse:
Não costumo ler nenhuma revista e minha filha de 12 anos quer assinar a Capricho. Agradeço pelo post pois me ajudou muito a não permitir que ela tenha acesso a tanta informação inútil.
Daniele disse:
Deixei de ler essa revista aos 16 anos, qdo finalmente constatei que ela não agregava nada em minha vida e me incentivava a ser algo que eu não era: pop, rica, alta, modelete, sexualmente ativa e descolada. Eu não era nada disso, e por não sentir identificação nenhuma com o que havia ali, deixei de lado. Desde então me senti mais livre para ser eu mesma. Nenhuma adolescente deveria ler Capricho, a não ser que queira virar uma adulta neurótica, sem auto estima, fútil e alienada.
Mary disse:
Olá tenho 15 anos era leitora do site dessa revista e estava a procura de um post formador de opinião assim como o seu , foi bem o que eu tava procurando ! nem sei se tem escrito algo ai encima sobre isso porque são muitos comentários mais fala sério aquele weeb seriado ” IT GIRLS” foi tão ridiculo que deu enjoou e um apontador de 20 reias ?? Uma borracha de 40 ? TNC elas colocam um padão de vida ideal que meus pais e eu com meu salarinho e pra falar a verdade nem metade do Brasil não conseguimos nem chegar perto . O unico problema do seu post é ser pouco divulgado !
Anônimo disse:
feminista. só digo isso
juju disse:
penso da mesma forma que vc, vc está correta
Julia disse:
Estou SUPER ATRASADA, mas gostaria de relatar que cinco anos após esse post, nada mudou